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Errei de ti...
Tens as chaves que acessam meu melhor
Os portões e as portas de minha candice
Recanto de um coração já descompassado
Onde vigora minha vida, tua eis morada
O que mais de mim esperavas?
Gastei meu suor, derramei meu sangue
Transbordei rios e mares de lágrimas
Inventei versos, rezas, findei terços
Me perdi no breu que em mim se deu
Caminhei sem rumo, passos trôpegos
Preso na dor atroz da ferida de uma saudade
Crucificada, maculada, mal insosso em meu eu
O que fostes minha, enfim? Namorada ausente?
Nada esperei em troca: sequer um olhar
Desses apaixonados, tomado de desejo
Trago no peito o lamento: o erro de saber amar
Usando o amor fraterno como meio de obter lucro...
Eu estava lá
Sua camisa lavada, gola furada
Lavada em amor de mãe, a secar no varal
Depois de um traiçoeiro sucedido mal
Eu estava lá
A espera-te em prece a chegar
Em saúde sã... sobrevivente
De um tiro jamais malente
Eu estava lá
No reverso da sorte vencida
Com o peito aborbido a prantear
Sua ventura inópia do acidentar
Eu estava lá
Segurando sua mão, insone
Feliz ao som de sua voz, inda ferido
A ver-te alimentar-se a se banhar
Eu estava lá
No correr de muitas suas alegrias
Na chegada de seu primeiro Fusca
No descortinar de Beth, primeiro amar
Eu estava lá
Chamado a ajudar a salvar um bebe
Que prematura, sua filha amada precisou
De um CTI para se salvar e não a faltou
Eu estava lá
A segurar uma mão tão pequena
Assistindo convulsões e cianoses
Chorando cada parada respiratória
Não, não deixei de estar presente
A cada um dos dois meses
Que na incubadora salvadora
Via médicos a realizar milagres
Eu estava lá
Pagando contas que minhas não eram
Jamais soubestes o quanto me foram caras
Tudo era por amor, não pelas custas onerosas
Eu estava lá
Ao seu lado, mesmo que não vistes
Enfermeiro cuidando de sua dor
Irmão a orar, até você acordar
Eu ainda estou aqui e sinto dores
Todas as dores do mundo me tomam
Não o vejo ao meu lado, não mais lhe sirvo
Ser justo e ter consciência não cabem em ti
O mundo está tão cruel, egoísta, desumano, invejoso e cheio de desamor, que é perigoso até sonhar em voz alta.
O mundo vai acabar! Dizem os profetas, os religiosos e os cientistas.
Mas, o mundo começou a acabar quando o desamor se tornou a principal característica dos todos habitantes deste mundo.
Era um amor que prometia ser o melhor de todos. Que suportaria tudo e passaria por todas as provas de fogo. Que viria a ser sempre um sentimento verdadeiro e continuo. Que era pra ser, mas foi apenas... Mais um amor feito de palavras, que o vento leva e o tempo apaga.
Hoje o dia não amanheceu.
Não lançou seus feixes de luz radiantes e nem me convidou a viver.
A aurora ainda dorme, envergonhada pela noite.
Hoje o dia não amanheceu, as trevas se prolongaram sem se incomodar com o mover do ponteiro do relógio.
A noite triunfou e se expandiu mais além das horas.
Como se arrasta o tempo, quase paralisado pela terrível dor do não poder passar!
Ai tempo, ai horas, por que te convertestes em meu verdugo?
Porque me castigas com o látigo de um momento aterrador?
Momento que se eternizou no meu olhar incrédulo e impotente.
Devia ser pecado doer assim. Deveria o tempo ter parado um minuto antes daquelas vis palavras, que arrancaram minha alma e me tiraram o fôlego de vida.
Só, no silêncio da noite.
Não quero ninguém em minha tristesa.
As lágrimas brotam amargas e escorrem por meu rosto já molhado de tanto chorar.
Choro como criança, que não entende a maldade da vida, que não entende o porquê do não, do não pôde ser.
Haverá alegria depois de tão duro golpe? Quanto mais pode resistir o fraco coração. Mas minhas mágoas ás levei a Deus.
Deus, que não entendo e apenas aceito. E ás vezes, fora de mim, protesto e grito, com se tivesse algum domínio sobre meu futuro. E o futuro é um grande e escuro mar, que se estende diante de meus assustados olhos, suas águas turvas.
E bem lá no fundo desse mar profundo, me encontro, eu.
A insensatez de todo homem consiste na crença de que tudo que foi, pode ser novamente. Um erro comum. Se algo termina por um grande erro, está fadado a sempre terminar pelo mesmo erro, eternizando um looping de agonia para duas almas. O amor é um sentimento inteiro. Nada surge, permanece e se estende por estradas fragmentadas, pelo mesmo motivo que carros se quebram em asfaltos falhos e gastos. E quando as vielas cinzas do amor se tornam rotina, e a presença um do outro se mantém pela mera formalidade do medo de se estar só, então o sentimento em si já perdeu. Não há nada mais deprimente que o desamor, o sentir pela aparência, pela ideia de que os outros pensarão coisas ruins, escarnecendo, e debochando. Se só aquele que vive a situação sente o pulsar do sangue na garganta, como se os arames farpados o esmagasse em cada ''eu te amo'' dito no vazio. E em sua amargura, amarguram uns aos outros, e em suas feridas, ferem uns aos outros. E meditam sobre os próximos vinte ou trinta anos no fundo de uma garrafa, ou no filtro chamuscado dos cigarros amargos. Acreditam no que não há mais, e erroneamente constroem as paredes do seu inferno pessoal, onde a paz de um beijo, de um abraço torna-se o chicote dos carrascos e o lamento dos condenados.
Começou como toda fraqueza da mente costuma começar. Frente ao desengano, criou para si uma linda mentira, uma que torna-se fácil ou o fizesse seguir. ''Não preciso disso, não preciso de amor''. E por muito se seguiu, na esperança quase vil de um desesperado. Mas com o tempo, convencia-se de que sua mentira era verdade, e que evitar os amores que magoavam, era a melhor das soluções. E como toda boa tragédia, fugiu de tudo que possuísse potencial, e evitou tudo que poderia machucar. E como julgar alguém, que de tão ferido pelos sentimentos rasos e superficiais, acabou como uma paródia mal resolvida de seus enganos? Talvez essencialmente, todos são possuidores de um amor descabido, que quando recusado, criou essa onda de desamor sem fim. Talvez estejam todos feridos, talvez estejam mentindo. Feliz é quem realmente não esbarra com um ser que desacreditou de tudo, contaminando-se com o desespero coletivo que as almas humanas abraçaram.
Não se engane. Desde muito novos, somos ensinados sobre as falácias que tomamos como verdades. Uma vez eu li que quando alguém te indica uma música, essa pessoa quer dizer algo através da mesma, ou que ao mostrar desinteresse, ela se auto promove, valoriza a si mesma. Bobagem! Talvez a música seja só uma música legal que alguém indicou sem segundas intenções, mas nossa mente projeta mil e uma possibilidades à partir do nada pela vil necessidade de não querer estar só e aceitar que está só. Talvez alguém se faça de difícil simplesmente por precisar que seu ego esteja tão inflado quanto um Zepelim, e sua adoração sirva de fôlego pra essa atitude. Quem vê sua mensagem e te ignora, não faz isso pra aumentar o mistério em torno de si e te instigar. Faz porque simplesmente não se importa com as relações interpessoais, então simplesmente julga que seu tempo, sentimentos ou qualquer coisa do tipo valha menos que os dela. Essa ''glamorização'' da pessoa submissa sentimentalmente é lamentavelmente mais comum a cada dia.
"Nunca tive a intenção de te magoar".
Foi isso o que ele falou após me trair,
eu fico me perguntando se não era pra me magoar era pra que?!
Queria que eu ficasse alegre, contente !
Vai se foder cara, vi que amor é momentâneo e dependendo do seu fim, vira nojo !
Nao vá se matar
Mas não vá se matar
por ilusões,
achando que nelas há
verdadeiras emoções.
E se estiver duvida do que está
sentindo,
Foca nos olhos e sinta se ele esta
mentindo.
Não se sinta obrigado a agradar,
a quem só que te fazer de objeto,
a quem so quer te usar.
Não va sofrer por alguém,
que não te cuide tão bem,
que te faz acreditar que é feliz, meu bem!
Para de viver de ilusões,
você não é mágico.
Olha teu coração, não são corações,
Então seja prático
e coloca regras nas tuas ações.
ÓDIO NÃO!
AMOR! AMOR! AMOR!
Ilha de inveja e de ingratidão,
no oceano do desamor ignorado,
o ódio isola e cerca o coração
de dor e mágoa por todos os lados.
Existe uma Bomba Atómica que está sendo usada todos os dias,
em todos os lugares do planeta Terra,
sem que seja preciso o pretexto da guerra:
essa Bomba Atómica chama-se:
- Desamor
E me diz, e esses adictos do desamor?
Que a própria compaixão me defenda e saiba me fazer perdoar, pois o desamor mata!
A constante solidão maltrata nos, macula, entorpece aos poucos a pouca sanidade infringente, persistente e indiferente.
Este amor contemporâneo estéril e descompromissado que troca de gente como o pensamento fugaz que se liquefaz na mente, enfim, a mim, não me serve. Toda vez que encaro saio mais doido do que quando estava, sozinho. Difícil equação de ser par isoladamente na contra-mão da usual antropofágica ilusão de por um momento, ser por ter.