Tag circo
Procuro por ti no antigo castelo de paredes coloridas... No circo dos sonhos... Nos versos que componho... Na biblioteca fechada,esquecida... No teatro das ilusões... Entre terremotos, vulcões, furacões... Até mesmo em outros corações... Em montes nebulosos, escuros, vazios... Nas brumas à beira dos rios... Em dias cheios de solidão e medo... Em noites silenciosas cheias de segredos... Em cada solitária dança... No riso de uma criança... No frio vento... Em cada gota de chuva... Em cada flor de ilusão... Pelo caminho a fora... Em cada terrível lembrança... No perfume de tua luva caída ao chão... No passado e no agora... Por que? Por que fostes embora?...
Pão e circo. Futebol e carnaval. Política e economia para a elite pensante. Ciência para a elite mais pensante. Mídia para todos
O supremo não percebeu que a população acordou. Todos sabem que o único propósito de termos juízes da confiança de quem os indicaram para um mandato vitalício é o de servi-los da melhor forma. Arquivando todos os processos, soltando todos os aliados e prendendo os inimigos a corte vai fazendo seu papel de manter a corrupção impune. Eu queria apenas um movimento errado neste tabuleiro. Prendam o Presidente. Coloquem fogo de vez neste circo chamado Brasil.
Humanidade! Finalmente, encontramos a fórmula mágica para a felicidade eterna: pão e circo moderno. Quem precisa de liberdade, igualdade ou justiça social quando temos um espetáculo virtual disponível 24 horas por semana e uma infinidade de opções de distração na internet?
Mas o melhor de tudo é que não precisamos sair de casa para desfrutar desse banquete. Basta abrir um aplicativo de mídia social ou ligar a TV e nos deliciarmos com polêmicas envolvendo influenciadores, memes que circulam na internet, e discussões acaloradas sobre tópicos polêmicos que dividem a sociedade.
É preciso falar que nossos líderes engordam com a tributação de impostos e fazem o que querem sem serem importunados. Eles podem destruir o meio ambiente, oprimir minorias, e aproveitar-se da pandemia para limitar nossas liberdades, pois estamos distraídos com nosso pão e circo moderno.
Enquanto o andarilho devora sua pipoca, observa que a sociedade é um grande circo onde os artistas são os políticos e as plateias são os cidadãos.
CAMARIM
E quando o palhaço entrava
No centro do picadeiro
A plateia delirava...
Todo o público aplaudia,
A criançada gritava,
Era muita euforia!
Ele era, afinal,
Um artista fenomenal
Ninguém mais e ninguém menos
Que o Palhaço Alegria,
Com todo o seu talento,
Com toda a sua magia.
Ao ver tamanha energia
Que do circo emergia
O Palhaço Alegria
Alegre também se via.
A tristeza em seu peito,
Esta era apenas sua,
Guardava-a muito bem,
Não contava pra ninguém.
E após aplausos sem fim
Lá atrás, no camarim,
O palhaço meditava:
“Sei que a arte imita a vida...
Mas que bom também seria,
No tocante à minha parte,
Se ao menos algum dia
A vida imitasse a arte”.
Daqui a pouco tudo serão reminiscências; o circo vai fechar as cortinas; o palhaço vai descansar nas trincheiras do ostracismo e os bajuladores ficarão órfãos; sobrarão tão somente as tatuagens da hipocrisia e da arbitrariedade
E agora Narciso?
O jogo acabou
O fogo apagou
A lenha acabou
O gás acabou
O rio secou
O estrelismo ofuscou
O leite derramou
A máscara caiu
A maquiagem saiu
A farsa acabou
O circo acabou
Não tem mais público
O sonho do palhaço acabou
A bajulação terminou
As luzes apagaram
A boçalidade acabou
E agora você?
Está sem mulher
Está sem carinho
A farra terminou
Quer andar de helicóptero
Mas não tem piloto
Quer luzes dos holofotes
Mas as luzes queimaram
Quer mordomia que apraz
Mas tudo acabou
Quer vender seus sonhos
Os sonhadores acordaram
Não existe mais plateia
A base facial saiu
O narcisista se afogou
Sua imagem desabou
E agora Narciso?
E agora você?
A farra acabou
O circo fechou
As sessões acabaram
Espetáculo não existe mais
O ilusionismo terminou
A bajulação acabou
A festa terminou
O público foi embora
A claque cansou
O narcisismo ofuscou
Agora tudo são cinzas
A fênix morreu
O ataúde fechou
Cerrado com aço
Tudo era fantasia
Sonhos de palhaço
Cores e solidão
Farsa laboral
Fugaz e efêmero
Exibicionismo é outrora
As luzes se apagaram
A máscara caiu
Gás lacrimogênio acabou
Não existe mais público
As palmas acabaram
As luzes acenderam
Tudo é claridade
Agora é tempo de voltar
Para a Terra, Astronauta!
Sobre a manipulação das massas: havendo alguma dúvida entre manter o pão e o circo, priorize o circo.
E agora?
O poder desabou,
O idiota volta às cenas
Do ostracismo.
O palco desarmou,
Não há mais público,
O espetáculo acabou.
A máscara caiu,
Os holofotes apagaram,
O circo se desfez.
Não há mais lugar
Para o narcisista pendurar.
Os asseclas desapareceram,
O fogo se extinguiu,
As labaredas morreram.
As estrelas ofuscaram,
As trevas retornaram,
A idiotice silenciou.
Agora, só resta o museu,
Frio e distante,
Para guardar a máscara
Das aventuras pueris.
A farra do dinheiro público com animações sertanejas parece que chegou ao fim; alguém descobriu que saúde, educação, assistência social têm prioridade que pão e circo.
Educar através do circo é transformar os ensinamentos em magia, as dificuldades em malabarismo, o improvável em realidade e a vida em alegria!