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A implantação dos regimes Comunista e Capitalista em Berlim faz lembrar uma gincana, onde dois grupos executam uma tarefa em um determinado período de tempo e a queda do muro de Berlim apresenta o resultado dos dois estilos de regime de governo. Os regimes comunista e capitalista foram impiedosamente contrastados.
Vivo em tela viva
Tela de cara e coragem
Solta esse seu muro
E põe os pés nessa viagem
Floresce a sensação de liberdade de crescer naqueles que acreditam que, por mais numerosas que sejam as pedras, o muro não conseguirá cobrir o verdadeiro significado de sonhar.
A pior coisa é ficar em cima do muro, pois a qualquer momento tu pode cair para um lado que não queira.
Quem construiu o muro
De um lado gritam
Do outro também,
Entre eles um muro...
Nada mais além!
Uns esbravejam dali
Alguns acusam de lá,
E os dedos esticados a frente
Entre ambos os lados estavam a apontar.
Porém era só o muro que via
Somente este que ouvia,
E até de vez em quando sentia
Punhos cerrados, a lhe lançar!
Ânimos ficaram exaltados
Por tanto tempo, e então,
Certo dia o que no meio havia
Ruiu e se despedaçou no chão.
Os dois lados finalmente se encontram
Se entreolham, e iniciam um enfrentamento,
Começam a correr em um ar de guerra
Mas algo acontece neste momento...
Tropeços e mais tropeços nos tijolos
Alguém olha para o chão,
Assustado, vê espalhado que:
O muro não era qualquer construção!
Todos cessam a briga e percebem
Os tijolos eram parte deles também!
Alguém que resolveu não participar da escolha
E excluído virou um ninguém!
- Por isso que o muro era tão alto?
A maioria não queria confusão
Afinal escolher um lado,
Implica do outro, explícita exclusão!
E a medida que a intolerância avançou
Os opostos trataram de se separarem,
A extrema direita se formou,
A esquerda, longe trataram de se
posicionarem.
Porém, ficaram ao meio
Aqueles que não tinham objeção,
E estranharam o sentido de: como um todo
Possa se repartir e ainda assim ser São?
E estando estes unidos
Decidiram dos outros cuidarem:
Unindo se em uma estrutura sólida
Impedindo os dois lados de se machucarem.
Foram sábios guerreiros
E o silêncio decidiram usar
Arma contra a ausência de compreensão:
Qual o motivo de se guerrear?
Mas quando os divididos perceberam
Já era tarde demais,
O muro imóvel que de certa forma lutava
Agora se espalhou junto aos tais!
Se soa como ironia
Pode acreditar que não é só impressão,
Eles se perguntaram e não souberam responder:
- Este muro, quem fez a construção!?
SENTIMENTO OCULTO
A distância e o tempo, por vezes criam muros de Berlim nas nossas vidas que a qualquer altura podem ser quebrados por nós (O Homem), mas o sentimento esta sempre lá oculto, este ninguém quebra senão a força divina de cada um de nós!
Estrela (star)
cicatriz (scar)
tristeza
vergonha
presépio
em Belém
tristeza
vergonha
que cabem
aqui também...
Aqui, as estrelas ou cicatrizes se formaram em cada mulher, homem, jovem ou criança que foi vítima de uma bala que não encontrou um muro.
Infância não é um tempo.
É um lugar com ruas de terra, casinhas sem muros, sons, cores, cheiros...
que só visitamos quando envelhecemos.
Nas minhas paredes faço patchworks.
Presentes e lembranças de pessoas que moram no meu coração.
Paredes nuas são só muros.
Prisão.
*O muro*
O muro, se eu pudesse falar, diria:
Sou uma tela em branco.
Sou o lugar do artista e suas ideias
Não separado, interajo.
Não julgo, suporto.
Sou parado no tempo, mas através de voce, posso registrar esse tempo.
Pode pintar, descrever, se expressar.
Estou ali para ser a arte e não para ser o desgaste.
Não pertenço, sou de todos!
Do branco, do índio, do negro, do rico e do pobre, dos homens, das mulheres, enfim, de todos os seres.
Quando branco, sou sua mente, vendo a imagem sendo criada. Quando as tintas do grafite me permeiam, sou a ARTE, única. Sou a vida, que poeticamente se desnuda.
O muro disse o que sentia. E agora ele pertence a todos nós!
Muro das lamentações
Pavões que se levantam
Baixando decoros e bastiões
Sem darem conta, plantam
No seu muro das lamentações
As vergonhas que cantam
Sem saberem cantar canções!
Diz o ditado que não aprende
O pavão da latente cidadela,
Que desse cantar depende
Pra sonhar ser coisa bela,
E por isso ele acende
À vergonha uma vela!
eu nunca soube
ser metade
nem da laranja
em cima do muro
nem morna
ponderando o mergulho
sempre fui inteira:
um cacho maduro
um limão sem suco
dos pés à cabeça
da cabeça às nuvens
#Oi...
Não sei se recorda...
Isso já não me importa...
Sou aquele menino sozinho...
De poucos amigos...
E por tantos rejeitado...
Achei que seria...
Boa idéia...
Em um belo dia...
Me declarar a você...
Passei pelo medo...
Tirei do peito...
O coração...
Escrevi uma carta...
Perfumei...
Não assinei...
Na madrugada...
Muro pulei...
Em sombras andei...
Sob estrelas, me esquivei...
Escondido na emoção...
Nas sombras deixei...
A declaração de amor...
E você, o que fez?
Leu...
Curioso ficou...
Sem saber quem lhe escreveu...
Porém, desconfiou...
Me procurou...
Confessei...
E me amou...
Mas, o tempo passa...
E passou...
Cansou...
Não cansei...
Ainda lhe amo...
Ainda lhe quero...
Ainda me tira o chão...
Me faz me sentir criança...
Cheio de esperança...
Ainda sinto seu olhar...
A me procurar...
Olho também...
Retribuo...
Dessa vez...
Que deve procurar quem?
Sandro Paschoal Nogueira
Eis uma coisa generalizável sem pecado algum, todos os alunos da escola pública são iguais: não estudantes, apenas aluno. E os piores maltratam os professores! Por que as vozes imperativas continuam mandando as crianças para a escola, se todavia os exemplos de sucesso desestimulam-nas no esporte, na música e nas artes? Eu acreditava que fora da escola, ou seja, sem estudar, ninguém prosperaria. Por isso, estudei o suficiente para, só agora, entender que fora dos muros da escola, há um mundo próspero que faz a diferença na música, no esporte e nas artes! (CiFA
"Não importa quem vai derrubar o muro. O que importa é que, uma vez que o muro caia, os dois lados vão poder se ver."
Ah, se as pessoas soubessem o poder devastador de uma mentira...
O quanto ela fere, machuca, destrói.
Como um exército marchando por cima de um canteiro de flores, ela vem esmagando aquilo que há de mais belo...
Deixando marcas permanentes, perdura com o medo. Aquele medo de confiar novamente.
Levantamos nossos muros e nos tornamos mais cautelosos com aqueles que desejam entrar.
Ah, se as pessoas soubessem o peso de carregar esse fardo de desconfianças...
Em contrapartida a verdade é mui atraente...