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Atravessei um longo e espinhoso deserto, agora desfruto das belezas de um oásis. Pequeno, eu sei, mas de qualquer maneira, ainda é um oásis.

Não existem barreiras para a poesia, ela está dentro e fora de nós, poetas, que a absorvemos sem parar, sedentos como num deserto.

O silêncio do deserto não é comparável a nenhum outro silêncio porque é absoluto.

Tem coração que deveria se chamar deserto, pois assola qualquer um que passa por ele.

Uma mão estendida ao próximo é como um rio que corta o deserto, levando a esperança de sobrevivência!

Quer vitória?
Vai ter que passar pelo deserto, sentir fome, sede, frio e se sentir sozinho.
Está disposto a passar por tudo isso e muito mais...
Sem lutas não há vitórias!

Conquiste amigos e não bajuladores. A vida sem amigos é um deserto, cujo provoca-lhe miragens.

O coração do homem de luta é como o cardo do deserto, que desafia o sol durante o dia, mas pede o orvalho durante a noite.

Vejo os milagres diários
Quando estou sem forças e Deus se mostra
que mesmo em meu deserto
Ele se faz presente.
Em minha vida tenho que ter coragem,
tenho que aceitar, muitas vezes,
o que não posso mudar
mas sem atrapalhar a vida em união.
Sei que somos grão de areia nesse mundo.
E não sou indiferente,
mas tenho que fazer a diferença
nesse mundo de descrenças
de grandes desavenças.
Tenho que ser Amor e me revestir de Fé,
somente assim acredito que algo vou poder
fazer para ser Amor.
Que alguma coisa possa mudar e me
trazer de volta
aquilo que perdi com a dor.
30/08/15

Quando você se sentir no deserto, procure um Oásis.

Meus pensamentos arrastam-se úmidos pelo vácuo do teu não estar, e meus olhos secos do deserto de ti, tateiam miragens na ilusão de te ouvir !
odair flores

Rosas do deserto, Olhos em Gaza
Na infância perdida, entre escombros
Rosas brancas cheias de dor
Crianças vendidas, escravizadas
A dor que fica nos olhos aflitos
Nas mãos em súplica
Rosas vermelhas amaldiçoadas
Com seus corpos fragilizados...
Muitas vezes mutilados
Rosas negras de luto
Mães que choram os seus filhos assassinados
Corpos inertes no chão do sangue derramado
Com os seus maridos presos
Guerra cruel, insana, movida pela estupidez humana
Rosas de um sol escaldante das duas metades de Jerusalém
Rosas de um ventre puro, numa Terra Santa amaldiçoada
Rosas vivas de dor, de luto, de morte
Estampadas no olhar sofrido destas rosas negras
Rosas que choram lágrimas vivas de sangue neste mar mediterrâneo
Rosas negras violadas, apedrejadas sem dó, nem piedade
Por almas desassossegadas, impuras e malditas
Rosas brancas, vermelhas, negras
Nas terras onde andou e profetizou Jesus Cristo.
Rosas perfumadas pelo terror desta humanidade....
E pela desumana inconsciência .....
Corpos espalhados nesta terra impura
destroçada pelo ódio
Que fecham os olhos com medo e para não serem vistos....
Até quando os olhos se fecharão para não ver ?.

Mas quem falou de deserto, sem antes ver meus olhos - falou, mas não estava certo.

No maná não tinha deserto, mas no deserto tinha maná.

Meus Jardins e Meus Desertos

E foram tantas
as flores que eu colhi,
ao longo da vida!
Plantei em terra firme.
Reguei com meu amor.
Suores e sonhos.
Floresceram.
Sorrimos.
Cada amor foi um
jardim de flores encantadas.
Enamorados!
Vivemos momentos só nossos.
Mas tudo tem um tempo!
Jardins desfeitos!!
Hoje vejo a terra fértil.
Porém seca!!
Sem flores.
Sem sementes.
Quase sem sonhos.
Desejos permanecem…
Mas o deserto de mim
seca a minha pele.
Racha o meu chão…
E sozinha!
Escuto apenas
ventos que passam
arando os meus desertos.

"É durante o deserto que fazemos uma retrospectiva das nossas ações para que possamos compreender tal situação."

Lilás

Tem que ser espetacular para ser verdadeiro?
Tem que ser famoso para ser de Deus?
Tem que ser BONITO, ENGRAÇADO ou LILÁS?
Quando lembro daquela multidão indo até o deserto ouvir a pregação de João Batista, concluo: As necessidades das pessoas de hoje são as mesmas daquelas, mas a sede não.

APROFUNDANDO A FÉ NO CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA
(França, Espanha e Portugal)
De uma forma ou de outra, desde pequena, tenho buscado aquela fé que consegue remover a inquietude humana e proporcionar a paz essencial à vida neste ou em qualquer outro plano.
Quando criança e adolescente, acreditava que tinha essa fé, isto porque participava ativamente, mesmo de forma ingênua, em atividades da Igreja Católica.
No entanto, a idade adulta, ou seja, a vida no Colégio Central em plena ditadura militar, na Universidade e, depois, como docente, aluna de mestrado e de doutorado, envolvi-me em movimentos político-sociais, na luta por uma sociedade mais justa e igualitária, por um ensino de qualidade, por melhores condições de vida, entre outros, ficando invisíveis muitos dos valores religiosos que foram inicializados na minha infância.
Não mais livros religiosos, procissões, palavras proferidas em missas, novenas etc, mas livros que mostravam a realidade mundial, brasileira, baiana: desigualdade social, pobreza, desemprego, inacessibilidade a serviços básicos como educação e saúde, além da baixa resolubilidade desses serviços.
Uma mudança, por que não dizer, radical!
Essa nova vida não me deixou perceber que a vida com Deus é, como diz Frei Inácio de Larranaga, vida de fé, e fé não é sentir, mas saber; não é emoção, mas convicção; não é evidência, mas certeza.
Viria compreender um pouco essa mensagem algum tempo depois, ao vivenciar a dor de perdas acumuladas, especialmente a do meu filho de 20 anos, que me levaram a um estado de “cansaço” intenso! Não tinha a ideia de que procurava um deserto, isto é, sair do lugar onde vivia, trabalhava, e retirar-me para um lugar solitário: campo, bosque, montanha...
Teria que ser algo que me fizesse conhecer melhor o meu eu para superar a dor, para me superar.
Caminhar/peregrinar foi uma opção pois cada caminho é um caminho que nos leva ao desconhecido, ao que esse desconhecido é capaz de nos ensinar.
Em apenas uma semana lá estava eu fazendo, a pé, como peregrina, o Caminho de Santiago de Compostela, inicialmente, o Caminho Francês (33 dias pelas montanhas).
Ao chegar à Santiago e assistir à tradicional Missa dos Peregrinos, senti um “vazio” profundo, uma necessidade de continuar caminhando rumo ao desconhecido. Foi incrível! Ainda estava faltando algo!
Então, decidi fazer o Itinerário Santiago/Fisterra-Muxia (Costa da Morte), não aprovado, naquele momento, pela Igreja Católica, porque era permeado pelo misticismo.
Foram mais 96km pelas montanhas, com apenas três albergues à disposição do peregrino. Ao chegar em Fisterra-Muxia, onde fiquei uma semana bastante envolvida pelo seu misticismo, vivenciando momentos especiais, tudo ficou mais confuso. Descobri que ainda não havia conseguido a revelação que buscava e que não era muito clara para mim.
Continuar caminhando/peregrinando, não mais pelas montanhas mas por terras planas, vales e montes, seria uma saída: o Caminho Português ao “reverso”, isto é, de Fisterra-Muxia (Espanha) para Porto (Portugal). No entanto, encontrei-me em um “Caminho” sem “calor humano”, com poucos peregrinos, albergues vazios mas fui parcialmente compensada ao participar, em Redondela, durante três dias, como voluntária, da construção de tapetes de flores, com desenhos religiosos, nas ruas desta cidade portuguesa.
Ainda inquieta, tomei a decisão que deveria estar “guardada” no meu íntimo: de trem, fui de Porto para Fátima onde tentei deixar uma medalhinha desta Santa, que meu filho usava quando mudou de plano. Fátima não era o seu lugar! Uma freira orientou-me a levá-la de volta para o Brasil, onde, num certo dia, ao mirá-la, de forma especial, levantei-me repentinamente, fui ao cemitério e mandei cravá-la no túmulo do meu filho. A partir daí, não mais me preocupei com a medalha uma vez que ela já estava onde deveria, provavelmente, estar há muito tempo.
Bem, consciente ou inconscientemente fiz um deserto, um tempo forte dedicado a Deus em silêncio, solidão, e pude sentir como na fé Jesus toca as nossas feridas, especialmente aquelas que nos machucam muito!
Para Frei Ignácio, a vida de quem crê é uma peregrinação. Mas eu não sabia o que é “ser peregrina”. Aprendi no Caminho que o peregrino não sabe nada: onde vai dormir nem o que fará no dia seguinte; que fadiga, incerteza e insegurança são o pão do seu cotidiano; e que ele tem uma meta mas não consegue vê-la claramente. Assim, comecei a entender que as duas forças dialéticas da fé podem ser a certeza e a obscuridão.
Dessa experiência existencial, um dos grandes aprendizados na minha vida: quando pensei que o objetivo infinito estava ao meu alcance, nas minhas mãos, Deus se ausentou e silenciou; apareceu, desapareceu; aproximou-se, afastou-se; tornou-se concreto e se desvaneceu. Foi nas montanhas, em direção à Astorga (Espanha), onde me perdi por 14h. Pedi socorro a Ele mas tão logo encontrei o “sinal” do Caminho, deixei de crer e me perdi de novo...
Apesar do meu “afastamento/alheamento”, passei a perceber que deveria reduzir a silêncio a minha mente quando ela tentasse se rebelar e que deveria abandonar-me na fé.
Mas, como é difícil ter “aquela” fé que tudo suplanta!
Só Ele sabe como tenho tentado/venho tentando...

Quem dera se cada lágrima de sofrimento fosse uma gota de água pura e que ao tocar o solo germinasse uma semente.
Quem dera corresse em mim rios de água viva para que eu pudesse fazer crescer flores no deserto.

Carlos Alberto Pinto Duarte
PoetaDuarte

Somos caóticas pequenas desajeitadas partículas de areia em um imenso deserto, somos desprezivelmente descuidados seres disformes.

Ele me leva onde quer...sem que eu tenha que questionar... No deserto Ele está... e no mais alto monte...posso encontrá-lo, olhando o vale posso vê-lo. De tão perto me conduz...em qualquer lugar posso ir, Ele me dá liberdade mas, só posso ir com Ele. É inexplicável este AMOR...

Do que valem palavras não ditas? Sentimentos abafados? Sonhos não vividos? Metas não cumpridas? Apenas grãos de areia no deserto do tempo perdido.

"Eu sou um lobo solitário vivo vagando no deserto deste mundo guiado pela luz das estrelas na tentativa de encontrar minha lua. Aquela minha lua, A que eu uivo a cada noite na esperança de que você vá me ouvir e me ilumina com o seu brilho que e o mais bonito de todos. minha lua! "

Secou,
Ela não sente,
Nem chora mais,
Pois de certo
Esse deserto
Já foi oceano.

Às vezes, um deserto é melhor do que um jardim, pois o deserto foi o lugar onde Jesus venceu as tentações, enquanto o jardim foi palco da queda do homem e da traição à Jesus. Adão foi desobediente, Judas foi traidor, mas Jesus é e para sempre será vencedor. Carregar uma uma cruz, seguir o mestre, enfrentar desertos e tempestades são formas de Deus provar a nossa fé de modo que possamos testemunhar o amor de Jesus. As quedas nos prostram ao chão para lembrarmos de que somos pó e dependemos da misericórdia e do amor de Deus, que é quem nos concede o fôlego de vida. A escuridão e a cegueira espirituais nos fazem valorizar a luz e o discernimento. Mas tendo em vista que o Senhor é a nossa força, nunca podemos nos esquecer de que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus". (MCSCP)