Tag cigarro
Os que irresponsavelmente incomodam os outros com seus maus abitos são os primeiros a defender os seus “direitos”
Usando a razão amo a solidão...
Inerte atrás de minhas muralhas de Pedras com minha velha amiga solidão,lembranças se misturando entre os livros e falsos sorrisos ... aprendendo a cada segundo que nunca esquecemos apenas nos damos o privilégio de nós calarmos...
entre um cigarro e outro me perco no labirinto da lembranças contidas escondidas e embriagadas pela razão de um tolo homem que um dia já amou e deixou se afogar...
Ela tragava lentamente, deixando que a toxina fizesse seu trabalho enquanto observava a fumaça dançando no ar e por uma fração de segundo conseguia esquecer de tudo e só existia a fumaça e sua coreografia
O cheiro que impreguina insensato o tranquiliza.
O fogo que ascende é a pólvora que queima.
O vento sopra, levando embora a fumaça da rotina.
Numa imensidão de contratempos és ali parado.
Tornando-se um corpo solitário.
Disfarçando a ansiedade
Ascende...
Segurando entre os dedos
tocando-lhe os lábios
em tragos rápidos e apressados,
mais um masso se desfaz.
Maço da Vida
É num pedaço de um laço de um maço de cigarro,
Onde amarro a saída da vida já ida,
seguida da peste, do leste,
Que veste de azul este céu, este mar ...
É num corpo de vidro onde durmo acordado,
De pé ou deitado, pensando na noite, passada sozinho,
Vestida de prata é só imaginar ...
Esquecendo o cansaço de um dia já ido,
É deitar o palhaço e deixá-lo dormindo,
ouvindo o barulho do tempo,
com um pedaço de um laço, de um maço já ido ...
É no sufoco do osso do cão já latindo,
Pedindo socorro, evitando o perigo,
Correndo, parado, assustado,
procurando com esforço um osso,
ruído, lambido, mordido,
amarrado de um lado com o pedaço do laço do maço da vida, saída, já ida,
Vestida de prata e pedindo socorro.
O cigarro que meu amor consome...
Que o consome...
Que some suas ansiedades e some com minha paz..
A cada abraço com odor, A cada beijo com odor,
A cada olhar de dor por ser dependente de algo decante.
O tempo passa e vivo descontente enquanto ele for depende.
Suzana Campos.
Meu Deus, eu sou um cara muito viciado
Antes de tudo fumo um cigarro
Durante tudo fumo um cigarro
Depois de tudo fumo um cigarro
Deve ser o estresse com tudo
Eu sei que isso me mata
Mas no dia que eu morrer vou conseguir parar
Posto em um vaso com o formato de estrela , se esvai , se torna fumaça que flui e se entrega ao ar que esta em meu quarto , tem seu cheiro característico que se manterá aqui por um tempo , se mistura com a batida da musica que ouço e logo quando não houver espaço para mais deles , os jogarei no lixo ; cigarro
IRMÃOS PAGÃOS
A noite do forte solstício
Equinócios pairam em minha alma
Isentos de reles e engessados artifícios
Como que uma epígrafe de uma branda calma
Grilos, gretas, pulhas, ampulhetas
Não jazem e vivem na arte do meu pensar
Metas e metas conduzem o resvalo da arte sobre a relva da reflexão inevitável
De que só um minuto de solidão em solstício
Equivale a centenas de sóis azuis de verão
Câncer e Capricórnio são irmãos não siameses
Há meses penso
Há meses sinto
Há meses quero
Solstício bem vindo, paz no coração .
Luciano Calazans. Praia do Forte, Bahia 22/12/2015
CAFÉ COM GOSTO DE NICOTINA.
Eu sou assim, bem assim como você gosta, De frente, perfil ou de Costa.
Eu sou assim, sou mais do que almejo, mais do que pode ser teu desejo sou o melhor gosto de beijo.
Eu me reivento assim, escrevo pra tentar recuperar o que eu tinha antes de ter perder e descobrir uma mistura que virou querida... Café e nicotina.
Lembra quando você vivia naqueles lábios? Agora ele prefere o cigarro. Arranjou um jeito novo de morrer.
O gosto do cigarro, quando antes na minha boca só o seu sabor...
O álcool que transpira em minha pele, quando antes só o seu perfume...
Os rabiscos de luzes e lembranças, quando antes só o seu rosto...
O som alto, e o barulho de vozes se cruzando, quando antes só o seu tom angelical...
O vazio, quando antes cada canto de mim, era só você...
O amor por mim, quando antes cada sentimento meu, era seu.
Este chão que desliza enquanto ando, o mesmo solo que pareceu-me um dia ter sido tão fértil.
Esta cabeça de humano tão capaz de pensar, repensar, criar, concluir e deletar.
A caneta jogada nas minhas revistas, ama, traça, rabisca, ensina e como inspira.
Esta arte aberta sobre a mesa que preenche-me e finaliza-me todos os dias.
Este cigarro que conheço desde uma pré-adolescência bem vivida, que afaga a alma e invade com teu gosto amargo de prazer.
Sinto pena de ti teclado, ao receber uma surra diária de boas palavras e assuntos tão sérios, não abandonar-me.
Eu proponho então um brinde a esse pequeno universo.
Se tudo que passa é em vão; então tudo que passara, é passado.
Se tudo que passara não for vão; então tudo que passa, é presente.
Ah, ela é tão linda...
Até parece uma princesa...
Pena que a maquiagem não tira o fedor de cigarro e cerveja...
Se assim como as embalagens de cigarro as pessoas viessem com advertência do mal que podem fazer nos pouparia um tempo precioso e, sobretudo, evitaria dores desnecessárias.
Cigarro
Na noite serena
Não vejo a lua
Só vejo a luz, da brasa que cura
Entre algumas tragadas, só vem o desejo
Talvez seja a “vida”, que eu tanto anseio
Um, dois, três cigarros, será que é desespero
Ou então, só mais um de meus medos
Em meio aos meus dedos
De forma alguma, eu manifesto
O desejo incansável
De descansar junto à meus versos
E ontem bateu a nostalgia
Aquela velha abstinência cai sobre mim
Levanto
Pego um cigarro
Coloco entre os lábios.
Dou a primeira tragada.
E sinto meu corpo relaxar
Começo a pensar
Como algo tão bom
Faz tão mal ao mesmo tempo
E faz com que me sinta mais viva a cada tragada que me mata
"Não sei se vivo da forma certa ou errada ou se sou um homem bom ou ruim, sei apenas que as tragadas dadas no cigarro aliviam a falta daquilo que ainda não sei."
"Tem coisas que apenas não consigo parar, como aquela unha que arranha internamente toda vez que me entrego aos pensamentos diluídos na fumaça do cigarro."
Um lápis, um papel, e um cigarro é tudo que preciso para com as letras, desenhar uma história triste.
Um bom livro, um cigarro, um café, você ao meu lado
Vendo-te, meu corpo, em luxúria, viciado.
Tão profundo quanto simples e desejos nada simplórios
Acordaste ao meio-dia me sorrindo com teus olhos.