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NÃO QUERO SER APENAS MAIS UMA FOTÓGRAFA
Não quero ser apenas mais um fotógrafa clicando o supérfluo das pessoas; que querem de alguma forma mostrar o seu lado exterior, muitas vezes para suprir o vazio interior.
Gosto de fotografar a essência, a individualidade e a arte que cada um carrega dentre de si.
Não quero registrar artificiais sorrisos estampados em um rosto que paralisa diante de uma câmera. Gosto de registrar o movimento, a naturalidade, o espontâneo.
Para mim, fotografar a natureza, os animais, a música, o abstrato, os sonhos das pessoas é minha grande realização; É FOTO COM ARTE.
Paisagens em movimento
Quando vocês estiverem lendo isto aqui, estarei viajando. E estarei bem porque estarei viajando. Vem de longe essa sensação. Não apenas desde a infância, viagens de carro para a fronteira com a Argentina, muitas vezes atolando noite adentro, puxados por carro de boi, ou em trem Maria Fumaça, longuíssima viagem até Porto Alegre, com baldeação em Santa Maria da Boca do Monte. Outro dia, seguindo informações vagas de parentes, remexendo em livros de História, descobri que um de meus antepassados foi Cristóvão Pereira de Abreu, tropeiro solitário que abriu caminho pela primeira vez entre o Rio Grande do Sul e Sorocaba, imagino que talvez lá pelo século XVII ou XVIII. Deve estar no sangue, portanto, no DNA. Como afirmam que “quem herda aos seus não rouba”, está tudo certo e é assim que é e assim que sou.
Pois adoro viajar. Quem sabe porque o transitório que é a vida, em viagem deixa de ser metáfora e passa a ser real? Para mim, nada mais vivo do que ver o povo e paisagem passar e passar além de uma janela em movimento. Talvez trouxe esta mania dos trens (janela de trem é a melhor que existe), carros e ônibus da infância, porque mesmo em avião hoje em dia, só viajo na janela. Quem já viu de cima Paris, o Rio de Janeiro ou a antiga Berlim do muro sabe que vale a pena.
Topo qualquer negócio por uma viagem. Quando mais jovem, cheguei a fazer mais de uma vez São Paulo-Salvador de ônibus (na altura de Jequié você entende o sentido da palavra exaustão), há três anos naveguei São Luís do Maranhão-Alcântara num barquinho saltitante (na maré baixa, você caminha quilômetros pelo manguezal), e exatamente um ano atrás, já bastante bombardeado, encarei Paris-Lisboa de ônibus, e logo depois Paris-Oslo de ônibus também. Não por economia, a diferença de avião é mínima — mas por pura paixão pela janela. Sábia paixão. Não fosse isso, jamais teria comprado aquela f i ta de Nina Hagen numa lanchonete de beira de estrada nos Países Bascos (tristes e feios) à margem dos Pireneus, ou visto a cidadezinha onde nasceu Ingrid Bergman, num vale belíssimo na fronteira da Suécia com a Noruega.
Para suportar tais fadigas, é preciso não só gostar de viajar, mas principalmente de ver. Para um verdadeiro apaixonado pelo ver, não há necessidade sequer de fotografar, vídeo então seria ridículo. Quando não se tem a voracidade de registrar o que se vê, vê-se mais e melhor, sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o visto. Vê-se solitária e talvez inutilmente, para dentro, secretamente, pois ninguém poderá provar jamais que viu mesmo. Além do mais a memória filtra e enfeita as coisas. Até hoje não sei se aquela Ciudad Rodrigo que vi pela janela do ônibus, envolta em névoas no alto de uma colina no norte da Espanha, seria mesmo real ou metade efeito de um Lexotan dado por meu amigo Gianni Crotti em Lisboa. Cá entre nós, nem preciso saber.
Mando esta da estrada, ando com o pé que é um leque outra vez. Lembro um velho poema de Manuel Bandeira — “café com pão/ café com pão” — recriando a sonoridade dos trens de antigamente. Pois aqui nesta janela, além dela, passa boi, passa boiada, passa cascata, matagal, vilarejo e tudo mais que compõe a paisagem das coisas viventes, embora passe também cemitério e fome. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar.
Caio Fernando Abreu, in Pequenas epifanias
Amor pela profissão..
Amar o que se faz é algo que nos completa,nos impulsiona,nos revigora!
E falando em trabalho,não é realmente trabalhar e sim curtir mais um dia prazeroso!
Oh! Saudade!
Pousaste o olhar
na janela dos meus olhos
e fizeste da minha alma
o rebordo de uma fotografia.
FOTOGRAFIA
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Alma expressa num momento...
Traduzindo a paz ou o tormento...
Encantando, seduzindo...
Escandalizando ou debochando...
Alegrando, entristecendo...
Transmitindo sentimento...
A todo aquele que observa a poesia
Que existe na arte de cada fotografia!
"Sabem o que dizem sobre fotografia, mundo a fora? Dizem que ela tem o poder de dar descanso ao tempo e torná-lo eterno."
Saiba o que é um teste fotográfico.
Uma pessoa considerada bonita pode não ser fotogênica e aparecer feia e uma pessoa feia pode ficar bem na foto o que chamamos de fotogênica.
Testes fotográficos ou testes de fotogenia, são experiências que o fotógrafo faz quando retrata uma pessoa.
As variações podem ser por ângulos, condições de luz diferentes, situações criadas para que a modelo se coloque em posições harmônicas ou mesmo de diferentes lentes.
Além das condições técnicas para obter a imagem, o fotógrafo pode contar com habilidade para colocar a modelo em posições esteticamente favoráveis que a deixarão com disposição para conseguir expressões que farão transparecer o resultado que se espera naquela foto.
Os melhores momentos devem ser registrados, assim permanecerão em nossas vidas e em nossas lembranças. A fotografia é a arte que faz isso, e ainda faz o coração da gente sorrir.
O fotógrafo vê magia onde para a maioria passa por despercebido, o bom fotógrafo registra a magia e estampa a maravilha para os despercebidos!
A fotografia, a memória e as lembranças.
Esquecidas em algum canto da memória, jazem lembranças latentes que não pedem licença para aparecer e cutucar a saudade.
Fotografias são verdadeiras pontas de iceberg que levantam, em um instante, grandes ondas que a gente surfa e nos levam às praias paradisíacas, por onde a gente já andou, viveu e deixou rastros que foram apagados, mas deixaram marcas indeléveis.
E quem passou pela vida e não tem essas lembranças vívidas, só passou pela vida, ainda não viveu.
Você percebe que está distante da família quando vê as fotos na câmera da sua mãe e percebe tristemente seus selfies e autorretratos.