Tag existencialismo

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⁠Para Sartre, o homem não é um ser objetivável; ele está sempre por se fazer, em constante renovação.

Inserida por Kaaygua

⁠O existencialismo sartreano proclama a liberdade de cada homem para escolher o mundo a ser vivido.

Inserida por Kaaygua

⁠O Anti-Romântico

⁠Ele não quis saber da novela
nem do beijo na TV.
Indagava um diplomata temeroso do novo líder,
consciente dos riscos de tirania.
Não via heroísmo em guerras —
soldados também eram vítimas.
Não enxergava professores como donos da verdade,
apenas observava quem conseguia encher a maior bolha de gás.

Sentia pena da fama,
cárcere privado.
A raiva o tomava
quando ouviu dizerem
que se encontra dignidade na pobreza.
E ria, debochado,
ao ver abastados afirmarem que mereciam o que têm.
Não encontrava amor na religião.
Mas compreendia a necessidade de algumas muletas.

Contorcia-se com amizades de conveniência,
mundo de aparências: transações.
Sabia que eles guardavam uma gaveta de máscaras —
Quem escolheram ser hoje?

Quando viajava, procurava grafites nos muros,
via os que vagam na noite,
caminhava onde os estrangeiros temiam.
Via o trabalho como máquina de triturar gente,
a escola como uma caixa,
a educação como um bloco de gesso.

Não confundia sabedoria com acúmulo de saberes,
nem sabedoria com virtude.
Saber é saber, e só.
Fugia dos platonismos,
não idealizava.
Via a vida assim: carne crua, exposta —
e escolheu viver.

Inserida por cassio_andrade

Buscando respostas para aquilo que sentimos, transcendemos
Quem criou este abismo? E por que ele não para de olhar para mim?

Inserida por TioRubio

A felicidade é uma oscilação da tristeza, em momentos da sua vida que você é menos triste do que ontem

Inserida por TioRubio

⁠O knockout de Sartre sobre Goethe – Ep. 1

Não há como ficar alheio à irracionalidade destes dias que parecem nos aproximar cada vez mais de um estágio de distopia, e cuja linha divisória não se sabe quando será cruzada. A única certeza é de que o mundo continuará seguindo sua trajetória independente de nossos bandeiras, achismos e modismos, mesmo que Sartre já o tivesse previsto há mais de 80 anos.

“Os homens. É preciso amar os homens. Os homens são admiráveis. Sinto vontade de vomitar – e de repente aqui está ela: a Náusea”, disse ele à época, e o que se seguiu depois foi a sucessão de erros que nos trouxe até este agora e que Sartre, se pudesse vê-lo, certamente o perceberia como um melancólico “déjà vu”.

Sim, até porque a vida não é um diagrama de causa e efeito, e se não temos sequer ideia de como seremos projetados nesse futuro, o que dizer de perder tempo com o “quando”? O papel que nos compete é fazer as melhores escolhas enquanto a liberdade individual se apresentar como opção, de modo a persistir na busca por significado em um mundo aparentemente insano optando deliberadamente pelo caos. Far-se-á necessário, sem dúvida, nos mantermos apegados, com unhas e dentes, à visão existencialista da liberdade humana, malgrado a indiferença do universo em relação aos nossos dramas.

A lucidez – e apenas ela – se apresentará como aliada confiável numa realidade em que ideologias, dogmas e verdades absolutas não te serão de qualquer valia, já que em tal cenário todas as tuas “crenças inquestionáveis” serão postas à prova, e terás no teu pensamento crítico e em tua busca pela verdade – aquela que não depende de mim nem de ti – o único lenitivo para seguir acreditando. Arrisco perguntar: tuas crenças ainda te servem de refúgio, ou insistes em usá-las como antídoto para teu desespero, mesmo que não acredites mais nelas?

Neste momento, és tu e tua autonomia para sonhar o agora que te serve de âncora, de modo a não seres levado de roldão para um futuro incerto, e do qual não terás garantia alguma de que sobreviverás a ele. Assume, pois, a tua parte da responsabilidade pelo que percebes, pelo que não te podes furtar da forma como o fizeste até aqui.

Vivemos um momento em que a realidade se impõe sobre o romantismo. A frieza existencial de Kierkegaard e Camus retomando o palco no qual Goethe brilhou sob os holofotes do Iluminismo, e que também acolheu Voltaire e Rousseau.

Sartre já alertava que só é livre quem pode ser responsabilizado pelas próprias ações mas, como também anunciava, esse homem circunstancial inegavelmente depende da direção dos ventos, e este pode, de quando em quando, produzir o contradicto que o eximirá da tal responsabilidade. Assim, em nome da liberdade sistêmica - dita irrenunciável – podemos destruí-la de um único golpe para garantir a pessoal. Inaceitável contradição, diriam os Iluministas, sem se estribar nas mordazes narrativas de Sartre que já alertavam para tais despropósitos do nosso cotidiano proselitista e, tanto quanto diria Nietzsche, humano, demasiado humano!
“Novos tempos”, dirão os arautos de um tempo instável o bastante para chamar de novo o que há de mais velho no mundo, que é a luta pelo protagonismo da ópera bufa que todos deverão aplaudir, incluive os que apostavam numa valsa de Strauss.

Resumo
O texto discute o pessimismo existencialista de Sartre em relação ao futuro da humanidade, contrastando-o com o otimismo iluminista de Goethe. O autor argumenta que a frieza existencialista de Sartre, representada pela ideia de que a liberdade individual é responsável pela criação do caos, se assemelha à visão de Kierkegaard e Camus, enquanto Goethe encarnava o ideal iluminista de progresso e razão. A peça argumenta que, apesar da aparente irracionalidade do mundo, a liberdade individual permanece como um refúgio contra o desespero, e a responsabilidade pela ação individual deve ser assumida mesmo em meio à incerteza do futuro.
Trata-se de um ensaio que critica a sociedade contemporânea, utilizando a filosofia existencialista de Jean-Paul Sartre para analisar a perda de significado em um mundo cada vez mais caótico. O autor argumenta que, apesar das aparências, a liberdade individual continua a ser um valor fundamental em um contexto onde verdades absolutas e ideologias se esfacelam. Ele compara a situação atual ao período pós-Iluminismo, onde a frieza existencialista de Kierkegaard e Camus se sobrepõe ao otimismo de Goethe. O autor sugere que a liberdade individual, apesar de ser a chave para a ação, pode ser comprometida pela dependência às forças externas, o que resultaria em uma contradição insustentável. Ele termina o texto com uma crítica ao proselitismo e ao romantismo, defendendo a necessidade de uma postura crítica e consciente para lidar com a realidade complexa e instável em que vivemos.

Inserida por bodstein

Os dilemas de um franco-libertário - Ep. 2

A expressão mais ouvida pela boca dos conservadores é “liberdade”: liberdade para dizer o que querem, para fazer o que querem, como se não seguir as regras do jogo liberdade fosse. O que se mostra nítido é que não conseguem diferenciar o conceito de liberdade do de libertinagem, pois que a liberdade não precisa tampouco ser visível a olhos alheios, mas simplesmente que a vivencies em ti: antes em tua consciência, e depois em teus atos. E dessa forma, para o libertário que és, não serão as correntes do corpo que irão te cercear, mas aquelas que impões a ti mesmo quando atropelas todas as regras pelo exercício da tua alegada “liberdade”.

Por definição, não é apenas falsa, mas imoral, a liberdade que privilegia alguns em detrimento de outros, numa mesma escala de poder. “Numa mesma escala de poder?”, perguntarás... E te direi que não há nada mais desigual do que tratar desiguais de forma igual, e para tanto existem as diferentes escalas de atuação, e a cada qual se aplicam as regras que seus papeis lhes conferem. A isso chamamos de “ordenamento jurídico”, indispensável para que o direito à liberdade se estenda a todas as diferenças.

Liberdade, portanto, não é simplesmente pensar e agir do jeito que entendes ao cobrar o que é bom pra ti, mas transitar livremente dentro desse ordenamento; e opressão é lhe extrapolar as fronteiras, horizontal ou verticalmente, para subverter o pensar e o agir de outrem. Precisas antes aprender a pensar livremente, questionar – inclusive a ti mesmo – e formar tuas próprias opiniões não submetidas a dogmas e doutrinações. A tua real liberdade é, antes de tudo, a tua autonomia intelectual, sem o qual nunca serás livre. Enquanto não desenvolveres pensamento crítico para discernir entre uma coisa e outra não exercerás de forma autêntica a tua liberdade, pois que não se mostrará ética e, tampouco, responsável.

A liberdade legítima não pode prescindir da igualdade como um de seus pilares mais substantivos, asseverando a cada qual a posição que lhe caiba para escapar a injustiças. E quando atrelada a um “ismo” coletivo correrás sempre o risco de vê-la convertida de livre-arbítrio em efeito-rebanho, e é quando precisarás tonificar tua essência de franco-libertário, que só responde à própria consciência. O conceito de que “a união faz a força” não se estende ao cérebro, pois que, no grupo em torno de um lider, somente um exercerá a prerrotativa de pensar, cabendo aos demais segui-lo. Na ausência dele, por outro lado, nem dois dentre todos seguirão na mesma direção, o que pode se mostrar ainda mais desastroso do que a direção única, por mais equivocada que se mostre. Daí porque teu discernimento deverá ser o fiel da balança na batalha contra a opressão e a ignorância.

Súmula
Constituindo-se no segundo episódio da série "Filosofando”, o texto de Luiz R. Bodstein explora o conceito de liberdade a partir de uma perspectiva individualista e crítica, questionando a dicotomia entre liberdade e libertinagem, a visão superficial do conceito de liberdade, e defendendo que a liberdade em sua expressão mais plena consiste na autonomia intelectual e na capacidade de discernimento crítico sobre a complexa relação entre decisões individuais e ordem social. O autor argumenta que a liberdade não se manifesta apenas em ações visíveis, mas também na consciência individualizada, na capacidade de pensar criticamente e formar opiniões próprias, livres de dogmas e doutrinações. Pelo aspecto da interação social, afirma que liberdade não se resume à ausência de restrições externas, mas a capacidade de transitar livremente dentro de um sistema de normas e leis, respeitando a igualdade e os direitos de todos, sem que essa igualdade se traduza por uma homogeneização de pensamentos. Ele critica o tradicional conceito de que “a união faz a força” no que toca ao pensamento individual pelo argumento de que a liberdade de pensamento exige capacidade de questionamento e formação de opiniões autônomas. Bodstein destaca a importância do discernimento individual e da responsabilidade em relação ao próprio pensamento, advertindo contra a alienação e o conformismo advindos da adesão acrítica a ideologias ou líderanças que se estabelecem sem o crivo das análises racionais.

Inserida por bodstein

⁠Coisas me afetaram
Mais do que imaginei
De dores somos forjados
E amores somos marcados
Um retorno que talvez
Jamais se faça presente
Tenha a dádiva da vida
Que ao atravessas a rua
E podes perder num momento
Seja você, seja feliz
Mesmo que no fundo
A felicidade seja fugaz
Pois momentos felizes
Ocorrem a todos
E danos permanentes
Não pedem licença
Seja seu melhor
Não como antes
Porque não existe passado
Que não haja mudado
No presente que persiste
Em mostrar quando
E o quanto custou
Tentar de novo é para poucos
Viver diferente é duro
Correr atrás de sonhos
Não é, se não
Apenas
Uma fuga solitária
Daquilo que projetamos
Com dificuldades que
Iremos conquistar.

Inserida por IgnazczK

⁠O soneto da amargura 
Do que não tem nada
Vive apenas a agrura
De uma pessoa criada
Assim tenho tanto ódio
Rancor como amarga fruta
Não cheguei no topo do pódio
Que perfaz minha conduta
Singelo com o chinelo
Que sou e uso aos pés
Como um plebeu donzelo
Aflito como todo semita
A vida que tem outro viés
Que a donzela não permita

Inserida por IgnazczK

⁠Vejo agora
Com claridade
Essa energia
No limiar de minha idade
Não virá mais
Cada dia uma nova vida
Todo dia minha vida se esvai
O jogo desconcertante da vida
Dizem que um dia ainda vai
Eu cético e pessimista
Sei que me doi
E por doer tanto
Sofro muito
Por ter que esperar
Algo que talvez
Nunca venha

Inserida por IgnazczK

⁠Nao receberei
Parabens
Nem mesmo a alegria
Daqueles que se foram
E me deixa aqui sozinho
Nunca presenciarei
Um abraço
Um aconchego
Jamais sentirei
O que sentistes
Nunca serei
O que sempre quis
Agora eu sei
Dentro de tudo isso
Que nada serei
Alem de uma sombra
Que jamais entenderei

Inserida por IgnazczK

⁠Tive medo
Mas muito medo
De pensar
Duma hora pra outra
Que fugirias de nosso mundo
Me apavorei
Por noites chorei
Escondido aos prantos
Lembrando o que sofri
Para estar aqui
Nao seria justo
Teu ventre nao guardar
O filho que chego
A sonhar
Nao seria justo
Nao merecer
Tua vida comigo
Me assustei
Confesso
Do que seria
Pois nao queria
Viver sem ti
Me apavorei
E isolei
Pedi pra que viesse
Para mim esses nódulos
Pois alem de te perder
Perderia a gorda
Minha filha de alma
Se te falta razão pra viver
Digo estou aqui
E nossa filha também
Como poderia
Um pai como eu
Perder a filha
Pelo destino
De que jeito
Viveria
Sem meu ranço
Meu pedaço de gente
Que não saiu de mim
Por tropeço
Mas conquistei assim
Sem interesse
Porque nem sabia
O pai que seria
E agora sou
Saiba
Que aqui estou
No tormento
Lamento
Na alegria
Eterna fantasia
De poder ser pai
Sem esconder trabalhos
Sem ocultar minha foto
Sei que é preciso
Não sou pai
Tampouco sou menos
A ficha cai
Sou o que sou
Entregue estou
A ti e tua filha
Esta sendo assim
E me acostumo
Pai é quem cria
E sou eu
Quem esta na companhia
De vocês
Posso ser padrasto
Isso não é defeito
Eu tiro proveito
De todo amor
Fique tranquila
Não te preocupes demais
Ovule mais
Me dê prazer
Essa noite
Te entrego em dobro
Somos brasa e fogo
E ser nenhum
Ira extinguir
Se posso chorar
Ou sorrir
Jamais pense
Que devo ir
Apenas saiba
Que se algo caiba
Dentro de mim
És tu e cristal
Não chamo de lamento
Apenas um sinal
Q se tudo estiver mal
Eis aqui teu par
Por onde for
Vou me dispor
A ser aquilo
Que sempre imaginou
E querias
Te dou com alegria
O que nasci pra ser
Padrasto da tua filha
Ser que compartilha
O alho e orvalho
A panela e o céu
Um dedo com anel
A aliança eterna
Vida que alterna
O saber viver
E tentar crescer
Havia algo estranho
Te vi e não parei
O arreganho inconveniente
Pensamento permanente
De te agarrar e beijar
Anos
Meses
Tentei controlar
Te proíbo
De sair assim
Sem mim
Porque no fim
Acreditastes mais que eu
Aquele que prometeu
E mal sabia
Promessa não é juramento
Saiba meu lamento
Me sinto excremento
Sem vocês comigo
Sou luz, magia e escuridão
Sou terra, alegria e coração
Sou a lucidez
Também o torpor
Se um dia for
Destino traçado e
Selado
Teremos o suficiente
O que a mente
Descrente
Surpreendeu e fixou
Nada mais sou
Além
De vocês duas
Sou pai
Drasto
Sou marido
Sou o que sou
E quero dar
Pra vocês
O máximo
Que minha alma
Alcançar
Cansar não é opção
Amar é realização
Amor é o que tenho
E essa
É nossa senda
Humilde oferenda
De quem é capaz
De tudo
Por ela
Por ti
Por nos
Família
Que além de tudo
Não é comum
Mas temos certeza
Que cabe
Mais um
Ou dois.

Inserida por IgnazczK

⁠Querer não é poder
E poder não te dá a capacidade
De lidar com ânsias
Vomitar sentimentos
Poder não é querer
Porque só tem a vontade
Aquele que te vê
Através do espelho
Poder e querer
É uma simples presunção
De algo que desejas
Mas não tens a prioridade
Querer e poder
Algo que mais anseio
Para ter tudo
Aquilo que outros
Têm.

Inserida por IgnazczK

⁠Te olhei enquanto dormias
Senti os anseios e desejo
Também o amor
Pedi pra ser abraçado
Fui correspondido.
Te amei milhões de vezes
Admirando os olhos cerrados
Os meus mareados
De pertencer a ti.
Quando por fim dormi
Acordado estava na realidade
Compartilhando contigo a vida
Revelando esse amor
Pendurado em mim há anos.
Se por medo tardou a vir
Na coragem te dou a certeza
Não é efêmero
Tampouco fugaz
É verdadeiro
O amor que aqui jaz.

Inserida por IgnazczK

A vida, é exactamente o que você pensa ser e se estiver errado, isso o tempo o pode provar Trazendo consigo a sabedoria da experiência

Inserida por Dabo_Mucapa

⁠⁠De tanto desejar a morte, me sinto imortal.

Inserida por albert_alef

⁠O mundo é promessa grandiosa; a vida, dela eterno suspiro. 

Inserida por Roberto_de_Nasim

Não existe verdade absoluta a não ser aquela temida pela maioria das sociedades: a morte. E se é essa a única verdade absoluta da humanidade, por que ainda nos preocupamos com verdades impostas e incertas? 

Inserida por jovem_historiador

⁠ASSIM FALOU UM BÊBADO NIILISTA

Um cigarro, um violão
Uma caninha sempre à mão
Contemplando o belo mar
Viajando ao luar

Eu tenho medo da morte
Eu tenho medo da vida
Eu tenho medo de tudo
Não acredito na sorte
Mas sinto que sou sortudo

A vida é bela, eu sei
Mas também é muito dura
Se fácil fosse não teria
Paixão, graça e ternura

Eu sei como Ele nasceu
Criei-o à minha imagem e semelhança
Preciso Dele pra ter fé
Sou frágil como criança

Viajo no mesmo ponto
Sobrevôo cidades e montes
Converso com Zaratustra
Vou muito além do horizonte

Ó grandioso universo
Que me torna insignificante
Humildemente lhe confesso
Me sinto como um gigante

Sou agora o super homem
Com um martelo na mão
Destruindo as fraquezas
Forjadas na ilusão

Não tenho mais medo da vida
Não tenho mais medo da morte
Não tenho mais medo de nada
Me sinto são, salvo e forte
Enfrento qualquer parada

Vivendo só por viver
Olhando para o abismo
Eu sei que quero saber
Muito mais do que preciso

Eu danço, canto e espanto
O que há de espantar
Espanto todos os santos
Pois santos sei que não há

Perdoem meus erros vãos
Vão ser por muitos condenados
Condenados também serão
Serão também perdoados

Só dEUs sabe quem eu sou
Eu sei tudo sobre dEUs
Sem o fim e o começo
O que resta Dele sou EU

Como Sísifo fui condenado
A uma vida absurda
Meu destino está traçado
Muda tudo e nada muda

A vida, o universo e tudo mais
Tudo mais maravilhoso
Maravilhoso como o nada
Nada é tudo de novo

É um eterno retorno?

Inserida por ederaldofeijo

⁠Meu propósito é ser, pois tenho desejo. Portanto, tenho vontade.

Inserida por Luxfero

⁠O vulgo, invariavelmente, perpetua a sua inclinação em alardear a "morte" simbólica de heróis, buscando, equivocadamente, evitar a contemplação de sua própria mediocridade. Os apedeutas, mergulhados na carência espiritual, lançam-se mais uma vez em uma busca por um bode expiatório ou alguém que os eleve, ainda que ilusoriamente, à medida que elegem frequentemente figuras de maior estatura para este propósito.

Inserida por Oaj_Oluap

Esse é o século que ninguém está suportando. ⁠

Inserida por Ventureli

Ninguém me entendeu. Não quiseram me ouvir, me decifrar. Eu só queria viver. Viver um momento. Um encontro do EU. Dos EUs que há em mim. Precisava de um momento para navegar em mim, para me reconectar as nuances por mim vividas outrora, a minha essência. No fundo, emudeceu. Petrificou. Solidificou. Tento resgatar. Trazer a tona. Lapidar a rocha que se formou. Esculpir aquilo que quero, que desejo. Para isso, preciso olhar pro horizonte, pro céu, pro espelho. Olhar para algo que não tem fim. Acho que no espelho encontrarei os caminhos, lá verei um reflexo de um dos EUs que há em mim. Vi tantas coisas... vi o sepulcro. Quantas coisas eu sepultei contra minha própria vontade... quantos EUs abandonados eu pude vê. Alguns choravam a minha procura. Alguns choravam aos prantos por motivos que não caberiam aqui em uma linha. Deparei-me diante de um cemitério, do meu sepulcro. Tenho que exumar os meus EUs. Aqueles que eu matei por outrem. Aqueles que eu suicidei por motivos bobos. Olho no espelho novamente... agora vejo os EUs que, antes choravam, estão a sorrir para mim com aquele semblante de esperança, de saber que puderam me encontrar novamente, que eles terão uma segunda chance para serem quem sempre quiseram ser. Paro. Penso. Olho para um EU que está em um canto refletindo. Encontro-o. Vou ao seu encontro. Convido-o para sair dessa bolha. A bolha que o aprisionou. As cadeias mentais que o deixaram estagnado, parado, sem vida, sem cor. Sorri. Sorrimos. Nos demos as mãos. Nos abraçamos. Choramos. Fizemos as pazes. Nos reconciliamos. Foi tão lindo... a lágrima rolou. Desceu em cascata ao encontro do rio. Borrifou em mim o desejo de viver esse EU. A quimera. De ser esse EU. O EU que fui um dia. Encontrei-me. EU.

Inserida por Robkenede

⁠Amar para viver ou viver para amar?

Inserida por jovempoeta

⁠As pessoas mudam, o mundo? Só gira

Inserida por marcosmap