Tag folhas
NOVEMBRO, soneto no cerrado
A nuvem de chuva, está prenha
A lua na noite longa enche de luz
Novembro, aos ventos ordenha
Amareladas folhas que nos seduz
Meditação, finados aos pés da Cruz
O colorido pelo seco cerrado grenha
As floreadas pelos arbustos brenha
Trovoadas, relâmpagos no sertão truz
Águas agitadas, o mês da saudade
Num véu dançante... Vem novembro!
Linhas de poema e prosa, fertilidade
Décimo primeiro, antecede dezembro
Em ti é possível notar a instabilidade:
Fogo e água, da transição é membro
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
novembro de 2016
Cerrado goiano
novembro
a nuvem de chuva está prenha
a lua na noite longa enche de luz
novembro, aos ventos, ordenha
amareladas folhas que nos seduz
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
novembro de 2016
Cerrado goiano
"Não quero ser como uma árvore que passa a vida inteira no mesmo lugar sem dar frutos, contando às folhas que secam, esperando que me usem antes que Eu apodreça".
Sigo os caminhos do vento,
nos seus cantos e encantos me envolvo
recolho as folhas do tempo,
em poemas as devolvo...
As flores se desabrocham na primavera.
E a primavera chegou para uma bela flor!
Essa flor é um amor de pessoa. Bela como as pétalas, recece luz como as folhas, é rígida como os espíritos, mas suave é o seu cheiro como perfume de sentimentos! A flor é como essência do amor! Essa flor é você meu amor!
Mesmo que após a tempestade a árvore permaneça de pé por conta das suas fortes raízes, o vento sempre arranca algumas folhas e quebra alguns galhos
Somos como a folha de uma árvore, presos a ela enquanto ainda estamos verdes.
Com o tempo amadurecemos, caímos e começamos nossa própria caminhada, levados pelo vento.
Envelhecemos, perdemos a cor e a textura, tornamo-nos frágeis e quebradiços.
A cada nova brisa, seguimos para um novo destino.
Não sem deixar para trás um pedaço do que éramos.
Rápido nosso destino, a árvore sempre vive mais, ela tem raízes profundas.
Talvez a árvore seja a própria vida, talvez não, o certo é que as raízes que a sustentam também a aprisionam.
Ela nasce, vive e morre no mesmo lugar.
Quando amar alguém, ame suas raízes e não suas folhas, para não correr o risco de quando chegar o outono o amor acabar. Amando as raízes, independentemente das estações, o amor permanecerá, ele é a base, ele é quem sustenta, nosso corpo é apenas uma folha onde o sustento vem de dentro.
FOLHAS DE PAPEL
Os meus olhos de menina
Enxergavam arco-íris através de cacos de vidro
Viam gafanhotos vestidos à rigor
Eles estavam sempre prontos pra festa
Em meus sonhos de menina os personagens dos livros ganhavam vida
Era possível sentar para um chá
Dividir uma toalha de piquenique
Em minhas mãos de menina as folhas de papel se transformavam
Em gaivotas que ganhavam os céus
Viravam barquinhos que navegavam em poças d’água deixadas pela chuva
Em minhas mãos de mulher
Basta pena e papel
Pra guardar a vida em poemas.
"A vida é como uma folha no Outono, ao longo da estação a folha apodrece, sendo que algumas das folhas são invisíveis ,outras possuem uma beleza divina"
O que ficou foram as folhas
De um outono, a saudade do café
As marcas na árvore
Momentos que jamais serão replicados
Tão pouco deixados pra trás
Grossa e dura a casca guardará pra mim
Á lembrança de uma vida
Cada Folha em todo lugar
Uma estação
Outono
A névoa paira sobre os morros
O verde se funde ao cinza, nuanças
gradativas, nada linear...
As mãos e a boca quente
contrastam com o rosto que padece com a brisa gélida...
O coração se aquece com as lembranças dos beijos cálidos dela...
Na mão, meia taça do seu merlot favorito,
Nos pensamentos, o predomínio daqueles olhos castanhos, doces...
Pela janela observa os plátanos com suas folhas já amareladas, outras secas avermelhas se desprendem e caem lentamente, dançam num zigue-zague suave até o chão molhado...
O ritual é uma despedida, o último espetáculo, o agradecimento pela companhia...
Entre um gole e outro de vinho, o consolo, após o inverno rigoroso virá a primavera, e tudo voltará a florir...
"Passei fome, não tinha grãos. Ao olhar para o lado e ver meus irmãos, me vinha a vontade de mexer minhas mãos. O alimento inventado com folhas, ferventado, não deixava o corpo ficar amoado. Tudo aquilo serviu para lutarmos com paciência e nos tornarmos fontes de resiliência."
Quando penso em ti
Lembro-me da primavera
Das folhas que caem ao chão
Do perfume
Que elas deixam na terra
Quando lembro de ti
Sinto-me livre
Livre para te amar
Livre para ter um amor sincero
Quando toco em ti
Sinto que o mundo para
Que entro em outra órbita
O planeta fica pequeno
E como sair da órbita da planeta
"Fugir para outra dimensão"
Quando eu olho pra ti
Sinto toda essa reciprocidade
Toda essa sintonia que nós temos
Me sinto mais que Feliz
Sei que sou um simples átomo
Mas me sinto gigante quando estou contigo.
Nossas emoções são como as árvores na estação do outono, onde as folhas caem para economizar sua energia, assim, precisamos economizar nossas energias não deixando o desequilíbrio nos derrubar
FOLHAS SECAS
(Bartolomeu Assis Souza)
E as folhas caem...
Derramando-se no chão empoeirado...
O vento sopra, sôfrego., assoviante...
Levando o resto da ramagem...
Folhas secas que jamais vicejarão...
Vai minha desilusão...
Voa, voa, voa, como essas folhas...
Traga um novo vento cheio de vida nova...
Quem sabe uma nova ilusão...
( " Só lá floram
Lírios doutro poema..." ) (Jatobá)
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Amém!
"Uma árvore sempre perde suas folhas antes de voltar a ser bela, assim como nós nunca vamos chegar ao topo sem antes ao menos tentarmos nos levantar."