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Do mais belo sonho ao pior dos pesadelos.

Não sei o que é pior, acordar no meio da noite com a dura e fria realidade de uma lage que serve de cama em qualquer cela, ou nem ter conseguido algumas horas de sono, que o livrariam dos mais assombrados pensamentos que certamente assaltam sua cabeça.
Do alto dos seus quarenta e quatro anos, todos vividos no conforto que muito dinheiro proporciona, cercado de serviçais de toda natureza e carregado por carros esportivos ou blindados, no seu iate de cento e tantos pés, ou voando em jatinhos particulares de última geração.
Do luxo despudorado de um para outro hotel multi estrelado, à segregação, à humilhação e à solidão com seus arrependimentos. Assim têm sido as últimas noites de Joesley Batista e de outros protagonistas desse drama de horror sem roteiro que se desenrola no filme Brasil.
Mas o pior está por vir.
O desespero assalta menos quem nada tem do que quem tudo perde.
Não será preciso esperar pelo castigo divino. Para uns o inferno será aqui na Terra.

Inserida por marinhoguzman

AS HORAS

Sossegado e lento o dia nasce
O sol latente sem nuvens
As mulheres já estão apostas
Para o dia a dia
Os homens relutam,
Mas se aprontam.

As horas passam
E inevitavelmente a vida.


Inserida por marcio_vidal_marinho

QUEM?

Quem de nós?
Quem de nós?

Quem falará a verdade?
Os poetas?
Os advogados?
Quem?

Não há verdade!
Não há verdade absoluta!
E isso é absolutamente verdade!


Inserida por marcio_vidal_marinho

MARIA MÃE DE DEUS

Maria mãe de Deus
Maria minha mãe
Talvez eu seja Irmão de Deus,
Mas da parte pobre
E sem poderes.


Inserida por marcio_vidal_marinho

ÁLVARO DE CAMPOS FOI À COOPERIFA

Chegou cedo e viu o bar vazio
Pediu uma bebida, um conhaque.
Lembrou que estava numa terra
Dantes lusitanas; conquista das grandes.

Atravessou o mar, sentia medo de avião.
Não acreditava ser seguro o homem voar. Lembrou-se das riquezas que sua terra
Fez com aquele lugar, agora não
Pertence mais a ninguém.

Nem a Portugal, nem aos brasileiros,
Terra sem dono.
Relutara em vir
Quando soube que era na periferia.
Tinha lido como o Brasil trata
A população periférica e ficou com medo
De ser confundido com algum morador.

Veio porque sua essência
Suas raízes se misturam, Inclusive, aos moldes ingleses, Isso o livraria de todo o mal.

19h30
Algumas pessoas começam a chegar
Duas mulheres, doces senhoras,
Que chegam e o cumprimentam,
Isso lhe causa espanto.
Quem cumprimenta um desconhecido?

O local é um bar típico de favela
Pela fama achou que seria mais bonito,
Pinturas desgastadas, mesas grudadas.
As paredes que vão de encontro à rua
Não existem, são grades, como se fosse uma jaula.

Próximo ao balcão, uma estante de livros
Que se amontoam sem nenhuma ordem.
Na parede dois destaques, duas camisetas
[emolduradas;
Uma com uma árvore escrita, 1a Semana de Arte [Moderna da Periferia,
Algo semelhante ao que ouviu falar na década de [1920 sobre o Brasil, em Portugal;
A segunda é uma camisa da seleção brasileira de [futebol,
Assinada pelo Rei, que não era Sebastião, mas sim, [Pelé.

Quando dá por si, não há mais lugares vazios,
O bar está inteiramente ocupado.
Pessoas de todos os tipos,
Brancos, pretos, pardos, ruivos, amarelos,
Isso o espanta, pois nunca tivera em um lugar assim,
Onde essas raças se misturam.

20h20
Muitas pessoas o cumprimentaram
Sem ao menos saber quem ele era
É como se fosse dali, há tempos,
Como se pertencesse ao lugar.

Uma pessoa vai ao microfone
Agradece a presença de todos
E relata que todos são bem vindos.
Como todos podem ser bem vindos?

O líder, o poeta, Sérgio Vaz,
Chama um grito de ordem
Todos os acompanham:
Povo lindo, povo inteligente é tudo nosso,
Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa!

Uma sensação estranha
O sangue que corre em minhas veias
Ferve, uma adrenalina toma conta,
É como se algo mágico fosse acontecer.

Chamam o primeiro poeta,
Jorge Esteves, ele é aplaudido, Calorosamente, como se fosse uma estrela. Seu poema fala do homem comum
Que migrou para tentar a sorte
Na cidade grande.

Assim, vai seguindo,
Outros poetas são chamados,
Lourival, Cocão, Lu Souza,
Rose Dória, Márcio Batista,
Marcio Vidal, Fuzzil, Elizandra, Viviane, Jairo, todos são tratados iguais.

Até que uma senhora é chamada,
Dona Edite, todos fazem um barulho Estrondoso.
A senhora que é cega
Recebe auxílio até o microfone,
Lá recita o poema “Navio Negreiro”,
Neste momento confesso que vi
A magia da poesia.

Senti algo novo, eu,
Álvaro de campos,
Engenheiro, viajado,
Nunca vi, nem senti
Qualquer coisa parecida.
Confesso que uma lágrima escorreu,
Chorei.
Chorei a dificuldade de ver
Tão distante das glórias lusitanas de outrora
A poesia viva.
Descobri porque escrevo.

O poeta “more”, Sérgio Vaz,
Chama-me, os aplausos
São os mesmos efusivos e festivos.
Vou à frente, me posto ao microfone,
Sinto-me trêmulo, nunca fiquei assim
Diante de qualquer público,
Nem do próprio Fernando.

Inicio o poema Tabacaria
E percebo meu coração
Disparado, uma felicidade,
Um nervosismo.

Na metade do poema
Estou mais nervoso
E não consigo mais falar.
Todos os presentes se levantam
E batem palmas, assoviam, gritam...
As lágrimas dessa vez são maiores,
Sinto-me abraçado,
Olho e vejo Sérgio Vaz ao meu lado,
Ele pede aplausos, aplausos,
No final, um coro:
Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa!...


Inserida por marcio_vidal_marinho

AMO-TE E ISTO BASTA

Amo-te e isto basta
Não quero riquezas
Nem palácios.

Amo-te e isto basta
Teu corpo luzente
Amplia meu desejo de viver
Sou teu como o ar à vida.

Não quero riquezas
A felicidade me basta.

Inserida por marcio_vidal_marinho

Uma maneira fácil de não incorrer em erro é não afirmar que se tem certeza.
Quando você troca a palavra certeza por “eu acho”, divide a responsabilidade com quem ouve.
Eu acho!

Inserida por marinhoguzman

A vida só dá certo para quem deixa para sonhar quando está dormindo.

Inserida por marinhoguzman

Você conhece o caráter de um indivíduo numa discussão quando percebe se ele quer discutir ou resolver o problema.
Quando sou confrontado por alguém e percebo que a pessoa tem pouco empenho em resolver o problema faço força para encerrar o diálogo pois o contrário, sempre resulta confusão e aborrecimento.
Para resolver um problema é preciso ter calma, entender de fato qual é a questão e não basta saber quem tem razão, é preciso achar uma forma de adequar a solução para atender às partes.
Se você não consegue entender isso, se quiser fazer valer só a sua razão não é a pessoa indicada para resolver problemas e o melhor deixar para quem saiba fazer.
Quando você encontra alguém que quer discutir e não aceita seus argumentos é melhor fazer logo um acordo, pois a primeira parte da briga você já perdeu.

Inserida por marinhoguzman

As vezes penso que sou diferente da maioria das pessoas que conheço ou me tornei nos últimos anos. Animadas, festeiras, boas de garfo, elas estão sempre dispostas a visitar alguém que se disponha a dar comida e bebida de graça.
Eu não. Pago para não ter que ir na casa de ninguém, como pouco e o que puserem na mesa, não bebo álcool há mais de vinte anos, abomino gente que fala alto, muito e asneiras.
Minha turma aqui do Facebook é uma turma que escreve bem, lê bastante e pensa melhor ainda. Não falo com eles, eles não falam comigo, nós nos curtimos e se por acaso não gostamos de algum texto não fazemos absolutamente nada, esperamos o próximo que certamente será melhor.
Faz tempo estou tentando escrever alguma coisa que descreva o lapso de tempo da minha vida ou de uma vida qualquer, mas ou fica curto e faltando muito ou longo e ainda faltando coisa.
Outro problema é que posso ser benevolente, realista ou falar a verdade e já percebi que quando falo a verdade sou tachado de velho pessimista e recebo uns desses conselhos presentes em todos os livros de autoajuda que mais parecem de autopiedade.
De qualquer maneira, escrever é de graça, não engorda e me embriaga sem estragar o fígado.
Enquanto não consigo sintetizar o tal “lapso de tempo da vida” vou escrevendo coisas amenas.
Alguns vão lendo, vou lendo os textos dos amigos, troco altas ideias com o Google e eu me livro de visitar ou ser visitado.
As vezes penso que sou diferente da maioria das pessoas que conheço ou me tornei nos últimos anos.
Mas não está ruim de todo.
Boa noite!

Inserida por marinhoguzman

Quem faz como os outros dizem, faz o dos outros, não o seu.

Inserida por marinhoguzman

Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou.
Heráclito de Éfeso.

Eu não sou o mesmo cara que fui quando tinha vinte anos. Mudei muito aos trinta e quase não me reconhecia aos quarenta.
Quando completei cinquenta anos fiz uma grande festa para comemorar a maturidade, maturidade que comecei a perder aos sessenta e da qual tenho poucas notícias beirando os setenta.
Quem fui eu? Quem sou eu? Quem serei?

Inserida por marinhoguzman

Greve geral

Quem fez ou justifica a greve de ontem como protesto pelas mudanças duras que precisam ser feitas, ainda que direitos possam ser suprimidos, esqueceu-se ou não quer levar em conta que o doente precisa de remédios ainda que amargos para sobreviver.
Muitos alegam que as reformas deveriam começar por extinguir privilégios dos políticos ladrões, corruptos e dos legisladores em causa própria. Isso só vai ser possível quando elegerem cidadãos de bem e não a corja política que eles próprios colocaram no poder.
Todos os que elegeram Lula, Dilma e companhia, jamais poderiam fazer qualquer manifestação que não fosse pela prisão perpétua deles e dos “companheiros”.

Inserida por marinhoguzman

Sofre quem tem e quem não tem dinheiro e o resto fica preocupado.

Todo mundo sabe quanto são manipuladas as pesquisas de opinião.
Não é o que ocorre nesta, já que espontânea, surgida e coletada entre os dez frequentadores mais assíduos na mesa do café da manhã no Restaurante Pérola.
Somos todos maiores de sessenta anos, com patrimônio e poder aquisitivo que vai de quem não tem quase nada a quem tem tudo o que precisa.
A sinceridade no grupo é própria de quem não tem inveja nem gostaria de ser o outro, porque virtudes e defeitos são conhecidos pela convivência diária de quase vinte anos.
A conclusão é que sofre quem vive de aluguel e tem dificuldade para comprar os remédios diários e obrigatórios, com a dificuldade em sobreviver com o valor irrisório da aposentadoria.
Sofre quem tem tudo o que precisa, inclusive saúde porque já descobriu a finitude da vida e a certeza de que mais dia, menos dia vai ter que deixar definitivamente o que construiu.
Se é possível falar que há um meio termo entre os que sofrem por não ter quase nada e os que têm tudo, restam os que ficam preocupados pela dúvida do dia de amanhã, já que nessa idade não há quem garanta nada.

Inserida por marinhoguzman

Fico pasmo quando alguém não acredita que o homem foi à Lua, acha que tem marmelada na Mega Sena e que a vacina da gripe faz mal.
Quando alguém diz que não acredita em Deus fico pensando em quais seriam suas últimas palavras na iminência de um acidente ou uma catástrofe, se uma prece fosse a última esperança para um ente querido numa cama de hospital.
Quando a gente tem quinze anos não vê a hora de fazer dezoito, quando a gente tem trinta e nove é assaltado pela ideia de que está ficando velho e depois dos sessenta, já sabe que o que vem pela frente tarda mas não falha.
Então a gente lembra das coisas que não foram feitas e muitas não poderão ser mais.
Sempre têm os que buscam exemplos raros como:-fulano fez isso com oitenta anos, fulana fumou e viveu até os noventa, mas a gente sabe que a maioria que deixou de fazer o que faz falta, também não vai fazer mais.

Inserida por marinhoguzman

Dia disso, daquilo e daquilo outro.

Proponho a criação do dia de nada.
Nesse dia nada se comemorará, não será como sábado que é dia de feijoada e se cair na segunda-feira, ninguém vai trabalhar.
Todos os boletos e demais contas ficam com vencimento prorrogado para a semana seguinte e ninguém dará parabéns ou pêsames.
No dia do nada, a gente nem terá consciência nem será obrigado a ver ou falar com as pessoas que não significam nada para a gente.
No dia do nada só sairá de casa quem quiser, com isso não vai ter engarrafamento e como você sairá sem nada nos bolsos, nem telefone celular nem jóia ou dinheiro, não será assaltada.
No dia do nada ninguém pagará nada, nem ninguém cobrará nada de ninguém.
Perfeito!

Inserida por marinhoguzman

Todos estamos precisando de uma dose extra de esperança para viver no século XXI.
Nos dois mil e dezessete anos dessa era Cristã temos posto à prova a capacidade do homem em transformar para criar, em destruir para inovar.
Ao mesmo tempo em que criamos remédios e tecnologias para aumentar a vida criamos armas e meios fazer sofrer e para matar.
Ninguém conhece qual a dose ou como seria possível medir o sofrimento humano.
Refugiados das nações em guerra e abandonados de todas as nações perambulam famintos pelas ruas e ainda sobrevivem, ricos e famosos tiram a própria vida numa clara demonstração que não suportaram suas dores.
Seria possível dizer que todos sofremos igualmente com a mesma intensidade?

Inserida por marinhoguzman

Otimismo.

Começo a entender as muitas mensagens dos amigos do Facebook mencionando otimismo a toda prova, com toda sorte de catástrofes que assolam a humanidade.
Estão confusos e confundindo ser otimista com a remota possibilidade de estar otimista com o futuro próximo do Brasil.
Ser otimista é uma coisa, estar otimista é bem diferente.

Inserida por marinhoguzman

As religiões e seus ministros mais confundem que explicam.

Cada dia tem mais gente discutindo a fé e menos gente acreditando em Deus.
Quando o prêmio é o paraíso e o castigo é o inferno, alguns preferem jogar na Mega Sena.
Quando só uma religião está certa todas as outras estão erradas?
Você é dos que pedem ou dos que agradecem a Deus pela vida que tem?
Nos dois casos isso pode parecer um negócio.

Inserida por marinhoguzman

Não há garantia de que uma opção seja a melhor, quando duas ou mais forem possíveis.

Inserida por marinhoguzman

De tanto ver triunfar as nulidades, a gente fica com vontade de ser burro, desonesto e preguiçoso.

Inserida por marinhoguzman

Realidade.

Real ou ilusória, a concepção de viver bem nos leva, queiramos ou não, às ideias pré concebidas de conforto e tranquilidade e por que não dizer, de uns luxos.
A vida em sociedade nos obriga a convivência com muitas pessoas, onde ter e poder, significam mais do que simplesmente viver por viver.
Vão longe os dias onde muitos sonhavam com uma casinha no campo para criar filhos e netos, “plantar amigos e livros….e nada mais”.
Nem bem-nascidas, as crianças de hoje se deparam com a necessidade e a obrigação sem escolha de serem criadas nas creches e nas escolinhas.
Cada vez mais, longe dos olhos dos pais, criando hábitos mais e mais parecidos com o das outras crianças e o dos “educadores”, estes, na maioria das vezes cada vez menos preparados, formam-se gerações de profissionais “que o mercado pede” em detrimento das antigas vocações.
Em alguns países da Europa, no Japão e nos Estados Unidos, a educação e cultura podem não estar bem estruturadas para todos, mas está para a maioria e dessa maneira a realidade da vida tem menos diferenças em que pesem as distorções.
Mas essa não é a nossa realidade, o que está aos nossos olhos, é a triste realidade, de que é tal a desvalorização dos vínculos da família que essa exposição tornam a massificação nivelada por baixo.
Sem escolas, sem empregos, sem futuro.

Essa é a nossa triste realidade.

Inserida por marinhoguzman

Afinal, qual o sentido de escrever uma carta ao mundo, sem ter o que dizer?
Miguel Falabella em “A cronica que não há”.
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Perdi a vontade de escrever porque tudo o que me diz respeito não tem nenhuma importância para o mundo.
MG

Inserida por marinhoguzman

Constatados os crassos erros nas eleições de Lula, Dilma, Farid Madi e Maria Antonieta lamentamo-nos pelas consequências de termos sido conduzidos a um país com a economia em frangalhos e a cidade do Guarujá transformada em Pérola dos mendigos.
Entretanto, pela falta de punição efetiva e pela falta de criação de mecanismos que impossibilitem os ignorantes elegerem nossos governantes, fica a impressão que qualquer dia, a qualquer hora isso possa se repetir.
Sou pelo fim do voto obrigatório, dos menores com dezesseis anos, dos analfabetos e o de todos que defendem a democracia como governo de uma maioria idiota.

Inserida por marinhoguzman

Alguém já disse que a felicidade é o que todos desejam... É o que poucos têm... É o que ninguém tem sempre e que todos pensam que só os outros é que têm.

Inserida por marinhoguzman