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Para aprender algo ou entender o outro é necessário calar e ouvir. O silêncio tem um valor imensurável. Quem conversa demais não ouve bem e não percebe o que está a sua volta.
Somente quem tem a calma necessária consegue ouvir o não audível. Isso é possível quando “se ouve” o outro além da sua voz. Quando isso acontece é possível perceber seus medos, sentimentos e queixas silenciosas.
Quem não tem esta calma ouve apenas as palavras pronunciadas pela boca, não ouve os desejos e opiniões reais do outro.
O inaudível é algo valioso e essencial.
Quer ser ouvido (a)?
Procure um psicólogo (a).
Conversando com “amigos”, você começa a falar e logo é interrompido pelos pronomes: Eu, meu, minha.
Ninguém é vidente. Portanto, se você quer que o outro te compreenda e talvez te ajude, fale o que você está sentindo.
Você até pode ajudar o outro ouvindo seus problemas com uma escuta ativa, mas, deve se blindar, entendendo que o problema não é seu. Quando você ouve e se envolve com o problema dos outros você acaba consumindo toda a sua energia e você pode adoecer.
Muitas vezes falamos sem realmente prestar atenção ao que dizemos.
Quando alguém nos repete o que falamos, isso nos dá a oportunidade de refletir sobre nossas palavras.
É uma forma de autoconhecimento através do feedback proporcionado pelo outro.
A noite escuta o mote afeiçoado
ao Céu que sobressai do varandim:
um cante com um mote apaixonado,
no amor do Anastácio Joaquim.
A bela cede ao cante, à bela prosa,
ouvindo os provençais no trovador;
um mago, um dom Juan, um Rubirosa,
que inflama os altos versos do amor.
Apruma a sua voz pela planície,
num modo açucarado e tão sucinto,
e enquanto diz da vida o que não disse,
traduz a inspiração de um Borba tinto.
O tom em dó maior - forte e conciso -
aflora a rouquidão que não lhe acode,
e diz: amor... amor…, nesse improviso,
por entre as largas pontas do bigode.
A bela afaga o nardo, emocionada,
com a voz que se evapora no relento,
e entre uma janela escancarada,
recolhe aos cobertores do aposento.
Na articulação das palavras há sempre a intenção de quem as profere e o julgamento de quem as escuta.
O incrível de não influenciar na linha de raciocínio do outro é que sempre nos daremos a oportunidade de ampliar nosso referencial de aprendizado e percepção!
Quem se importa genuinamente com o outro, não somente vê o outro. Quem se importa, enxerga entende e escuta profundamente até o que não está sendo dito!
Se me...
Se me olha é porque existe emoção;
Se me escuta é porque me entende;
Se me deseja é porque sabe que eu te amo;
Se me acompanha é porque acredita que ficaremos juntos á vida inteira.