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Outono, folhas secas ao chão, transforma-se em tapetes para pisarmos barulhamente no silêncio do tempo seco e quase frio, de reclusão.
Folhas são lembranças já vividas, um dia verdes, mas secas pelo tempo e levadas pelo vento.
Lembranças de pessoas que naquele momento jurei enganos e ilusões. São horas de conversas jogadas para o vento, sorrisos bestas e momentos únicos!
Secaram, sumiram... Mas prevalecem aqui e aí. No mais íntimo possível, mostrando que entre espinhos havia um afeto.
“As folhas do outono voando ao leu é semelhante a cada novo caminho que temos que trilhar, simboliza a transformação do velho ao encontro do novo.”
Durante o outono,
temos um tempo oportuno
para aprendermos com as árvores
que soltam suas folhas secas
por não terem mais vitalidade,
por não terem mais nada
que lhes acrescentam,
mesmo que continuem lindas
por estarem marcadas
por ocasiões vividas,
agora, fazem parte do passado
e precisam dar espaço
pra que as novas folhas
nasçam e recebam
das árvores, as boas vindas.
O outono chega para nos lembrar que o colorido espalhado pelas ruas e calçadas é a primavera das folhas.
Não vou rasgar nenhuma página do livro da minha vida,
as folhas que virei foram lições que aprendi.
Esperamos o outono chegar,
ver as folhas saindo em disparada
voando loucas, pelo vento levadas
e querendo junto aos galhos ficar,
O vento chega ousado dando beijos,
para uma, a uma, logo conquistar...
e a nossa alma tem os lampejos
de outros outonos, lembrar !
Outonos de beijos amorosos,
abraços que pareciam sem fim,
em tempos que eram mais ditosos,
nas manhãs em toques de clarins
Outros outonos de frias brisas,
mas que aqueciam o coração ,
agora, tudo rapidamente desliza,
já sem a mesma emoção
Despedidas do tempo, que, ingrato,
vai passando com muita pressa,
e a tudo leva quase de arrasto,
e deixa a saudade, o ontem, a promessa...
OUTONO
Folhas amareladas caem,
mostrando a cara da
nova estação...
É o renascer que
está sendo anunciado,
esperando o tempo
de bons ventos.
Em breve, as flores surgirão,
e as cores e perfumes
tomarão conta do ambiente.
"De repente, tudo se acalma
Entregue a doce abandono
As cigarras cessam seu canto
E as folhas bailam na rua
- alegria livre e nua -
À luz dourada do Outono."
Caminhando sobre o vento
Nas lamúrias de um momento
Folhas secas sucumbem ao chão
Revelando a nudez dos galhos
Que seus adornos se vão
Arrebatados pela inclemência do tempo.
A girafa e a árvore são comparadas respectivamente a um lápis e um caderno. Cada dia a girafa se desfaz seu gravite sobre uma das folhas da árvore que também é caderno. Cada folha tem o seu sabor a depender do que se escreve e assim são várias folhas que ora estão crescendo, sendo escritas e depois caindo devido o tempo de sol. Nossa vida é assim, os dias vivenciados não voltam mais, resta na memória o bom e péssimo sabor, e ainda, nossos esforços a fim de viver com a cabeça erguida, escrevendo nossas histórias até que acabe o gravite.
A delicadeza de uma pequena rosa
com suas folhas verdejantes,
formando uma imagem bastante encantadora
de uma essência cativante
de uma flor e sua formosura.
A ternura carrega folhas secas e têm um par de asas coloridas,
a conheci numa conversa de formigas e passarinhos.
O poeta, de tanto escrever agora está morto em sua própria ilusão. E calou-se a poesia diante dos próprios versos que ao poeta matou. E o que restou foi só mais uma poesia quase apagada em uma folha jogada à beira da estrada... Que o vento levou sem direção. - Um triste poema que ninguém viu, nem declamou! Um pensamento que o tempo levou! Um Pensamento igual folhas ao vento que ao alto voou e depois caiu ao chão. Na embriaguez mais forte da dor e da saudade o poeta viu a perfumada morte... Rompeu-se em mil versos o coração... E dançou rodopiando no ar a folha poética querendo roçar o infinito. Aflito, morreu o poeta num soluço e num grito... de tanto amar!... - Deixando os seus cortantes versos escritos em uma poesia flutuante ao vento em uma tarde cheia de monotonia, pálida, silenciosa e fria ... O poeta enfim, pôde descansar!
Entre-páginas de um velho diário!
Em meio aos raios de luz do entardecer
Doce harmonia… Pura poesia… Magia…
Embaixo de um céu azul
onde os pássaros embelezam essa tela divinal!
Ouço o eco das memórias perfumadas
que tenho guardadas.
Surge uma sinfonia de recordações mescladas de sentimentos bons,
'prendas do tempo'.
Pensamentos esvoaçantes
voam livremente como folhas outonais.
Livres de estresses.
Num território que não existem falsidades, tampouco adversidades.
Apenas saudades!
Folhas agitando buliçosas.
Esmiuçando histórias
onde borboletas multicoloridas enfeitam esse longínquo passado.
Dando vida… Num garboso revoar!
Nesse belo jardim da memória de delicadezas sem fim
trago ternuras orvalhadas pelo tempo,
memórias de outrora.
Me deparo com pétalas de amor
nas entre-páginas de um velho diário
adornando o cenário,
cartas românticas, bilhetinhos escritos para mim.
Hoje, visto-me de poesia e vou (re)vivendo momentos, beijos e carícias,
abraços envolventes...
Ah!… doce mocidade
que passa tão rápido
como um raio de felicidade!
Rosely Meirelles
🌹
A vida é um caminhar por estações,
cada qual com sua singularidade
e como as folhas também passamos,
do verão lindo e especial,
para a nova época
que se faz outonal,
vamos deixando ao léu, pedaços de nós,
lamentos, alegrias, risos, saudades...
''Às folhas, tantas''...
Meus passos voejam
nos caminhos do bosque,
e, minh'alma se acalenta
pelo murmúrio das folhas
que forram o chão...!
-- josecerejeirafontes
as folhas...
o vento sopra frio
neste silêncio fecundo,
quando elas chegam ao chão
caem em sono profundo...!
-- josecerejeirafontes
O Enigma do Outono
Folhas viçosas
se entregam ao sol...
Secam e caem no chão...
Folhas de meia-cor,
mescladas, desbotadas,
jazem no frio da estrada...
Alimentando-a em cor e beleza!
-- josecerejeirafontes
Outono
Outono... as folhas das árvores a cair.
Tudo se prepara pra ser fecundado.
No frio do inverno... tudo a se congelar.
Semente no calor do interior da terra
espera o momento de do solo desabrochar.
Folhas secas no ar a esvoaçar...
Eu pelo outono outra vez a me apaixonar.
O outono de novo a me ensinar...
De certas coisas é necessário se desapegar.
Desapegar... pra outras coisas o lugar tomar...
Outono: sim, é necessário se renovar.
Outono
As horas do dia se foram
em seu ritmo bem ensaiado
folhas e flores outonaram
em seu destino traçado
Pela janela tudo percebi
na magia do por do sol
e fiquei à espera de ti
que sempre vem junto ao arrebol
Hoje não vieste e chorei,
algo, sei, aconteceu e triste
- que outono cinza, pensei,
pois sei que me esqueceste...