Tag neblina
Meu castigo
Não sei o que acontece comigo
Mas sei qual é meu castigo.
É amar alguem que não da valor
Da espinhos ao invéz da flor.
Estou a ponto de enlouquecer
Fico nessa angustia intragavel
Sem saber o que fazer.
Na hora de dormir, no escuro
Do meu quarto, eu choro
Moro com a solidão...
Olho pela cortina, o sol
Começa a nascer através
Da neblina, vai amanhcer!
Tento esquecer, não consigo
Grito seu nome, perco o juizo.
É meu castigo amar alguém
Que da minha vida não faz parte.
Amo você, como artista ama sua obra de arte
Paguei caro por amar o abstrato
É meu castigo amar alguem de
Sentimento barato.
Você não conhece a escencia do amor.
Se um dia conhecer vai dar valor
A sentimento sublime, como é o amor!
Amor, pura flor
Preciso dar um sentido para minha vida
Encontrar um amor, para aguçar minha fantasia.
Encarar a vida nua, e crua já é dificil, sem um grande
sentimento então, fica impossivél.
Amor, pura flor, leve como a neblina
Deixa vida com mais sabor, clara, cristalina.
Romance, quero uma chance de sentir
Amor vem para todos, espero ansioso
que venha para mim.
Pode começar como um flerte, cheirinho de maçã verde.
Depois deixa os corações num gostoso deleite...
Venha como contos de fadas, ou realidade.
Sei que fale apena querer e sentir um amor de verdade.
Um romance procurei, para minha alegria
eu encontrei. A demora valeu a pena...Você veio magestosa serena
como a brisa da manhã. orvalhou meu coração.
Um doce romance, que firou paixão.
Ilusão
Nuvens em neblinas,
Quebras de mar
Na areia
Ondas de ir
E voltar.
Seres de segredos,
Mundo de brinquedos,
Quimeras de poeta
Em um novo lar.
A gente sente quando o outro se ausenta, ainda em presença. Ele se torna opaco, feito neblina – ao encostarmos a mão para sentir, não tocamos em nada além do seu vazio.
Enquanto para alguns eu sou sol, para outros sou neblina, porque isso não depende de mim, mas da quantidade de luz que há em seus olhos.
ELA VOLTOU... A GAROA VOLTOU NOVAMENTE...
Hoje o sol surgiu na Capital paulista, meio tímido, mas ao menos apareceu, porém, não ficou muito tempo e se escafedeu, encoberto pelas nuvens ameaçadoras. A senhora que aguardava o ônibus desdenhou: " - Quem tem medo de nuvens? Eu temo trombadinhas motorizados." Ergueu o queixo, cruzou os braços e me deu as costas. Respirei fundo, resisti alguns segundos, contando até 10. E respondi: "Quem não tem guarda-chuva tem medo de chuva. Quem tem celular tem medo de trombadinha. Assim caminha a humanidade, nesta cidade. Sem dó nem piedade, pro marginal tua vida vale a metade." Ela se voltou, soltando chispas pelo olhar. Felizmente o ônibus chegou e ela se foi. E eu fiquei a relembrar os anos 50, 60, quando no outono e inverno a névoa úmida dominava as madrugadas. O sol só aparecia depois das 9 horas. E pontualmente às 15 horas a garoa se apresentava, por vezes seguida de densa neblina. Bons tempos. Mas este ano São Pedro nos pregou uma peça: o verão veio fantasiado de outono-inverno. Será a nova moda?
(Juares de Marcos Jardim - Santo André / São Paulo - SP)
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Por vezes o amor nos desconcerta, e nos sentimos
como sob uma forte neblina, sem saber que rumo tomar...
São coisas do amor...
A NEBLINA DO AMOR
Marcial Salaverry
O amor nos tolda a visão,
embala o coração,
mas é como uma neblina,
que nos cega, e desatina...
Amamos, porque amamos,
nem sempre amando ficamos
a quem realmente queremos,
mas reagir não podemos..
Entregamo-nos a esse doce sentimento,
que não deve trazer lamento,
embora por vezes seja um tormento...
Dá-nos muita felicidade,
embora sempre com um pingo de saudade,
impeça que sejamos felizes pela eternidade...
Vejo um vulto na neblina...
Formas difusas... Nada combina...
Mas... vejo-o...
Dentro de mim... sinto-o...
É esse o amor,
que à vida trará calor...
Marcial Salaverry
Sejamos como as estrelas. Quando ao nosso redor só houver escuridão, brilhemos. Por mais que em meio a neblina nosso brilho não apareça, continuemos a brilhar, forte, e mais forte ainda. A neblina sempre passa, mas o brilho da estrela continua eterno, pois ela decidiu apesar de tudo, brilhar.
Destino nebuloso
Remando contra o tempo me aproximei lentamente de uma neblina densa e assustadora,
parei com meu barquinho por alguns segundos e observei atentamente tudo a minha volta, vi corvos no céu e ouvi o sopro dos ventos uivantes,
mas também apreciei o voo das gaivotas e me alegrei com os golfinhos saltitantes,
ponderado pelo medo e iluminado pela lanterna da coragem, resolvi encarar a imponente neblina.
Às vezes, aparece a nossa volta,
uma névoa formada
de nossos problemas
e inseguranças
que embaça a nossa visão
ocultando as atuais bênçãos
e as preciosas lembranças,
na mente, vira um caos,
amargos instantes de confusão,
mas o que nos conforta
é que é temporária,
a nossa Fé em Deus,
como os ventos do outono,
pode soprar com força
e mandar toda a neblina embora.
O POEMA E O TEMPO
Foram dias de tamanha imaginação,
Acordar e saber qual seria o tema,
Eleito entre tantos, ao novo poema,
Acordar, te ver e ouvir todos os dias,
Era uma alegria vinda do fundo do coração,
Dois dedos de prosa e pimba...
Vinha na memória a ideia mais clara,
Passada a limpo, traduzida tão rara,
E tudo ganhava forma e rima,
Versos transcritos no carinho no brilho do teu rosto,
Cada palavra ganhando vida como a vida que produzia em mim, tua voz,
Que vinha de um som bem fina,
E eu me perdia pensando em nós,
Escrevia enquanto lá fora a neblina,
Escondida entre nuvens e raios do sol que de mansinho,
Como um gigante abria o caminho,
O astro rei então surgia,
Tazendo um lindo dia,
E nós não vimos a noite passar,
Nem o dia clarear,
Somente nossas longas conversas,
Inspiravam outras sensações,
Transbordavamos de emoções,
Que essas mesmas palavras,
As tuas a mim provocavas,
Emoções que ficaram guardadas,
Numa gavetinha, trancada a sete chaves,
Emoções perdidas no meu coração,
E que ainda permanecem sem uma clara definição,
Para abrir essa gavetinha,
Escrever novas páginas ou apenas uma nova linha,
Um novo verso, novo trecho,
Do poema que permanece inacabado, guardado,
Sem saber se serás o presente,
Ou se farás parte do passado?
Emoções perdidas às avessas,
Pela imensidão de sentimentos,
Que surgem a todo momento,
Quando o barulho das ondas do mar,
Despertam- me para um novo dia,
E assim permanece esse poema,
Esperando surgir nova inspiração,
Para concluir essa divina sensação...
Amor, saudades, encanto,ou paixão?
O tempo será a solução...
"Sob o abraço gelado do inverno, o dia se envolve em neblina e brilho, revelando a beleza única que só os dias frios podem trazer, envolvendo-nos em uma melodia suave e mágica."
A chuvinha inspira trova
assim bem pequenina
e a paisagem se renova
logo terá frio e neblina
Tudo se aquieta um instante
a ouvir o leve tamborilar
das gotinhas insistentes
no telhado a musicar
Nada é mais relaxante
do que esta fina melodia
a natureza compõe sonante
no palco de mais um dia
AUSÊNCIA
Às vezes sinto que me falto,
Na Curitiba que os fracos não perdoa,
Onde o corpo vaga pelas ruas,
Mas a alma, essa, destoa.
O vento gelado corta a pele,
E a neblina envolve a cidade,
Mas é dentro de mim que sinto
A mais profunda saudade.
As praças e os parques perfeitos,
Mas não aquecem meu coração,
Que busca em cada esquina
Um sinal de reconciliação.
Sou um andarilho solitário,
Pelas ruas de pedra e frio,
Procurando no horizonte cinzento
O pedaço de mim que partiu.
E assim sigo, meio ausente,
Nessa Curitiba de inverno sem fim,
Esperando que um dia, quem sabe,
Eu me encontre dentro de mim.
Se você ficar muito tempo distante da sua essência, os problemas te abduzirão como neblina em uma floresta encantada.
Minha neblina
O prazer escondido dentro do coração se assemelha a uma neblina proveniente de uma serração no alto de uma montanha. Quando a força da luz do Sol predomina, a vista da mesma montanha e do seu entorno são expostas, e a imagem é surpreendente, paralisante.
A busca pelo equilíbrio é um movimento incrível, porém apenas os bem dispostos a agir espontaneamente e com originalidade são capazes de aproveitar as oportunidades certas sem hesitar.
Estou no meio da minha neblina, bem de longe e com a vista ainda embaçada consigo ver a minha montanha, o meu Sol esta ficando forte, logo tudo vai ficar melhor.
“Fog” no cerrado
A neblina guarda
a fria madrugada
e o cerrado se enfarda
em candura delicada
Ela vem de tão distante
sobre os galhos tortos
vibrante,
pensamentos absortos
e vai adiante...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 maio de 2024, 04’50” – Araguari, MG
Não utilize somente seu guarda-chuva em dias muito chuvosos, afinal, toda neblina é sorrateira a procura de vendavais