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Amor de avó (in memorian)
Sua alma
ainda vive pulsando
dentro do meu coração
e a sua essência
ainda motiva o meu ser.
A sua fé
engrandeceu a minha fé
e o seu amor
foi a prova de que O amor
andou entre nós.
"Santa Ana, santíssima mãe da virgem Maria, amorosa avó de Jesus Cristo, rogai por nós”
Mãe Zuza, 1914-1990.
Tamarineira do meu avô
Diz o velho ditado quem planta tâmaras não come o fruto.
Isso era antigamente que lavaria 100 anos pra ver o resultado da semente. Até nisso o homem se meteu mudando as coisas feitas por Deus.
Hoje se colhe com 10 anos e mesmo assim pra gente da cidade é tempo demais da desânimo.
Imagine seu avô enterrar uma semente nativa sem a ciência do homem só com a fé de Jesus.
Pensando que em algum dia depois de 100 anos o seu descendente vai provar de um fruto plantado de forma rudimentar. Assim segue a vida que nós plantamos todos dias.
Algumas sementes semeadas por nós agora a doçura do fruto não poderemos provar, mas alguém tua descendência seu sangue estará lá pensando que bom que meu avô deixou essa preciosidade que foi plantada na mocidade especialmente mim.
A vida foi feitas pra deixar frutos doces e não erva daninha capim.
Se tem plantado com pressa de comer o fruto sozinho.
Está começando errado
Pra frente que se olha o arado
Está começando pelo fim
A avó e o Menino
A avó não tinha presente e tão pouco lhe vinha o futuro.
Vivia de si, num tempo em que os dias, só lhe prometiam o passado.
Pela manhã cantarolava cantigas de roda.
A tarde pedia chá e se ria sobre coisas desacontecidas.
Quando a noite lhe vinha, adormecia falando com invisíveis olhares.
Não tinha a estética da memória.
Seus ouvidos acordavam lembranças do sentir.
Suas mãos continham a fermentação das horas.
Seus braços acolhiam porções de vida refluídas.
E de si apenas se ouvia o balbuciar das palavras.
Assim, vivia sob o cuidado das crianças,
Que em certas ocasiões lhe contavam estórias.
Como aquela de uma sábia anciã,
Que para não morar com o tempo findo,
Decidiu torna-se novamente alguém para ser inventada.
Foi assim que numa fração, antes de partir, disse ao menino:
- Descobri que és tão grande, que não pude de ti, ausentar-me.
Minha avó sempre dizia: você morre e o dinheiro fica todo aí. Que dinheiro vó, eu não tenho um centavo furado. Quando eu morrer a única coisa que vai ficar aí é a dívida do meu caixão.
MEMORABILIA
para minha avó, Cenira
Minha avó sempre dizia
quando alguém morria:
"Descansou."
E eu logo pensava: será?!
Nessa cama, não conheço um
que queira se deitar.
UMA AVÓ DE AÇO
Tenho uma avó de aço. Sim, minha avó é de aço. Desde muito cedo a vida lhe sorriu em desventuras. Se tornou órfã de mãe aos 6 anos e sem condições, o pai entregou os vários filhos a muitos. Ela fora criada um período por primos e depois por desconhecidos que a queriam adotar. O destino trouxe-lhe meu avó, 19 anos mais velho que ela, e ela, aos 19 anos, casou-se com ele . Fruto dessa união, nove filhos foram nascidos, sendo que pelas peças e ensaios da vida, se foram dois: uma menina com 2 meses e meio, e o único filho homem - mesmo nome do pai, invadido pela leucemia aos 8 anos de idade.
Quando surgi, filha da sua 2ª filha - neta primeira, portanto mais velha, cresci vendo-a de aço. Impávida, alcácer da casa, mulher vigorosa...enquanto meu avô, na mansidão das palavras a acompanhava em admiração. Dona Iraci esbravejava com sua tempestuosa personalidade. Fazia todo mundo tremer. Trabalhava arduamente para cuidar de tudo. ASB dedicada, cuidava da limpeza com maestria tanto no serviço, quanto em casa. Recordo dela chegando com baldes de "lavagem" para alimentar os porcos do chiqueiro que tinha aos fundos da casa.
A casa de vó sempre foi o melhor lugar do mundo. Era lá que encontravam os netos, tantos outros que foram nascendo das outras seis irmãs da minha mãe. Mas antes de qualquer coisa, naquela casa o lema era trabalho. Não recordo um dia sequer da minha vó descansando (é estranho hoje vê-la deitar!). Quando chegávamos, ora era na cozinha, ora na limpeza da casa (que até os dias de hoje permanece impecável), ou ainda nas quitandas e doces (meu preferido era de goiaba)...os tachos de cobre gigantescos e quentes. A lembrança da minha vó era de uma máquina de trabalho, como se nela existisse um motor incansável e eterno. E creio que de tanto assim viver, seu cérebro registrou que era! A dinâmica desse cotidiano, nos fazia enxergá-la puro aço.
Fui uma neta muito presente na infância e por muitos anos da juventude...mas de repente, com tantas mudanças....as visitas vão se tornando escassas, os encontros diminuídos...enfim... Por que precisamos crescer? Aliás, por que precisamos crescer e esquecer?
Hoje foi dia de poesia dentro de casa. Hoje a poesia exalou nos cantos da cozinha da casa de minha vó. Na despedida rotineira das minhas curtas e raras visitas de final de semana - tão comuns e singelas como todas as que faço quando saio de casa e retorno para onde moro, abracei-a apertado, dizendo: "eu te amo vó!" Ela me olhou com olhar triste e lacrimejado. Então falei:
- Vó, uma amiga viu minha postagem (abri o instagram e mostrei a ela nossa foto do dia anterior) e disse: viva e linda! Ela, com os mesmos olhos:
- Linda o quê, minha filha!? Vagueou triste e continuou: Minha filha, a gente não enxerga, sabia? A gente não vê a velhice chegando. Não percebe! Ela vem de mansinho. Quando me olhei no espelho, assustei! Estou tão velha! Não me reconheço. Pergunto: quem é essa? Não é fácil aceitar, minha filha. É muito difícil encarar. Agora ta menos ruim dentro de mim, mas não é fácil.
Segurei sua mão. Seu olhar era de dó. Dó pelo o que a velhice lhe vem provocando, lhe vem martirizando. Fixei meus olhos nos dela:
- Eu te amo, vó! Você é linda! É difícil, mas é e será assim pra todos. Olha as minhas mãos! Elas não são mais as mesmas de pouco tempo atrás!
Depois de uns instantes a mais de afago, despedi e peguei a estrada - grande parte da viagem sozinha. Vó tá tão diferente daquela vó da minha infância, tão distante daquela que ainda consigo recordar nas profundezas da minha memória. Fiquei pensando naqueles seus olhos de hoje, naquela mão, no rosto dela que não é mais o mesmo. Muito modificado. Mas não eram as rugas que me impressionavam. Não eram as marcas do tempo, chegadas nessa tão assustadora velhice, já nos seus 83 anos.
Mas a leveza daquele rosto marcado. Mas ela ainda não se deu conta disso. Ela não é mais de aço; é cansável e humana. Limitada como tudo que existe na terra. Eu vi hoje uma vó de voz baixinha feito sinfonia que acalanta, de olhar carinhoso e querido, feito brisa que acalma. Mas que necessita do meu olhar. Os olhos lacrimejando não me saiam do pensamento - ah, esse olhar! Estavam tantas coisas escritas! Era um discurso revelando que ela fez tudo o que tinha de fazer e o que importa agora, não está na força - isso é coisa ausente; não esta na braveza - isso é coisa sem sentido.
A vida, através do tempo, lhe acalmou a alma. O tempo da colheita chegou. Uma colheita daquilo que não se apalpa. Daquilo que aquele olhar provocou na minha alma inquieta...inundada de amor e gratidão, e admiração, e respeito e orgulho que serão eternos.
Vi na minha vó hoje, a mulher feita de flores que se valeu por tantos anos atrás, das forças de aço para sobreviver.
Vó, a senhora agora é flor! Sensível, frágil, delicada! Deixe-nos te amar apenas. Não tenha pressa, nem tenha raiva do tempo. Ele quem nos dá você a cada dia de presente!
Obrigada por estar linda e viva! Porque o cheiro dos seus olhos lindos permanece o mesmo. Eu te amo. Quero falar eu te amo assim como todos os dias falo bom dia a toda gente que conheço e que desconheço por aí! Eu te amo, vó!
Você não entende algo de verdade a menos que seja capaz de explicá-lo à sua avó.
Sagrado Feminino é mais simples do que parece, você não precisa se vestir de branco e fabricar um tambor pra cantar (mas se quiser, pode!). Uma conversa sincera com sua mãe é sagrado feminino. Ouvir as histórias da sua avó é sagrado feminino. Pentear os cabelos de sua irmã é sagrado feminino. A reunião de amigas em que você passa horas rindo ou desabafando é sagrado feminino. Sagrado feminino são momentos sinceros de conexão entre mulheres, é poder encontrar conforto e acolhimento junto às outras e principalmente entender que nenhuma mulher é igual.
Minha avó dizia que é preciso ter talento para dizer a coisa certa e ser cruel.
" Um homem bom se vê por suas atitudes. Têm bons frutos. A Bondade pode até ser aprendida, dissimulada, encenada, forjada,fingida e repetida mas jamais será comparável a quem nasceu com boa índole! "
" Um dia me perguntaram porque eu não fiquei rica com o tamanho do meu traseiro. Imediatamente respondi por quê eu resolvi sentá-lo numa cadeira para estudar. Daí ter 3 faculdades e 4 pós graduações e o mais importante: DE CABEÇA ERGUIDA, pois a MINHA INTELIGÊNCIA é bem maior que o meu traseiro! ESCOLHI HONRAR AO MEU DEUS, MINHA FAMÍLIA E OS MEUS PAIS. "
" De todas as ações nefastas do ser humano, iludir uma mulher dói tanto quanto uma promessa de amor eterno perante um sacerdote e registrado em cartório. É dilacerante e humilhante. É devastador! É cruel! "
" O Psicopata sempre teme alguma coisa,o jeito é descobrir do que."Dá muito trabalho mas não é nada impossível. "
"Jamais, em tempo algum eu me envolveria com um Homem que : falou mal de mim, me prejudicou,me ofendeu, me ridicularizou, me humilhou, me agrediu, me torturou, destruiu meus sonhos e ideais de VIDA, JAMAIS!
CHAPEUZINHO: AGORA VIVE CONTENTE
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Chapeuzinho e lobo mau,
Quem diria, minha gente!
Se entrecruzam na cidade
Cada qual indiferente,
Por causa do celular
Que não para de alertar:
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Mas...
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Não há mal que não traga um bem
Este ditado é inconteste
Não tem mais `pela estrada afora´
Não tem mais quem a moleste
Chapeuzinho vive contente
Mesmo sem os docinhos da vó
E com o lobo mau presente!
Minha avó costumava dizer que a avó dela costumava dizer que a avó dela costumava dizer que não lembrava o que queria dizer...