Tag monte
(subi a Monte Córdova, para ver o mar...)
neste reino ao pé do mar,
vejo e sou o meu singelo olhar...
a terra o sol o vento o mar,
depois de alguns lamentos,
que tentei afugentar.
estava um vento mui frio,
cai um silêncio sombrio...
sente-se o cheiro de mar
que sustém eternos murmúreos
quanto mais te bebemos,
mais sede temos.
aqui neste Santuário,
alguém sentou pra te olhar...
eis tudo o que eu preciso,
de manhã, à tarde, ao luar!...
-- josecerejeirafontes
Das coisas que aprendi no Monte Roraima
Aprendi que a vontade de alcançar um objetivo é maior que a distância e mais forte que a fraqueza.
Aprendi que a natureza é mais antiga que o tempo e que a ela precisamos pedir permissão para adentrar.
Aprendi que a nossa visão e audição as vezes nos traem. O perto nem sempre é tão próximo.
Aprendi que os romances são tão efêmeros quanto as nuvens e que o tempo é menos importante que as ações que fazemos.
Aprendi que confiar, significa estar à beira do abismo e segurar sem receios, a mão de alguém desconhecido.
Aprendi que não importa o ritmo que os outros caminham. O destino é sempre o mesmo, pra frente, no alto.
Aprendi que o Monte Roraima é a morada dos deuses e que a Gran Sabana é a morada dos humanos.
Apreendi que nossos amigos são aqueles que vibram com nosso sucesso, nos consolam em nossas tristezas e também nos suportam em nossos momentos mais opróbrios.
Aprendi que não importa quão intensas foram as experiências antes vividas, o Monte Roraima sempre encontrará uma maneira surreal de nos surpreender.
Quero deixar registrado
Que eu vim
Apenas pra te ver
Na verdade, eu vivo
Só pra te ver
Nem que seja uma vez
Eu quero entrar na nuvem
Que envolve o paraíso
Onde está a sua beleza
Eu quero subir o monte
Até chegar no topo do mundo
Que é estar com você
E nada na minha vida
Pode chegar perto de se comparar
A viver com você
Meu alvo sempre foi você
Meu destino é você
E pra sempre vou te querer
INSATISFAÇÃO
Pela manhã o silencio dos homens
Faz frio e a chuva cai
Proporciona prazer o som que
o gotejar produz ao tocar as folhas
das arvores e os telhados das casas
As nuvens no céu são densas
quase não se pode enxergar os montes
O cão ladra, uiva
talvez sentido o cheiro do cio
Os pássaros surpreendem
voam e cantam como se fosse
um dia ensolarado de primavera
E o homem que percebe tudo isso, murmura
Quem dera ser horizonte
Num dia poder escolher ser céu,
Noutro pedaço de terra no cume de um monte!
O olhar paira a aura branco cinza que se esbate sobre o planalto do horizonte, lá longe, longe de o encontra, longe de o tocar invejando o sentido do seu propósito de ser. Limite entre todo aquilo que existe e tudo aquilo que não existe dentro do coração da gente. Linha fina, infinita, que não se aumenta nem diminui, vectorial dentro de de mim onde eu desenho um ou dois... Universos!
Nada vai permanecer
No estado em que está.
Eu só penso em ver você .
Eu só quero te encontrar
Geleiras vão derreter ,
Estrelas vão se apagar.
E eu pensando em ter você
Pelo tempo que durar
O Monte
Sentindo o frio na espinha,
O vento levemente sopra a face,
Os pássaros alvoroçados cantam,
Diante dos olhos, um foço de luz,
Um extenso vale molhado da névoa,
De cores, aroma e sabores...
Naquele monte escarpado,
Um tesouro às escondidas,
Onde o sol não brilha, se põe...
Um interlúdio para reverenciar
Eu com minha alma em chamas,
Batimentos desalinhados,
Volúpia e simetria...
Tocando as pétalas desabrochadas,
A passo e passo, adentro ao vestíbulo,
Desajuizado a explorar,
Desembainhado a dançar...
Abrandando os sussurros dos ventos,
Osculações abrasadas na cerviz,
Os pomos, belos e bem delineados,
Aprecio-os com devoção, contemplam o Éden
Como eles, o colo embebido...
No enlace dos corpos, ofegantes,
os amantes entregam-se lascivamente,
sobre o outeiro, suspirando em brasas,
do sonho ao apogeu...
Ah, a natureza e sua beleza misteriosa...
As fímbrias a vascolejar
As borboletas a voar,
O deleite do poeta,
A moldura do artista...
Apego-me às memórias daquele Monte de Vênus!
Os caminhos de Deus nem sempre são óbvios, para nós que pouco entendemos de sua grandiosidade.
João da Cruz, foi um místico, sacerdote e frade carmelita, nascido em 1542, (Espanha). Em sua obra "Subida ao Monte Carmelo" há uma passagem profunda:
Para chegares ao que não sabes, hás de ir por onde não sabes.
Para vires o que não possuis, hás de ir por onde não possuis.
Para chegares a possuir tudo, não queiras possuir coisa alguma.
Para chegares ao que não és, hás de ir por onde não és.
Para chegares a ser tudo, não queira ser coisa alguma.
Para chegares ao que não gostas, hás de ir por onde não gostas.
Para chegares a saber tudo, não queira saber coisa alguma.
Para chegares a saborear tudo, não queiras ter gosto em coisa alguma.
Esse é o caminho,
A CHAPADA
Quero sempre olhar o mundo
Como quem está na chapada.
Lá do alto dá pra ver
Se há perigo de emboscada.
Também posso dar a mão
E ajudar o meu irmão
A subir na escalada.
Ontem sonhei com você
Sonhei que criava filmes
E que estava perfeita
Nada fora da realidade.
Nada que eu já não tenha
Pensado antes.
Tudo era bom e real
No tempo certo,era assim
O dia era verão
E toda noite chovia
Em todos os momentos eu dizia.
Que embora fosse um sonho, eu sentia
Que precisava de mais tempo
Mas, entendo, precisava acordar
Só não me acorde agora, amor
Eu ainda preciso recitar
Não me deixe acordar, amor
Porque eu amo sonhar
Você acordou que horas, amor
Me deixe, dormir, preciso voltar a te amar.
O monte mais alto do Senhor, é se prostrar com humildade e sinceridade no coração. E o que nos faz um verdadeiro adorador é a oração.
Se o Monte Olimpo fosse real,
certamente, lá estarias
por esta tua beleza divinal
de traços ricos, de pele macia
com uma face delicada
e de um viver expressivo
por ter um espírito de liberdade
e uma luz que não se apaga,
então, és uma mulher de detalhes
bem distintos,
razão pela a qual a tua presença é rara
e deixa os meus olhos atraídos.
A subida ao monte é essencial para desfrutar da vista do horizonte, que se revela à medida que se eleva.
(Everest)
Deusa do céu
Arte ofuscante
Brilho da Terra
Beleza gigante!
Mãe do universo
Pico D'Oeste
Grandeza excelsa
Monte Everest!
Sou, num alto de monte...
Onde bate o luar em noite triste…
Aquele que murmura nas horas mortas...
O desejo de uma vida nova...
Negra sorte...
Vivendo dia após dia...
Sobrevivendo a própria morte...
Imagens de saudades...
Varrida por temporais...
Oculto entre as brumas...
Sonhando e sonhando sempre mais...
Fugitiva deste mundo...
Se fez minha alegria...
Às noites eu amo...
E tudo finda no raiar do dia...
Lágrimas dos meus olhos são flores...
Que as semeio pelo chão...
Alumiado de sombras e luz...
Permanece meu coração...
Num íntimo pudor vou envelhecendo...
Ninguém me deseja apaixonado...
E na dor do silêncio...
Em demência me perco...
E já nem sei quem sou...
Sandro Paschoal Nogueira
Por que cantais aos montes se a sua voz fica no pensamento? Por que calais ao mundo se a sua voz é direcionamento?