Tag culpado
Cuidado com pessoas que, após "pisarem na bola", fazem você se sentir culpado por pensar mal dela.
Não se engane, isso é tática para ficar bem na foto e sair ileso dos males que causaram. Te prejudicou, perdoe, sim, mas não se culpe, é exatamente isso que os colocam no pedestal, fazem sentir-se grandes, espertos e inteligentes, além do normal. Depois eles chegam com falsa humildade se fazendo de anjos, mas também existe anjo que caiu do céu e perdeu a Deus.
Também perdi a mulher que amava, e não há um único dia em que não me sinta culpado. Mas temos nossos deveres, não é?
Providência
Eu vejo cenas de um video alterado
Mudança no cenário
Não importa o pecado
Nada justifica a execução
O jovem já tinha se rendido
Pra que matar o menino
Que pediu pra não morrer
Olha lá o garoto ensanguentado
Colocaram uma arma na mão de Eduardo
E fizeram dois disparos para o lado
Três polícias acusados pela morte
Começaram a ser julgados
O que leva um crime confesso e provado
Levar dez anos para se resolver?
Justiça pelo Eduardo e outras vítimas
Que perderam suas vidas
Nessa guerra de poder
Já fiz até uma reza
Pra isso nunca mais acontecer
A inquietação da alma, surge diante dos erros que se comete. Logo encontramos culpados. Mas... o verdadeiro culpado, só é encontrado quando olhamos para o nosso próprio coração.
"Afastem-se de pessoas que reclamam da chuva, do calor do Sol e até da poeira trazida pelo vento. Não temos que aceitar os desgastes que nos cercam e incomodam... Daí amaldiçoar e procurar culpados, não vejo como solução para uma vida de satisfação e harmonia."
Cada pequeno ato de responsabilidade, mesmo que não seja motivado por culpa, representa um maior reconhecimento e controle da própria vida. Este é um caminho poderoso para o crescimento pessoal e espiritual. Jesus é o exemplo supremo de assunção de culpa e responsabilidade pelos outros, apesar de não ser culpado.
Para qualquer ação despendida contra nós, em nós há um resultado. Resultado este que bom ou ruim depende única e exclusivamente de como vemos o que nos acontece. Podemos não ser culpados do que nos fazem, mas somos estritamente e unicamente culpados pelo resultado destas ações.
Para o Bom Deus a maior parte de nós em nosso ínfimo tempo neste sistema de coisas, não passam de crianças mimadas capazes de realizar muitas coisas que pedimos Ele realize. Deveríamos ter Deus ou o Diabo apenas para decidirmos um lado em estar, um caminho a seguir, mas os temos para ficar culpando um ou outro pelo que escolhemos ser e fazer. Nosso maior erro é acreditar que um ou outro é culpado pelo que nós somos e fazemos.
...E o mais plausível em nós seres humanos é reconhecer que, os defeitos de um, são de todos.
E se houver culpado, o início foi lá no eden!
Quando você exclui alguém da sua vida, essa pessoa nunca contará a história completa. Quase sempre o outro só conta a parte que a faz parecer inocente.
O culpado pelos seus pecados não escuta o conselho para arrependimento até que se torne vítima de sua própria estupidez.
Ninguém que se diz culpado assume a culpa antes, construída mentalmente e acabada no coração; estes, porém, a lei divina é mais severa, visto que, se tivessem realizado fisicamente o mal, culparia o outro como o principal responsável, somando mais uma culpa à própria consciência.
Ter um culpado…
Colocaram fogo no restaurante comigo ainda lá dentro. As chamas lambiam as paredes como línguas de uma ira que nunca foi minha, mas, de alguma forma, sempre me escolheu como alvo. O calor não me assustou. Pelo contrário, senti uma espécie de familiaridade com ele. Eu, que vivi tantos incêndios na alma, agora era apenas mais uma peça no cardápio do caos.
Enquanto o teto ruía e o ar se tornava pesado, percebi: não valia a pena gritar. Quem acendeu o fósforo já havia saído pela porta da frente, talvez assobiando uma melodia de inocência fingida. E quem passava pela calçada, ao ver as labaredas, não pensava em salvar quem estava dentro. Pensava apenas no espetáculo da destruição. Porque é isso que as pessoas fazem, não é? Elas assistem.
Então eu olhei ao redor. Louças estilhaçadas. Mesas tombadas. Cortinas em chamas. E, pela primeira vez, senti uma espécie de alívio. Uma certeza incômoda, mas libertadora: se é pra me chamarem de culpado, talvez eu devesse ser. Não me restava mais nada pra salvar — nem o restaurante, nem a mim. Peguei o que sobrou de força, virei o gás no máximo e, com um fósforo que achei no bolso, devolvi o favor. Explodi aquele lugar como quem assina um bilhete de adeus: com firmeza, sem remorso, mas com estilo.
Saí pela porta de trás, enquanto os destroços ainda voavam pelo ar. A fumaça subia, preta como os julgamentos que viriam. E eu sabia que viriam, claro. Sempre vêm. “Por que você fez isso?”, perguntariam. “Por que não tentou apagar o fogo? Por que não pediu ajuda?” Ah, os paladinos da moralidade, tão rápidos em condenar e tão lentos em entender. Mas eu não queria me explicar. Explicações são como água despejada sobre um incêndio: às vezes apagam, mas quase sempre só espalham mais fumaça.
Ser o vilão era mais fácil. Mais honesto. Assumir o papel de quem destrói é menos exaustivo do que tentar convencer o mundo de que você foi destruído. Porque, no final das contas, ninguém realmente escuta. Eles só querem um culpado. E, se é pra ser apontado de qualquer jeito, que seja com a dignidade de quem escolhe o próprio destino.
Não estamos falando de restaurante. Nunca estivemos.