Tag elas
Elas são, sempre foram, sempre serão.
Não é sobre um único dia, nem sobre uma data marcada no calendário. Não é sobre flores entregues às pressas ou discursos prontos que evaporam no dia seguinte.
É sobre elas. Sobre o que enfrentam, o que transformam, o que constroem. Sobre as histórias que muitas vezes não entram nos livros, mas moldam o mundo em silêncio.
Elas são a voz que se ergue quando tentam silenciá-las. São a mão firme que segura outra mão no momento certo. São o grito engasgado que, um dia, vira revolução.
É sobre a liberdade de serem quem quiserem. De usarem a roupa que bem entenderem, de ocuparem os espaços que por tanto tempo disseram que não eram delas. De escolherem o próprio caminho, sem mapas traçados por outros.
Não precisam apenas de um "parabéns". Precisam de respeito diário, de direitos garantidos, de oportunidades iguais. Precisam de um mundo que não as diminua, que não as cale, que não as limite.
Hoje, amanhã e sempre, que elas sejam. Que elas ocupem. Que elas brilhem.
E que ninguém ouse dizer o contrário.
Desculpas...
por todas as vezes que lhe disseram frágil demais,
não o suficiente, quando sempre foi forte demais.
Desculpas...
por cada vez que um de nós, os "eles", prometeu amor,
mas entregou apenas dor; prometeu rosas,
mas deixou espinhos e feridas sem pudor.
Desculpas...
por todas as lágrimas que já teve que limpar do rosto,
quando fizeram transparecer tristeza,
onde apenas merecia ter um sorriso exposto.
Desculpas...
por cada vez que lhe roubaram o direito de escolher,
quando disseram onde estar, o que vestir e como viver.
Desculpas...
por todas as vezes que diminuíram sua luta e sua glória,
como se seu brilho fosse acaso, e não parte da história.
Desculpas...
por cada vez que tentaram silenciar sua voz,
quando tudo que queria era apenas ser ouvida,
mas lhe fizeram engolir palavras que mereciam ser ditas.
Desculpas...
pelos olhares que não eram de admiração, mas de ameaça,
pelos passos apressados na calçada,
pelas ruas desertas, pelo medo constante,
quando ir e vir deveria ser um direito e não um risco alarmante.
Desculpas...
por cada vez que duvidaram dos seus sonhos,
quando tudo que precisava era apoio para seus planos.
Tentaram convencer-lhe de que seu lugar era menor,
quando a igualdade deveria existir desde o primeiro amanhecer.
Desculpas...
por todas as batalhas que travou sozinha,
não porque quis, mas porque faltou apoio até dos "eles" da própria família.
O mundo deveria ter sido mais justo, menos cruel,
nunca cabia a você esse papel.
Desculpas...
por cada "não" que foi ignorado sem hesitar,
por cada mão que ousou tocar sem sequer perguntar,
por cada "sim" que lhe arrancaram pelo medo,
por cada vez que sufocaram seu desejo.
Desculpas...
por cada sonho que tentaram calar,
por cada medo que lhe ensinaram a carregar,
por cada sonho abafado, por cada um deles não realizados.
Desculpas...
por cada lágrima que você não quis derramar,
mas que o mundo injusto a fez chorar.
Hoje não basta apenas parabenizar,
é preciso mudar, reparar e respeitar.
As Pedras
Se quereis saber das coisas antigas, às pedras perguntaí.
Já que elas, viram o começo de tudo, as pedras do tempo.
Elas estão na terra, desde, o tempo que há muito por cá vai.
As pedras duras e antigas, têm ciência, que vem do sempre.
Ouvi o seu silêncio e escutai o que elas dizem, não falando.
Eis que viram o começo de tudo, as pedras do mundo.
Aprendei com elas e ficai no silêncio com elas comunicando.
E então ouvi, a vossa alma falar, com o criador de tudo.
Padras! Falai com os homens e dizei-lhes as coisas antigas,
que vós vistes, com as quais cantastes, lindas cantigas.
Sim! Porque vós vistes e aprendestes as lindas ações.
Vós que sois pedras sempre mortas, aprendei a verdade,
Que das muitas pedras vivas vem a todo o vosso ser,
e sede vós pedras de sabedoria, por toda a eternidade!
Muitas pessoas vão dizendo mal de nós à medida que vamos fazendo o bem que elas não conseguem fazer.
Nas redes sociais as pessoas não mostram o que elas realmente são ou o que sentem, mas sim aquilo que elas gostariam de ser e o que sabem que causa inveja, desejo e compaixão aos outros.
O tamanho das nossas ideias depende muito do número de idiotas que se juntam e que conspiram contra elas.