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Motos grandes, mulheres novas e uma aventura por dia.
Se possível mais de uma.
Assim foi a minha juventude e a de tantos outros da louca, dourada, intensa, também chamada juventude transviada.
Já não somos jovens, nem as mulheres tão novas, as motos menores são imprescindíveis para que a gente mantenha a necessária agilidade.
Assim é a maturidade, a gente percebe que a aventura não é o único caminho nem a maior emoção, que tamanho não é documento e que a leveza, das motos e da alma podem levar mais longe, que só é preciso acelerar.
Estou a cada dia mais permissiva. Ando me doando à vida. Doando-me ao amor. Permitindo que coisas novas entrem. Novas aventuras, novas experiências. A felicidade tem estado ao meu lado diariamente.
Abstrato.
Ele me foi alvissareiro e promissor.
Feliz e inocente.
Espichava as horas para não encolher meus sonhos,
e encolhia sonhos que eu queria eternizar.
Às vezes corria tanto que um dia, atônito,
Percebi que já não era infância.
Vieram então as aventuras e devaneios,
As conquistas e decepções,
Os amores e desilusões.
As poesias e canções.
E numa tarde assim bem derrepente,
Um vento outonal virou a pagina da juventude.
Toquei então com ele vida a fora
Travei batalhas insanas, acumulei vitórias
Mas, tive também que contabilizar derrotas.
Houve noites de aflição.
Mas, houve também dias de recompensa.
E em meios as alternâncias,
nem vi cruzar a grande porta da plenitude .
...E ai já não era mais novidade.
E ele mais uma vez veio brincar comigo.
Arou meu rosto, pôs vidro nos meus olhos,
peia nos meus pés e branco nos meus cabelos.
Me impôs limites e tive que aceita-los.
Me fez ver que os grandes projetos
e os sonhos mirabolantes
Teriam que ser substituídos por outros valores.
E ele me deu, então,
Discernimento e contemplação,
Paciência e aceitação,
Me fez ver através das mais simples coisas
a grandiosidade das mãos de Deus.
Me deu sabedoria para entender hoje,
que os grandes problemas de ontem,
são tolos e irrelevantes.
Diante do sorriso de uma criança.
Ah, abstrato implacável absurdo
tempo levou e me deu tudo.
O caminho
Meu caminho é longo
Às vezes desanimo
Outras vezes me alegro
Talvez eu fique à tua espera
Talvez deixe a cidade...
O pranto tenta me alcançar
O barulho rompe as palavras
Ensurdece o silêncio
Enlouquece...
Ameaça a pureza da alma.
Cansada...
Exausta...
Vou procurar sem planos
Um pouco de aventuras
Sem leme
Sem bússola
Busco meu destino...
Aventuras é bom e eu gosto, mas gosto daquelas que eu possa viver intensamente aquele momento e repeti-lo loucamente com uma única pessoa, aquela que eu amo, assim fugindo do cotidiano rotineiro e amadurecendo cada parte de ambos
"um dia a gente simplesmente amadurece e percebe a bobagem que é sair por aí buscando novas emoções...
A maior aventura para se viver é ser feliz ao lado de quem nos quer bem de verdade. O resto é ilusão."
Sou dona do meu ir e vir. Nesse caminhar peguei muitos atalhos, pontes, pedras, poeira...nao fosse os desencontros, teria sido perfeito. Esse é o preço das aventuras.
Hoje faz meio ano, meio ano de descobertas, aventuras, momentos intensos.
A meio ano atrás descobri que se apaixonar é inevitável,
que as melhores provas de amor são as mais simples.
Descobri que mesmo longe você sente a pessoa por perto,
que mesmo conhecendo a pouco tempo parece que se tem anos de convivência.
Hoje faz meio ano, meio ano de muitos, infinitos, porque me sinto completo, com vontade de amar por completo.
Não espere da coragem atitudes sem que antes você a alimente. Como todo bom sentimento, você precisa ter o desejo profundo de fazê-lo crescer dentro de você. Sem isto, todos irão embora, todos se tornarão efêmeros, todos deixarão você paralisado diante das novas possibilidades, das novas aventuras, das mudanças que você tanto quer. Entenda: nada muda sem ação. Querer e agir são ferramentas poderosas dadas a você, pra você fazer tudo se transformar. Respire fundo e vá, seja parceiro da coragem. A vida agradece!
Tatuagens sem sentidos, são como conseguir cicatrizes sem ter tido aventuras, só estão no corpo, mas não lhe fazem lembar de nada.
Partiu meu coração pensar nas aventuras que podíamos ter tido, no que podíamos ter vivido, porque naquele momento eu soube que, de todas as pessoas no mundo, só havia uma com quem eu queria estar. E era ela.
Para Jane...
“Dentre muitas coisas que não fiz, algumas delas me entristecem,
a jura secreta que não fiz, o beijo de amor que não roubei...”
Adaptado do poema “Jura Secreta”, de Sueli Costa e Abel Silva.
Era um dia qualquer de Agosto de 1965, no intervalo de aulas da classe do terceiro ano primário. Aguardando a Prof.ª Terezinha a qualquer momento, um grupo de alunos entra e sai da classe aproveitando o momento.
Sentado na segunda carteira da fila do meio, copiava atrasado, a tarefa da lousa, com um olho no peixe outro no gato. É que pelo canto dos olhos observava o movimento na porta. Era você indo e vindo, com aquele seu sorriso lindo, emoldurado por tranças Maria Chiquinha, Blusas brancas, saia plissadas e meias ¾..., brancas. Dali poucos anos, saberia o porquê do atraso em copiar o texto da lousa... e também o de uns pensamentos marotos sempre que espreitava um desvão por entre os botões das blusas.
Me lembro do calor que subiu, quando me levantei e fui até você decidido, e lhe entreguei aquela cartinha com uma letra de música modificada, inspirado por você. Vou levar comigo para sempre a imagem de seu rosto, seu cheiro, o calor de seu corpo, de tão perto que estava. Me lembro ainda, pouco antes de virar estátua, de sua espontaneidade, dos seus olhos buscando os meus, questionando-me ali.. No breu...cara a cara.
“Você fez prá mim, fez?”. (Com o olhar de cima, como a induzir a resposta), Hoje compreendo o que foi aquele “turu, turu” no meu peito. Era seu coração cutucando o meu, prá dizer...- “Diz que sim, vai...”
Ah Jane! Vocês meninas, sempre a frente dos meninos! Enquanto brigávamos por bolinhas de gude, vocês já estavam fazendo casinhas, conversando com “kens” imaginários e vestindo roupinhas nas bonecas... Perdoe-me por amarelar e fugir daquele olhar... Sei que esperavas um “sim”... Eu também...
Em minha alma de menino, do alto dos meus dez anos de então..., me senti nu, como que lido por dentro. Não atinei para o que hoje lembro com clareza ter sido você a primeira a me provocar o olhar prá enxerga-la de um jeito diferente. Você despertou instintos adormecidos. Fez-me imaginar coisas do não sei o que, vindas não sei bem de onde e despertaram sentimentos desconhecidos até então.
Junto com sua doce lembrança, um temor, um lamento. O de ter estragado seu momento também. De que você, assim como eu, por um capricho do destino também estivesse despertando. E esse momento estivesse marcado num despertador, ajustado lá atrás, num tempo em que ainda éramos genes se organizando para nos tornar o que viríamos ser. E assim tivesse sido eu, causa de frustração prá você!
Um dia antes daquele apagão fatídico, fazendo as tarefas ao pé do rádio, ouvi aquela música do Roberto, Sei lá, de repente procurando entender a letra, pensei em você. E rolaram imagens suas junto com ideias ainda por amadurecerem. Não pensei duas vezes, passei a tarde buscando em outras rádios, anotei a letra e a modifiquei, como a conversar com você.
Naquela noite não dormi! Pensando no momento de entregar e ter um pretexto para ficar ali pertinho de você, ver sua reação enquanto lesse... O que diria... E o que viesse depois seria como atender um chamado, mesmo não tendo a menor noção de prá que seria...Só sei que queria. E fiquei ali olhando prá você... E agora? E quando perguntou, deu tilt, não reagi, fiquei ali, “de dois de paus”. E diante do seu olhar perscrutador, eu tremi...! E nada disse. Hoje, cá com meus botões, penso naquele tempo e digo prá mim mesmo como se estivesse lá...
Sim, Jane, foi prá você que fiz! Foi pensando em você e eu...
(E num relance, aproveitando o vacilo, lhe roubaria um beijo)
Hoje, sei que nenhuma força nesse universo pode trazer de volta aqueles momentos de pura magia, do despertar... do descobrir, o que algum tempo depois compreenderíamos o quê. As emoções que não conhecemos naquele dia, embora lamentadas na lembrança, com certeza nos prepararam para muitas outras tantas que viríamos conhecer depois...
Perdi o interesse por observar que o interesse é usualmente uma lacuna causada por fraudes emocionais que adoecem a alma
"Aventurar-se é viver riscos necessários que mais nos alinham ao caminho do que nos retiram dos trilhos da vida."
Se observar o poder que a natureza tem de reciclar, você reterá das coisas a sua volta, somente aquilo que te faz prosperar