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Jogaram um pedaço de papel
Na dança das águas desse mar
A folha sobreviveu
Apenas pra contar
Que as letras escritas dissolveu
Pedaços, sumiram junto ao mar
A imagem sobreviveu
Apenas pra eu cantar
Aquela canção que estava lá.
Ser poeta por que
Para escrever e depois morrer?
Sim, eu quero ser, ao menos meus escritos ficarão estampados com sangue nas rochas da terra.
Não sou Sansão, não lançarei por aí uma raposa
são minhas palavras que planarão como espadas no ar em grande velocidade.
Cortei o cabelo da minha cabeça, ele crescerá
ela foi não voltará
mas a minha missão como poeta continuará
Até o dia que me reúna com o meu pai no seol e tudo se consumirá.
O que fiz de bom, um esforço,
um ato de caridade, uma ajuda prestada,
um dia sem pensar no mal...
o que fiz de bom, eu, servo inútil?
Cada um escreve sua vida em páginas de papéis
eu recolherei tudo e farei o maior livro de todos os tempos
minha contribuição será a capa
não terá nada escrito, estará coberta de sangue vermelho escuro.
Não vamos ficar separados iguais os continentes de agora. Vamos nos unir como eram antes o Gondwana e a Pangeia.
A vontade de Deus era que todos se salvassem,
mas como isso já não é possível Deus quer que a maioria se salve.
Vida de um homem nunca foi fácil, por isso vou aguentar mais um pouco, mas, por favor, se me for abreviado a dor, agradeceria.
Nasci sozinho
morrerei sozinho
mas no percurso desta vida triste
não queria ficar só, é com você que quero ficar.
O prazer com as mulheres é para nós homens terrenos. Os Espíritos nos céus não precisam de mulheres.
Quero ter a sabedoria de Salomão
a força de Sansão,
e a fé de Abraão
no fim tornei-me um poeta na multidão.