Tag belo
Olhar enigmático,
Lábios que seduzem,
Semblante que tudo diz
sem uma palavra proferir,
Sensualidade que encanta,
Força que sabe ocultar em
seu corpo frágil,
Mãos que dominam sem
armas usar.
Gestos que cativam até os
mais insensíveis.
Ser mulher é ter a magia,
o oculto,o querer e o não
querer ao mesmo tempo,
é o manter a classe quando
o salto quebra.
É o declarar guerra com calma
e frieza no olhar e lhe chamar
de meu bem.
Mulheres que criam cores à
colorir o mundo sem sujar as mãos.
Mulheres que concorrem no belo
entre si,para depois desfilarem
beleza e espalharem charme
e encanto por onde passam e
sendo nós sua platéia.
Sem o que dizer mais,resta-me
apenas concordar que o mundo é seu.
O amor é toxico e tem presa, ele não deixa para o amanha o agora, nada mais é tão belo como o sentimento, a fúria do tempo faz-se com que um amor vai de encontro com o outro na mais alta velocidade e quando separados faz com que a eternidade exista.
O outro lado das coisas.
Eu sempre estive encantada com o fim das coisas. O capítulo final de uma série de televisão e o pôr do sol; Os últimos parágrafos de um livro e o encore de um concerto. Creio que essa é a maneira de recordar que perder algo que você ama não tem que ser sempre triste e doloroso, mas às vezes surpreendente e belo.
Não poucas vezes o simples é também o mais belo. Mas, muita vezes a beleza em nós se perde, quando vencidos, nos enveredamos no entusiasmo delirante, da realização pessoal através do consumismo; que nos é apresentado e oferecido no mundo pós-moderno.
NOTA DE REPÚDIO
Venho através deste, declarar meu total repúdio ao processo de “Jagunçagem” instalado no transporte público coletivo, por ônibus, na periferia da cidade de Belo Horizonte. E reforçar minha total repulsa ao ofício destes “Leões de Chácara”, que andam tocando o terror na população usuária deste modal de transporte, principalmente na linha 712, que atende ao bairro São Bernardo e adjacências.
Se não bastassem os valores absurdos do transporte público em Belo Horizonte, os consecutivos e ‘ilegais’ aumentos no apagar das luzes e o total desconforto e falta de segurança dentro desses veículos, ainda mais essa, a contratação de homens “sem rostos”, absurdamente despreparados e aparentemente orientados para tocar o terror em qualquer um que se aventure permanecer na parte da frente dos ônibus. Mesmo que tenha a passagem em mãos ou o cartão BHBus, devidamente carregado com o valor da tarifa. Ou ainda, mesmo que tenha em mãos um valor bem maior, por exemplo, uma nota de cinquenta reais. E aí, nesse caso, corre-se o risco de ser surpreendido pelo agente de bordo, que alegará não ser obrigado a abater em valor tão alto o valor desta tarifa vexatória, que é quase um tapa na cara da sociedade, e respaldado por imbecis feito esses jagunços já citados anteriormente, plantados pelas empresas nos ônibus para garantir sobre qualquer meio (ameaças, agressão moral, física, etc.) que todos os usuários sobre coerção, avancem a roleta e paguem a passagem, mesmo que ainda não tenham chegado em seu destino final. Diante de tal prática, ilícita perante nossa legislação, relato o caso do usuário “Guilherme”, de dezenove anos, que foi covardemente agredido e submetido a todo tipo de situação vexatória que se pode imaginar, quando se deslocava dos arredores do bairro São Bernardo sentido Estação Pampulha, na linha 712.
Ao chegar à Estação Pampulha, o usuário Guilherme, foi impedido pelo dito fiscal de bordo (não identificado nesse primeiro momento) de desembarcar. Mesmo tendo em mãos uma nota de cinquenta reais para pagar a passagem, foi seguro e impedido de descer ou rodar a roleta (a agente de bordo alegava que não tinha troco para o valor dado a ela) e que não era obrigada a cobrar a tarifa, sob pena, de ter ela mesma de pagar o valor ao caixa da empresa depois. Com o respaldo do Jagunço que fazia a segurança do dinheiro da empresa, o mesmo foi mantido em cárcere privado por mais de dois quilômetros, apesar de outro usuário incomodado com a situação, ter quitado junto à cobradora do ônibus o valor da tarifa. Mesmo assim, foi impedido de descer e conduzido por pasmem, mais de dois quilômetros longe da estação, onde faria a integração com o MOVE para seu destino final. Após ser privado de descer em seu destino inicial, a Estação Pampulha, e ser obrigado a descer tão longe, continuou a ser ameaçado pelo dito fiscal da empresa que estava dentro do ônibus; e ao descer na Avenida Pedro I, em frente ao estacionamento do centro de compras ‘Via Brasil’, foi covardemente perseguido e agredido pelas costas a socos e pontapés. Diante de tão gratuita e covarde agressão, o que se viu foi um clima de total indignação dos demais usuários, que prontamente reagiram e desceram do ônibus, assumindo uma postura de defesa do rapaz. Apesar de tanta gente ter se indignado, apenas um ou dois sujeitos permaneceram no local apoiando e adotando as providências necessárias para um desfecho ao menos justo para toda aquela desumanidade presenciada. O rapaz perdido diante de todo aquele vendaval que invadiu a sua vida naquele instante, permanecia sem reações lógicas e racionais e esbravejava sua inconformação por ter sido a vítima da vez dessa situação toda. Ele chorava e falava do medo de andar de ônibus, devido aos perigos normais existentes, para qualquer usuário deste modal no dia a dia. Dezenove anos, dezenove... Covardemente agredido por estar no caminho de um imbecil, que pensa estar agindo de acordo com a lei, defendendo o patrimônio de abutres carniceiros que sugam e mamam nas tetas da população, prestando um serviço de quinta categoria em veículos extremamente desconfortáveis e insalubres.
O que conforta, é saber que a população está atenta e não aceita mais injustiças e covardia. Que a polícia, em seu ritmo próprio, apoia o oprimido e cumpre com seu papel de atender e proteger as vítimas de atos que venham ferir a lei e as individualidades dos sujeitos. Que apesar das injustiças e perante tanta ignorância e falta de senso, existem ainda pessoas lúcidas e capazes de surpreender a todos por sua capacidade de ser humano, de se colocar no lugar do outro e assumir com ele suas dores e angústias, visando a um bem comum em sua relação com o coletivo da sociedade.
Espero, angustiadamente, que esse rapaz leve a frente esse processo e que essa situação seja observada de perto pelas autoridades competentes, para que outros sujeitos não sejam agredidos também. Para que se evite uma tragédia futura, e para que os direitos das pessoas que se arriscam todos os dias a usar, após pagar tão caro por este serviço, sejam garantidos e mantidos no rigor e limite previstos em nossa legislação.
Não pensem que acho correto as pessoas andarem de graça por aí, à custa dos outros, pois não acho certo também! Apesar de entender que se os impostos pagos por nós fossem melhor investidos, talvez tivéssemos não apenas um modal de transporte decente, e sim vários; integrados, eficientes, confortáveis, seguros mesmo que não fosse barato tudo isso! Pois, hoje já não o é. E você, o que faria se deparasse com situação semelhante? Aliás, devido à expansão desse processo de Jagunçagem nos ônibus da periferia de Belo Horizonte, e aos frequentes relatos de agressão e desmandos dessas pseudo-autoridades, será que você já não foi vítima e se calou, ou se calou diante de outras vítimas? Você tem algum parente, jovem, que estuda na escola Três Poderes? Esses têm sido vítimas frequentes deste tipo de agressão. Certo ou não, converse com ele, tente escutar da boca de um conhecido se procede ou não tais relatos.
Aconteceu hoje, dia 31 de agosto de 2015, uma verdadeira tragédia.
Mas, estamos de olho!
Obrigado pela atenção!
Podemos e vamos viajar em busca do que é belo, mas quem já não tem o belo consigo, nunca o encontrará. Nós somente vamos unir o belo à beleza que temos no coração.
Por que não toma coragem
E fala a verdade que o seu amor sempre fui eu?
A gente se abraça e se beija e finge que nada aconteceu
Chapéu de Palha
Naquele dia, ele foi ao Mercado Central por acaso.
Gostava tanto do lugar, que sempre desviava de seu destino inicial.
Marcava um compromisso no centro (Rua da Bahia, Afonso Pena, Maleta...) sei lá!
E, inconscientemente, quase sempre, descia do ônibus na Rua Paraná.
Só pra passar em frente ao Mercado, talvez até entrar, ficar por lá um pouco.
O que ele sabia sobre o lugar e muitos ao menos ideia fazia,
é que não se tem controle do tempo quando se está por lá!
Com todos aqueles cheiros, ruídos, pecados existentes os sentidos se alteram
e ao passar por qualquer daqueles portões, você está condenado ao atraso.
Inevitavelmente, sua atenção é atraída e sequestrada pelo design das cores nas coisas
e você passa a ouvir os gostos dos cheiros destas coisas, por todos os lados que olhe.
Basta ver as vitrines das lojas, tem tudo lá!
De damasco da Síria, a temperos da Índia,
tem bacalhau dos mares de Portugal e até máscaras de tribos da África.
Todo o mundo está aprisionado por lá.
Vê só o tamanho do problema de quem vai?
Mas naquele dia ele estava angustiado! Quinta-feira meio nublada pra ele.
Chegou ao Mercado ali pelas cinco da tarde,
tinha um compromisso marcado para as sete da noite.
Enquanto caminhava pelos corredores,
tomado por toda aquela magia que envolvia-lhe os sentidos,
olhando maravilhado toda aquela sinfonia de lojas, mercadorias, pessoas...
Sentiu sua vida (passar) escapando rápido e bem diante de seus olhos.
Num desses relances, ao olhar para baixo,
viu seu reflexo circunspecto no ladrilho típico plantado no chão,
característica marcante do lugar.
Feito um refrão, linear e simetricamente orquestrado
via as peças de cerâmica diferenciar a cada passo dado,
mesmo que para qualquer outro elas parecessem exatamente iguais.
Naquele dia ele não estava em busca de nada em específico.
E mesmo que nada procurasse, foi atraído por um chapéu de palha em miniatura,
desses com as pontas sem trançar (desfiados), igualzinho aos de tamanho natural;
estava lá jogado em um balaio, exposto sobre uma caixa de madeira no corredor.
Ele até já tinha visto outras vezes desse objeto, mas dessa vez era diferente...
Estava envolto por uma aura de circunstâncias,
e se tornou o objeto mais evidente de todo o Mercado naquele dia.
Havia tanta poesia em fluxo, que sua forma e simbologia, faziam lembrar Minas Gerais.
Tomado por um impulso de morte, incontrolável, sacou do bolso sua carteira
e pediu a moça que embalasse logo umas dez unidades.
Chegando a sua casa, ainda conseguia ver a beleza e poesia de antes.
Mas parecia que algo estava diferente, a aura, havia desaparecido!
Foi nesse exato momento, que ele descobriu que o brilho que comove as pessoas
não está nas coisas postas nas vitrines
ou dependuradas arrogantemente à frente de nossos olhos,
e sim na singularidade do lugar e no sorriso que brilha dos olhos de quem trabalha lá.
Por isso, é tudo tão irresistível!
Por isso, as cores e cheiros e sons e gostos e tudo o mais são tão mais evidentes.
2.
Só temos consciência do Belo
quando conhecemos o feio.
Só temos consciência do bom,
Quando conhecemos o mau.
O grande e o pequeno são complementares.
O alto e o baixo formam um todo
O tom e o som se harmonizam.
O antes e o depois seguem-se um ao outro.
O passado e o futuro geram o tempo
O longo e o curto se delimitam
O ser e o não ser geram-se mutuamente.
O sábio executa sua tarefa sem agir.
O sábio tudo realiza - e nada considera seu.
O sábio tudo faz e não se apega à sua obra.
Tao Te King.
Há quatro sentimentos que caso fossem banidos de toda a humanidade certamente o mundo seria infinitamente melhor: A Falsidade, a Prepotência, o Egoísmo e a Intolerância; Ainda há um quinto sentimento que caso fosse também arrancado dos corações até mesmo um Inferno se tornaria o mais belo Paraíso: A HIPOCRISIA!
Um dia todos nós teremos que partir. Então que seja deixando, a quem ficar, a sensação que o fardo da vida ficou mais pesado. E não a sensação que o fardo da vida ficou mais leve.
O belo mar com suas lindas ondas, também afoga e deixa navios a deriva... E assim as ondas vão e voltam... É vida que segue.
MERCADO CENTRAL
No interior dessa cidade,
corredores em labirinto
escrevem lentamente a história
desse valente povo.
Tradição e modernidade caminham lado a lado
com a cultura de toda essa gente,
convivendo com a vida simples que se leva aqui
nas terras de Minas, na contemporaneidade da Belo Horizonte.
Sorrisos encantados
numa lasca de queijo branco
numa banda de melancia encarnada
ou no doce mel contido num pedaço satisfatório de abacaxi
- na praça nossa de todos os dias -
nas esquinas desse pequeno Brasil.
Beleza e riqueza de detalhes
e variedade (in)igual de opções,
pluralidade que encanta mundos
e atravessa com orgulho muitas e muitas gerações.
Peças de encanto dispostas pelo quadriculado chão,
cheio de antropomorfismos,
perfazem um mosaico histórico
ocupando cantos distintos no coração das pessoas.
A vida simples desse mundo singular
confunde-se a todo tempo
com o requintado gesto de nobreza humana
existente no seio dessa grande família.
O rico convive lado a lado com o pobre
e sente orgulho de ali estar.
Patrão e empregado são grandes amigos
viciados na cachaça que é estar lá,
percorrem juntos a lida no dia a dia
e vencem juntos a dura jornada de trabalho desse lugar.
Por todos os lados
o que se vê é gente viciada na vida,
os visitantes tornam-se logo íntimos.
Pois, sorrisos não são difíceis de encontrar!
E se jogam Cruzeiro e Atlético no domingo!
Na segunda-feira, o mundo pára, se um deles ganhar.
No cafezinho todo mundo se envolve nas prosas
e ao rival perdedor, não é permitido apelar.
Dia e noite se confundem no tempo,
não se percebe o dia passar!
Turistas se apressam nas compras,
religiosamente a sirene toca.
Até amanhã! Alguns dizem...
Não vejo a hora de aqui, um dia voltar!
Existe sempre o outro lado da moeda que precisa ser avaliada. Pois, se por um lado me deparo com feiúras, por outro, não posso deixar de celebrar o que de belo existe.
Existem pessoas que me amam, como talvez pessoas que me odeiam. Mas o que realmente importa, é que tanto com o amor de algumas ou quem sabe o ódio de outras, ambas me proporcionam crescimento como ser humano. Há pessoas que querem ser bonitas para chamar atenção, outras desejam a inteligência para serem admiradas. Mas há algumas que procuram conhecer, entender, cultivar a alma e os sentimentos bons. Essas vão longe, porque além de belas e inteligentes, realmente se tornam seres humanos. Tem muito ser humano que não sabe ser humano. Afinal, a felicidade real é uma casa que se constrói por dentro, na própria alma.
Lá,
Naquele lugar,
Só cabia a fantasia...só sonhar
Lá,
Onde o feio era belo,
Onde tudo é possível, tudo é amor.
Aonde é esse lugar senhor????
VIAJANTE
(Amor a Belo Horizonte)
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Destino traçado, certo ou errado, sem parada obrigatória.
Pausa ao acaso, caso, descaso
E seguia.
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Deslumbrei um Belo Horizonte, atraquei num Porto Seguro,
Bahia.
Fiquei inseguro e de Canoa Quebrada, pelo mar cheguei no Rio,
Tomei banho em Cabo Frio e em São Paulo, Santos
E Maresias.
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Paraná, Santa Catarina; Ah!!! Como é linda essa ilha.
Enfim um Porto Alegre, vou visitar minha filha.
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Dou meia volta, Volta Redonda,
regresso, uma nova trilha.
Cidade da minha infância, tios, primos e minha madrinha.
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Sigo sem rumo à procura, de uma nova rima.
Um Por do Sol, meu Belo Horizonte.
O final de um grande dia.