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Chamamos de Tradição a repetição de um determinado costume sem adicionar a ele qualquer novo raciocínio ou conclusão.
TUDO COMO ANTES
Como sonhar não se paga, então eu sonho. Estava eu, sonhando um sonho muito sonhado, Não sei, não lembro o lugar, mas era presente e passado.
Sonhei que ser gente era coisa trabalhosa, mas para aqueles que conseguia, era ação muito honrosa.
Então eu sonhando, fui também achando que gente ia se criando, sem muita dificuldade, assim como os bichinhos, e nisso não via maldade.
Seu moço, fiquei surpreso nesse meu sonho sonhado, quando um dia vi gente por ali, que nunca havia encontrado. Perguntei logo ao dono do sonho: Pode isso?
O que havia acontecido com o moço, estava todo atado, dos pés ao pescoço. Se dizia vestido…
Seu cabelo estava lambido, os dentes luzidos, o pé atolado num calcante.
Aquilo, enrolado numa coisa, seu cheiro era tão forte, que toda venta ardia,
até os mosquitos por ele não tinha simpatia. Parecia com gente, mas era diferente.
Eu, acostumado com fala de gente, achava que conhecia de tudo, mas era inocente.
Fiquei todo arrepiado, quando aquilo começou a bradar: pega, pega temos que domesticar!!
Era eu, que ele queria pegar, o meu nicho ele queria dominar.
Saí correndo, fui minha família avisar, que aquela coisa estranha, estava vindo pra cá.
Com o passar dos tempos, entre mortes e açoites, invasões e opressões, fomos nos acostumando com os ferrões e porões. Nós cuidando da vida, eles por aí matando.
Veja só que situação, nós cuidamos da vida, mas eles é que são cristãos, eles de pés calçados e nos de pés no chão.
Como não podia ser diferente, minha gente começou a se misturar, com gente que não era como a gente.
Trouxera costumes, e com o olhar fixo em nossa nudez estava. Diziam que por estar nu, eu e meu povo pecava.
Aqui tudo natural, combatia a morte, mas não era imortal. Gente e natureza, união perfeita, eles civilizados, olhando nossos corpos, com seus pensamentos bestas, logo começaram a dizer, que não tínhamos religião, mas uma seita.
Ele e seu povo, que se diziam gente, trouxeram pra essa terra pano colorido, pau- de- fogo e aguardente.
Com isso vestiram minha gente, domesticaram os leões e mataram TUPÃ
Trouxeram outras fés e outros ritos, mataram a tudo com doenças, com fogo, com balas, nos cansaram de tanto correr, correr pela vida, correr para viver.
Então sonhei que era um morto vivo, mataram aquilo pelo qual sobrevivo, minha fé, minha forma de vestir, ou não vestir……. fui ci-vi-li-za-do.
Acordado não consigo me sentir vivo, é sempre um bate e apanha. Alguém enganando alguém pra ver se arrebanha.
Sempre há alguém cultuando a morte pela revolta, não há entendimento, falam em igualdade, mas no fundo o oprimido quer sobrepor-se ao opressor, busca eterna por poder, às vezes por um favor..
Sonhava que era fácil ser gente.
Olha só, disseram que era pecado viver nu, adorar a Deus, com o nome de TUPÃ.
Pensei em meu sonho, ponderando sobre onde estava o erro de viver nu ou vestido, mostrar o …. ou o umbigo. Fato é que ficar vestido em dia de frio é bom, e livre em época de calor é divino, ambas as culturas têm suas vantagens, não sei porque a briga por essa bobagem. Queriam vestir, agora brigam pela nudez, terão que voltar no tempo, quero viver outra vez.
Eu nunca sonhei em impor o meu querer, ou ceder a outra vontade.
Não sonho mais, pois vejo um mundo liberal, hipócrita. Prega direitos e não prega dever, fala de igualdades, mas quer ensinar religião, isso faz mal ao meu coração. PARA O BARCO QUE EU QUERO DESCER!
Jailton Silva
As vezes minha cabeça gira,
gira, gira, gira, gira...
Eu não sei o motivo mas sei que cada batida do coração vem com uma dor continua,
Eu sinto uma dor dentro de mim e o gelo não cessar a dor.
Minha cabeça ainda gira, meus olhos não derrubam lágrimas, talvez por está acostumado ou simplesmente por está seco por dentro.
Minha cabeça gira.
Se eu pudesse imaginar que estes seriam os últimos dias da minha vida, ou melhor, da vida com a qual estava acostumada, faria alguma diferença?
Segundo Montesquieu, diversas variantes governam os homens, como os climas, as religiões, a história, as leis, os costumes. E a junção de todos esses fatores forma um conjunto de atributos que caracterizam os seres humanos e que formam seus espíritos, um espírito geral, um "Espírito das Leis".
(sobre a filosofia de Montesquieu)
(Página 2).
Um homem da Idade Média condenaria totalmente o nosso estilo de vida atual como algo muito mais cruel, terrível e bárbaro. Cada época, cada cultura, cada costume e tradição têm o seu próprio estilo, tem sua delicadeza e sua severidade, suas belezas e crueldades, aceitam certos sofrimentos como naturais, sofrem pacientemente certas desgraças. O verdadeiro sofrimento, o verdadeiro inferno da vida humana reside ali onde se chocam duas culturas ou duas religiões... Há momentos em que toda uma geração cai entre dois estilos de vida, e toda a evidência, toda a moral, toda a salvação e inocência ficam perdidos para ela.
(O Lobo da Estepe)
Hoje eu chorei.
Hoje chorei por você.
Hoje não consegui segurar e chorei.
Hoje a saudade doeu mais.
Hoje, diferente das outras vezes, não segurei as lágrimas.
Chorei.
Senti molhar meu rosto.
Quis controlar meu pranto, mas não deu.
Chorei de saudade.
Chorei com muita saudade.
Chegou a doer em mim.
As lembranças e a distância me torturam.
A distância é grande.
A saudade, maior ainda.
A vontade, nem se fala.
A ausência é dolorida.
Hoje está doendo mais do que o costume, apesar de eu não me acostumar. Me recuso a acostumar. Não está nos meus planos acostumar.
Podemos afirmar, sem receio de ferir a verdade, que a força do casamento existe unicamente no apoio dos costumes.
Alguém duvida que essa "Decadência" que hoje vivenciamos tem muito haver com o empobrecimento e menosprezo em relação à moral e os bons costumes?
Cultura popular pode ser definida como qualquer manifestação cultural em que o povo produz e participa de forma ativa. Ao contrário da cultura de elite, a cultura popular surge das tradições e costumes e é transmitida de geração para geração, principalmente, de forma oral. As expressões da cultura podem ser utilizadas para organizar e transformar a sociedade.