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Thereza
Em memória de minha irmã, Thereza Motta Morgan
Em um número uma vida acaba,
e substitui um nome que fica
apenas na lembrança de alguns,
de quem foi, que fez, o que amou,
e o quanto a amamos.
São sombras, apenas cinzas,
de quem antes foi paixão,
esperanças, sofrimentos, alegrias.
De sua energia florecerão vidas
como novas flores, e será eterna.
Você que diz "sextou". Jesus morreu na sexta por traição de amigo falso que beijava, sorria e bebia junto na mesa.
Conto de Fadas
Como queria ser Julieta
Ser Isolda, ser Helena
Ser uma dessas princesas
para ser amada loucamente.
Sei que são tragédias
Que são histórias sem sorte
Mas prefiro um amor ferido de morte
Do que uma morte sem amor em vida.
“A morte não é tudo. Não é o final. Eu apenas passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como foi. Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos permanece intocada, imutável. O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira que sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra. A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. O que é esta morte senão um acidente desprezível? Porque ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão? Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo, bem próximo, na outra esquina. Está tudo bem!”
Ninguém vai chorar por você,
mas pela falta que você fará,
a companhia e a presença,
o tempo compartilhado,
os espaços preenchidos,
seu ouvido disponível,
sua voz consoladora.
A morte destrói o corpo,
não o amor que ficou,
embora em dor e saudade.
Lembrança é quase pessoa,
vagando por toda a casa,
perfume de coisas órfãs,
gemendo em cada lugar.
Ninguém sabe, na verdade, se por acaso a
morte não é o maior de todos os bens para o homem, e
entretanto todos a temem, como se soubessem, com certeza,
que é o maior dos males.
Não pode um homem ter melhor morte que:
Lutando contra o desconhecido
Pelas cinzas de seus pais e
Pelos templos de seus deuses!
Não é a morte que me importa, porque ela é um fato. O que me importa é o que eu faço da minha vida enquanto minha morte não acontece, para que essa vida não seja banal, superficial, fútil, pequena.
E, por fim, de que nos adianta uma vida longa se ela é penosa, pobre em alegrias e tão cheia de sofrimento que só podemos dar as boas-vindas à morte, saudando-a como libertadora?
O mundo está em nossas mãos. Nós temos que fazer alguma coisa. Caso contrário, Thanos deveria ter matado todos nós.
(Capitão América)
O contrário da morte não é a vida, é o amor.
Nota: Adaptação de Link
Um homem maduro é aquele em cuja alma todos os sentimentos e emoções — ternura, ódio, esperança, pressa, indiferença, todos eles — são balizados pela consciência da morte.
Porque no fim você não vai se lembrar do tempo que passou no escritório ou movendo a mobília. Por Deus escale aquela montanha.
Se eu morresse amanhã?
E se eu virasse lembrança?
Se meu olhar não encontrasse mais o teu?
Se meu bom dia não existisse mais?
Se minha poesia fosse morta, como eu?
Se eu não lhe esperasse mais, todos os dias?
Se eu não pudesse mais te fazer bem, quando tudo vai mal?
Se eu não vivesse para presenciar um sorriso teu? Ele existiria?
Se eu não estivesse ao teu lado, para segurar tua mão?
Se meu perfume fosse somente lembrança? Seria tortura?
Meu beijo te faria falta?
Quem te ouviria por horas, só para te ver desabafar?
Quem riria do seu riso?
Quem preencheria essa vaga ao seu lado?
Eu preenchi?
Que de nós, sentiria mais saudade?
Como seria, dormir sem meu boa noite?
Se no seu mundo, eu não habitasse mais?
Quem cantaria para você sentir-se melhor?
Quem lhe escreveria poesias e canções?
Quem dançaria sem motivo, só para te ver sorrir?
Quem ficaria feliz em apenas ouvir teu riso?
Quem te conheceria, como eu?
Eu lhe faria diferença?
Nunca acuse a morte por ter levado alguém que você ama embora. Nem a vida por te fazer sofrer com a partida de alguém. Mas acuse a si mesmo por não saber aceitar nenhum dos lados.
O Sofrimento
A nobre verdade do sofrimento é, ó monges, a seguinte:
o nascimento é sofrimento, a velhice é sofrimento, a morte é sofrimento, as tristezas, os lamentos, o abatimento e o desespero são sofrimento, não conseguir o que se deseja é sofrimento. Em suma, os cinco agregados que provêm dos sentidos são dolorosos.
Doente e ainda assim feliz, em perigo e ainda assim feliz, morrendo e ainda assim feliz, no exílio e ainda assim feliz, na desgraça e feliz.
Na minha opinião, existem dois tipos de morte: se tiver sorte, tem uma vida longa e um dia seu corpo para de trabalhar e acabou. Mas se você não tem sorte, você morre um pouco de novo e de novo até que perceba que é tarde demais.
Não importa quantos aliados você tenha ao seu redor, quando morrer, você estará sozinho.
(Satoru Gojo)