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Eu já me revoltei contra o silêncio. Já dei muitos tapas na ignorância. Já lutei contra a inércia. Nunca entendi a apatia. E me recuso a aceitar a submissão.
como se não bastasse
que já vivemos aprisionados pelo sistema do homem
em meio a tanto regresso e desordem
ainda somos conduzidos a viver mascarados
para nos lembrar do quão somos silenciados
como se não bastasse
que já temos um prazo de validade
que somos marcados e codificados
em nossas identidades
ainda somos sintonizados a assistir
a perda da nossa liberdade
a mentira travestida de verdade
a apatia desfilando na sociedade
a autocracia maquiada de constitucionalidade
e ainda se não bastasse
ter que nos acostumar a ver as pessoas partindo
somos obrigados a ver a natureza se destruindo
o mundo se dividindo
a humanidade sucumbindo
o amor se extinguindo
para nos lembrar que seguimos mungidos
Á flor da pele, nervos sensíveis
Taças quebradas jogadas pelo quarto
Transbordando sentimentos tangíveis
Duas linhas claramente desenhadas
De um lado a apatia que tudo despreza
Do outro a anedonia, cruelmente tecendo seus fios em um emaranhado
As paredes ouviram os gritos sussurrados por ela
Alma dilacerada, seda rasgada em um ato obceno de devoção
Um sutil turpor persistentemente apagando tudo
Suas mãos trêmulas agarravam o nada num suplício delirante
Clamando por alguma entidade ou demônio que viesse ao seu encontro
Ali, a semente foi plantada para sempre em seu âmago
Mas as paredes ouviram seu ultimo suspiro, ou talvez o primeiro
Uma forma eficaz e perigosa de lidar com a dor é o esquecimento: A princípio parece que funciona muito bem! Mas aí nascem os vícios como uma ferramenta de fuga da própria identidade.
Com o tempo de tanto fingir que a dor não era algo comigo, eu perdi a minha personalidade.
Nesse processo de despersonalização o meu comportamento se deformou de um jeito que me tornei alguém que nem me reconhecia...
Um estado de apatia crônica!
A indiferença pode nós conduzir a uma jornada muito perigosa!
Pensamentos viciam mais do que qualquer droga.
Girassol
Inspirar e se encher de vida
Expirar e não sentir nada
Cada gota escorrendo em uma só ida
Engolida pela escuridão, pelo nada
Uma noite sem luar
Ou qualquer estrela a brilhar
Com o anseio por qualquer lufada de ar
Com a dor e o sofrimento a pulsar
A doce lembrança do crepúsculo
Com suas doces e aconchegantes cores
Deixam- me sem nenhum escrúpulo
Que o viver me mata de amores
Mas o que fazer quando não posso sentir?
Existir e não se importar com nada mais?
Ou talvez , quem sabe , apenas desistir?
Não, não acho que eu seja capaz.
A dúvida me assola ao anoitecer
E a vontade dorme mesmo com o nascer do sol
Mas desejo sempre pro melhor acontecer
Fingindo ser mimese de um girassol.
Sempre desvia o olhar quando me vê olhando em seus olhos pois, o bloqueio não é culpa dela e nem o coração frio, simplesmente ela experimentou o lado ruim dos relacionamentos, mas, sei que quando vi ela hoje conheci um ser especial me sentir feliz mesmo com o vazio no qual a preenchia que cheiro gosto e sorriso lindo, resumindo… quero fazer o máximo para vê-la feliz.
Tentar acordar alguém no sofá é inútil; a pessoa apenas se vira e volta a dormir. E seria pior ainda dançar no sofá. A vida não foi feita para o comodismo e a apatia. A vida foi feita para ser vivida, e de preferência não adormecida.
"A apatia social marcará o fim de nossa geração. Nunca se falou tanto em justiça, porém o que se vê são apenas denúncias e nenhum engajamento. Na verdade somos o espelho dos que nos governam.
Na prática hoje cada um comete o pecado que está a seu alcance."
Não é o ódio. O contrário da palavra amor é a indiferença. Em uma sociedade indiferente como a nossa prefiro ser antônimo.
Apatia
Amargor
Prutefeito é andar
Nessa tenebrosa inconstância
Antigiu desprezo
Por excesso de patifaria.
PANDEMIA
Povo inteiro
Que nada
Parece metade
Asa quebrada
Sutil inimigo
Só cuida do umbigo
Loucura lá fora
Frieza por dentro
Infecção já faz horas
Com outras roupagens
Falta muita coragem
Admissão tardia
Injusta demora
Apatia do homem
Pandemia de agora?
Administrar a indiferença de algumas pessoas é quase impossível. Conviver com pessoas apáticas é cansativo e sobrecarrega o meu emocional. Como não posso controlar isso, afasto-me.
Um deles buscava uma comunicação demasiadamente superficial. Esporadicamente fazia perguntas sem verdadeiro interesse nas respostas e fazia promessas que não cumpria sem ser cobrado. O outro não se dava ao trabalho ao menos de perguntar, o que me parecia mais sincero. Ambos têm o mesmo sentimento de desprezo, mas demonstram de formas diferentes.
Tudo que exige ALGUMA disciplina é visto como chato pelo indolente, o acomodado que racionaliza a inércia, a justifica.
A Indiferença é a Verdadeira Doença
“A maior tragédia da humanidade não é a dor, mas a indiferença.
Vivemos em um mundo onde curamos corpos, mas adoecemos almas.
O conhecimento avança, mas o coração esfria — e sem compaixão, nada resta. A verdadeira doença não está na carne, mas na mente entorpecida pelo egoísmo. Desperte antes que a apatia te transforme em apenas mais um espectador da vida.”
"Brasa"
Sinto? Talvez sim.
Mas não como antes.
Havia um fogo em mim,
onde cada emoção era álcool.
Bastava um toque —
e eu explodia em chamas.
Belo, mas perigoso.
Foi assim que me afoguei em fantasias,
jogando horas do meu vasto dia
em cenários que não existiam.
Romance era refúgio
(e cárcere também).
Depois, veio o silêncio.
A dor me acordou.
E o fogo… virou brasa.
Hoje, é morno.
Quase não aquece,
mas também não queima.
Estranho.
Talvez necessário.
Talvez... uma saída, proteção.
Mas sinto falta, confesso
da melancolia que me fazia poesia,
da música suave ao apreciar a vista na janela,
do cheiro da chuva,
da beleza quieta do mundo.
Agora, meus olhos molham,
mas não choram.
A lágrima não escorrega
ela apenas sussurra.
E algo, dentro de mim,
a seca.
No começo, temi.
Temi virar pedra.
Temi nunca mais sentir.
Mas talvez...
seja uma lição.
Nem sempre a vida é sentimento.
Às vezes é fé.
Às vezes é razão.
Às vezes é só... viver.
Viciada em fugas
mundos paralelos de doçura.
Mas um dia doeu tanto,
que eu fui embora dali pra sempre.
Desde então,
sinto tudo mais leve.
Até demais.
Deveria doer.
mas só pesa.
E o medo volta:
e se eu não sentir nunca mais?
Mas talvez...
só talvez...
sentir de forma calma
também seja amar, também seja sentir.
E há esperanças
uma brasa, ainda queima de maneira escaldante
quem sabe torne-se eu novamente uma amante?
dessa vez, sem impulsos
sem extremos.