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Quando você se sentir no delicado abismo da loucura, lembre se que seus momentos mais tristes serão apenas isso, "momentos tristes". No fim você se levantará e cantará com vitória por não estar mais no delicado abismo da loucura. Tenha em mente que algumas coisas não podemos controlar, basta aceitar, o tempo toma conta do resto.
" Abismo do coração"
O maior abismo é o do meu coração!
O abismo solitário que faz o coração sangrar;
O abismo escuro que o rosto insiste em guardar;
O abismo chamado esquecimento que o meu coração persiste em contar...
O abismo tem nome, rosto e olhar;
Olhar que o meu coração no abismo escuro, frio e solitário esconde, apenas para não lembar!
Um abismo intransponível separa um homem santo de um homem devasso, ímpio; dois destinos escolhidos e bem delineados: a luz e o regozijo eterno ou a sombra das trevas, ranger de dentes, gemidos aterrorizantes sem fim.
A escolha é tua, qual é o local, que queres passar a eternidade???
Esta é a grande tática de pessoas persuasivas e mal-intencionadas: falar o que o outro quer ouvir. Iludir e atrair ao abismo.
e essa
estranha vontade de
escancarar
mas falar o quê?
eis meu
abismo
abusar em palavras
e nada dizer
seria
tão mais fácil
se eu
pudesse dizer
- te dizer
tudo -
com o silêncio...
só
olhando em
teus
olhos....
Na ponta dos pés eu me abrigo até no abismo mais próximo. O medo do silêncio, não tenho mais. Mas algo me diz que se não ouvir a voz que preciso adentrarei um vale que me destruirá, e ainda assim me deixar com vida, apenas para sentir a dor de estar estilhaçada como um vidro que corta nuvens.
O COCHEIRO E A CARRUAGEM
Enlouquecida de amor e desespero
Mergulhei numa cegueira raivosa
Como cadela infectada.
Os cavalos venceram o cocheiro
E a carruagem se despedaçou no abismo.
Vaguei perdida no espaço e no tempo
Num mar de lembranças e culpa
Sem bússola, sem sonhos, sem vida.
Uma fera a beira da morte
Implorando piedade ao caçador.
Um cocheiro fraco, porém vivo
Que sarou suas feridas uma a uma e
Reconstruiu a carruagem com seus cacos.
Depois de pensar em sua desgraça
Decidiu que ele mesmo puxaria a carruagem.
Amar ao próximo como a nós mesmos, talvez seja a tarefa mais difícil para o homem moderno. O próximo tem se tornado, cada vez mais, uma ferramenta descartável. O individualismo tem tomado conta de tudo a nossa volta, reduzindo nossa vida a interações superficiais e egoístas. Hoje caminhamos para o abismo da desumanidade.
"... Agora imagine você, conhecendo os perigos de uma longa estrada, a beira de um grande abismo, em uma noite escura, e no meio desse caminho você encontrasse uma pessoa que estivesse caminhando distraída, você certamente alertaria essa pessoa do grande perigo que ela está correndo, certo?!
Então porque você não falou de Jesus para essa pessoa ainda?"
Sinto-me vazia.
Uma solidão tão grande que me faz ter medo do universo. Qual o motivo de tanta tristeza? Escolhas erradas que me levam a felicidades momentâneas. Se me deito, lembro que nada é real, apenas mais um erro. Um erro ao qual me apaixono cada vez mais, em uma descida direto ao sofrimento, mas eu curto cada segundo, como se fosse o último.
"Toda tatuagem na pele, retrata um evento, um momento, um amor, um ardor. Toda tatuagem da pele significa uma fantasia, uma alegria vivida, uma inspiração e uma emoção. Outrossim, toda tatuagem na alma, retrata um abismo de angústia sem fim. Toda tatuagem na alma significa um vale de sombras, sentimentos incontidos e feridas expostas. Toda tatuagem na alma retrata mágoas latentes, feridas ardentes, amores descrentes. Toda tatuagem na alma significa aflição latejante, espíritos angustiantes e dores pujantes."
HAIKAI UMBILICAL
Sonhar contigo
Mergulhando no abismo
Curvilíneo do teu umbigo
(Anderson Delano Ribeiro)
Às vezes não olhar para baixo
E não enxergar o abismo
Às vezes não dar o próximo passo
E não cair no abismo
No silêncio da noite, a sombra se arrasta,
Um eco de risos, que a vida desgasta.
Caminhos desfeitos, memórias em dor,
Na dança da mente, o medo é o ator.
As horas se arrastam, como folhas ao vento,
Um peso no peito, um eterno lamento.
Olhos que buscam a luz da esperança,
Mas encontram apenas a amarga cobrança.
Sussurros de vida se perdem no ar,
Em um mar de tristeza, não há como nadar.
Os sonhos se quebram, como vidro ao chão,
E a alma, cansada, busca a salvação.
Mas mesmo na sombra, há um frágil fulgor,
Uma chama que arde, apesar da dor.
A morte é um ciclo, um fio que se estica,
E na amargura, a vida se critica.
Assim sigo em frente, entre lágrimas e risos,
Navegando os abismos, buscando os sorrisos.
E se a dor é um fardo que carrego em mim,
Que eu aprenda a dançar, mesmo assim.
A solidão, um abismo negro e profundo,
Onde me afogo em lágrimas amargas,
Sem esperança de salvação, sem alívio para a dor.
A cada suspiro, um pedaço de mim se desfaz.
Entre o céu e a terra, tento começar,
Mas meu pensamento insiste em se espalhar.
Não sei bem o que quero expressar,
Talvez me falte a fé pra acreditar.
Mas uma força interna, que não sei explicar,
Faz meu peito esbravejar, faz palavras voar.
Sentimentos se agitam, uma leve emoção,
Por favor, meu coração, pulsa com paixão!
Nesta manhã sem sol, procuro o brilho no ar,
Mas a angústia vem me ofuscar, me fazer desencantar.
Por mais que as palavras tentem brotar,
A tristeza as veste, como o céu a chorar.
E como ontem, tudo parece sem sentido,
Eu peço a Deus, com o coração partido:
"Permite-me sair desse abismo, Senhor,
Não pulando, mas resgatando o amor,
Aquele que um dia me trouxe tanta alegria,
Delírio, talvez, mas era minha fantasia."
Eu sei que preciso continuar a andar,
Um passo de cada vez, no caminho a trilhar.
Este momento parado me afoga em solidão,
Mas Deus, me permita sonhar outra canção.
E mesmo que a voz emudeça, eu hei de seguir,
Com o céu como guia e a terra a me ouvir.
Que o sol volte a brilhar no meu caminhar,
E que, em cada passo, eu reencontre meu lugar.
Guia-me dentro do abismo mais profundo, onde o esquecimento consome o meu ser e atormenta minha alma condenada. Que apenas a sua luz poderá me alcançar, pois a ti me entrego para reunir os fragmentos que ainda restam de mim. Seja meu na escuridão eterna, o último sopro de esperança antes que eu me perca para sempre.
#FERA
Em que longínquo abismo...
Em que remotos céus você se esconde?
Enquanto o seu coração de vidro bate...
Ressoa, sem alarde entre os mortais pela eternidade...
O silêncio já não lhe amordaça...
Saltam de seu olhar...
Faíscas e trovoadas...
Sonhos desfeitos...
Um vácuo no peito...
E rega a terra sob suas lágrimas...
Quem entre os homens poderia lhe acalmar?
Não se entrega à lama que lhe espera...
No ódio que lhe cerca...
Na sarjeta que o chama...
Sacrifica suas quimeras...
Necessidade de ser fera...
Se alguém se compadece...
E por você chora...
A mão que afaga também não perdoa...
E ao incalto devora...
Veste-se de saudades...
De tristeza e dor...
Dos anjos não dá ouvidos ao clamor...
É fera ferida constante...
Essa é a sua condição marcante...
Não é insano...
É um lamento...
É impávido em calado sofrimento...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Eu poderia ver somente a escuridão da noite, num esquecimento da claridade do dia. Mas, se assim eu fizer, serei apenas as minhas circunstâncias momentâneas, num hoje tocado pela sombriedade dos fatos que alardeiam os meus medos.
Contudo, apesar dos mórbidos tempos atuais, sigo olhando para o alto, mesmo que o abismo queira-me derrubar. Piso firme no chão, embora as pedras machuquem os meus pés. Ponho o meu silêncio para orar, calando todo barulho produzido por aqueles que ainda não encontraram Deus.
Pois, quando o oposto da fé procura invadir o meu ser, é neste momento que me ajoelho e clamo ao Senhor perdão. E a parir daí, então, eu cresço em comunhão, tendo Deus como escudo e proteção.