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Saudade dos velhos tempos
Dos tempos que não voltam mais
Dos tempos de escola
E tudo o que eu não fiz, agora gira em minha volta
A saudade fica em mente
E o coração sempre sente
E o avião de papel rosa, agora está em prosa
Ao Estudante
Ontem fui veleiro de muitos sonhos
E brincadeiras de tanto querer:
Profissões e super-heróis de mundos.
O querer mudou. Mais, quero aprender.
Vislumbro minha capa e trovo ensejos.
Colorida pelos entes dos cursos
Que são artistas por pintarem percursos
E inspiradores para os meus despejos.
O espelho da alma veste-se de pranto
Nostálgico, o tempo que foi, passou.
E os momentos? Aqueles que deixou
Presentes memórias que não acrescento.
Fito agora o fado que desconheço
Enquanto amontoo meus livros na estante.
Desafios e metas terão começo
De um futuro apetecido e brilhante.
Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento do futuro...
(Em "Estórias de quem gosta de ensinar: o fim dos vestibulares". Campinas/SP: Papirus Editora, 2000, p. 166. – Fonte: Templo Cultural Delfos)
Caminhar juntos
Insistir na idéia de comunidade, dizendo sempre de novo e de muitas maneiras que só seremos irmãos, se nos convertermos em comunidades vivas…. O ser humano precisa da comunidade, tende para a comunidade, personaliza-se na comunidade…. Queremos rever as diversas comunidades, que devemos formar e integrar: a Família, a Escola, a Comunidade Civil e Política, a Empresa, a Paróquia, a Comunidade Eclesial de Base….
A Educação do lar é obrigação dos pais e ou responsáveis. Por eles, têm de ser exercida. Logo esta, não deve ser delegada à Escola, aos professores tampouco, àqueles que governam.
Os pais e ou responsáveis devem perguntar aos filhos, todos os dias, o que estudaram na escola, verificar no material escolar, os conteúdos estudados e, se necessário auxiliá-los na compreensão.
A péssima educação pública carrega o estigma de ser culpada pela desigualdade e a violência. Mas a corrupção é fruto de nossa hipocrisia, incoerência, ganância. E isso não é culpa da escola pública.
Linda
Mina mais bela da cidade onde moro
Seu corpo me arrepia
Os teus olhos me devora
Seus encantos é um paraíso
Só não sei se de mim gosta
Mas me faz lembrar
Dos meus tempos de escola
Sonhando em ganhar beijinhos
Da princesa a qualquer hora
Um processo educacional adequado equilibra a motivação e o prazer de aprender com uma organização clara, método e normas que fazem sentido.
A sala de aula é um ambiente de comunicação, no qual pessoas com diferentes interesses e afinidades se encontram para aprender umas com as outras.
Colocar uma criança com deficiência na escola regular e não atendê-la adequadamente é fazer uma “inclusão excludente”: reforça a visão de que a criança é incapaz, acaba sendo uma forma de retardar o fracasso e torná-lo ainda mais doloroso e definitivo.
A escola é um laboratório do mundo: nela, a criança pode aprender a reproduzir a sociedade ou a transformá-la.
E quem poderia prever que o meu jeito tão desajustado te encantaria? Quem diria que o cara bonito e popular que é disputado por tantas iria se apaixonar pela garota mais problemática da escola… o eterno clichê, mas aconteceu comigo.
E agora, Professor?
E agora, Professora?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que você se deparou
Com tanta gente opressora?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que te fazem salvador
De uma triste realidade?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que esperam de você
Muito mais que capacidade?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Ensinará o conteúdo
A quem não quer aprender?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Já soube que o mundo todo
Depende muito de você?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que descobriu a utopia
Que é a pedagogia?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que aprendeu que a teoria
não serve para a prática?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que precisar educar mentes
E barrigas extremamente vazias?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que descobriu que outros
seu trabalho, melhor, faria?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que você não tem valor
E nem tão pouco o respeito?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que fará com tanta dor
E com tanta decepção?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que o ano não acabou
Mas, você se esgotou?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que mataram os seus sonhos
E te fizeram de vilão?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que descobriu que seus méritos
Não são mais que obrigação?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que colocaram na sua conta
Toda a deseducação?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Como ensinará o amor
Em meio ao caos e opressão?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que diminuíram o seu valor
E te juntaram com pá e vassoura?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que te culparam por toda
Falta de vontade e querer?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Que escancararam para todos
O quanto errado tu és?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
Vais apelar para o Senhor
Para a mamãe ou para o doutor?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
E agora, Professor?
E agora, Professora?
A ESCOLA
A escola é um porto seguro
onde a mente está protegida
é a base pro seu futuro
nos primeiros passos da vida
Um beijo na despedida
Papai e mamãe vão trabalhar
mas esperam na saída
o prazer de te abraçar
A professora vai ensinar
transmitindo mais carinho
pra quem sabe soletrar
e também quem lê sozinho
Aprendem mais um pouquinho
quando começam bem cedo
a escola é o melhor caminho
pra criança seguir sem medo
Pode até levar brinquedo
pro momento encantador
e o giz que mancha o dedo
é a arma do professor
O estudante é um sonhador
que se dedica anos e anos
não estuda pra sentir dor
nem fugir de atirador
nem morrer sonhos e planos.
O melhor plano Para a educação do país já está sendo executado pelo governo: dar lanche, livro, bicicleta, uniforme, transporte, área de recreação, bolsa escola, salário escola, poupança universitária, aprovação sem mérito, vale gás, cesta básica, minha casa minha vida, "pão e circo". Se não está funcionando, então precisamos de uma escola excludente, mais seletiva. com alunos de qualidade, e professores bem preparados, não parasitas dependentes dos favores dos políticos, mas pessoas com dignidade!
O Menino e a Menina da Escola
O menino aos três anos de idade fora para uma Escolinha (Pré Primário) era particular, pois naquela época o Governo só oferecia primário, ginásio e colegial, a Escola era improvisada na garagem da casa da Professora o qual lhe ensinou as primeiras letras, palavras o primeiro cartão que o menino escreveu para sua mãe, era uma folha com um girassol com pétalas de papel colada um a um formando uma linda flor amarela com os dizeres “Feliz dia das mães”, fora a primeira vez que o menino escreveu, ficou lá até aos seis anos de idade e aos sete anos entrou no primário e lá também tivera uma ótima Professora que lhe acompanhou até a quarta série contando histórias do bairro, do Rio Tietê o qual o pai dela costumava nadar e pescar, neste primeiro ano o menino conheceu uma menina, não era só uma menina, era uma Princesinha loira de olhos azuis, (Maria Aparecida) o menino então não sabia o que estava acontecendo, o porque ficava tão encabulado, com as mãos suadas e gaguejando diante aquela menina tão linda, a escola era muito boa, tinha Biblioteca, quadra, um pátio onde brincavam e comiam lanches que traziam de casa nas suas lancheiras o qual tinha uma garrafinha acoplada, alguns traziam leite o menino gostava de trazer suco de frutas, na entrada da Escola tinha a Tia do doce, o Tio do algodão doce e o Tio do sorvete de abacate, (Um sorvete de abacate feito em formas de gelo, muito desajeitado pra chupar), o menino ia de ônibus escolar do seu Zè bananeiro, era uma jardineira azul e branca e tinha uma alavanca pra fechar a porta, os bancos eram azuis escuro e tinha alguns vermelhos, o seu Zè bananeiro morava na rua acima da casa do menino, próximo a Chácara onde tinha um acampamento de Ciganos e um Casarão com porão, o seu Zé vendia banana com uma charrete e depois montou um depósito de bananas em sua casa, um de seus netos estudava na mesma escola que o menino, na esquina da casa do seu Zè tinha a Dona Maria que criava porcos, galinhas, patos, perus e codornas, tinha um fogão a lenha feito de barro, ela usava um lenço branco na cabeça e fumava cachimbo de barro, ( Um ano depois ela cuidou do menino e seu irmão para sua mãe trabalhar), o seu Zè era muito atencioso com todos e cuidadoso ao leva lós para a Escola, Escola que tinha uma fanfarra com alunos que costumavam desfilar na Festa de 1° de Maio que acontece no bairro, o menino então queria fazer parte na fanfarra, mas era muito novo e tinha que esperar mais alguns anos, assim ele se conformou brincando nas aulas de educação física e adorava quando era para apostar corridas em torno da Escola com seus amiguinhos e a menina dos olhos azuis o qual ele costumava comprar balas e pirulitos para ela, o menino sempre vaidoso, gostava de usar um anel de ouro que sua mãe mandou fazer com o nome dele gravado, também uma correntinha de ouro com um pingente de uma santinha e andava sempre perfumado, o uniforme da escola era camisa branca, calça ou bermuda azul marinhos e sapatos pretos, tinha que comprar o bolso da camisa que a escola vendia ( O nome da escola Octávio Mangabeira e tinha um desenho de um gorila tocando surdo)ai sua mãe costurava o bolso na camisa e as meninas camisa branca, saia azul marinho, meias brancas até o joelhos e sapatos pretos, o menino tinha uma mala preta de carregar na mão, uma estojo de madeira com a tampa verde e uma lancheira de plástico azul e branca que usou até a quarta série, também tinha os passeios, o qual o menino sentava ao lado da menina no ônibus de excursão, um destes passeios o menino pegou pela primeira vez na mão da sua princesinha de olhos azuis, foi em um passeio no Museu do Ipiranga o qual não reparou direito o que tinha lá, por ficar o tempo todo olhando para a menina, no ano seguinte o menino começou ir a pé para escola junto com seus amiguinhos que eram vizinhos de sua casa e todos os dias ele pegava duas rosas ou outras flores em uma casa que tinha um jardim na frente e uma cerca de arames baixinha, a dona da casa costuma sair e chamar atenção do menino e ele saia correndo, as flores era uma para sua professora (Silvia), a outra para a menina e assim o fez enquanto tinha flores no jardim do caminho da escola, até que um certo dia a mulher dona do jardim estava no portão com duas rosas na mão e disse é pra você menino, leve pra sua professora, o menino não sabia, mas a professora era sobrinha da mulher do jardim e assim ele passou a receber as flores por muitos meses para levar pra menina dos olhos azuis que era prima de um amiguinho que morava na rua de cima de sua casa, já na quarta série o menino considerava a menina como sua namoradinha e nos dias dos namorados pediu para sua mãe comprar um cartão o qual escreveu lindas palavras para a menina, mas ele estava triste pois seria o último ano dele naquela escola, iria mudar pra outra escola a uma quadra de sua casa, onde iria cursar a quinta série ginasial e sabia que a menina iria continuar na mesma escola, o menino aproveitou todos os instantes para segurar a mão de sua princesa e ao chegar no último dia de aula o qual a despedida foi uma festa na sala com tubaína, doces, bolos, salgadinhos e uma recordação dada para cada aluno da Professora Silvia e ao sair da escola o menino segura a mão da menina que estava indo para a casa de seu primo que era perto da sua, sem falar nada o menino andava ao lado de sua “Namoradinha”, uma fraca chuva caia e os dois de mãos dadas caminhavam sem pressa e aquele lindos cabelos loiros molhados a deixava mais linda, o menino sempre teve um olhar penetrante que a deixava encabulada, escolheram o caminho mais longo para ficar mais tempo juntos, já que era o último dia e ao chegar em seus destinos o menino olhou para ela, a segurou em seus ombros e a beijou, ela o abraçou e com lagrimas nos olhos disseram adeus, ficaram alguns segundos de mão dadas um de frente pro o outro, olhavam se com lagrimas, mas era hora de partir e então o menino partiu...
(Alguns anos depois se encontraram em uma festa)
E o resto da noite dançou pra valer
Se teus olhos me olharam fingiram não ver
No meu canto eu fiquei entre o riso e a dor
Lembrando do primeiro amor
Lá-rá-lá-lá-rá
(Trecho da Musica Primeiro Amor – José Augusto)
(Ricardo Cardoso)