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“Os grandes semáforos fecham a passagem, mas podemos atravessar os mata-burros.”
Giovane Silva Santos
O QUE NÃO MATA ALEIJA
O que acaba com a vida não é o cigarro...
Tampouco a bebida...
É o egoísmo sem medida...
A alma ferida...
O que mata o ser humano não são os vícios...
São os resquícios...
Resquícios de uma vida vazia...
O que mata não é a bala perdida...
E sim uma palavra mal proferida...
Um amor não correspondido...
A falta de um ombro ou um ouvido...
O que mata não é uma fera com sua poderosa mordida...
E sim uma vida reprimida...
O que mata não é a falta de alimentação...
É o excesso de ingestão...
Ingestão de sapos empurrados goela abaixo...
O que mata não é a depressão...
É a pressão, a opressão, a repressão e a decepção...
O que destrói uma vida não é o veneno...
Seja branco ou cor de rosa...
O que destrói é uma língua venenosa...
A CASINHA
Bem no meio da floresta
A casinha isolada
A luz é do vagalume
O som é da bicharada
Da terra vem a sustância
Do rio água para a estância
Natureza abençoada
Minha dança é um poema sagrado em que cada movimento é uma palavra e cuja palavra é sublinhada pela música. O templo em que danço posso ser vago ou fielmente reproduzido, pois eu sou o templo.
A morte não é nada, nem vida, por isso matéria. Para morrer, para dormir, passar para o nada, o que isso importa? Tudo é uma ilusão.
Acerca das emoções...
É um equivoco achar que ao engolir os sapos eles morrerão!
Tudo de ruim que enterramos vivo dentro da gente não morre, nos mata!
"Ainda me lembro dos seus olhos de mata, com aquele verdejar.
Aqueles olhos verdes, que me remetiam ao mais belo e profundo mar.
O macio da tez, me causa tortura, ao lembrar.
Deveria tê-lo feito, te pedido pra ficar.
A distância que nos separa, me faz ter o doce do seus lábios, somente no sonhar.
Aqui estou eu e ela está lá.
Longe do seu aconchego, sou sofrimento, longe do seu abraço, não tenho um lar.
Sinto falta do negror dos cabelos, que cobriam-me a alma, naquelas noites de luar.
Eu já não sei o que pensar.
A ausência do vermelho dos teus lábios, me afoga como o mais profundo rio, não posso nadar.
Encontro um suspiro nas lembranças, de outrora, ao lhe beijar.
Recordo-me do olhos verdes, que ao fitarem-me, vieram a calma me roubar.
E eu ainda me lembro dos seus olhos de mata, com aquele doce, sereno e profundo, verdejar..."
Qual será a sensação?
Que ela sente em se olhar no espelho e ver que é a mais gata
Que desde novinha, esse olhar de felina
Tem que ter cuidado se não mata
Não existe dúvida quando se tem decisões, esperar pela decisão aumenta a dúvida, decidir dói, e não decidir mata...
O meio que não soma subtrai...
O meio que te consome, te mata...
O meio que te julga não te absolve...
O meio que te absorve não te alimenta...
O meio não é o fim, mas o fim pode ser o meio.
Poty Porã (microconto)
Numa aldeia guarani vivia triste um casal que não podia ter filhos. O pajé fez um ritual e lhes deu um remédio da mata. Tempo depois, nasceu a indiazinha Bela Flor, que a todos alegrou.
A benesse divina de poder participar de uma aventura marcante, trilhando por um pedaço de Mata Atlântica, sentindo o ar puro, ouvindo o canto sereno dos pássaros, adentrando uma diversidade verdejante, a natureza sendo uma anfitriã amável, recebendo de braços abertos, transmitindo uma paz incomum, trechos de águas cristalinas, grandes rochas, belas vistas por várias partes, uma visão grandiosa, experiência entusiasmante, um fôlego de vida, um frescor de liberdade a cada instante.
Assim foi o meu dia atípico de ontem, quando os aventureiros estiveram reunidos, partilhando o encanto pela riqueza do meio ambiente, benéfico em vários sentidos em um ecossistema fascinante, raios de sol passando por entre as árvores, iluminando com mais expressividade algumas partes da trilha, revelando até as formigas em atividade, aves cantando e voando tranquilamente como se tivessem nos dando as boas vindas por meio de uma vívida sonoridade.
E já que nem tudo são flores, após muitos passos durante o percurso, suor derramado, respirações que ficaram um tanto ofegantes, batimentos acelerados, ainda aconteceu um imprevisto desagradável e cômico ao mesmo tempo, todavia, seguimos para o ponto mais alto e fomos agraciados ao vermos a grandeza de uma linda árvore que antes estava solitária, mas logo ficou cercada por vários corações vitoriosos de mãos dadas, todos iluminados por um incrível pôr do sol, avivamento genuíno para a alma.
Vivenciamos momentos de contemplação, conhecimentos, interação de rostos familiares e outros recém conhecidos, caminhamos, subimos, descemos, os nossos olhos foram afagados pela graciosa naturalidade, também houve cenas engraçadas, bons sentimentos, certos medos foram enfrentados, tomamos banhos de vitalidade, um misto de desafios e contentamentos, tudo isso compensado pela renovação do espírito, pelos olhares que ficaram deslumbrados, o amor pelo o que é simples e belo, a essência de Beija-flor e seu íntimo liberto.