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Controlar o ódio e ter escape é difícil, porém necessário, para te tornar paciente e porfim, a sabedoria.
Seja paciente com o outro, e severo consigo mesmo. Cada um é responsável por si e estar no seu nível de aprendizado e evolução.
Sem desmerecer a importância de Hipócrates para a Medicina, no entanto, vamos combinar que muita coisa mudou nos últimos 25 séculos. E uma delas diz respeito à autonomia do paciente, que tem todo o direito de fazer suas próprias escolhas.
A figura do paciente passivo, que apenas segue as ordens do grande detentor do conhecimento – o médico –, está com os dias contados. A ideia é que, a partir de agora, ele se torne cada vez mais responsável pela sua saúde, facilitando e aprimorando o trabalho dos médicos.
Quando pensamos em percepção de valor, o conceito de experiência do paciente se amplia...
Experiências aparentemente “negativas”, mas que foram tratadas em conjunto com o paciente e onde sua participação foi ativa e determinante, podem ser consideradas pelo próprio paciente como entrega de valor.
O paciente pode compreender e aceitar um “mau” resultado.
Para que isso aconteça, ele deverá ter participado ativamente de todas as decisões relacionadas à sua condição de saúde e estar seguro de que recebeu o cuidado mais adequado, mesmo quando o desfecho se apresenta diferente do que ele esperava.
Valor e Empatia são duas palavras que fazem parte do Dicionário do Melhor Cuidado.
Ao se colocar diante do paciente, imagine-se no lugar dele e, vendo a maneira com que você se apresenta, faça a si mesmo a seguinte pergunta:
“Eu confiaria neste profissional que está aqui na minha frente? Porquê?”
Ações que entregam valor não necessariamente envolvem recursos financeiros ou estruturas altamente tecnológicas, mas não podem prescindir do envolvimento do paciente no seu processo de cuidado.
Isso não custa dinheiro, mas exige alinhamento institucional (alignment) engajamento (engagement) e responsabilização (accountability) de todos os atores de saúde.
O cuidado em saúde, quando aplicado de forma sistematizada e oportuna, embasado em diretrizes técnico-científicas, é mais seguro, tem melhores desfechos e apresenta menores custos por ciclo de cuidado, gerando valor para os pacientes e, por conseguinte, para o sistema de saúde como um todo.
Governança Clínica é trabalho de conjunto e não se faz sem alinhamento, compartilhamento de responsabilidades e engajamento.
Governança Clínica é promover alinhamento de condutas e conformidade institucional.
É trazer segurança assistencial, financeira e normativa à operação hospitalar.
As ações da Governança Clínica devem impactar positivamente na performance dos serviços e na melhoria dos seus resultados clínicos.
Acima de tudo, o paciente deve perceber que seu cuidado lhe proporcionou melhora naquilo que realmente importa para ele.
Prover o melhor fluxo assistencial, favorecendo a atuação de quem cuida – esse é um dos objetivos fundamentais do design de processos assistenciais.
É essencial imergir na estrutura física, exercitar a criatividade e remanejar espaços para que sejam mais adequados aos protocolos e fluxogramas, e vice-versa, de forma que o paciente tenha menos esforço, a equipe seja mais ágil e a operação mais segura.
A jornada para a construção da governança corporativa na saúde é longa e árdua, pede empenho e dedicação... mas, pelos frutos colhidos, mostra-se indiscutivelmente recompensadora. Para tanto, é necessário encontrar e escolher os melhores caminhos.
A padronização de condutas é fundamental para reduzir a variabilidade (injustificada) do cuidado, o desperdício e os danos.
Porém, a partir da criação de protocolos, as exceções precisam ter espaço para discussão e devem ser abertamente tratadas, de forma multidisciplinar.
Onde não há regras e padrões (ou quando existem, não são de fato aplicados), as “exceções” viram rotina.
Neste contexto, instala-se um ciclo vicioso de má prática, desperdício e pouco espaço para discussão.
Óbvio que não sou o homem mais paciente, mas não quer dizer que não me esforce para ter o mínimo de paciência necessário, alguns momentos são mais difíceis do que outros, o desafio árduo para conter a insatisfação que sinto, as palavras mal influenciadas que se liberadas, não voltarão, é quando sacrifico o deleite de ter ou de achar que tenho razão.
Sempre haverá uma determinada situação, na qual será muito preferível o silêncio do que se desgastar em vão, causando talvez o próprio sofrimento, trazendo angústia ao coração, usando inapropriadamente o tempo, sentindo uma ingrata sensação, podendo ainda romper um vínculo precioso que não voltará a ser mesmo por falta de ponderação, um irrefutável proferir danoso.
Porém, algo é primordial, o que foi contido não pode se alimentado, caso contrário, a contenção perderá seu sentido e um dano maior poderá em breve ser liberado e voltarem com ele insensatos conflitos, um erro bastante desagradável, não é à toa que se busca constantemente por equilíbrio, pois cada fragmento deste é indispensável, logo, a paciência é imprescindível.
Deus é tão paciente,
que resolveu aplicar na natureza a paciência do plantio e da colheita, fora a naturalidade biológica.