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Toda campanha eleitoral é uma guerra, por isso exige estratégia e planejamento. Mas o seu sucesso é construído no calor da batalha, no dia a dia da disputa e no bom gerenciamento das crises que, inevitavelmente, surgem no decorrer da jornada.
Noite quente
Durante a noite quente,
numa faixa de terra
O mar reflete o céu
A lua brilha no mar
Recife o meu cantar
De porto a atracar
Para capitania a prosperar
Lugar onde o mar ressoa sem sessar
Dá sé, ouve-se o cantar
Do velho Barroco a ladrilhar
Duarte Coelho que fez vingar
E Bento Teixeira a prosopopeia narrar
Terra dos altos coqueiros
Do marco zero e do frevo
Recife, mar
Ah, Recife
Amar!
A formação da personalidade de uma nação vem do seu interior.
Só quem nasceu, ou pelo menos morou, no interior pode conhecer a essência de um país.
Sertânia, a flor do sertão
Com a singularidade e a beleza de uma flor que cresce no meio do sertão
Sertânia é mãe de um povo forte e guerreiro que com suor no rosto consegue o seu pão
Cidadezinha pacata onde o comércio fecha para o dono almoçar
E sempre quando morre alguém o carro de som passa para anunciar
Nas ruas não se vê ninguém com pressa
E o local de encontro do povo ainda são as praças, os velórios e as rezas
Para você que não acredita, que venha ver
No coração do Nordeste existe uma cidadezinha linda para você conhecer
Homenagem a Recife
Recife Estado
Desde o passado
É um relato
Do seu retrato.
Veneza Pernambucana
E metropolitana
Patrimônio cultural
Desde os tempos de Cabral.
Cidade pura,
Da cultura,
Que bravura,
Com tanta literatura.
Com suas vistas naturais
E com seus mananciais
Não tem como explicar nem mensurar
O que me basta é admirar.
O amor
O amor é indefinível,
tem nele todo indizível,
difícil de se entender...
Tudo que dele se diga,
é, certamente, plausível,
mas não passa de clichê...
O amor vem de alma pura,
não veste-se de fuga ou medo
é forte tal qual um rochedo
não é doença, ele é cura.
Perene, pra sempre dura,
não divide, multiplica;
não se traduz nem se explica,
em palavras, sua essência,
mas se expressa na evidência
dos gestos de quem o sente...
A cor dos olhos não mente
quando irradia o seu lume;
no amor não cabe o ciúme,
mas sim respeito e lealdade.
O amor traz felicidades,
não a dor nem o sofrimento,
insegurança e tormento,
sentimentos doentios...
Se é amor tem que ser sadio,
ser livre e sem vencimento...
Tenho uma tendência natural de escrever o que me encanta
Nesse intervalo de tempo chamado vida
Em meio a astros solitários e planetas desconhecidos, tenho a sorte de dividir essa cronologia de dias com você
Quero estar contigo e te pertencer, construindo uma só poesia, pois, minha alma se sentia sozinha, até te conhecer
Como Frida e Rivera
Como Joel e Clementine
Como Landon e Jamie
Como Polly e Gilmour
Como nossos pais
Seremos eu e você enchendo de vida a nossa existência e será nas coisas pequenas que nós iremos nos encontrar.
PEDRA DO NAVIO
Profª Lourdes Duarte
Grande pedra repousando sobre outro bloco rochoso,
Mas precisamente um afloramento granítico imperial
Esculpida pelo tempo ou por um Deus supremo
Erguida, das rochas, surgiu uma Nau.
Ora singela, ora rústica, ora imponente,
Aos olhos de quem a contempla ou a admira,
Pedra do navio hoje é seu nome,
Beleza única no cenário turístico do Bom jardim.
Contrasta com o verde dos seus arredores
Debaixo de um céu azul, anil
Pedra do Navio, ou Nau de pedra
És bela como nunca se viu.
Uma lenda bem antiga fala de um mar bravio
Que em um naufrágio, uma princesa ali morreu
O mar secou, a princesa encantou
E a rocha ali se ergueu.
Lendas são lendas, histórias e fantasias
Mas o que se tem de verdade e é atrativo de Pernambuco,
Uma linda pedra, com o formato de uma nau
Embelezando os verdes campos de Bom Jardim,
Minha Terra Natal!
SEM TERRA
A terra que me ad comer
o pó que todos carregamos
a sol que queima pela tarde
e alma que viaja sem ninho.
O grito dos que nada tem,
o sonho inacabado dos cansados,
as palavras em forma de sinais
e os homens presos a estrada.
A volta de uma volta redonda,
a terra que é de ninguém,
o vale seco e triste
dos que nada tem nem o bem.
De terra em terra alheia,
o povo saiu para nada,
e no meio de tanta poeira
o que resta são dores e magoas.
Meu sonho atrasado
minha vida sem preço,
meu nome arquivado
só fala da desgraça sem a Graça.
Verde e amarelo
é meu grito,
o grito sufocado pela poeira e pela estrada,
aqui no locar esquecido
pelos capitães e generais sem praça.
Nordeste
As serras ao longe brilham em meu peito
E o tempo aqui é hora morta
Quando ao meio dia os pássaros adormecem
Debaixo das copas das poucas arvores
E uma carreta envelhecida com um jumento cansado
Que vai Murmurando e maneia a cabeça
De um sol agreste que o vai queimando.
As terras secas em vales profundos
E um povo amável do fim do mundo
Que Suspira e respira a poeira das fabricas
Do gesso absurdo.
Enfim no fim de tudo
Nem uma escultura gesso existe neste pequeno
Paraíso de um Adão e de uma Eva
Para que a memória dos seus antepassados
Deixe de ser escura.
Reflexos
Assisto ao espelho as marcas de histórias vividas e escritas em meu rosto.
Uma obra do tempo que em traços profundos, imperfeitos, eu descrevo.
De cada momento, minutos, segundos, alegrias e tristezas que invento.
E a tal me reinvento, meus ressentimentos e queixas descarto, prescrevo.
Meu espírito fosco debruça-se em meus olhos sofridos, cansados, vermelhos.
refletem os desgostos remoídos e engolidos em noites a claro, sem alento.
Assisto ao espelho as marcas de histórias vividas e escritas em meu rosto
Uma obra do tempo que em traços profundos, imperfeitos, eu descrevo.
Minha história reescrevo nas linhas de versos dispersos, adversos e tortos
Eis meu universo, transverso em minh'alma, ao mundo desnudo, exposto.
E em meu mundo aposto consciência em viver o altruísmo e sem o apego.
É chegado o tempo de colher sossego, aferir a balança, medidas e pesos.
Assisto ao espelho as marcas de histórias vividas e escritas em meu rosto.
Beto Acioli
07/11/2013
Construir
Despertar pra vida remir os sonhos remissos com desvelo;
Banir o ócio, tecer o fio, reencontrando a ponta do novelo;
Projetar-se com zelo, acordar cedo ao raiar da alvorada;
Dar ao oposto um gelo, seguir avante afora a estrada.
Ir adiante, sempre confiante sem ignorar o retrovisor;
Alicerçar-se nas experiências tidas das quais já vivenciou;
Tirar proveito e lições das quedas, tropeços e decepções;
Ter apreço a lida, ter da vida, urgente, uma nova visão.
Erguer paredes, abrir portas, janelas, construir os sonhos;
Arregaçar as mangas, por a mão na massa, na argamassa;
Bater o nível, prumo, linha, quarto, sala e cozinha em esquadro.
Cobrir a casa, proteger a vida, construindo um alto telhado;
Eis a guarida pra família e o regaço para quando já cansado;
Valeu o suor que foi à massa e aos tijolos dessa casa misturados!
Beto Acioli
10/11/2013
Sem dó
Eu não tenho Dó
Se tu vens de Ré
E te entregas pra Mi
Na cama ou (so)Fá
Me deixando afim, quente como o Sol
Remexendo assim, pra cá e pra Lá
Sem ter dó de Si
Sem de mim ter Dó.
Beto Acioli
09/11/2013
"Não nego nunca minhas raízes,
sou pé no chão, sou sol na cara,
vivo as alfaias q gritam nas noites da cidade.
Coração miúdo dum recifense q ama sua cidade.
ME MOSTRE COM QUEM TU ANDAS,Q TE DIREI QUEM ES??
Nem preciso.
Ando com meu paizim do céu.
E sabe quem sou?
Eu sou Recife bixim!"
Bonito
Perfeição, é a única forma de expressar,
as maravilhas de Deus a nos revelar,
das belezas que o senhor me fez olhar,
de Bonito, muito bonito observar.
Quero retornar, compartilhar com você,
as belezas magníficas para ter,
o prazer de poder conhecer,
mais de Bonito para escrever.
Imaginar poder, com você, vivênciar,
alegrias e admirações para te dar,
com a natureza, respeitar e preservar,
para com nossos netos poder voltar.
Confesso que pensei em você aqui,
conhecer, apreciar e ver tudo que vi,
dividir tudo de bom que hoje vivi,
e pensar a todo momento em ir.
Amor ou a distancia
Calma menina!
que a alma é leve
e a chuva fina
...que a vida é breve
a luz é brasa
a brisa é viva
que o trevo trava
e o trem entorta
se passa depressa...
As Vezes
as vezes meu silencio é uma pagina em branco
minha barba
a borda da xicara
o Chico rolando na vitrola
a cola
o colo
a bola
a sala
o solo
meu silencio
minha agricultura
minha roça
meu roçado
minha sala
minha bala e eu baleado.
Que reste a poesia depois do caos,
depois do juízo final,
depois do final do amor,
depois que o amor se for,
quando nada mais restar,
depois que tudo se acabar,
que seja a poesia imortal.
Meu coração é nordestino.
Meu coração é nordestino
Ele bate mais forte no mês Junino.
Corre no vento contra o destino
Que eu escolhi desde menino.
Apaixonado pelo nordeste eu sempre serei
Eu amo a Bahia posde crê meu rei
Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Maranhão, Paraíba e Ceará estados com beleza e muita história para contar
Entre o frevo e o forró,
entre Zumbi e Mestre Vitalino
está Pernambuco com o seu sotaque fortíssimo
Visse, cabra arretado óia só oque vou de falar aqui tem quadriá e quentão, pamonha e salão com muito forró para dançar.
Estou farto...
Farto de pão, de vinho
De carinho
Do que vier
Estou farto
De alegria
Do dia-a-dia
De arroz de feijão
De comer em pé
Estou farto
De ser o certinho
De andar devagarinho
De cozinhar e passar
Estou farto
De dormir e acordar
De ver a lua e ver o mar
De chorar,calar,sussurrar.
De político safado
De policia bandida
De ladrão do escambau
Estou farto
De fazer e desmanchar
De amar sozinho
De amar sem amar
De amar o mar
Desse poema
Desse ' eu' que te olha,
Desse medo que apavora
Da mão que apóia
Da que diz até logo,
Da que faz gestão obsceno
Da que cria ,da que mata
Da que não faz nenhum gesto
Estou farto
Cansado da vida
De entrar nessa porta
De entrar no seu coração...
E com ele voar no espaço
Onde eu não esteja tão farto ...