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Esses homens cativos são o preço oculto de uma vida oculta: os justos devem ser capazes de localizar os condenados.
A DÁDIVA DE SER ATOR
Joguem-se de cabeça em tudo!
Quem não pula mesmo, de verdade,
Flana sobre o véu da ilusão que saltou.
Mas quem salta, sente o vento na cara,
Sente o coração bater;
Ama, chora, se diverte, ou sente a dor lhe tomar.
Nada que é meio, é...
Nada que é "feito", existe com a essência de ser.
Onde é que estamos fingindo ser, mas não somos?
Onde é que pensamos estar, mas não estamos?
Onde é que fazemos por fazer, corremos por correr,
choramos por chorar ou sorrimos por sorrir?
Não importa o que seja, é importante que exista na totalidade.
Com todas as células do seu corpo se contorcendo
ou pulando de felicidade.
O Humano é isso.
O resto... É só uma "coisa" inventada.
O bom de ser ator é que somos pagos para nos mantermos vivos,
pulsantes, pagos para saltarmos do alto de pontes,
sem medo de nos estreparmos lá embaixo.
E, se morrer, amanhã o ator renasce.
E, se ele consegue se divertir de verdade,
outros rirão COM ele e não DELE.
Aproveitem muito a dádiva de ser coisas que, na vida,
jamais vocês seriam.
Aproveitem para dizer as verdades que adorariam dizer,
mas jamais diriam;
para viver o que, na vida, não dá.
Aproveitem a oportunidade de viver outros mundos,
outras épocas, outras situações, outros dramas, outras piadas,
outras vidas, outras vitórias, outras derrotas ou lástimas...
O grande segredo é "não fazer nada em cima disso" e
apenas se permitir ao salto corajoso e livre.
Na certeza de que se você morrer, amanhã, renascerá!
A SINA DAS COISAS
Um dia serei o infinito.
A brisa da madrugada;
O pó da terra de onde nasce a planta;
O texto de um livro que já fôra lido.
Um dia serei o vazio do abismo.
O brilho da estrela no céu;
O som da onda do mar que quebranta na praia
Ou um pé de eucalipto.
Um dia romperei a barreira do som
E já não mais serei ouvido.
Um dia serei o próprio raio de sol;
A luz da manhã;
O perfume das rosas;
E o adeus num filme muito antigo.
Um dia,
Um dia,
Quem sabe...
Voltarei ao princípio.
“” Meu coração é casa
Pra você chegar e ficar
Se for permanecer
A casa é sua
Mas se quiser sair
Pode ir
Quem sabe seu lugar seja mesmo a rua...””
"Brasília amanheceu meio reta, meio turva , saudosa, com rugas.
Brasília amanheceu órfã, sem curvas.
Em cada esquina um lamento, um ai.
Ah, Brasília, cadê papai?
Foi brincar com as estrelas, desenhar nas nuvens
rir pra vida, além dela.
Lá no céu, ele nos sorri, da janela.
Ah, Brasília, cadê papai?
Ai!
Ai!
..."
As instituições perdem a credibilidade e, cada vez mais, são ridicularizadas na opinião pública por sua ineficiência, inoperância e atos equivocados. E seus gerentes, mais preocupados em se locupletar, dão de ombros, espalham explicações pífias e tudo segue assim. Paga o preço deste circo o que ainda existe e é sério, como a escola pública. Desprezada por governos, desrespeitada por sua própria comunidade escolar. E aí o circuito da falta de seriedade é mero resultado cultural.
Seguimos pagando o preço da nossa omissão crítica. Da nossa submissão. Desse conforto que é um medo que possa ser ainda pior. A inércia, que nos aniquila enquanto acomoda, devia ser o primeiro pecado capital. Pois seu preço é alto demais.
Dessa Política
É preciso ser muito frio
para não chorar pelas lágrimas
que caem de frio e de fome
a um palmo de nossas mãos
enquanto palermas batem palmas
a quem fala e não diz nada
enquanto há muito nada anda
e muitos andam
na contramão.
Há pessoas que sentem um prazer insano ao desestimular o outro. Adoram essas frases feitas de água fria, como “não vai dar certo”, “isto é impossível” ou a clássica “é melhor nem tentar”. Geralmente são sujeitos de poucas conquistas na vida, muitas frustrações e um punhado generoso de inveja. Chegam a ter inveja até do que ainda não aconteceu. A possibilidade de vitória alheia lhes provoca terremotos no fígado e na alma. São pessoas infelizes, que vivem de espalhar grãos de sua infelicidade pelo mundo. Nem sempre conseguem.
Nunca desista de algo antes de tentar só porque te anunciaram impossível. Para cada não, há um sim. E todos nós temos nossas vitórias reservadas na vida.
Não há última palavra sobre nada. Nem quero que me digam que alguém é a última palavra sobre qualquer assunto. Mas não vou perder meu tempo argumentando com vaidoso. Não vai adiantar nada mesmo.
Se a justiça não parece justa, a culpa é de quem redige tais leis. Aqueles em quem você vota, talvez aceitando cerveja, aterro, vantagem, promessa, safadeza remunerada em campanha ou apenas caindo em sua lábia florida.
Mãe não tem diploma ou certificado. Nem carteira de habilitação, fórmula matemática ou contrato de letras miúdas. Mesmo que ser mãe não seja para qualquer uma. Por isto, não haverá mãe por decreto judicial, por lei irrevogável ou por receita médica. Não mãe de verdade. Nem basta se declarar mãe apenas por se achar que é. Não há presunção de maternidade. É preciso ser, simplesmente ser. Mas, antes de tudo, é preciso saber ser mãe.
Porque ser mãe é oferecer a certeza do conforto sem qualquer palavra, mesmo na idade em que as palavras ainda não têm qualquer sentido.
Não haverá surpresas, à verdadeira mãe. Não haverá decepção. Tampouco haverá febre de glórias palpáveis ou efêmeras. Haverá, sempre, apenas orgulho de ser mãe.
Se "o futuro é o que os artistas são", como bem disse outro profeta louco chamado Oscar Wilde, valerá a pena a viagem.
Que assim seja.
> (Geneton Moraes Neto, jornalista)
Si usted, no puede usar una hermosa sonrisa, intente por lo menos, poner sobre los ojos, las muchas verdades de la sabiduría.