Tag parece
Parece Piada.
Ainda no fundamental,
em gincana escolar,
a turma se uniu,
e veio a ganhar.
O prêmio? Uma viagem,
um sonho, um barato:
passar o dia inteiro
no parque aquático!
Entre risos e aventuras,
muita onda, emoção,
fomos para o brinquedo
que virou minha aflição.
Na piscina de ondas,
cãibra na perna me travou,
pra não virar afogado,
socorro, eu gritei!
E lá estava ela,
minha paixão secreta,
olhando bem de perto
minha cena nada discreta.
Mas quem veio me salvar,
com garra e destreza,
não foi minha musa,
Foi um cara com certeza.
Mais que azar da moléstia,
não deu nem pra disfarçar,
Acho que era melhor se afogar,
e no fundo da água ficar!
Violei-me
As palavras são cuspidas da minha boca
Vagarosamente, empurradas para fora
Jorradas como rio em forte correnteza
Destilando da garganta pela língua.
Em um engasgar seco eu repeti
Estou dissipada, navegou no meu sangue
Me encabulou zombando de mim
Jogo na mesa quem da as cartas?
Suspense , mistério não tão mistério assim
Envergonhado pior de todos os golpes baixos ,
Essa piada o amor .
Talvez nós humanos devêssemos ter como habito o repensar do dia.
Talvez, deveríamos nos acomodar no livre pensar e ser autênticos, vendo antes de tudo que os erros são inerentes em nós.
E, sair do pressuposto, do achismo, o instigar nosso modo de pensar só nas qualidades.
Talvez seja ai o motivo de tantas decepções...
Quão solúvel é mesmo isto o qual chamamos de TEMPO!
Um espaço utópico vivenciado apenas aos humanos.
Uma celebração de conflitos ensejos e anseios e realidades dissoluveis.
Mas, apenas comemorada por seres imaginariamente pensantes.
Viver!
Oque é, no tempo?
Tudo muda quando o mundo parece mudar, sem mudar coisa alguma. Quem são os poetas? Seres desventurados e de rebelião. Almas que não jogam em lotarias, totolotos, euromilhões ou raspadinhas, e as grandes filas permanecem quase iguais, sem se notar sequer a sua ausência. Fernando Pessoa pereceu louco, Florbela Espanca faleceu em desespero e Luís de Camões finou-se de fome. Os decretos sociais remetem os verdadeiros poetas para os mais modestos tugúrios, para os oportunismos em seu nome, para os trabalhos forçados, para os sapatos rotos, para as calças rasgadas e para as camisas laceradas pelo tempo, num tempo que não muda, nem nunca vai mudar.