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⁠ E se a vida se esvaísse do meu corpo hoje enquanto eu olho essas nuvens brancas percorrendo a imensidão azul do céu?
Deitada no chão, fumando um cigarro com a cabeça no passado sem imaginar um cenário de possível futuro.
Não por falta de tentativas, eu realmente tentei, tentei muito e, por algum tempo, até consegui. Até notar que o mérito não era meu, e sim, dos remédios, da terapeuta, e de uma esperança de ter você ao meu lado novamente.
E se eu não fosse responsável por fazer a vida dos meus gatos feliz, eu estaria livre para ir?
Tão jovem, tanta dor, tantos momentos ruins colecionados que se destacam dos bons que por parte, estão esquecidos devido a perda cognitiva.
E se esse mesmo céu lindo e melancólico nesse exato momento for o mesmo que você porventura esteja também a contemplar?
E se eu for? Você irá chorar ou se aliviar?

Saudade

Esses dias li a frase: "Pessoas indecisas magoam pessoas incríveis". É ruim ser a pessoa incrível que foi magoada. Mas é bem pior perceber que você é a pessoa indecisa que magoou. 

Pior ainda é perceber que a sua indecisão não só magoou alguém, mas magoou a pessoa que era mais importante pra você naquele momento, a pessoa que te faria mudar, ser feliz, transcender. 

É ainda pior perceber que você terá que conviver com o peso da sua decisão, ou melhor, indecisão, e isso vai te machucar pouco a pouco, talvez por muito tempo. 

E é cortante pensar que se você não fosse aquela pessoa indecisa, se se posicionasse ou ao menos fosse mais claro em suas escolhas, não estaria tão mal, não triste, tão melancólico e por fim, tão infeliz. Nem precisaria, talvez, estar pensando nisso agora ou sequer escrevendo qualquer coisa desse tipo. 

Ou talvez - e não menos trágico - isso tudo seja só saudade. Imerecida, pois você foi aquela pessoa indecisa, mas ainda assim saudade. 

⁠Uma atitude simples, uma frase simples. Não desperdice a chance de dizer seu amor pela pessoa amada. Mas lembre-se também que amar não é só falar. Eu poderia estar com ela neste momento, ou pelo menos saber que ela sabe o que eu sinto e quero dela. Mas infelizmente o medo de ser magoado, rejeitado e trocado novamente é maior que o meu amor. Não tenha medo de amar e nem de ser amado. A vida é feita de amores e dores. - @kkkkkkk.etenobaf

⁠Sob os olhos de candura
Deita-se em resplendor.
Canta em melancolia
Versos de saudade.
Que há de ser do amanhã
Quando o horizonte chegar
Sem ninguém ao lado
Para tudo se compartilhar?

⁠MORTIFICADO

Por que senhor, por que me fizestes tão quebradiço ? Quando essa sequência de derrota há de acabar ? Mesmo não crendo em ti, sei que tua maldade não seria tão grande com teu filho. Há tempos que não vejo lágrimas descendo sobre meu rosto, a solidão que antes me afligia e me dava medo, hoje já não me assusta.

Nem o remédio mais forte, a cirurgia mais precisa ou a terapia mais intensa tirariam os pensamentos lastimosos que venho tendo. Eu não queria refletir com tal profundidade, mas agora é tarde demais, o demônio da dúvida se sentou no meu ombro, e agora papeia comigo sobre tudo.

Já não reconheço semblante estampado em meu rosto, já não me sinto mais o mesmo, já não tenho mais a sede de viver. Acho que a fonte da vida, um dia seca para todos.

⁠Dualidade da Vida

⁠Vida em dualidade, bela e dor,
Máscaras sussurram verdades ocultas,
Rio de luz, sombras que me envolvem,
Melancolia revela a alma sepulta.

No cerne das máscaras, segredos guardados,
Lágrimas sussurram silêncios antigos,
A vida é pintura em tons desbotados,
Reflexões mergulhadas em vales sombrios.

Desvendar a vida, desvendar a dor,
A poesia revela segredos esquecidos,
Palavras como fios de melancolia,
Teço a trama dos sentimentos perdidos.

Em cada verso, um eco de saudade,
Em cada pausa, a melodia da solidão,
Vida bela e dolorosa, contradição,
Onde a tristeza se mescla à eternidade.

⁠A Beleza solitária, aprisionada na sua própria imagem, muitas vezes carrega a tristeza da superficialidade. Num mundo onde a essência se perde na estética, a solidão da beleza é a melancolia. A verdadeira caixa de pandora reside além do superficial. E só a autenticidade para iluminar a alma.

⁠— O que é a vida?
— Não sei...
— O que é a vida?
— O que? Eu não sei...
— O que é a vida?
— ...
— O que é a vida?
— Fatalidade. É dor. É a constante encontro e desencontro! De coisa, pessoas, almas... É apenas injusta e ponto. Tem essa beleza nas pequenas e menores coisas, mas é brutal com todo o resto.
[...]
— Por que?
— Por que o que?
— Por que tanta tristeza? A vida pode ser boa...
— É... tenho certeza que pode. Mas até agora, sinto muito, mas é tudo que eu tenho. Tudo que eu sinto.
— Você poderia ter mentido.
— É o que eu tenho feito minha vida toda. “Você tá bem?” “Claro.” Eu respondo com um sorriso de canto de boca murcho e amarelado “Só preciso descansar, sabe.”
[...]
— Eu prometo que da próxima vez é eu vou conseguir. Só fiquei um pouco enrolado dessa vez. Mas você sabe que o papai te ama né?
— Tudo bem papai, não se preocupa.
— Desculpa não ter te chamado, é que você nunca vem mesmo! A gente achou que você não ia se importar.
— Ah, não, tudo bem. Eu tô bem, não se preocupa.
— E suas irmãs? Como elas estão?
— Elas... faleceram. Já faz um ano. Mas agora eu tô bem, sério, não se preocupa.
[...]
— Oi meninas... vocês podem me ouvir daí? Vocês estão tão longe... Como é aí? Entre as estrelas... Daqui parece gelado e quieto. Meu quarto está assim ultimamente. E minha mente também. Quando eu me sinto assim... eu só deito no chão, fecho meus olhos e espero passar. Funcionou por um tempo.
Mas o problema com essa técnica é que agora eu me sinto assim em todo lugar, todo tempo. Se eu começar a deitar na rua, as pessoas vão achar que eu sou doida.
Agora quando eu deito no chão e fecho meus olhos, eu espero não abri-los de novo.
[...]
— Que tipo de Deus iria tirar elas e me deixar aqui? Por que eu? Por que elas? Eu odeio aqui! Tudo é uma bagunça! Tudo é tão alto, e rude, e.... Você deveria ter me levado. Elas merecem mais do que eu. Todo mundo nessa Terra merece mais do que eu sou. Mais do que posso ser.
— Para de falar besteira! Você é uma ingrata. Mimada. Tô cansada de ouvir você reclamar de como a sua é ruim e como você odeia tudo. Tô cansada dessa melancolia e tristeza! Você nunca vai ser feliz e quer que todo mundo fique nesse buraco com você! Você não quer me feliz. Eu sinto muito, mas eu quero acreditar que a minha vida é muito além do que ter que me preocupar com você.
— ...
[...]
— Por favor... só... por favor alguém se preocupe.

⁠Eu sinto muito.
Sinto muito amor.
Sinto muita dor.
Tristeza, melancolia,
E uma vontade enorme de ser uma idealização minha
Sinto que posso me explodir a qualquer instante, explodir de tanto sentir.
Ja há momentos que sinto um vazio, por nenhum sentimento vir.
Sinto que estou caminhando, olhando para meus próprios pés.

A minha solidão é autoinfligida

A ⁠minha solidão, como uma sombra persistente,
Infligida por escolhas e silêncios,
É um vazio que se estende,
Um abismo onde os pensamentos dançam.

Nas noites solitárias, alta e imponente,
Ela se ergue como uma torre de pedra,
Cercada por memórias e arrependimentos,
Um labirinto de emoções sem saída.

Solidão, companheira silenciosa,
Teço versos com fios de melancolia,
Escrevo cartas para o vento,
Na esperança de que alguém as leia.

Mas a solidão é minha fiel confidente,
Ela conhece meus segredos mais profundos,
As cicatrizes que escondo sob a pele,
E os sonhos que se perderam no tempo.

Alto na madrugada, olho para as estrelas,
Buscando respostas no céu escuro,
Mas a solidão sussurra: “A resposta está dentro de ti”,
E eu me perco nas sombras do meu próprio ser.

Talvez um dia a solidão se transforme
Em algo mais suave, menos cortante,
Até lá, continuo a escrever,
Na esperança de que minhas palavras alcancem alguém lá fora.

⁠Vestiu tanto uma casca adulta
Que agora, se sente vazio
Como uma casca oca.

Somos instrumentos musicais que vibram conforme o conteúdo de nossas mentes.

FRIO (cerrado)

Quem o contentar dirá destas noites de frio?
Corre no cerrado de galho a galho, arrepio
Dum vento seco e bravio. E eu, aqui tão só
Em queixas caladas, calafrios, é de dar dó
Recolhido na tristeza do invernado cerrado
Cheio de solidão, de silêncio e de pecado...

Que corrosiva saudade! Esquisita e estranha
Uma está lembrança forjada na entranha
Do inverno, caída de outrem, fluindo amargor
Onde, em sombrio sonho, eu vivendo a dor
Sem querer, na ingratidão, com indiferença
No vazio da retidão, da ilusão e da crença

Que acirrado frio, sem piedade, ofensivo
Que me faz reclusivo, neste cárcere cativo
Insano, em vão, duma melancolia lodaçal
Que braveja, me abraça e me faz tão mal...
Por que, pra um devaneador esta paragem
Que ouriça, e é tão deslocada de coragem?

Ah! quem pode me dizer pra que assim veio?
Se está tortura é passageira, assim, eu creio.
E a minha miséria aberta, escorre pelo olhar
Receio... e mais gelado fica em mim o pesar.
Uma prosa alheia, uma penitencia escondida
Se é só o frio, por que esta insânia homicida?...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de julho de 2019
00’17”, Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Um Relato Melancólico da Fragilidade Humana

⁠Hoje, entre os soluços contidos e os suspiros profundos, sinto a tristeza tomar conta de cada fibra do meu ser. O dia, habitualmente repleto de luz e cores, parece mergulhado em um manto cinzento e opaco. As nuvens se aglomeram no céu, como se quisessem refletir o turbilhão de emoções que se desenrola dentro de mim.

Desculpe-me, mundo, por não conseguir erguer o sorriso que costumeiramente adornava meu rosto. Não é por falta de tentativa, mas sim pela imensa dificuldade em vislumbrar a beleza da vida neste momento. Às vezes, a força parece escorrer por entre os dedos, e a fragilidade humana se faz presente de forma inegável.

Lembro-me das palavras sábias de uma canção que ecoa em minha mente: "Moço, ninguém é de ferro." Somos seres moldados pela imperfeição, destinados a falhar e a cair. E é justamente nesses momentos de queda que percebemos nossa humanidade mais visceral, nossa capacidade de errar e de aprender com nossos equívocos.

Então, hoje, permito-me cair. Deixo-me envolver pela tristeza e pela melancolia, compreendendo que, mesmo nas sombras mais densas, há espaço para a luz da esperança brilhar. Pois é na aceitação da nossa fragilidade que encontramos a verdadeira força para seguir em frente, rumo aos horizontes que aguardam para serem descobertos.

⁠O ódio mata, mas e o amor?  

Sempre me falaram:  
"O ódio dá câncer no peito."  
Mas e o amor? Onde ele dorme?  
Onde ele dá câncer?  

Por que nunca se fala  
da maior dor de amar,  
mas se fala do ódio?  

Eu não amo pessoas o suficiente  
para deixar que toquem minhas cicatrizes,  
pois sei que vão tocar  
com mãos cheias de sal.  

Todas as minhas feridas  
foram por amar demais.  

Ninguém fala como o amor mata  
mais do que o ódio.  
Pois o ódio nunca vem sozinho.  

Antes de odiar, havia amor.  
Antes de odiar alguém, você a amava.  
Mesmo sem conhecer, você amava  
por não conhecer.  

Agora que conhece, odeia.  

Então, quem mata não é o ódio.  
Quem mata é o amor.  
Ele é uma doença invisível para os intensos  
e, para os superficiais, uma brincadeira.

As lágrimas da tristeza são o sangue do coração, escorrendo já sem cor pelo canto dos nossos olhos

Inserida por Isaacazar

A morte é apenas uma piada melancólica, não perdemos nada, o tudo que nos perde.

Inserida por VictorHugoOliveira_

Nós dissemos "olá" milhões de vezes, mas a coisa mais difícil de se fazer é dizer "adeus".

Inserida por deboraduarteb

Foi então que ali, no silêncio pesaroso da noite, que finalmente compreendi. Eu estava doente. Eu havia nascido doente. E essa doença se chamava 'melancolia'.

Inserida por deboraduarteb

As pessoas morrem todos os dias. Algumas mentalmente, algumas fisicamente e outras emocionalmente.

Inserida por deboraduarteb

Não pensar em ti é impensável

Depressão não é tristeza contínua, é simplesmente não sentir nada, e esse é o problema.
O vazio me consome.

Inserida por SomeoneSomewhere

Foi você
Quem me deu inspiração
Para montar
Palavras em versos

Era você
Em todos
Os pontos de vistas
E vai continuar sendo
O motivo
Da minha melancolia.

Inserida por jsynl

mãos que trago ainda atadas pela vida, que importa isso agora, vêm de longes ignorados, só as palavras vivem o prazer de conhecer seus desejos incontidos, às vezes vazias, adormecidas no regaço alheadas de tudo...quando deste pelas minhas mãos?- sôfregas, desenhando carícias em teu corpo, na melancolia duma qualquer tarde doce...como o tempo voa, são agora mãos cheias de nada...

Inserida por nataliarosafogo1943

" Nesses dias melancólicos o que se ouve é um vasto silêncio.
Parece que estão dormindo.
Mas não, é apenas orgulho de falar o que sentem."

Inserida por euandreiabarros