Tag flagelo
"Muitas pessoas apareceram do nada em minha vida e me salvaram de dias ruins. Muitas pessoas apareceram do nada em minha vida e transformaram bons dias, em tempos de flagelo."
Noites serenas,
poesia cantada à capela.
Desejo entoado em mantras
que ecoam no ventre das trevas.
Sorriso apagado.
Um momento de autoflagelo.
É o espelho da alma exaltando
as escaras de um mundo ébrio.
Alvorada. Desvairado disco.
Mais um equilibrista caminhando
na luz e na escuridão.
Muitas vezes, a vida se torna pesada e difícil de suportar. E eu me sinto extremamente exausto, confuso e sufocado,
como que me afogando num abismo de águas profundas e negras. Em momentos nebulosos assim, a dor da
solidão é mais perversa e tortuosa que as muitas linhas profundas a sangrar em meus braços.
Meus lúgubres devaneios são o clamor da vida prestes a ceder ao quase inevitável. Mas meu esvair-se na escuridão,
longe de ser desesperador, é pura placidez; mórbida, talvez, mas atenuante e profundamente apaziguadora,
suave como uma serena brisa do paraíso. É em suma tudo que preciso para relaxar em meu etéreo padecer.
Vida esta que segue em penumbra, cercada pelo vazio e o som de ecos distantes, oriundos de minha alma
quase sempre entorpecida. Meu tudo se resume a um absoluto nada. Quem sou, no flagelo desta escuridão?
Pode uma sombra existir sem a luz? Qual a utilidade da luz sem a escuridão?
Fui um dia talvez, um frágil clamor de vida que subitamente se esvaiu na solidão de sua própria ignorância?
E o que dizer da incapacidade de desvinculação do reconhecidamente idealizado estado de satisfação pessoal?
Auto flagelo?
Não. Não.
Somente os eternos contestadores, inconformados com a realidade que lhes é apresentada, ousam idealizar o utópico.
Desmoronamento de casas nas encostas de morros, enxurradas que destroem vidas, ruas alagadas nos grandes centros urbanos e viadutos que desabam têm por causa a omissão de alguns e a ação danosa de outros. Deus só entra no drama para confortar os flagelados.
Tudo passa, as vezes demora um pouquinho, mas passa. De repente você acha que não vai conseguir, pois tudo é tão difícil, mas é só ilusão e logo se desfaz essa nuvem densa que paira sob sua cabeça. Não reclame, aceite apenas, mesmo que esbravejemos e nos auto flagelamos psiquicamente por achar que é o fim, mas não é o fim, e sim esse é o momento que pregado na cruz do calvário Jesus clama ao Pai e Ele o liberta das chagas da dor e sofrimento. Tudo acontece conforme a vontade Dele e somente Ele nos resgata do calvário no Tempo certo, pois esse tempo que estamos pregados na cruz, Deus está curando nossas chagas...para então sermos libertos do pecado e voar... Voar e voar...
Talvez por ser poeta, eu não seja um cara tão normal
Sinto o que os outros sentem, meu flagelo descomunal
Sinto mais as coisas de fora do que as estão aqui dentro
Às vezes saio de mim, e no amor alheio, me adentro
Finalmente eu consigo entender do quê os primeiros filósofos se queixavam amargamente e o que eles queriam dizer com "é impossível converter o magnífico e original significado de um pensamento em palavras", realmente não ser compreendido é o nosso interminável flagelo.
Como ser humano tenho incontáveis falhas, pois minha maneira de viver é orientada aos extremos. Quando eu amo é infinito, incalculável e eterno, no sentido mais literal possível da palavra.
No fluxo contínuo de pensamentos inquietantes, que correm como um rio de águas inesgotáveis, é onde encontro um verdadeiro refúgio.
Se tenho algum remorso é por nunca conseguir expressar o inexpressável.
TEMPESTADE ELEGÍACA
"Acomodando o deslocamento da tempestade elegíaca,
Sufoquei encontros na humanidade e no êmbolo escaldante,
Condoí o culto de noites padroeiras,
Esburaquei rumores de mim,
Deslizei sobre minhas vistas carícias de tempos ruminantes
No estilo flagelador de aceitar carreamentos,
Anoiteci em chamas tocando minhas ganâncias,
Jaculei por vozes nunca extrovertidas o reto esporângio,
Salguei o caldo de meu muro ignóbil,
Liguei quases e porquês na impostação enfermiça
Imperando na terra tísica com estremecimentos postiços,
Persegui dentro do mais fino logaritmo
Aquele escrúpulo que me anula sorridente
No topo da romaria encompridada."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
São rosas as pétalas do mês de Outubro que agora tenciona terminar, que sobre a doçura do tempo que nos garantiu prestigiar a nossas refinadas mulheres, acalenta-lhes sob a proteção do mês de Novembro que em breve começará, trazendo-lhes a certeza de que nenhum mal CANCERÍGENO lhes flagelará.
Por que eu iria infringir golpes de angústia em mim mesmo, se eu posso me plantar em águas calmas e bosques serenos?
Devemos sempre pensar no que não favorece ao próximo,pois ferir a alma do alheio pode ser um auto flagelo!
"A liberdade me atenta, com doçura me cerca.
Zomba dos meus grilhões, me olha através das barras de uma cela.
Zomba do tolo, que se aprisionou no amor, nas juras, nas falácias dela.
No fim, não existia magia nas estrelas cadentes, eram só pedras.
Roguei ao brilho, para me fazer estar junto dela.
A paixão, inspira parvos devaneios e certezas sobre coisa incertas.
A paixão é o flagelo dos poetas.
A felicidade mora nos lábios dela.
Templo de perdição, onde o meu eu, incompleto, se completa.
Já é tarde, acabou nosso tempo, me cansei das batalhas, perdi essa guerra.
Um clima lúgubre, tomou conta de nós, logo nós, que éramos festa.
Prisioneiro do seu amor, vem a liberdade e me atenta e com doçura me cerca.
E novamente, derrotado, não evito tais mazelas..."
Nosso heroísmo se eleva sempre que suportamos os infortúnios alheios. Ainda assim, quando o flagelo é nosso, esperamos alguma manifestação de humanidade dos outros.
Muitos dos nossos processos deixam marcas e comumente nos apegamos mais as essas cicatrizes do que ao aprendizado. É dessa contumaz relação que nascem as mais profundas angústias e os maiores desgostos.
Quanto mais rápido queremos que o tempo passe, mais apegados ao relógio ficamos.
A dor, o flagelo podem até ser marginalizados, mas na intimidade de cada ser há sempre uma busca pela casca mais fina para se puxar. Ela até coça pedindo para ser arrancada, só para voltar a sangrar.
Você até que gosta da sensação, mas faz isso pelo prazer (de sofrer) e não para reforçar a lição.
Deus Pai, se não por consideração a nós, ao menos em consideração a seu Filho dileto, afasta de nós os justos flagelos que merecemos e nos perdoa recordando suas lágrimas, seus sofrimentos e sua paixão.
Descriminalizar drogas é um desserviço prestado a sociedade brasileira, que deve se preparar para o flagelo social.
Sobre a Guerra Santa, repetida por vários fanáticos desajustados. A guerra nunca pode ser santa pois não existe um santificado no mundo, que possa promover a dor, o flagelo e a morte. Seria mais apropriado, chamar de Guerra Insana, por que acima de nos, só existe um Deus, personificado por vida, misericórdia e amor nas diferentes culturas espalhadas pelo mundo.