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"Para compreender o que pensa, o que faz, o que escreve e em que acredita um imbecil, é necessário que você se torne um imbecilizado baseado em sua cartilha tola."
Porque quem escreve despe sua alma tentando, em cada trecho, rimar sua fala. Se te faço versos, te peço, leia meus gestos e não cale minha alma.
Cada palavra que ela escreve é uma mentira, inclusive “e” e “mas”.
"Isto de quem escreve ..."
Não é necessariamente importante aquilo que se vai descrever. Contudo importa muito que se descreva com importância.Sempre foi muito difícil atrair a atenção do leitor ...porque o leitor tem que ser persuadido a ficar ...como a borboleta, na mesma flor ....mas sendo borboleta é próprio "borboletar "...assim que sinceramente não importa o que se descreve, mas importa muito descrever com importância.Nesta função tem que estar presente a originalidade, alguma beleza e um saber "dar-lhe a volta" como nunca ninguém fez antes,daí o ser-se original - podemos falar de água e de chuva rosmaninho,andorinhas ou tileiras,aviões ou bairros da lata ...o objecto não importa ...importa é animar o objecto e criá-lo com todos os ciscos que entram olho a dentro."
Os olhos são poetas dos versos de papel, recortam palavras e pedacinhos.
Mas Deus, escreve versos celestiais, com gotinhas de chuva e passarinho...
“O poeta escreve pra si.
Foi assim que compus meus silêncios.
Na letra exponho meus estados.
Lá não tenho armaduras.
Não tenho pele.
Tudo que me toca, toca no osso.
Tudo é letal.
Quem me lê, vê que oscilo do incrivelmente feliz para o dramaticamente melancólico.
Sinto, e muito!
Viver, para mim, está intrinsecamente ligado ao sentir.
Quem não sente, não pode estar realmente vivo.
Noto que habito numa terra povoada por zumbis.”
A VIDA ESCREVE
O fado meu contente, que a vida escreve
Vivendo de amor, um desejo tão ingente
Vive em uma poética, e tão eternamente
Canta cá no soneto, tão puro e tão leve
Se lá no assento do coração, tudo breve
Não tem aquele olhar e, se não consente
Sente não poetar o que não será ardente
Sim, desencontros, triste sina prescreve
E se vires que dele podes então merecer
Não verseje a coisa duma dor que ficou
Viva o momento, assim, verseje pra ser
Rogue ao fado, pela sede que acreditou
Traga pra ti a poesia no melhor querer
O amor, a sensação do que não acabou.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 de agosto de 2021, Araguari, MG
Tudo que a gente escreve
Ou algo que tenha dito
Eu acho quase impossível
Que alguém já não tenha escrito.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
13/06/2024
Você acaba entendendo que neste nosso mundo, que esse nosso deus que anda por aí, escreve torto em linhas certas.