Tag desordem
Caminhar sem deixar desordem por onde passar, é mostrar que tem a sabedoria daqueles que serão sempre bem vindos ao retornarem
Quando eu deixar de escrever, neste dia,
Ah neste dia, triste estarei. Só por
Favor descubra o porque me ocorreu. Por
Desordem mental ou porque não tenho mais
O controle de mim.
Sonhos, riscos e carros
Olhos correm a velocidade
Banco de trás, passageiro passivo
Cidades cúmplices do desrumo
Morro atos, ladeiro consequências
Ficção da realidade de Morpheu
Vida do espelho de Narciso
Sinto des segurança
Solto, amarras do destino
Pedais pisam harmonias anárquicas
Impotência ao caos
Espectador do silêncio
O nada de sempre
A muda da estação
Lixão de belezas naturais
O big bang se reorganiza
A desordem faz sentido
Tudo tem pra quê
O porquê Deus não visualizou ainda
Nenhum ser humano em desordem consigo mesmo consegue, suficientemente, ordenar qualquer coisa ou situação.
Outrora um mundo iluminado, hoje perdido em tantos acasos acaba sendo repleto de feras, tu que era um iluminado hoje vive em tamanha desordem regozijando a tua alma em merda.
O mundo já não é o mesmo, e tu ainda contribui para que ele permaneça em tamanha desordem, te acalma, a tua alma ainda tem esperança, perdidas em tantas lambanças o teu Deus ainda acredita em ti, seja puro, o iluminado, e não se perca nesse mundo feito pelo descaso onde vive em feras quem já foi iluminado.
Desalinhada
Sempre quis ter um caderno arrumado
Uma mente organizada
Mas são sempre bagunçados, estropiados e desordenados
Desfeita de macumba mal amada
Gosto da forma que agiu em minha vida
Desse antro de criatividade sem porque
Essas idéias bem vividas
Com cheirinho de saquê
Perfume francês, cigarro e café
Tal moço reparou um dia
Concordei com sua palavra de fé
E gosto de minha anomalia
Do meu cheiro e manias
Cada uma desenvolvida pro meu nascer
Cantiga dos aristogatos das gatas vadias
Ter tanto prazer em analisar meu próprio ser
Principalmente antes de dormir
CONTRASTES
Existe muita tristeza
Na rua da alegria
Existe muita desordem
Na rua da harmonia
Analisando essa estória
Cada vez mais me embaraço
Quanto mais longe do circo
Mais eu encontro palhaço
Cada vez mais me embaraço
Analisando essa estória
Existe muito fracasso
Dcntro do largo da Glória
Analisando essa estória
Cada vez mais me embaraço
Quanto mais longe do circo
Mais eu encontro palhaço
Desordem completa,
O caos interno
Se refletiu no externo
Promoveu o duelo
Entre rabiscos e versos
A alma que chora
Já não sabe a hora
Que toda essa bagunça
Vai encontrar seu lugar
As palavras se confundem
Ao se encontrar, se unem
Criando a poesia
Em meio ao incôndito ambiente
No fim do túnel me encontro
Sinto-me um louco em calmaria
O último verso escrito e ponto
O caos é o mal que me traz alegria
Não que todo o pai e toda a mãe devam ser exemplos de vida. O fato é que se julgar apto para criar alguém, exige no mínimo que a sua vida esteja em ordem suficiente para que a vida do seu filho não seja uma grande desordem. Ensinar o amor, ensinar a verdade, ensinar a dor, e deixar que eles caiam e se levantem, não é simples como parece. É o começo de uma nova espécie.
Aprendi a gostar do caos a partir do momento que ele olhou pra mim e disse: vem comigo que eu te mostro as estrelas do céu.
[28/08/2014]
ORDEM
Ordem cronológica
Desordem da vida
Lidar com o tempo
O vento e a lida
Ordem camuflada
Batalha política
Presunção leviana
Ordem paralítica
Ordem econômica
Desordem estabelecida
Subida que é descida
Descida que é subida
Efeito controverso:
Ordem e regresso!
Defeito em versos:
Desordem e progresso!
Poesia extraordinária
Abraço e heresia
Desordem organizada
Veneno que alicia
Às ordens do amor
Corpos se sorvem
Mordem e assopram
Seu desejo é uma desordem!
Parece-me absurdo o sofrimento, enquanto lá fora o momento se faz presente. Custa-me acreditar que há desordem emocional, enquanto o sol nasce e se põe, enquanto o vento dança num ritmo harmonioso, enquanto a vida borbulha numa taça de cristal e o mundo respira amor.
Roubaram a nossa merenda
E, consequentemente, escrevemos no quadro da sala de aula:
"Roubaram também, nossa educação".
Roubaram a nossa dignidade
E, consequentemente, nosso sorriso
Levaram toda a esperança que tínhamos
E, constantemente, levam ainda mais
Publicamos nos jornais.
Roubaram todo o ouro dourado que puderam
E, consequentemente, fomos apunhalados
De forma cruel
Nos mantivemos vivos
E, escrevemos toda a história nos livros.
Como se não bastasse
Roubaram também o Ouro Verde
E, consequentemente, a nossa saúde
A saúde de milhares de pessoas
Que irão morrer por uma conduta incorreta
Por falta de atendimento digno
Por falta de atitudes fraternas
Iremos escrever em suas lápides:
"Saudades Eternas".
São tantas decepções dessa politicagem
Transformando os cidadãos de CARNE e sentimentos
Em cidadãos de PAPELÃO.
É preciso não ter sentidos, para se viver nesse lastimoso cenário.
Meus sinceros sentimentos.
É na desordem dos meus
cacos internos que me
arrumo e me encontro .
Nunca tive medo
e muito menos
cansaço em insistir nos
meus sonhos.
E quando anoitece ...
Mergulho no meu profundo
Ressurjo olhando a vida
e o mundo
muito mais leve ...
Eu sempre acordo confusão .
Mas adormeço
com minh'alma em paz
e meus pés no chão.
Quando cheguei do trabalho o corpo clamava pelo sossego da casa vazia.
Os ombros espremidos feitos limões depois de um dia inteiro vivenciado no antes e depois. Nunca agora.
O agora pertence ao reino das pessoas bem resolvidas, do presente selvagem, da ausência de dores e dúvidas. Por isso tal lugar me é tão fantasioso e desconhecido. Estou sempre presa entre dois tempos. Meus limões e eu.
E a silenciosa ordem da casa vazia era a única coisa de que precisava para que o dia terminasse afinal. Não haveria ninguém me esperando, não precisaria contar como foi o dia, o que fiz. Tudo estaria no exato lugar que a mão desatenta deixou pela manhã.
Estaria… do Pretérito mais que perfeito condicional.
Condição em que eu teria encontrado a casa se tivesse deixado a bendita janela fechada.
Mas a mão (aquela mesma descuidada que nunca repara o que está fazendo) abriu a janela antes de sair e foi embora despreocupada como só as mãos sabem ser. Nem pensou em olhar a tempestade que se anunciava desde cedo no horizonte.
Suspeito, na verdade, que exista uma relação profunda entre mão e vento. É o que percebo toda vez que minha mão esgueira para janela aberta do carro quando ninguém está olhando. Estende-se para o vento que corre livremente do lado de fora, finge que voa enquanto o ar se espreme entre suas partes sempre tão guardadas por anéis.
Em todo caso, a mão não estava lá quando o vento entrou enfurecido procurando por ela. Raivoso brandiu com força papéis para todos os cantos, derrubou aquele vaso feio que ficava sobre a mesa, o único que aceitou receber a estranha planta que eu nunca sabia se estava viva ou morta. Agora entre os cacos de vidro no chão não restava dúvida: morta.
Os papéis que permaneceram sobre a mesa molhados pela água do vaso, o restante espalhado no chão.
As cortinas caídas sobre o sofá como se cansadas de lutar contra o vento e tivessem simplesmente desistido. Ficaram observando enquanto o caos reinava na casa.
Nada naquele lugar lembrava a paz que eu buscava quando entrei.
A mão primeiramente cobriu os olhos com mais força do que o necessário, foi se agarrando a cada osso do rosto até se prostrar entre os dente a espera de ser castigada. Respirei fundo e a coloquei em seu devido lugar ao lado do corpo.
Caminhei entre vidros, cortinas, papéis e flores que já estavam mortas muito antes do vento chegar.
No meio da sala olhei para as mãos descuidadas e famintas por vento. E por um instante me senti bem em meio ao caos. Não sabia por onde começar a arrumação e, sinceramente, não havia qualquer pressa para isso.
Soltei o peso dos ombros que pela primeira vez eram nada além de ossos, músculo e pele. Fiz um azedo suco com o saco de limões que carregava e bebi inteiro, sem açúcar.
E ali, cercada pelo silencio caótico que se estende após a tempestade não havia nenhum outro lugar em que eu pudesse estar. Só o famigerado momento presente e eu em meio a sala. Sós.
Largados na desordem,
na bagunça do nosso quarto
e da minha vida
esperavam em vão seus chinelos
receber os pés daquela que partiu,
sem ao menos dizer Adeus
"Em toda batalha temos a sensação de desordem, euforia, no entanto, para que haja alteração seja no que for encare a guerra, dessa forma tenha a certeza que a paz vira".
Temos regredido intelectualmente na mesma proporção em que progredimos cegamente em direção ao fim dos tempos.
"Engano é imaginar que me fez desordem, deixei tudo em algum ponto da estrada, com certeza quando peguei na mão do Criador".