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AS RANHURAS DA BELEZA
as ranhuras do tempo
a deixaram ainda mais bela
o cristal era marcado e imperfeito
e naquela imperfeição
havia beleza
Ter a coragem de ser imperfeito e vulnerável nos faz aceitar com amorosidade nossos erros e, com isso, ganhamos mais forca para nos relacionar, buscar novos desafios e correr atrás daquilo que realmente nos faz mais felizes. É exatamente assim que enxergo a vida. Nunca se deve deixar de tentar, por ter medo de errar. Quebrar a cara, errar, recuar, mudar de ida não é sinônimo de fraqueza, ms sim, de coagem de outra por quilo que acredita.
"Ninguém é tão mal assim! A questão é que as vezes não suprimos as necessidades uns dos outros... Por isso, dentro de todas as nossas imperfeições, devemos buscar por alguém, que decida conviver com elas."
Muitos querem chegar ao estágio da perfeição.
Mas... e depois?
Qual será a próxima trajetória a ser percorrida ao atingi-la?
A imperfeição é o precursor da nossa personalidade.
Faz parte da vida, para um perfeito equilíbrio.
#SomosTodosImperfeitos
A imperfeição perfeita, ambiente propicio para a vida, instável e inconstante solto a sorte e ao acaso.
Ser, feito de vontades e desejos, com pouco tempo e muitos sonhos, somos a vontade da eternidade e o ponto fraco da existência.
Mesmo uma igreja operosa em sua fé, abnegada em seu amor, firme em sua esperança e modelo para todos não pode esquecer q ainda é imperfeita
Eu sou assim... cheia de defeitos e imperfeições mas com um coração mole, cheio de amor e sentimentos bons.
Sou uma mãe exigente, possesiva e um pouco ciumenta as vezes, eu sei! Mas também sei o quanto quero bem aquele que me faz ir tão além.
Tenho Tocs, sismas, manias e me irrito com facilidade... Mas quem não é assim?
Eu sou assim! Brigo, xingo, grito, falo palavrão... mas isso tudo é apenas por um segundo e tudo passa feito um furacão.
Cada um com seus defeitos sendo perfeitos ou imperfeitos mas nunca perdendo seus efeitos no meio da imensidão de sentimentos que existe dentro do coração.
Érica Mello
(In) Perfeição
Sou um ser como tantos outros da espécie humana, e como tal não sou perfeita, a condição de humano me garante o direito de às vezes ficar insegura, sentir medo e ter ciúme.
Gosto das coisas perfeitas. Bem feitas, bem acabadas, redondas. Sim, redondas, porque tudo o que é circular encerra em si essa ideia de perfeição, de completude. E quem é que não quer se sentir completo ou perfeito?
Quando nos cercamos de coisas perfeitas, é como se nos aproximássemos, de alguma forma, da própria perfeição. Gosto do alinhamento dos quadros na parede, da minha estante de livros sem nenhum arranhão, dos tapetes limpos e imaculados, das roupas bem passadas, dos livros alinhados, da ordem e do progresso (ao menos no que diz a respeito à vida pessoal). Gosto quando o bolo assado sai inteirinho da forma, quando o suflê não desanda, quando consigo cumprir todos os prazos. Gosto quando encontro facilmente as coisas porque estão bem organizadas e não é custoso ou perda de tempo acha-las. Gosto de pensar que às vezes, mas só às vezes as coisas estão perfeitas. E que a vida assim não só é melhor como é possível.
Mas as coisas, como as pessoas, sofrem desgastes. Sofrem pelo uso e pela ação do tempo. Desbotam, lascam, se desalinham, se descompõem. As coisas, como as pessoas, são dadas à imperfeição. E o imperfeito não é de todo feio. Nem condenável. A primeira vez que dei por uma pequena lasca em minha estante de livros, quis chorar. De pura raiva. Tinham-lhe roubado o aspecto de coisa nova, de coisa perfeita. Não era mais a estante mais bonita do mundo. E no entanto, ainda servia para o uso, o que tornaria uma aberração o seu descarte. Não me restou senão concordar. Habituei-me a vê-la assim, com um discreto machucado, como uma pessoa se habitua a uma cicatriz.
Sim, é possível habituar-se à imperfeição. Desde que se perceba que as coisas imperfeitas são, na verdade, imperfeitas porque usadas, manuseadas, vividas. Só o que não tem uso ou vida permanece intacto. E o que é desprovido de uso ou vida é também desprovido de valor.
Leia bem: não se trata de deixar a casa cair, de não se fazer reparos ou manutenções. Nem de relatar o estado terminal de certos objetos ou relações. Trata-se apenas de uma espécie de aceitação daquilo que não pode ser mudado porque mudado está. Aceitar que as coisas, ou relacionamentos, só têm continuidade e permanência quando ao consentir que se encontrem mudados mudamos também. Serve pra minha estante. Mas pode bem servir pra todo o mais.
Continuo gostando das coisas (aparentemente) perfeitas. Continuo gostando das coisas organizadas e de quando tudo dá certo. Mas estou aprendendo a amar a imperfeição. Não só a das coisas. Também a das pessoas, a dos relacionamentos, a da natureza. Porque no centro de toda imperfeição está a mudança, o movimento, que nos impõem lançar mão de um novo olhar sobre o mundo. Sem esse olhar resvalamos para um perfeccionismo que neurotiza, frustra e decepciona, porque jamais será real. O real é da ordem do imperfeito. E não raras vezes, pode ser belo e bom.
E há, finalmente, aquelas imperfeições que só nós mesmos conhecemos, sejam do corpo, sejam da alma. As mais íntimas, mais resguardadas. Não há que revelá-las. Tampouco esforçar-se para ocultá-las. Há apenas que saber com elas conviver. Só aprendemos a amar a imperfeição quando nela nos reconhecemos.
Gosto, sim, de pensar que as coisas às vezes, mas só às vezes estão perfeitas. Mas também gosto que estejam no mais das vezes imperfeitas. Vê-las como são, em sua mais completa imperfeição, me aproxima do que é real. E descubro a cada dia que a vida assim não só é possível como é (bem) melhor.
Estamos amassados, destonados, avariados ao ponto de termos perdido a percepção do quão importante é reconhecer tudo isso.
O tempo me ensinou que as pessoas são imperfeitas mesmo, e não vai aparecer nenhuma fada-madrinha pra mudar isso. Ou a gente aceita, ou a gente se afasta.
Somos imperfeitos, invigilantes, cometemos erros banais, porém em cada um de nós existe algo de bom e de belo. Creio que a vida torna-se mais agradável quando nos predispomos a observar um pouco mais a beleza existente nela e o encanto naqueles que estão a nossa volta.
CHUVA DE OUTONO
A bater na minha janela
Gosto de sentir os pingos da chuva
Ao olhar para a rua eu vi-me
Naquelas folhas secas....
Sem vida, que são varridas pelo chão.....
No silêncio, eu não ouço os meus gritos.....
A solidão, é como a chuva que admiramos
De vez em quando há necessidade de chorar......
E quando a lua, as estrelas e o sol brilham..
São a luz que sentimos, na alma e no coração......
O importante é não olhar para as estrelas como cruzes....
É sentir a cruz que carregamos....
Como os pingos da chuva da nossa própria solidão.
IMPERFEITOS
Se não te completo
Se não te basto
É pelo simples fato
De que sou imperfeito
E incompleta és
Porque necessitas
De algo que perfaça
A tua incompletude
Mas não nos julgo
De todo inconclusos
Pois somos perfeitamente
Imperfeitos
E isto, por si só,
Já diz tudo.
Na perfeição de nossos defeitos
O que temos de mais forte
são nossas fraquezas
O que nos indefine
além de toda essa imposição repetitiva
é a chance de errando
sermos únicos