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Depois das penas
que o mundo lhe deu
Se vestiu de estrelas
e foi ser feliz no céu
Não mais as penas,
só flor e mel
Porque o céu estava nela
e o céu era seu.
Lori Damm
*
✓✓ Vejo tantas
páginas
em branco,
e minhas penas
arranco
pra que não saia
a derramar lágrimas
em dores de poesia. ✓✓
***
( Francisca Lucas )
*
Em êxtase...
"Paralisada em doce observação,
selecionando palavras para doar a sua reflexão...
Meus amigos de penas
APENAS
Voavam em ritual divino,
como se estivessem a cantar um hino
de pura gratidão por tudo que recebem do seu Criador..."
***
ESPERANÇA
Sou pássaro.
Voo longe... Nas ideias, nas distâncias, nas ausências...
E sempre pouso ao teu lado
E mesmo quando viajo para longe, quando dias longos distante fico; É para teus braços que volto, é em teu ninho que descanso, mesmo achando tantos outros pelos meus caminhos. É sobre seus cuidados que recupero as minhas asas quebradiças e em teu colo macio que curo o meu cansaço...
E assim como todo e qualquer pássaro preciso voar... Necessito sentir a brisa entre minhas asas e perceber minhas penas tremendo com o vento, me levando para longe.
Mantenha a serenidade... Mantenha a calma, amado meu
Pois logo volto!
Sempre amor meu, sempre volto!
E de repente, quando vi, meu pássaro voou p’ra longe e se foi...
Foi ser feliz, foi viver, foi recarregar suas forças longe de mim.
Lá longe, num lugar onde ficam meus sonhos, onde sempre povoou meu imaginário...
E eu fiquei imaginando que meu pássaro levou meu coração junto.
Torcendo para que, antes de voar bem alto, tenha deixado um pedacinho dele naquele santuário escondido, secreto. Perto daquela singela arvore, com aquele chão de pedra um tanto empoeirado, onde ainda jaz o seu outro coração, bem ao lado daquelas flores que com todo cuidado meu pássaro deixou!
Esperando que meu pássaro volte lá p’ra me buscar! Quem sabe? E se ele esquecer?
E de tanto gostar, quem sabe até amar; decidi por bem deixar meu pássaro voar. Sei que ele tinha que ir... Por que também sou um! E eu o entendo...
Por isso, minha amada, que decidi deixar-te e esperar você voltar p’ra mim.
E embora minha vontade seja de voar até ti, vou deixar você decidir quando vai querer me encontrar.
Mesmo correndo o risco de nunca mais em mim você pousar. Porque você é livre para escolher se é comigo que irá repousar. Imaginando que esteja me levando junto também!
Então de longe, fico imaginando meu pássaro! Batendo suas asas, essas asas tremendo com o vento e levando-o p’ra longe... E no meio dessa minha inquietação, surge um sorriso nos lábios; porque meu pássaro, lá longe, está feliz!
Então o que fazer? Como dessa saudade me curar?
Esperar...
E ter esperança que aquele pássaro decida, mesmo sendo singelo, que seja nesse ninho, nesse abrigo, que ele queira ficar...
APENADO
Lá onde finda o horizonte
O sol parece ir dormir
Estrelas roubam a cena
Anseios vão em reponte
Rotina a se repetir
A noite não vem serena
Na inquietude há uma ponte
Clamando novo porvir
Não repousando nas penas.
REVERSÃO
São muitas as cores terrenas
Pra deixar rabiscos cinzas
Não são páginas amenas
Que transformam onde se pisa
Mais Esparta para Atenas
Bom combate que se avisa
Com moral que não empena
Na aspereza que se alisa
Justo esforço em duras penas
A pelear com a própria vida
E quando ao sair de cena
Seja a dor da despedida
Nos exemplos revertida!
Pássaros com as mesmas penas
Dizem que voam juntos,
Mas que valor tem tal laço
Quando os corações não se encontram?
Nos salões onde se acenam sorrisos,
Ecos de futilidade dançam no ar,
Mas eu, em busca de um sentido,
Vejo as sombras que pairam no silêncio.
Se não ressoam os meus anseios
Na companhia que me rodeia,
Não é arrogância a minha voz,
Apenas outra senda a explorar.
Que eu encontre no meu voo solitário
A liberdade de ser,
Pois no espaço entre as estrelas,
A verdade se revela na penumbra.
Que as penas sejam distintas,
E que cada um busque a luz,
Onde o reconhecimento é sincero,
E a conexão não é um peso a suportar.
Assim, na dança do existir,
Cada passo, mesmo isolado,
Seja um hino à autenticidade,
E um convite à descoberta da alma.