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O segredo de tudo está no magnetismo, desde a condensação da matéria até a emancipação da consciência.
Com todas as minhas virtudes, meus dilemas e sonhos, nada mais sou do que um fragmento de poeira em universo maior do que a minha compreensão, apenas um sopro insignificante face a um grandioso ciclone cósmico. Mas essa grandiosidade toda não me anula, nem tampouco me amedronta. Ela me enche de mistério e dá à minha mente a liberdade de procurar explicações que possam sanar minha sede por respostas face a esse universo esplendoroso.
"Não é só uma coincidência encontrarmos semelhanças entre a estrutura de nosso corpo com algumas estruturas do Universo. Existe uma coisa a mais que nos liga, quimicamente, biologicamente com o Cosmos. Somos feitos do mesmo material que uma Nebulosa ou uma estrela. Somos filhos das estrelas."
Das sombras desde universo exergo ao todo e a tudo, desde antes de me nomearem tempo. Desde antes de qualquer momento, eu sou o instante, o minuto, o olho do universo absoluto, a visão de criança. E a este eu cabe gravar na história a sucessão do todo. E a quem desejar um pedaço de estória fica a tarefa de tomar uma parte do tempo.
Aquela noite caiu pesada sobre a incerteza que me acompanhara nos últimos dias. A madrugada agitou o champanhe do destino e fez jorrar, ao alvorecer, a certeza líquida de que o cosmos cuida de mim.
Ó Força Procriadora!
Pai-mãe do Cosmos,
Focaliza Tua Luz dentro de nós,tornando-A útil.
Crea teu reino de Unidade, agora-
O Teu desejo Uno atue então com o nosso,
Assim como em toda luz
E em todas as formas.
Dá-nos todos os dias o que necessitamos
Em pão e entendimento.
Desfaz os laços dos erros que nos prendem,
Assim como nós soltamos as amarras
Com que aprisionamos
A culpa dos nossos irmãos.
Não permitas que as coisas superficiais nos iludam
Mas libera-nos de tudo o que nos detém.
De Ti nasce toda vontade reinante,
O poder e a força viva da ação,
A canção que se renova de idade
Em idade e a tudo embeleza.
Verdadeiramente – poder a esta declaração -
Que possa ser o solo do qual crescem
Todas as minhas ações. Amém.
Hoje chuve! E enquanto caem as folhas, as gotas dão o sinal do que foi pedido: Uma resposta! E nela boa sorte.
Ainda há muito a proceder...
Não há como mudar o efeito, pois a causa já foi plantada e não haverá erro na jornada. Mas enquanto vivo ei de ter tempo e espaço suficientes para moldar os galhos, atraveis da vibração e do elo do domínio natural das coisas que crescem da árvore: o paradoxo vital entre mundos e realidades paralelas que se sucedem atraveis do Cósmos..
prolonga-se na comunhão doutro corpo
funde-se com ele
no desejo que lhe sacia a sede
mar salgado de desejos por cumprir
renasce a força que agita
o cosmos
renuncia à solidão
penetra no centro do mundo
fecunda o fecundo
respira com o acto de criar
que lhe sorve o ar que o anima
em permanente renovação
in "Meditações sobre a palavra" (um tributo a Ramos Rosa, o poeta do presente absoluto), editora Temas Originais, do poeta Alvaro Giesta
A grande explosão
No início, a solitária imensidão.
O nada, ainda é tudo.
Nenhum lar, nenhum mundo.
Eis que surge luz na escuridão.
Um pontinho no nada é emerso,
Pequeno como cabeça de alfinete.
Lá longe, numa era muito distante
Nasceu nosso grandioso universo.
Caos, instabilidade, explosão,
Criação, mutação, gravidade,
Tempo, espaço, expansão...
Viajando pelo infinito afora,
Tudo é poeira cósmica.
Inclusive eu aqui, agora...
Um olhar lançado sobre a vastidão do Cosmos nos traz, entre muitas outras, duas grandes reflexões: A uma, a nossa demasiada pequenez mediante o que é vislumbrado. A duas, a nossa importante conexão com o Cosmos, posto que os nossos principais elementos químicos em ordem percentual constituem com o mesmo peso o próprio Universo.
Com zelo por tudo o que é vivo o homem amadurece para o Cosmos como um anjo nascido para a glória do Mundo.
Perfeita simetria
Nós dois, admirando o fim do dia
Observando e anotando uma polografia
Com cores cheias de vida
Descrevendo a astronomia
Em uma perfeita simetria.
Slá, só mais um café.
Cosmonauta hiperativo
Transformou-se em explosão
De tão rápida passagem
Mais veloz que o pensamento
Atravessou o multiverso
Se desfez em tantas partes
Que sentiu-se o próprio tudo
A espantosa semelhança entre o macro e o microcosmo sempre nos leva refletir.
Somos pequenos universos, tão perecíveis, supostamente oriundos do macro, ou seria o inverso, infinita e eternamente perplexos, ante tantos mistérios que nos rondam.
Que importância nós temos para essa imensidão de energia que pulsa? Somos parte desta energia, dizem.
Como?
Observo a matéria inerte que apodrece após a morte. E grita o contraste com a manifestação que ali havia, desta matéria, repleta de vida.
Havia algo bem mais vivo, ali. Infinitamente mais inexplicável que a carcaça que habitou.
Que equação misteriosa é essa, tão difícil de decifrar, que poderia nos fazer ver o que hoje não conseguimos, com esta rudimentar capacidade de entender esse mistério que nos cerca? Melhor mesmo é seguir sem entender. Aceitar o mistério eterno. A resposta deve ser muito óbvia. Bem por isso não a enxergamos... bem por isso contemplamos o céu em eterna interrogação... Ajusto o foco, apenas mais dez cliques pra garantir a captura. E só mais um gole de vinho. Hora de juntar tudo e aterrisar.
O Universo e a Vida
Do microcosmos ao macrocosmos
há tantos mistérios nesse Universo
que é uma tarefa impossível
descrevê-lo em versos
contemplo-o com admiração
uma mescla de dúvidas e curiosidades
progride-se,
mas a humanidade está longe de entender suas peculiaridades
quanto a nossa vida efêmera
na vastidão do cosmos sabido
não há muito sentido nela
isso tenho aprendido
todavia o sentido não é o meio
e sim o bem viver
compreender, relacionar com as pessoas
contribuir com a sociedade
sempre aprender
aproveitar as coisas boas
crescer com erros e falhas
essa é a nossa missão
nessa pequena morada cósmica
que para nós é cheia de dádivas
O suor que se verte na luta entre os cosmos da paixão, simboliza a bênção divina para os dois corpos que se amam.
"Quem sou eu nesta batalha eterna entre o bem e o mal, uma luta que transcende a humanidade e remonta ao cosmos, atravessando gerações que precederam a formação do mundo? Qual é o meu lugar diante da magnificência da criação, da formação dos céus e das estrelas, dos montes e das colinas que se erguem sobre as águas? Como posso me posicionar em relação à vastidão dos mares, dos rios e das águas subterrâneas que erodem rochas, jorrando incessantemente, dia e noite, enquanto o rio nunca seca? Quem sou eu diante do intrigado sistema que rege este planeta há milênios? O que significo nesta guerra ideológica e política que oprime nações? Sou apenas um grão de areia, uma efêmera faísca na imensidão do universo."