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Agonia
Vejo aquela gosma negra borbulhando e se contorcendo, ela queima como fogo e escorre como água, ela vê meu medo e vem direto a mim devorá-lo. A gosma machuca, ela arde e suas labaredas negras sugam toda a luz para dentro de si, por onde passa rouba a vida, rouba momentos, rouba os suspiros e rouba a felicidade. Ela não para. Vem tomando e tomando até tudo se tornar preto, até a luz ser completamente consumida, e sonhos e esperanças não passarem de memórias. Ela nos consome e nos corrompe, machuca nossa alma, machuca nossos corações, esmigalha e dilacera tudo dentro de nós até nos tornarmos cascas vazias e sem propósito vagando pelo escuro infinito, perdemos tudo que tínhamos, a gosma não parou, a agonia incessante ainda machuca e queima os corrompidos pela mesma. Gritos de desespero podem ser ouvidos por toda parte, todas as almas incuráveis implorando por ajuda, mas ninguém virá, ninguém por nos salvar. No momento onde a dor é insuportável muitos definham até a morte, morrem como seres de pura dor. Talvez seja melhor assim, o sofrimento cessa e podem finalmente descansar em paz. Onde está nossa paz?
Uau...
Mais já...Parabéns!!!
E de repente,
Acabou, terminou
E você nem percebeu
Como foi que aconteceu
Um ciclo concluído
Sem você permitir,
O tempo decidiu que era
O momento da despedida,
Foram momentos incríveis,
Outros, muito intensos
Outros, tensos
Dias de frio na alma
Pela despedida de alguém,
Dias em claro,
Muita ansiedade
Aquele aperto no coração,
Na hora de tomar
uma decisão,
Escolher entre dois caminhos,
Sem saber qual o melhor,
Foram tantas experiências...
Que você nem acredita,
Que um ano inteiro
se passou,
Alguns momentos,
o ciclo durou séculos,
Noutros, um segundo...
Mas hoje é momento
pra esquecer tudo que
não deu certo,
Fazer novo projeto
Tecer novos sonhos,
Elaborar novos planos,
Pensar que você merece
A medalha da vida,
Agradecer a Deus e,
ao Universo,
Por você poder ler
agora esse poema,
Depois de dias de agonia
Vividos na pandemia,
Muitos partiram
E você está aqui,
Graças a Deus,
Por isso quero te dizer,
Obrigada por existir
Deus abençoe a sua vida,
Feliz aniversário,
Felicidades e sucesso!!!
“Não quero que a minha vida seja uma eterna espera pela sexta-feira.”
(Do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser")
No exato momento em que a vi
Fui flechado por um querubim
Instantaneamente, eu revivi
Agora vivo um amor sem fim
Antigamente vivia em agonia
A minha alma era carente
O amor era uma fantasia
Mas agora é chama ardente
Bom é ter sua companhia
Que me enche de alegria
E me faz sonhar novamente
Com intrepidez e ousadia
Contigo serei uma família
E vou te amar eternamente
O sal das horas se dilui, e na agonia do passado que se inicia, o futuro amanhece e imediatamente começa a correr.
Soneto Cruel - A Ferocidade da Verdade Humana
No olhar infecto, a turba ignóbil rasteja,
Afogando-se na podridão sem rumo;
Vãos são seus gritos, seus gemidos sumo,
Na selvageria humana, onde viceja.
Riem-se a ciência e a filosofia insana,
Enquanto o mundo, em seu delírio, padece;
E a multidão ignorante se esquece
Da alma em trevas, da agonia taciturna.
Vertem-se visões de sangue e desespero,
Em vastidão de almas em decomposição;
Ecos abafados de um grito último e sincero.
Desperta, consciência, e enfrenta a provação!
Pois somente tuas chamas refulgem
Neste reino grotesco de bestas e ilusão.
Ó vida vivida na agonia minha,
Contemplo minha autoestima em dor explodida,
E atuo como se dos outros não me importasse,
Mas verdadeiramente sei, distante estou do que aparento.
Orgulho inebria meu ser, impossível pedir auxílio,
Preso em abismo sombrio, sem saída vislumbro,
Clamo por alguém, que em misericórdia, me ampare,
E me resgate deste fosso profundo em que me encontro.
A verdade que almejo confessar é a necessidade de ajuda,
Contudo, a concepção de quem seria no gozo da felicidade,
Permanece encoberta, como um véu sombrio à minha visão,
Aguardo, anelo e imploro por um desfecho que me redima.
Na tormenta da existência, eis meu fardo,
Um coração sofrido, em chagas marcado,
Minha alma aflita, em busca de alento,
Esconde-se em véus de orgulho e tormento.
Oh, sublime consorte, que paira além,
Piedade, compaixão, tua graça contém,
Suplico, pois, que de teus lábios doces,
Receba eu o néctar, que os males apazigue.
Incapaz sou de conceber o ser que seria,
Se num júbilo pleno a vida me inundaria,
Mas anseio renascer como ave ferida,
E alcançar, enfim, a paz tão desvanecida.
Que em teus braços, ó divina benevolência,
Encontre refúgio, cura e resplendência,
E que ao romper as correntes do pesar,
Eu descubra, enfim, a luz de me (re)encontrar.
Uma vez ouvi que o amor é como uma chama delicada, que quando se apaga some para sempre.
Essa frase entoou na minha mente por anos e nunca me esqueci dela.
Hoje reflito que essa chama no seu ápice se torna uma labareda que devasta o que encontra pela frente e mesmo apagada, ao olhar pras cicatrizes por ela deixada, nos faz relembrar e reviver a agoniante e terrível dor que uma simples chama pode nos causar.
Precisamos uns dos outros.
Esse é o único fato,
ninguém faz nada sozinho,
ninguém é feliz sozinho,
a solidão é o nada,
é a morte, é a agonia.
Às vezes, a dor nos petrifica, outras vezes o sentimento transborda em nossos olhos, deixando claro que em nós tudo é imensidão e agonia.
No brilho do dia, tudo se fez certo,
Luz da mente, na sincronicidade,
Deus me deu a chance, um raro concerto,
Mas não soube transformar em realidade.
Conhecer-te foi um dom, que desperdicei,
Não apenas sonho, anseio carnal,
Além do beijo, um amor que criei,
O:nde nem na distância, tornou-se banal.
Transcendendo a dor, em ondas de amor,
Que trazem consigo a verdadeira essência,
Busco agora, num gesto de fervor,
Tornar palpável essa conexão intensa,
Que em meio às sombras, ainda resplandece,
Na esperança de um amor que não fenece.
Wesley Caetano
A Noite
A noite em que vago
Lento, leve, pesado
Trago peso nulo nas costas
Peso, mais pesado que o mundo
O peso está na mochila
Mochila que não existe
A mochila é suja, surrada
O peso é morto, é triste
Às vezes, escapa o peso
Pela minha face desaba a mágoa
Às vezes, exponho a mochila na rua, em casa
Um grito de lamento e agonia
Ando eu em ruas, bairros escuros
Meu peito cansa, pede ajuda, em apuros
As mãos não obedecem sempre,
No meu rosto se jogam e voltam
Machucam, recupero
Desaparece, mas sempre arde
A lua se vai, o sol levanta
A noite permanece e nunca acaba
Chove, alaga, lama
Afundados meus pés permanecem
O vinho
As tralhas perversas de uma mente humana
Rodeada de ideias, pensamentos que guiam a estupidez
Perdida em uma taça de vinho
Sentimento seco e amargo
Talvez deva bebe-lo gelado
Já viu algum elefante voar?
Impossível, assim como nossos devaneios
Nossas platonisses e nossos apegos
Alma impura sem destino buscando o óbvio
Mais uma taça?
De-lhe mais um trago e desabroche
Mas se segure a queda é alta
Talves um dia eu conseguirei mostrar a potência de um grito
Um grito sublime que ecoara pelo horizonte
Que chamará as massas
Um grito preso como o meu necessita ser liberto
Gritarei por todos os cantos
"Não temas que já temestes demais
Não chore pois já chrastes demais
Não desanime, não temos o que perder
Não temosmais a quem recorrer"
Me vê outra taça
Uma que talvez me desmaie dentro da mente que me ainda é sã
Mais uma por favor
Quanta liberdade tola, será que é mesmo liberto?
Ou sera que me perdi mais uma vez
"Fuja perdido! Nãos voltes"
Para que voltaria?
Pensamentos de devaneios e loucuras
Perdido num horizonte de eventos
Como um buraco negro
Suprimindo toda a força que rodeia
Sou casca ou flor?
Sou ego ou amor?
Alegria queimada que pede a ultima taça
Taça essa que irá me quebrar que irá me destruir
Destruido continuo
Sou igual uma barata, talvez que seja asqueroso
Talvez seja nojento
Meu sangue parece ser frio mas é quente
Maldita casca
Me viram como não era
E nada fiz
Hoje nada sou
Se sou, sou pequeno
Gigante mesmo é aquele que nunca amou
Ou aquele que amou e foi correspondido
Caindo eu vou mais um dia
Agonia
Nada acontece
como sempre
e também
parece que nada de mais acontecerá
Sempre esperando por algo
mas ao mesmo tempo
sabendo que no fim
nada vai mudar
O tédio reina
e se alimenta da angústia
resultando em pura agonia
Nada disso aconteceria
se algo fosse feito
Na verdade, o algo não existe
é uma ação sem efeito.
Uns chamam de duende, outros de saci, além de outros mais há quem diz são demônios. Todos temos um apenas seu e o objetivo é sempre esconde-lo de tudo e todos, porém essa luta é grande, pois parece lutamos contra nós mesmos. Os próprios as vezes são leves de carregar, mas os nos outros cutucando o seu dá até agonia.
SE, CORAÇÃO ESTREITO
Se, por ventura com aspereza estares
O coração suspiroso, coração estreito
Tu, não tomes o caminho dos pesares
Procura aos sentimentos do bem feito
Lá, tem afagos, venturas aos milhares
Que se encontra nos apreços, perfeito
Encantador. De imaginações salutares
E, que lateja sensação dentro do peito
Dizem que, assim, se tem inteiramente
Tem gesto, toque, em forma de poesia
Afinal... ter magia faz a gente diferente
Depois... é dar o valor a prenda tocada
Podes ser, e também, ter a companhia
Aí, é partilhar da cortesia encontrada!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 abril, 2023, 13'41" – Araguari, MG
Sexta Feira Santa
Nas arduras e aflições, busquemos o Senhor e Criador, que tem o poder para nos socorrer e capacitar a suportar todas as adversidades da vida.
ATRAVANCO
Tantas vezes, na poesia, as asas do amor
Largo na imaginação, e fico dele tão perto
E, ao poetar, a realidade então a interpor
Como tudo, sem ti, um vazio tão deserto
Saudade... a minha alma chora, essa dor
O dia alongado e, a noite cheia de aperto
Meu sentimento soluça tal a um pecador
Que pede indulgência, e tudo tão incerto
E abre o espanto, no olhar, duma agonia
Meu verso voa, e mais triste é a alegria
Que sagra o coração nas rimas sonantes
Há pôr tudo a esperança, que não falece
O cântico insiste, e a solidão empecesse
Sustando a força do torvar para amantes
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/12/2019 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
TEIMA (soneto)
Ó agonia! À alva, quando, sem teu cheiro
Eu vagueio ermo, pelos becos do cerrado
O chão cascalhado, o sentimento alado
E o vento perturbado me levando ligeiro
Toda a saudade é pesar no peito magoado
A lua, fria, pesa n’alma e da tinta do tinteiro
Da dor, trova a sofrência, assim, por inteiro
E nas mãos vazias, continuas sem o agrado
E na minha insônia a hora é de vil lerdeza
Sofrente é o silêncio na escura madrugada
O desespero escorre dos dedos pela mesa
Ó solidão! Cadê toda a emoção camarada
Ninguém me ouve, ninguém, só despreza:
E a tíbia madrugada continua apaixonada!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2020, 05’08” – Cerrado goiano
Dessasosego
Há detritos em minha alma
Há extensão sinuosa
Sobre amargos e mares
Sobre sair a opressão perversa
Singularidade da inquietude
Gotas ocultas do derramamento de poesias.