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JUSTIÇA (Conto)
– Deus abrirá as portas do Céu para eles? – perguntavam-se os Anjos ao pesar os corações de dois homens.
Para o ateu compassivo, de coração bondoso, Deus abriu as portas do Céu. Fechou-a para o fanático religioso, que, cheio de arrogância e sem compaixão, julgava-se superior ao ateu e o condenava.
“Ele prosseguiu: Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará”. Marcos, 4-24.
Fé é algo inerente à todo ser humano, o ateu expressa muita fé quando diz que não acredita em Deus, e que tudo foi criado sozinho.Tem que ter muita fé para fazer estas declarações!
A chance do universo ser um acaso é semelhante a você sacudir um quebra-cabeça dentro de uma caixa e quando abrir ele estar montado.Ou seja, não tem como isso ocorrer.Ou seja, não tem como o universo ser um acaso.Ou seja, não tem como Deus não existir.
O ateu religioso sempre diz que precisamos desacreditar assim como ele, mas é apenas mais uma religião.
Viver sem Deus não é a decisão mais inteligente que alguém fará na vida, mas a mais estúpida e lamentável.
Livre arbítrio é a desculpa dos religiosos para justificar a ineficiência do deus que eles acreditam.
Quando os homens passaram a falar sobre Deus, a unica vida inteligente que foi comprovada, foi a dos homens, por usar sua criatividade infantil para criar uma figura tão fascinante.
Pra um ateu, a esperança é a última que morre. Pra um cristão, a esperança já morreu, mas agora vive eternamente.
A sabedoria não se ajusta nem ao religioso e nem ao ateísmo. Está acima disso tudo, no alto, no vértice da pirâmide, no ponto de fusão.
A Fé Religiosa consiste em uma indiferença aos fatos aliada à obsessão por matérias onde a Lógica é proibida de decidir.
O Mistério da Fé consiste em aceitar absolutamente dogmas que a Lógica classificaria como um completo absurdo.
A Fé Religiosa pode ser aferida em Medidas de Absurdo: quanto mais fantástico for o disparate que se aceita, maior é o valor intrínseco que o crente confere a si mesmo.
[Este mundo] existe de forma desnecessária, improvável e sem causa. Existe por absolutamente nenhuma razão. É inexplicavelmente e incrivelmente atual. . . O impacto desta realização cativada em mim é esmagadora. Estou completamente atordoado. Eu dou alguns passos confusos no prado escuro e caio entre as flores. Eu fico estupefato, girando sem compreensão neste mundo através de inumeráveis mundos além deste.
Então, como os teístas respondem a argumentos como esse? [Argumento do Mal] Eles dizem que há uma razão para o mal, mas é um mistério. Bem, deixe-me dizer-lhe isto: tenho na verdade cem pés de altura, embora pareça ter apenas um metro e oitenta de altura. Você me pede uma prova disso. Eu tenho uma resposta simples: é um mistério. Apenas aceite minha palavra em fé. E essa é apenas a lógica que os teístas usam em suas discussões sobre o mal.
A tese de que o universo tem uma causa divina originária é logicamente inconsistente com todas as definições existentes de causalidade e com um requisito lógico sobre essas e todas as possíveis definições válidas ou teorias de causalidade.
Segundo o teísmo, se um universo tem alguma probabilidade de existir, essa probabilidade depende das crenças, desejos e atos criativos de Deus. Mas a probabilidade de Hartle-Hawking não é dependente de qualquer consideração sobrenatural; Hartle e Hawking não somam nada de sobrenatural em sua derivação integral do caminho da amplitude de probabilidade.
A maior parte dos ateus deve sim "crer na inexistência" de deuses, apesar da implicância de alguns, que vêem nisso uma espécie de tentativa de equiparação com uma fé qualquer em algo absurdo e não comprovado, quando é na verdade apenas a crença que a realidade provavelmente não contém tais coisas absurdas, mas que deve ser basicamente tal como descrita pelas teorias científicas. Ou seja, sem deuses.
A coisa se complica na medida em que se vai imaginando deuses cada vez mais infalsificáveis e escondidos no meio do vácuo quântico, em dimensões totalmente paralelas sem qualquer contato, ou qualquer coisa do gênero, que no mínimo seriam equiparáveis a uma inexistência "prática", mas provavelmente são melhor vistos só como malabarismos lógicos para tentar criar uma espécie de ficção filosófico-científico-religiosa que alguns gostariam que fosse real.
A ciência explica relativamente bem o universo sem a atuação de um super-cara agindo como criador ou manipulador, e para o que ainda é desconhecido/incerto, há um salto de lógica tremendo em invocar um super-cara ou algo assim, que mais provavelmente não existe mesmo, por tudo que podemos averiguar
Acho essa distinção de ateu fraco e forte tem um espantalho inerente, no ateu forte. Como se fosse algo "radical", uma "fé negativa".
Na verdade o ateísmo forte não é mais "forte" do que não se crer ou crer na inexistência de qualquer coisa para a qual não se tenha evidências e que pareça extremamente improvável, como duendes, fadas, ou que o universo é produto de uma linha de montagem robótica parecida com uma fábrica de automóveis, ou de um único robô. Nem a "fabricomorfia", mesmo se assumidamente não-acompanhada de "engenheiros" e "operários", nem um robô-criador não-criado singular, são coisas menos parcimoniosas do que antropomorfia. Mas a hipótese de um super-cara tem todo esse respeito e assunção de plausibilidade em torno dela que não tem qualquer justificativa concreta.