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POR AÍ
Andando pelas calçadas
Encontrei poesia onde não previa
Nos pombos que disputavam pipocas caídas
Em pequenos botões que brotavam no canteiro
Em formigas andando em fila
Nos corações pichados em um muro de escola
Andando pelas ruas
Quase tropecei em poesia
À encontrei em uma rachadura no asfalto
No badalar dos sinos da igreja
No tabuleiro da baiana
No cheiro doce de uma laranjeira
Andando por aí
A poesia quase tropeçou em mim.
As bordas da vida
Na direção oposta
A maré e mais forte
Na margem da vida
A vida é mais só
Sem as mesmas marcas
Sem joias do povo
Sem ser igual
Entendi e aceitei
Sou um vivente marginal
Uma viagem
Pela janela do trem olho e penso em todas as pessoas, nos velhos prédios que abrigam pessoas novas, paredes desbotadas que passam rápido, quase tão rápida quanto a vida que se esvai. Sentada em um dos bancos há uma bela jovem que lê. Em seu livro um personagem descreve uma viagem de trem de alguém que lê um livro sobre uma outra viagem de trem. E pela janela, paredes cinzentas continuam a passar rápido, a porta se abre, é hora de descer.
Rastejo feito criança
Em busca de uma dia andar
Em breve nasce a esperança
Que para sempre vou te amar.
Há o topo de uma montanha com o qual estou sonhando
Se precisar de mim, sabe onde eu estarei
Eu vou estar andando no banco da frente debaixo do sol quente
Sentindo-me como um alguém
“É fácil andar nas pegadas de quem sabe o caminho, por isso essa missão ficou reservada aos medianos. Se quiser ser chamado de gênio, construa os sapatos dos que fazem as pegadas.”
Sabe, fecho os olhos e vejo você sorrindo;
Vejo tua simplicidade incandescente;
Tua sexualidade disfarçada;
O teu andar elegante;
Os teus lábios macios;
O teu abraço gostoso, abraço de quero mais;
Tua voz meiga;
E teu jeito tímida.
É tudo isso que vejo em você e, que me fascina. Então, como não te desejar, como não navegar com você nessas águas tortuosas. Até porque, depois da
tempestade vem a calmaria.
É a calmaria que estou esperando, portanto, como capitã desse barco, não me peça mais para abandoná-lo, senão, eu faço um motim.
Eu sei e você sabe, que essa tempestade há de passar e não vai demorar.
04/09/2018
Andar para a frente, não significa nunca olhar para trás para aprender com os passos errados do passado.
"Não seja um idiota, não seja um imbecil, não seja um degenerado, pare de viver andando conforme as ideias de terceiros."
Se a vida é como andar de bicicleta, inevitavelmente haverá deslizes, tombos, cara esfolada, joelho ralado, cansaço, subida na qual teremos que pedalar exaustivamente, vontade de desistir... Mas, exatamente por ser como andar de bicicleta é que sabemos que depois de toda subida tem uma descida que nos permite parar de pedalar para aliviar o cansaço; depois das quedas ganhamos a experiência de reconhecer os terrenos onde derrapa o pneu; depois dos tombos adquirimos mais segurança, andamos com menos medo, podendo assim, apreciar o frescor da brisa no rosto e a beleza da paisagem que se estende ao longo do caminho.
“Eu vejo poesia
Vejo um rio de agonia
Vejo um desespero e uma dor
Dor no olhar
Dor no cantar
Dor no andar
Me falta o ar
Eu vejo flores
Flores para te dar
Vejo um canto,
Mas um canto escuro
Em um lugar qualquer
Para chorar
Eu vejo poesia
Quando te vejo nos meus sonhos
Nos meus sonhos eu te tenho,
Você pegava em meu rosto e me chamava de amor”.
Voar ou andar?
Usar os olhos ou o faro?
Ter leves penas ou ser encoberto por pelos?
Não importa! O importante mesmo é ter coragem para enfrentar os desafios lançados pela vida.
É ter um voo lúcido e firme diante de um mar de impurezas alheias
Andar com os pés descalços e não sentir ardor ao pisar nos pedregulhos do desamor
É ver transparência ao olhar pela janela nublada a chuva incessante da ingratidão
Farejar as melhores essências nos maus-gostos da vida
É ter a suavidade ao tocar o "nu" dos desalmados
Usar o céu como cobertor para acalmar assim o desconforto e o peso da dor.
_ Se tu andas por aqui, é por que foges de teu mundo!
_ Se tu olhas para mim com essa cara de bode perdido, é porque não sabes aonde vai!
_ E se tu ficares aí, apenas parado, logo criará raízes e pronto. Não serei eu que te cortará!
ANDAR COM OS MEUS PÉS
Comprarei os meus sapatos, mas andarei com os meus pés. Preferível serei escravo de minhas escolhas, do que deixar que outro escolha por mim.
Élcio José Martins