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Fotografias sempre foram capturas de instantes, mas estão longe de ser a vida como ela é. Por trás da imagem paralisada está a vida em movimento.
Diversas tribos indígenas temiam a imagem capturada, pois achavam que sua alma ficaria presa naquele papel. Hoje, o "fake" surge da confusão entre o momento estático e o tempo que flui. Há quem segue o movimento e quem vive fixado no ilusionismo da captura. O que antes parecia ingenuidade nos índios se tornou realidade: para onde olho vejo almas presas em fotografias enquanto suas vidas passam. A imagem deixou de ser lembrança para o futuro e passou a ser a essência do momento.
Ainda vejo nossa história em cada música que ouço. Minha vida e meus dias se resumem em olhar suas fotografias e te imaginar aqui de novo (como se já estivesse).
Minha paixão pela fotografia está em poder eternizar um momento de emoção, que por si só, passam várias informações e sensações.
Não temos mais fotografias, só imagens descartáveis digitais. As fotos que antes eram pra recordar momentos, hoje são momentâneas. Excluímos, formatamos, resetamos, puf sumiu, só existe em nossa memoria, essa memoria que nos prega peça, nos faz esquecer de momentos, momentos esses que seriam lembrados em fotografias.
Devíamos fazer mais fotos, quando estamos felizes, assim quando se está triste tira ela do bolso e recorda o momento feliz e sorri.
Val francis
Apenas botânicos e fotógrafos de natureza realmente sabem por que não existiriam as folhas se não existisse a luz.
Felicidade se dá como segundos de um selfie. É importante que você sorria, click com sua mente e poste na sua alma. Um dia você pode precisar dessa lembrança.
Não sou indiferente às paisagens que registro. Acho que fotógrafos, talvez os mais existenciais, sejam assim. Embora estejamos dentro de um único organismo chamado Terra, localmente não as pertencemos, mas nos impregnamos por algumas coisas e das memórias de cada uma.
Meu corpo é um tripé, minha cabeça é uma câmera, meus olhos são lentes, minha memória é um filme de fardos e lembranças do passado...
E assim eu sigo...
Transformando instantes em recordações.
Capitando poses e fazendo delas uma saudade.
Quem não se assume dificilmente faz sucesso e certamente nunca conseguirá seus objetivos.
Fotografo dezenas de garotas todas as semanas, mais de 500 nos últimos dois anos podem estimar milhares durante minha vida de fotógrafo.
Tenho certeza de que quem fica na frente da minha câmera tem como objetivo conquistar alguma coisa.
Nunca!!! Mas nunca mesmo, eu vi alguma dessas garotas que não assumiram as suas fotos, não postando nos seus perfis e não mostrando para todo mundo seu trabalho, vencer na carreira de modelo, arrumar algum “job” ou mesmo fazer uns míseros tostões com um modesto cachê.
Vergonha, medo de ser julgadas pelos amigos e parentes, um pudor que não tiveram quando fizeram as fotos?
Não sei... só sei que quem não assume se resume, esconde seus melhores talentos, provavelmente terá algumas frustrações no futuro.
É certo que guardar essas lindas fotos para mostrar para seus filhos e netos é a única alternativa da juventude que não volta para ninguém.
Cada a cada um fazer o que deseja, mas todo mundo deve saber que todo arrependimento é tardio.
Quando a mãe passa a gravidez fazendo selfie, o bebê já nasce fazendo caras e bocas em frente ao espelho da vida.
Tudo o que sei é que tudo muda rapidamente, algo está lá e depois não está lá. Não é golpe, toda história tem seu próprio dilema. Tem o seu princípio e o seu fim como um poema, um novo tema, girando e assediando, e depois morrendo.
Nada dura para sempre, é perigoso acreditar que algo dura para sempre. Momentos bons, como fotografias, coleciono na minha cabeça como um guarda-roupa antigo.
Talvez as pessoas gostem de tirar fotos não para aparecer, mas sim porque talvez aquele momento nunca mais volte, e as pessoas que serão no futuro serão diferentes da que está na fotografia.