Tag insonia
Primeira noite sem dormir, ela finalmente está de volta.
Depois de tantos anos ela retorna, a paz foi boa enquanto durou, agora é voltar para a realidade.
A rotina diária, de viradas e viradas, e ela não deixa ele vir. São inimigos eternos, e ela parece que gosta disso.
Qual é a sensação, agora que eu também tenho a minha, igual você tem a sua?
O que sente, satisfação? Pelo menos agora temos algo em comum.
De manhã os olhos ardem, difícil focar, mas a vida segue normalmente, o mundo continua girando, como se nada tivesse acontecido, e realmente não aconteceu. Foi só um frame, um lapso de um nada, ninguém reparou na sua dor, eles têm sua própria dor. A sua carga só pesa para você, eles dizem que sabem como é, que também já passaram por isso, mas não, cada um tem sua própria carga, cada um sabe o peso que tem que carregar nas costas.
Não se deve querer que o outro viva sua vida, sua vida é só sua, seu caminho é só seu, ninguém tem que trilhar ou seguir suas pegadas, a menos que queira, e saiba que isso é um enorme risco de no fim perceber que deixou de seguir seu mapa, porque estava focado na viagem do outro.
Ai já será tarde, o tempo não volta, as palavras, os gritos, os choros, já foram todos soltos e não tem como pega-los de volta.
Nossas neuras, nossos pensamentos sombrios, nossas angustias, nossos medos, tem que ser combatidos ou mantidos dentro de nós mesmo, só nós temos controle sobre eles, só nós sabemos os pontos fracos deles, só nós sabemos e temos como doma-los.
Nós somos donos de nossos monstros, nós os criamos desde pequenos, eles nos conhecem, sabem onde nos atacar, e nós sabemos onde o ataca-los, onde prende-los ou onde esconde-los. Eles nos respeitam, tem que nos respeitar.
Insônia
Essa insônia que me perturba,
quero aquietar meus pensamentos,
mas eles são frenéticos,
me agitam, a noite toda.
Quem me dera silenciados,
terminar com essa rebelião
que corre por meu corpo
querendo o que não posso ter.
Coração em taquicardia
respiração curta,
uma intensa fissura,
Meu Deus, que luta.
Quero quebrar o silêncio,
dessa madrugada quente.
Gritar seu nome e ter-te,
comigo para sempre!
Definitivamente a madrugada não foi feita para dormir, a quietude nos ajuda a imergir em nossos pensamentos.
São 3 da madrugada
Estou aqui, na insônia
Pensando nela
É como se fosse um gatilho
Tudo me lembra ela
Minha vontade era
e ainda é
sair correndo agora
ao encontro dela
Com quem ela está agora?
Quem ela quer?
Estou aqui, na insônia
Pensando nela
A vontade ainda não passou
O pensamento só multiplicou
O que fazer quando a gente pensa tanto numa pessoa
mesmo ela estando
ali
do nosso lado?
Me disseram que o pensamento atrai
Te espero , xará
É madrugada e eu ainda nem dormir.
E o que eu faço com esta insônia que me consome e me faz lembrar de você?
Em plena madrugada, acordada
lápis e caderno em mãos
e o meu coração
caído no chão
Tic-tac do relógio
pinga - pinga da torneira
em meu peito um vazio
pernas em tremedeira
Escrevo aqui sensações
medos e pesadelos
faço aqui minhas orações
esperando aquietar meu
coração
O caderno não me julga
o lápis me é fraterno
talvez agora eu durma
no abraço do meu caderno.
_____Juliana Rossi Cordeiro
Grande é a dor que eu preciso sentir
Pra gerar algo produtivo em mim..
São noites sem dormir peito a apertar
Não dar pra viver assim
Assim não quero ficar.
Em cada dor sai uma poesia
Em cada verso uma canção
Alguém pode achar que sou fria
Mas dentro de mim existe um vulcão.
Pronto ele estar pra explodir
Entrar em erupção
Se acontecer será meu fim..
Rastro de mim restará? NÃO
MADRUGADA
A cada clique nesta tela, um toque de solidão em mim.
Tudo é nada e o tempo nem sempre é um bom aliado...
As vezes, tuuudo se acaaalma...
E depois é um turbilhão o coração acelera os pensamentos não param a tempestade é forte A velocidade que escrevo traduz a ansiedade a insônia e o medo. É! (Ufa!) o medo existe! Mas há vida. A vida é boa. Há esperança
É necessario vez ou outra dissipar-se da hipervigilância.
Até o indivíduo cujo a insônia lhe consome, adormece em algum instante.
Pinga. Pinga. Pinga.
Debaixo da pia sem pudor
Garganta inteira pede
Agua, poesia e amor.
Tontura permeia em meu corpo
Ao banheiro no caminho
Piso no chão de quadrados
Piso, como se fosse espinhos.
Lâmpeja na minha cabeça
Situações começa a criar,
Olheiras brutas nos olhos
Começam a afundar.
Deito. Olho. Penso.
00:00
Mais uma noite em claro
Descrito no meu caderno.
Resisti a crônica passada
noite inteira pesada
Do meu coração ela veio; rasgada.
Por inteira me rasgou
Ultima gota me tirou
E os versos; externou.
Mesmo com certa pressão
Da crônica; expressão
Liberdade canta o coração.
Na noite insonsa, a insônia se aninha,
Em meio à angústia que a justiça designa.
Os pensamentos dançam em espirais,
Enquanto o sono se afasta, lento demais.
A mente inquieta, um turbilhão de aflições,
Reflete as sombras da injustiça em ações.
As vozes clamam por equidade e verdade,
Enquanto a noite estende seu manto de ansiedade.
Os olhos pesados, mas a mente alerta,
Cada hora perdida parece incerta.
Os ponteiros do relógio teimam em andar,
Enquanto a insônia persiste em dominar.
A angústia da justiça se insinua em cada esquina,
Como um lembrete constante que atormenta e fascina.
As batalhas não lutadas ecoam na mente,
Enquanto a noite testemunha a dor latente.
Mas que a esperança brilhe como estrela-guia,
Na escuridão que a insônia nos envia.
Que a luta pela justiça seja perseverante,
E que a paz encontre abrigo, triunfante.
E quando a aurora romper o véu da noite,
Que a insônia se dissipe, leve e sem açoite.
Que a angústia da justiça encontre alívio,
E a noite se renda ao sonho, suave e festivo.
Mais uma madrugada acordado, insônia que permanece, pensamentos de tudo que vc pode fazer para mudar uma situação, em que vc pode melhorar para ser uma pessoa melhor, planos, estratégias, mudanças de hábitos!
Noite Solitária
Noite fria e cama vazia
Tristeza e solidão
Fui pego pela insônia
E abracada pela agonia
Procuro solução
Te busco e não encontro
Coração partido
Por você esquecido
Seu nome ecoando
Em meus pensamentos
Lágrimas, vão meus olhos lavando
O Cansaço chegando
Abraço o travesseiro
E me engano com seu cheiro
Adormeci
A dor de hoje venci.
SILÊNCIO EM SILÊNCIO
Do que valeu
a noite, se rasgando na madrugada
onde se perdeu
na fronte da poesia imaculada
ativando a quimera do cerrado
numa fronha pisoteada
de um leito calado
duelando num ritual sem cerimônia
do poetar e o fado cansado.
Se só restou apenas a insônia.
O vento mudo,
em troca, tagarelava
totalmente sem conteúdo
com o sono, e assim falava
de sonho sanhudo
fados inconfessos
silêncio em silêncio, rudo.
“Se somente sou quando em versos.”
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2018, 3’05”
Cerrado goiano
Paráfrase Thiago de Mello
SONETO SEM SONO
Tarde da noite. Ao meu leito me abrigo
Meu Deus! E está insônia! Que conversa
Morde-me o pensamento, e tão perversa
Numa flameja que acorda, tal um castigo
Meia noite. E o silêncio também versa
Tento fechar o ferrolho, e não consigo
Da espertina. E assim impaciente sigo
Olho pro teto, numa quietude inversa
Esforços faço, remexo, me envieso
Disperso, nada! O sono se concreta
E o meu fastio já se encontra farto
Pego no devaneio, e o olhar ali reteso
Arregalado, e nesta apertura secreta
Fico ancorado neste túrbido quarto
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/08/2020 – Triângulo Mineiro
copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
QUE INSÔNIA ...
Como faz calor neste quarto agora
O bafo quente transpira na vidraça
A saudade toando de hora em hora
E com a insônia um vinho na taça
De cochilo em cochilo, vai a fora
Que demora, o alvor na sua graça!
na estagnação, a melancolia sonora
O vagar na cadência, que não passa
Derreado... o relógio me velando
Eu pro sono pedindo, até quando?
Vem a vigília no animo e me enlaça
Ah! como faz calor no momento!
Cinco horas, ativo o pensamento
Ouço ruido na rua, o ouvido caça... ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02/02/2021, 4’55” – Triângulo Mineiro
Talvez em uma noite de insônia, eu lembre de ti,
Lembrarei das vezes que me fizestes sorrir como ninguém nunca fez,
O frio irá me fazer recordar do calor que teus abraços me dava,
Do suor gelado nas mãos ao te ver,
Lembrar-me-ei apenas dos momentos bons,
Assim tento te acalentar.
Sem ressaltar a parte em que fiquei sem ti,
E que me deixastes queimando,
Como em um incêndio descontrolado.
Da indecisão de ter tentado o bastante,
Ou se deveria ter insistido mais,
Tu me deixastes ir,
Embora padecendo,
Verás um sorriso retraído,
Ao lembrar que um dia,
Nos pertencemos de alguma forma.
Insônia
Mais uma noite que falou para mim....
Tormentos de pensamentos
Virar e revirar sem fim
Estou só com estes apoquentamentos
Ânsia pela paz que não me quer,
pelo sono que não me abençoa.
Liberdade nem que seja de aluguer
Porque me prendem estás correntes?
Tudo está além do que sentes.
O sol não chega e a noite vai longa
Fria, me envolve, me abraça, me atormenta!