Tag ausencia
Atrevida
A ausência é atrevida
Frívola intrusa
Desmerecida
De mera atenção sequer
Uma pena é espaços
De difícil ocupação
Pois procuramos matérias
Da mesma qualidade
E mesma dimensão
Mas desde que o mundo é mundo
Quando a terra se apaixonou pelo céu
Se sabe
Que até melhor se encontra
Mas nunca igual
Pois a forma feita a ferro
Molda, levada a criar
Volta a esmaecer
E o ferro criador
Com grande potencial
De inúmero valor
Criar, peças únicas faz
Aquece e funde
Para a nova fórmula
Poder, capaz-se tecer
Meu amor!
Mas se todos os dias a tua ausencia me visita
Então saberei que não foi vão o meu amor
Durante anos foi reflexo de tristeza e dor
Uma ferida dilacerada trazia-me as lembranças de um desfecho sem despedida!
Quando caminhava entre sons de pássaros que voavam
Meus pensamentos devaneavam
Com você estive nas nuvens
Mas estar nas nuvens é perder a razão
A eloquência do discurso
É loucura, é emoção!
É perder a batalha por conta da paixão!
A tua ausência visitava o meu coração Vazio de amor
Era condoído saber que desde que se foi ele nunca mais palpitou!
O meu amor congelou!
Era meu corpo fundido ao seu que desfazia as camadas de gelo superpostas!
Eram seus beijos que me faziam flutuar
Por isso eu só queria te amar e te amar
Te amar com desejo ardente
A minha alma despida e envolvente
Porque se meu pecado foi te amar
Morrerei sem meus pecados expiar!
Se te amar causou-me feridas
Então, um outro amor as cicatriza!!!
sem sombra para qualquer ausência
a dúvida do inventor
sou luz para a decadência
e pó de quem me criou
Na sua ausência tento substituir com lembranças
Os momentos mais felizes vivido com você
Momentos esses que talvez ainda nem vivemos
Mas que já fazem parte dos meus planos com você
Imagino tantas coisas juntos
O sorriso no seu rosto quando eu disser que te amo
As palavras ditas no momento que eu te olhar
O calor do seu corpo junto ao meu em um abraço
Na carência da sua ausência
Desfruto nas lembranças e no desejo de te ter aqui comigo.
Te vivo.
um poeta sabe
quando terminar
um poema,
um homem sabe
quando um poema
morre,
e quando ele deve
morrer juntamente
com sua escrita morta..
acordou de seu devaneio
do dia que se foi,
o para sempre nunca,
o sonho se desfez
na realidade nua e crua
da poesia que o rejeitou,
e ante as palavras
que sangram
desistiu de concluir
este expressar..
e soprou o vento
de um pra sempre
de ontem
que o hoje tornou
em nunca,
trouxe um aroma
do sal do mar
que veio suave
pelo ar embalado
pelo voo de pelicanos..
Minha Doce Helena
eu soube que era Amor
quando cada palavra sua
ficou gravada em minha alma
tal qual tatuagem em minha pele
perpetuou..
todo esse tempo que pareceu um século, dói tanto, tanto
e ainda assim o Amor cresceu a cada dia confirmando o pra sempre,
eu preferia o pra sempre quando vivíamos nossos pequenos infinitos..
a calmaria veio com teu Amor,
a tempestade veio com sua partida,
chovem lágrimas no seu adeus
encharcando de sentimentos
[...]
mais uma vez busco palavras,
não as encontro, o vento as levou,
lhe dedico então todas as palavras,
que habitam no meu silêncio..
te condenaria por desistir de ler-me?
minha bagunça enlouqueceu-me,
minha alma só produz gemidos,
o coração desaprendeu a escrever
insuficiência de palavras
[...]
é a vida? e o que é a vida?
um milagre que busca a morte,
o Amor, sentimento que trás tristeza,
as palavras, gritos para almas surdas
isto a poesia quem me segredou..
Prisão Perpétua
suspenda a festa,
doe o vestido, o véu
o sapato e a grinalda,
recolha o tapete
vermelho, vermelho,
a luz seja apagada
cancele o sonho,
aquele sonho único
capaz de redenção,
escondo no escuro
da solidão, esse Amor
tornado em opressão,
esqueço de tudo
da busca frustrada,
Amor não vivido,
de mim mesmo
da vida, pra sempre
ficarei esquecido,
a prisão perpétua
em última instância
condenado em instantes,
Amar sem medidas,
poesias de versos rotos,
meus graves atenuantes,
perpetrada a condenação
de meu crime cometido,
Amar o Amor não vivido..
Leituras tardias e perdidas
não pude me escrever no seu doce coração
sangrei em escritos até tornar-me em sangue
até que cada parte de mim tornou-se em escritos
ainda assim o papel de seu coração rejeitou o todo de minhas palavras
recolheu-se ao silêncio do seu Amor
cobrindo-se com lágrimas de mágoas e ilusões, deixasses de olhar para mim
olharás no entanto, quando eu em cinzas ao vento
tornar-me o poema que todos esperavam
na minha morte, a morte dos escritos que me tornei
no dia do silêncio dos escritos que rasgavam meu Amor por ti
o sol nascerá, irá se por, e os arremedos estarão calados
a lua surgirá, irá embora e nenhuma palavra mais no papel
reconhecerás quem sabe meu Amor em letras mortas
de arremedos de poesias que seu coração desistiu de ler
que o silêncio dos meus escritos desvendará
quando enfim não houver uma gota sequer de sangue na pena
seus olhos fixos no vazio do penhasco, cinzas minhas ao vento
a porta do seu coração se abrirá ao contemplar a busca
tardiamente lerá em cinzas de escritos de palavras rotas
meu Amor ofuscado pelo seu olhar que dele se desviou e desistiu
verá o nada que dos meus sonhos restou
e neles todos enfim verá que buscavam te fazer feliz
minhas cinzas ao vento, leituras tardias e perdidas..
"Transcender de si é um movimento em buscar enxergar o mundo a partir da empatia que temos pelo outro, compreendendo suas inseguranças, medos e frustrações, sem julgamentos ou críticas, exceto contribuindo de nossa parte com o nosso melhor para confortar as almas que sofrem, com ações de amor ou até mesmo, se necessário, ausência."
Ao longo da vida vivemos preocupados com o dia do amanhã, o que faremos, o que vai acontecer e etc. mais posso afirmar para você, que, a ausência é a irmã mais velha da distância, são quase gêmeos, e tão difícil de compreender, a não ser que você já viveu esse momento, ou esse déjà-vu.
a melhor parte de ti ausente
é poder sentir-te
é ter-te como te sinto iminente
a um passo de mim respirar-te
é como num trilho seguir-te
em suaves tons tocar-te
da boca ao ventre inventar-te
na exuberância das cores possuir-te
como lubrica a noite é de repente
a um suspiro que ai se evapora
sinto este corpo gemido e dormente
sem tempo sem culpa ou demora
ter-te assim tão iminente
nesta ausência que me devora
algo no fundo da minha alma
começou a gritar o princípio do fim
o início do choro
eu preferiria morrer a me afastar
deixar de existir a me fazer ausente
prefiria cortar minhas mãos
a soltar as suas..
olharás no entanto, quando eu em cinzas ao vento
tornar-me o poema que todos esperavam
na minha morte, a morte dos escritos que me tornei
no dia do silêncio dos escritos que rasgavam meu Amor por ti..
o sol nascerá, irá se por, e os arremedos estarão calados
a lua surgirá, irá embora e nenhuma palavra mais no papel
reconhecerás quem sabe meu Amor em letras mortas
de arremedos de poesias que seu coração desistiu de ler..
seus olhos fixos no vazio do penhasco, cinzas minhas ao vento
a porta do seu coração se abrirá ao contemplar a busca
tardiamente lerá em cinzas de escritos de palavras rotas
meu Amor ofuscado pelo seu olhar que dele se desviou e desistiu..