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“Ignoras por acaso, ó Prometeu, que um discurso pode minorar a mais terrível cólera?”
(Oceano)
(Prometeu Acorrentado)
Quando o invejoso está em desvantagem, seu discurso é "se não posso ter, ninguém pode" ou como que defendendo a igualdade "se não pode ter para todos (inclusive ele) não haverá para ninguém".
Quando o invejoso leva vantagem sobre o outro, seu discurso muda e já não defende a igualdade para todos: "estou bem, o problema é dele, que se vire!"
Volta o tal do socialismo
Com sua marca idealizada
Com seu longo discurso
E uma moral estagnada
Vem o tal do capitalismo
Com sua marca a ser superada
Com seu breve discurso
E uma renda concentrada
"Quem profere um discurso, sabe que deste, muitos outros serão gerados, pois a percepção da platéia difere, e dali sairão muitas verdades concluídas individualmente. É a subjetividade na absorção do entendimento."
O amor é o signo, apontado como tal, de que se troca de razão. Mudamos de razão, quer dizer - mudamos de discurso.
Pior que o discurso superficial de uma pessoa de bem está o complexo de uma pessoa com más intenções.
Aos adeptos do discurso de que "deveria protestar na época que Cabral veio pro Brasil, agora não adianta mais", enquanto tiver fome de justiça o protesto será uma grande confraternização!
A Análise do Discurso busca apreender como a ideologia se materializa no discurso e como o discurso se materializa na língua, de modo a entender como o sujeito, atravessado pela ideologia de seu tempo, de seu lugar social, lança mão da língua para significar(-se).
A parte boa de ser uma pessoa bem resolvida e fria, é que você se torna uma pessoa imune a propaganda, pregação de pastor, discurso politico e frases motivacionais.
O maior erro do discurso moralista é que seu orador esquece, por ingenuidade ou estupidez, que a justiça pode ser falha.
A confiança de quem vai discursar é saber que não importa se querem lhe ouvir, pois ele sabe que o público sempre quer ouvir alguma coisa.
Ouvir algo que lhes façam sorrir, ou ouvir algo que lhes façam chorar, certo é que o público quer sentir algo ao deixar que as palavras entrem aos seus ouvidos.
E assim caminha a humanidade, trovejando na cúpula dos séculos, igual pororoca estelar na catalítica compulsão de cataclismos ao entrechocar nos anátemas eternos.
Meus concidadãos e concidadãs, não me increpem, não me admoestem, por espargir e ressumbrar aos quatro ventos qual flutissonante abantesma a minha altanaria bolebolense.
E por isso eu considero um clamoroso vitupério renegar o nome com que os fundadores batizaram nosso sacrossanto torrão natal.
Portanto, sem mais delongas, viva Bole Bole!
Há nações que só precisam de um discurso inflamado de verdades para se levantar contra o crime, a injustiça e a opressão. Outras, como o meu país, demoram uma eternidade para perceber o crime, a injustiça e a opressão. Quando percebe já se acostumou com eles e tudo continua como sempre. Numa "normalidade brutal e bizarra.
O discurso religioso jamais pode ser invasivo, chulo, cheio de sentimentalismo ou muitas teorias, o discurso religioso deve ser repleto de vida, amor e sabedoria
Lembrando o discurso de transmissão de cargo de Presidente e posse da Associação Comercial do Guarujá 1999.
MUITO FAZ QUEM NÃO ATRAPALHA
Há um ano fui convidado a assumir a presidência da Associação Comercial de Guarujá. Tentei de todas as maneiras furtar-me à responsabilidade, capitulando quando percebi que nesse crítico momento ou aceitava ou veria perdido o trabalho de muitos companheiros que como eu buscavam levantar a associação que tem mais de trinta anos na cidade.
Em nenhum momento achei que seria fácil a missão.
Tínhamos poucos sócios pagantes, uma receita mensal em torno de mil reais, insuficiente para pagar o aluguel e a secretária e um saldo negativo que foi coberto antes da posse por alguns sócios.
Pior do que a situação financeira, era o acreditar na possibilidade de uma associação para servir e não para servir-se.
Ousei mostrar serviço sem pedir nada. Trabalhei com a prioridade de fortalecer o quadro associativo. Hoje temos quase 500 sócios pagantes, receita suficiente para cobrir todos os gastos, o que nos permite investir na imagem da Associação, fornecer balcão do SEBRAE, Serviço de Proteção ao Crédito, convênio com assistência médica e dentária a custos mais baixos para os associados, na UNIMED e TOI.
Tão importante como os serviços e a representatividade conseguida, impusemos respeito.
Respeito que foi muitas vezes colocado à prova com intrigas e mesquinharias, mas que resistiu por todo o meu mandato com respostas incisivas, educadas e sem medo, fazendo calar a boca os detratores da verdade.
Nesse trajeto perdemos uns quatro ou cinco sócios por não concordarem com o que não estão acostumados a conviver.
Honestidade, probidade, hombridade e outras boas condutas que não puderam suportar.
Tivemos a perda, essa sim irreparável, do colega, amigo, mestre e responsável maior pela reativação da associação, o inesquecível Vitor de Azevedo Marques, com quem pouco convivi e muito aprendi e a quem credito todo mérito que possa ser destinado à minha gestão. Foi ele quem me convenceu que seria possível ajudar a classe e a cidade por esse caminho.
Para quem não acompanhou nesse pouco tempo o trabalho dos colegas Luis Pagode, Ronaldo Sachs, Sérgio Cesar, Heitor Gonzales, Alcy Leite e alguns outros, pode parecer que o trabalho foi fácil, mas efetivamente não foi, como podem testemunhar todos que aqui estão.
Se tivéssemos mais alguns como eles, certamente teríamos mais de mil associados, o que vamos conseguir nesse próximo ano, com o novo presidente que poderia ser sem dúvida qualquer um dos acima nomeados, mas que por nossa escolha será Heitor Gonzales, com quem estaremos bem representados.
Continuarei participando da associação com o novo conselho administrativo que terá uma função mais atuante, que junta os nomes mais representativos da cidade, sem preocupação política de agradar ninguém.
Não é possível esquecer a colaboração da nossa secretária Heloísa e do moço Wagner, bem como de muitos que anônima e abnegadamente ajudaram a colocar a Associação Comercial na confortável situação de uma das maiores associações de classe da cidade.
O trabalho da próxima diretoria será ainda mais difícil.
Pouco nos foi cobrado, já que estávamos sedimentando uma base, partindo de quase nada.
Daqui para a frente, as cobranças e comparações serão inevitáveis, o que será bom para a associação e para os associados, que deverão colaborar ainda mais para o crescimento de sua representatividade.
Alguns podem pensar que as coisas serão mais fáceis para o poder que não cumpre as suas obrigações e dificulta como pode a vida dos comerciantes.
Tenho certeza de que próximo presidente fará exatamente como eu fiz, lutando contra os privilégios odiosos dos afilhados do poder, contra a concorrência desleal que admite o comércio temporário predatório e outros privilégios que todos conhecemos e abominamos.
Seu bom senso não permitirá que confundam franqueza com fraqueza.
Para quem não colaborou e tentou prejudicar a Associação no passado. Não tente isso com a atual diretoria, pois não foi fácil e nem vai ser...
Muito faz quem não atrapalha.
Aquele com seus longos e repetitivos discursos, não tem vergonha de mentir, prometer, acusar de turma do quanto pior melhor, de fracassomaníacos, reis do blá... blá... blá... e outros termos copiados do nosso presidente, não nos ajudou em nada nesse ano, tentou na verdade e muitas vezes conseguiu, desestimular, atrapalhar, atravancar o trabalho que hoje entrego ao atual presidente que será, como eu fui, pura e tão somente representante da vontade dos que o indicaram, com um compromisso maior do que continuar o trabalho.
Com certeza o tom dessas minhas palavras não agradará a muitos e desagradará os de sempre.
Deixo ao meu sucessor os melhores votos e tenho certeza ele terá muito sucesso,para o bem e gáudio de toda a classe que representa.
Muita sorte e bom trabalho, senhor presidente.
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE GUARUJÁ
Mário Pacheco Guzman
Presidente do Conselho Deliberativo
1.999
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