Tag marinho
Tem gente que parece ter duas bocas e um ouvido.
Falam demais, só besteira, ouvem de menos e entendem quase nada.
Para essas eu precisaria de dois sacos.
O tempo não é nada mas pode ser tudo.
Ontem tive a sensação que os últimos trinta anos passaram como trinta minutos.
Hoje parece que foi ontem que eu sentei com meu amigo Delci Lima e falamos um pouco de tudo, como nos velhos tempos.
Como a vida é, foi e sabe-se lá como será.
Mas essa harmonia tem nome, chama-se respeito pelo que cada é, foi e será.
Nunca há divergências em quem procura similitudes.
Bom ver que algumas amizades não dependem de pouco mais que umas lembranças e do respeito mútuo que tem que haver entre ideias e amigos, amigos e ideias.
Dois pesos, duas medidas e a defesa do indefensável.
Não vou me colocar como vestal, nem defender princípios morais que eu e muita gente às vezes transgredimos,pelo fato de que amigos ou conhecidos nos pareraçam menos perigosos do que os desconhecidos.
Nesse caso é preciso observar e evitar tomar partido.
Nem sempre quem a gente não critica merece elogios e temos visto pessoas aparentemente inofensivas serem muito cruéis.
A gente deveria ser antes velho e depois novo.
Sábias palavras do meu avô Antonio Perez, repetidas tantas vezes que eu jamais esqueci.
Uma das raras vantagens de envelhecer é que o conjunto das experiências pelas quais passamos pode ajudar a não cometer alguns erros e para que não repitamos os velhos. Erros, que podem variar de simples enganos até os monumentais, que comprometem toda uma vida ou deixam sequelas irreparáveis.
A observação atenta, que só a experiência dá, pode fazer com que algumas vezes, em vez de aprendermos como os nossos erros nós os evitemos vendo os erros dos outros.
E se a nossa imaturidade não nos permitiu isso, é bom que alertemos os mais jovens, ainda que na maioria das vezes ninguém bata com a cabeça dos outros.
Informação demais?
Cada um sabe de si, diria a velha Inácia, empregada quase da família, na casa da minha avó Rosinha.
Cuidar da própria vida, o que deveria ser uma questão de educação, passou a ser uma quase virtude nos dias modernos.
A gente não precisa ficar sentado na porta de casa, como antigamente, esperando que os vizinhos passem com as novidades, porque elas vem ao nosso encontro e nos atropelam, nas telas dos computadores, tablets e telefones interligados pelas redes sociais.
Afinal, a gente fica sabendo das coisas mesmo sem perguntar.
As periguetes desfilam suas virtudes em exíguos mini vestidos, as mais ousadas tapam só aquilo que a gente nem precisa ver para saber exatamente como é o tamanho que têm.
As recatadas... bem, dessas a gente não fica sabendo mas os maledicentes se encarregam de divulgar os predicados e preferências ainda que a gente não pergunte. Caiu na internet, caiu na boca do povo.
Antigamente a molecada se vangloriava na escola e na rua, contando quem comeu, quem comeu quem e da vontade que tinham de comer alguém.
Hoje em dia os adolescentes “ficam” e a gente não sabe se ficaram na cama, se deram uns beijinhos na porta do colégio ou se aproveitando a liberalidade, mandaram ver geral, com a experiência que dá ter acesso à pornografia e sacanagem da internet.
Ahhh... como era diferente o acesso à pornografia nos meus tempos. Para começar, guardar bem escondido com uma senha, deletar ou simplesmente olhar e apagar o histórico das visitas às fotos e outras informações era impossível.
A posse tinha que ser material e sempre sujeita a uma revista nas gavetas e bolsos de roupas no fundo dos armários. Nunca soube que as garotas da minha época tivessem fotos explícitas guardadas num baú ou que ficassem fofocando com as amigas seus sonhos mais eróticos.
Fico só imaginando se como num passe de mágica pudéssemos ter um tablet conectado em 1.958 e como se fora uma bola de cristal pudéssemos antever o futuro.
Nóóóósaaaa!!! Iria ser demais!!!!! Claro, se não fossemos queimados como bruxos...
No céu não vai ter cortesia nem nome na porta. Se houver camarote, não será para puxa-sacos, famosos ou ricos.
Aliás, o Homem falou que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico ir para o céu.
Idade.
Nem sei quando comecei a perceber os efeitos da idade, mas ela sempre esteve na minha cara.
Quando a gente é jovem o tempo passa mais devagar ou mais depressa de acordo com o que se tem para fazer ou é obrigado a fazer.
As aulas parecem durar uma eternidade e as férias acabam num piscar de olhos.
Quando a gente é novo parece que demora chegar aos dezoito anos para tirar carteira de motorista e entrar em balada e isso parece ser o mais importante da vida.
Depois, tem a fase em que todo mundo vive falando que a gente é muito novo para isso e para aquilo e de repente, resolvem que a gente é velho e está na hora de trabalhar.
Não há quem não tenha tido uma vontade louca de casar quando jovem demais para isso e logo depois, principalmente os homens, vivem fugindo do casamento porque é sinônimo de responsabilidade.
Lembrei-me de um ditado que dizia: A gente nasce, cresce, fica bobo e casa.
Mulheres sempre mentem a idade. Sempre! Antes dos dezoito aumentam e depois diminuem progressivamente de acordo com o bom ou mau resultado das plásticas.
Algumas como uma amiga, insistem em dizer que não escondem a idade mas eu bem sei que a minha amiga já passou dos quarenta declarados e isso faz mais de vinte...
Há bem pouco tempo eu ouvia os mais velhos falarem de dores por todo o corpo que chegam com a idade e achava um exagero. Hoje eu vejo que não há nenhum exagero, e essa, certamente é a menor das dores da idade.
Ainda vou descobrir porque andam propalando que essa seria a melhor idade...
Você só percebe que você pode ser um boçal quando a sua ex começa a namorar com um cara que você acha boçal...
Há coisas que a gente precisa lembrar e coisas que a gente precisa esquecer.
A grande dificuldade é que ás vezes a gente lembra do que deveria ter esquecido.
E nessas horas, a ordem dos fatores altera e muito o produto.
Extremamente ruim.
Sinto arrepios quando escuto a palavra extremamente.
Parece que o locutor vai direto ao fim do assunto, sugerindo que nada é mais importante do que ele acaba de dizer.
E assim é se lhe parece, se o cara já disse o mais importante é melhor parar por aí mesmo.
Essa palavra é extremamente chata.
Erros, acertos, vitórias e fracassos.
Ninguém é totalmente experiente se não coleciona erros e fracassos, dentre seus acertos e vitórias.
Os caminhos mais conhecidos são os mais fáceis, mas são as trilhas perigosamente desconhecidas que conduzem às grandes descobertas.
Dar e ouvir conselhos não é para qualquer um, é preciso ter humildade, maturidade e inteligência para aproveitar o que é bom e descartar as armadilhas.
Não é a quantidade de acertos que determina o resultado, mas o uso que se faz dessa experiência.
A vida é uma experiência única, continue tentando, errando ou acertando, porque é tudo que nos resta, afinal.
Cherie
Parabéns prá você!
Todos os dias passam pelos meus olhos os parabéns que mães extremosas dão aos seus filhos, filhos amorosos aos pais, amigos e amigas exaltando o nobre sentimento da amizade.
Maridos e esposas brindam a união que faz dois terem a força de um exercito pronto a enfrentar as difíceis batalhas que aparecem na vida.
Cada um sabe como e porque diz o que diz para os seus queridos.
São treze anos que estamos juntos e foram raros os dias que nós não brindamos de verdade ou que eu deixei de te parabenizar pela menina mulher maravilhosa que você é.
Todos os dias na hora do almoço ou do jantar e até mesmo quando nos encontramos na geladeira ou no filtro para beber água, nós nunca deixamos de bater os copos, numa alegre exteriorização do que vai pelas nossas cabeças e que mora nos nossos corações.
Não raro quando vamos dormir eu te digo:-Boa noite, agora vou dormir e te encontrar nos meus sonhos e quando acordamos eu abro a janela e a luz logo me inspira, olho para você e digo: Boooommm diaaaa!!! Mais um glorioso dia ao seu lado. Tem gente que nem acredita.
Ás vezes leio que todos os casais brigam ou discutem. Nós não! Qualquer dúvida é resolvida na hora e não dá tempo para remoer frases ou palavras que são só frases e palavras e que se parecem ríspidas no momento é porque não foram bem empregadas. Nossa relação não tem senões.
Diferente da maioria dos casais, vivemos vinte e quatro horas olho no olho.Trabalhamos juntos, vamos juntos a quase todos os lugares.
O que nos motiva são gostos parecidos. Nossa sintonia é tão fina que eu desligado, só percebo quando você me alerta que colocamos roupas da mesma cor, lembramos de coisas incríveis ao mesmo tempo e quando um demonstra um desejo o outro vem com a ideia certa e pronta.
Treze anos e eu poderia ficar escrevendo palavras, linhas, páginas e até um livro desse nosso companheirismo a toda prova.
Acho que essas palavras são suficientes para marcar a data.
O resto vem depois, veio antes e virá a cada momento em que continuarmos respirando o mesmo ar, olhando na mesma direção, para os mesmos objetivos e coisas, tendo os mesmos ideais.
Se eu escrevesse só três palavras, com a força que eu as sinto, elas seriam suficientes para dizer tudo.
Eu te amo!
A vida é uma caixa de surpresas e pode ser bem diferente para cada um.
A experiência aumenta a possibilidade de errar menos, mas não garante que não se vá errar mais.
A conduta irrepreensível não prova que estamos absolutamente certos e
é difícil avaliar quando e quanto estamos errados.
É melhor você não ficar atirando pedras por aí porque pecar é humano, perdoar é divino e para todos chegará o dia que vamos precisar de uma mãozinha e é melhor que ela venha sem pedras.
Se você pensa que fazer uma fotografia significa apertar um botão pelo menos veja se tem mais de um, coloca ele na posição certa assim a foto sai no foco e clara o suficiente para a gente saber que é você...
Manifestações.
Não existe, hoje em dia, manifestação de massa justificável e legítima uma vez que toda turba é incontrolável em algum momento sem o uso da força.
As manifestações e as torcidas organizadas estão nesses grupos.
Os que participam ou defendem esse tipo de aglomeração que leva multidões às ruas devem ser responsabilizados prelos danos que elas causarem, na medida em que outras formas de reivindicação devem ser buscadas.
Ler e não crer.
Há que use sempre o ditado “Ver para Crer” e há os que o usam depois de ler e ouvir as controversas notícias veiculadas pela mídia em geral.
Não estou falando da imprescindível prévia comprovação da autenticidade dos fatos, mas da avaliação subjetiva de quem escreve ou os descreve,
inseridas nas matérias.
Para fazer um furo de reportagem e dar a notícia em primeiro lugar, até mesmo alguns órgãos de imprensa com credibilidade, veiculam avaliações de notícias baseadas em opiniões ou testemunhos presenciais pouco confiáveis, ou pior de profissionais afoitos e peritos conhecidamente polêmicos para não dizer mal preparados e venais.
Isso tem se repetido demais nos últimos tempos e a máxima de que uma mentira repetidamente veiculada toma ares de verdade, condena antecipadamente inocentes e pode absolver bandidos, que conseguem com bons advogados e competentes assessorias, dar conotação aparentemente legal às barbaridades que perpetram.
É nessa hora que se percebe a necessidade da regulamentação da profissão de jornalista e a obrigatoriedade do diploma, sujeitando o profissional além de outras às punições pela quebra da ética, mais rápidas e efetivas, afastando aquele que foi punido dos órgãos de imprensa que não os contratariam por obrigação legal.
A vida é curta e cercada de incógnitas.
Sem certezas absolutas, a gente vive com previsões não confirmáveis, futuro improvável e esperanças remotas.
Os realistas aguardam dias melhores, os otimistas se decepcionam e para os pessimistas o que vier é lucro.
Cuidado, o menos ruim pode ser bem pior.
Às vezes a gente tem que escolher e sendo impossível ficar com o melhor opta pelo menos ruim.
Não há grande importância se ocasionalmente for uma comida ou bebida, mas quando se trata de companhia você sempre terá uma melhor e mais famosa terceira opção.
Antes só do que mal companhado.
Nem agradar nem agredir.
Dá para escrever sobre qualquer coisa sem agredir, mas não é fácil agradar todo mundo.
Há quem force a barra em qualquer assunto mirando
a polêmica para acertar o alvo da audiência e há os como eu, que não conseguem guardar para si opiniões que nem sempre são as melhores, mas que encontram eco em pessoas que não imaginavam colocar as coisas da maneira como eu as coloco e adotam o enfoque, tirando a partir dele suas próprias conclusões.
Isso é muito legal!
Terminamos dois cruzeiros com emoção e o próximo, com perigo de abordagem por piratas, promete ser com muita emoção.
Depois de trinta dias navegando no Rhapsody of The Seas, começamos hoje a terceira e última parte dessa viagem maravilhosa. Serão dezessete dias navegando de Dubai até Istambul na Turquia.
Nos dois últimos cruzeiros foram dias de emoção ao rever Sydney, voltar à Índia e à Tailândia, conhecer a Ilha de Komodo com seus famosos dragões, ver pela primeira vez Cingapura e testemunhar o feito miraculoso dos homens que construíram Dubai, verdadeira porta de entrada para um novo mundo, como escrito numa das paredes do magnífico, incomparável, inacreditável Porto Rachid.
Não dá para esquecer nem explicar a experiência mística e espiritual do Grande Buda em Phuket, na Índia.
Hoje, entre as informações para o próximo cruzeiro, havia um impresso cujo assunto é: Aviso importante a respeito de possíveis ataques de piratas.
Informa que, como todos sabem, a região do Golfo de Aden tem sido palco, nos últimos anos, de ataques de piratas da Somália, que sequestram navios e iates com o uso de armas pesadas e sob ameaça e grande violência contra os passageiros, exigem resgate de milhões de dólares.
Faz várias recomendações, para os dias dezoito a vinte e três de maio, quando o navio atravessa a área mais crítica, avisando que alguns andares do navio serão interditados ao anoitecer, que áreas externas poderão ter suas luzes reduzidas ou totalmente apagadas, que as cabines que têm varanda e as externas, devem manter a luz das mesmas apagadas e as cortinas fechadas, que a tripulação verificará e caso alguém esqueça de atender a recomendação será alertado para fazê-lo.
Prossegue pedindo que nesses dias ninguém acene ao cruzar com pequenos barcos de pesca, para não despertar curiosidade, pois caso eles se aproximem o navio poderá até mesmo mudar o rumo o que é muito difícil e demorado.
Dá instruções de como e para que áreas do navio os passageiros devem se refugiar no improvável acontecimento de abordagem e finaliza, acalmando a todos, que a companhia mantém monitoramento constante na área e na atividade desses piratas, dispõe de pessoal treinado e armado para a improvável abordagem, uma vez que navios do tipo do que nós viajamos não são alvo preferencial dos bandidos, pela velocidade que desenvolve etc.etc.etc….
Termina avisando que no dia dezenove Às 10:30 a.m. haverá informações e simulação dos procedimentos de emergência.
E se isso não é grande e forte emoção, muita emoção mesmo,para esse cruzeiro, não sei o que mais esperar....