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Dizem que ‘a mentira tem pernas curtas’... Mas suas asas são longas. Assim, até o momento em que seus pés toquem o solo novamente, já terá percorrido uma distância considerável.
Pensei em aprender a voar, mas para que? Se meu anjo tem pernas. Pensei em decorar palavras bonitas e recita-las para você, pra quê? Se o que sinto por ti resumi-se em quatro letras: AMOR. Pensei em te namorar, porquê? Se posso te namorar, noivar, casar, ter nossos filhos e netos, quando meus olhos se fecharem, na minha lápide você escrever: Aqui descansa o meu eterno amor.
Caminhar é preciso, e se o caminho tiver obstáculos, prepare-se. Raizes te limita, você tem pernas para seguir e não raizes para sugar.
Não podemos esperar perfeição sempre. Somos imperfeitos em todos os aspectos. Vamos nos aperfeiçoando a medida que caminhamos. A estrada é longa e tênue para quem não consegue caminhar com as próprias pernas. É a lei da vida. Só se consegue crescer, passando pelas provas impostas pela vida.
99% das pessoas ingratas não sabem o valor do se! Mas se soubessem, poderiam dizer: Se eu não tivesse olhos, pernas ou mãos talvez valorizasse as que tenho! Se eu não ouvisse, falasse ou visse talvez valorizasse o que posso fazer! Mas por não saber o valor, vão demorar a agradecer!
“Quando você corre numa planície, a mente o domina; Quando você sobe uma montanha, as pernas o dominam. Mas quando você desce uma ladeira, seu controle está na própria sorte.”
É que quando eu te vejo não tem jeito. O coração acelera, a mente dispara, as pernas tremem e o meu olhar fica entre os teus olhos e o teu sorriso. É uma confusão de sentimentos que até que eu consiga entender você já passou e com certeza também não entendeu nada.
Você vem falar comigo e o coração já fica na defensiva prevendo o perigo e mandando sinal de alerta. Com um frio na barriga, o meu tom de voz me denuncia.
É que te ver passar me faz lembrar como é bom te fazer ficar, e a vontade é que você fique, mesmo com as minhas loucuras, mesmo eu tentando te proteger de quem me causa insegurança... E mesmo que você reclame, a gente sempre tem isso né? É cuidado, é medo de perder, é reação a tudo de bom que você me causa.
Não tem isso de não confiar no taco, tem aquilo de saber o quanto você me faz bem e querer só pra mim. E o tanto que eu te quero fica estampado toda vez que te tenho perto.
Chegue aqui pra ficar, pra somar, vem aqui pra dividir tudo de bom que há de existir, em você e em mim.
Então viva,
Mesmo sabendo que um erro te faça cair e chorar.
Porque nós temos duas pernas bem grandes,
Que sempre irão nos levantar.
Um dia alguém me perguntou por que eu estou sempre alegre
E respondi: Não tenho motivos para ser triste e não os tenho, pois, mesmo que eles surjam os administro nem os exponho. Por isto sou feliz e quem é feliz é alegre. Nesta roda viva alegria/felicidade/alegria é que eu vivo.
Alguns dias depois resolvi analisar a minha resposta e descobri que tenho cabeça para pensar, braços para abraçar e pés para cortar as unhas.
Preciso de mais alguma coisa para ser feliz?
É preferível - e mais divertido - não chegar a lugar algum andando com as próprias pernas, do que chegar a algum lugar em que o único descanso possível é sentado no colo de quem o conduziu.
Mantenha sempre abertas as portas do que for bom, porem use de todas as chaves que dispuser para trancar as que forem ruins
Rodoanel do coração
Translucida memória,
fotografia do tempo...
Apagada na história,
Do meu pensamento...
O passado é uma lanterna...
Que ilumina o meu caminho,
O presente me da pernas...
E eu não caminho sozinho.
Passa tempo, passa vento...
E o mundo a girar.
Na esquina do futuro...
Ainda hei de te encontrar.
Mãe Teresa.
Quando faltava luz,
Eu buscava tuas pernas,
Agarrando-me com força
Às tuas coxas grossas.
Com as velas acesas,
Deitava em teu colo,
Olhando estrelas e lua
Pela janela aberta.
Enquanto acariciava
Minhas sobrancelhas,
Cantava músicas antigas.
O breu clareava aos poucos,
Aceitando o momento.
Poucas vezes fui tão feliz,
Mesmo sob luz imensa.
Desde sempre fui muito atrapalhada. Sabe, era uma criança que toda hora caia no chão, raspava o joelho na parede áspera, batia a testa na porta, cortava a perna na quina da escada, enfim, vivia sempre machucada.
Tudo bem, criança é assim mesmo, precisa de toda essa adrenalina pra crescer. Só que além de ser travessa, eu era (ainda sou) teimosa. Ah, quantas vezes minha mãe falou: “menina não cutuca essa ferida, vai ficar marcado”, “para de arrancar as casquinhas”.
O problema era que eu não escutava a minha mãe e, confesso, adorava puxar a proteção que o meu organismo produzia para tapar a ferida. Eu ficava admirada e vivia me perguntando, como aquilo era possível.
O tempo foi passando (eu ainda continuei caindo), só que eu já não cutucava mais as casquinhas. Aquilo que a minha mãe dizia começou a fazer sentindo. Passei a ter vergonha das minhas pernas, pois estavam todas manchadas.
Uma vez fui para a escola de bermuda. As outras crianças começaram a zombar de mim. Lembro-me de escutar “Ah que pernas finas e perebentas”. Depois disso não usei mais vestidos, bermudas e condenei as saias. Só deixava as pernas respirarem dentro de casa.
Por conta deste aprisionamento poupei meus cambitos das tardes de sol. O resultado são duas pernas brancas.
Comecei a perceber que com o tempo, as cicatrizes que eu carregava nos braços foram desaparecendo por conta do sol, mesmo assim, não libertei os membros inferiores do corpo humano. Eu ainda tinha vergonha e continuava a preferir as calças.
Dias atrás eu refleti. Essas marcas são lembranças do que eu vivi, não são motivos para eu me envergonhar. Muitas delas vieram a partir das buscas de aventuras no quintal, outras foram produtos de coisas ruins, mas que eu superei e cicatrizaram. Enquanto eu não deixá-las “livres”, elas continuarão ali. Não que eu queira esquecer, mas tenho que começar a me alforriar deste trauma.
Sábado passado usei uma bermuda pela “primeira vez” depois de muito tempo, na frente de pessoas que não eram meus familiares. E sabe qual foi à sensação? De ter saído de uma masmorra, onde eu mesma me acorrentava.
As únicas loiras inteligentes que eu conheci foram as que me mantiveram perto do coração e longe das suas pernas.