Tag abandono
Abelhas e borboletas...
Aqueles que gostam de aventuras emocionais são as que mais se esforçam para alimentar um amor que nunca estão disposto a perpetuar.
Constroem emoções e expectativas alimentasse do néctar e abandonam o estigma... buscando outras emoções.
Vivendo a Loucura...
Saio e sigo só, em caminhos que me levam
Por ruas, alamedas e calçadas que se emendam
Direções diversas, sem fim, sem necessidades reais
Sem saber, percorrendo cada um dos pontos cardeais
Moro na companhia de meus fantasmas e vozes
Que me assombram continuo e severamente
Arrebatando o restado são de minha sanidade
Vago sem rumo ou querência, insone pela cidade
Quando me visita a lucidez, rabiscos que me tornei
Machuca-me na alma o abandono e a vergonha
Dita e explícita nos olhos dos muitos que amei
E silente, pranteio por dentro, sofro e choro
O acalanto e esperança que reside no eu
Mesmo limitado pela deficiência que me pune
Amordaça em tirania e emudece o expressar da dor
Escancarando minhas vitrines, vazias de amor
Os desconhecidos nos assustam, os amigos nos abandonam, os familiares nos negam... enfim, em quem podemos confiar? Tenho medo das pessoas, tenho medo de mim mesmo, e medo do que eu venha fazer sozinho.
Alguns irmãos, são irmãos de ninguém...
Via ele, com e desejos de bem e alegria
Um arco-íris de mil cores atravessado no olhar
Dos irmãos que, naquele tempo, sabiam amar
Os pais, cuidavam de entregas e bem cuidar
Na dança dessa vivência, não cabiam verbos
Como abandonar, silenciar, machucar, desamar
Mas sim, doar, acolher, agasalhar, aprender, ensinar
Exemplos de escrúpulos, bravuras e bem semear
O tempo passante e implacável trouxe consigo
Decretos àquela numerosa família, que unida era
A opção de cada um construir seu território
E no umbral, talhado gravou: “Não entres. Virtudes ausentes!”
Você pode amar alguém e ainda escolher se despedir deles. (...) Pode sentir falta de alguém todos os dias e ainda se sentir grata por essa pessoa não fazer mais parte da sua vida.
Está sempre sujeito ao fracasso afetivo aquele que, ao invés de seguir o seu coração, segue a cabeça dos outros.
No dia em que você parar de levar as coisas tão a serio, de se importar tanto com uma coisa a ponto de abandonar quem sempre esteve do seu lado, você vai conhecer a leveza e a felicidade da vida.
Eu sei que em alguns momentos da sua vida as coisas pareçam difíceis ou impossíveis de serem realizadas, mas você não precisa desistir de viver ou achar que nunca vai conseguir ser feliz pelos problemas que vem tendo, em algum determinado momento esses problemas irão sumir, e a sua vida terá uma cor diferente, um tom mais alegre, sem tanta tristeza igual você vem tendo, só não desista, seja forte, mesmo que não tenha mais forças para isso.
Veja, sinta, a confiança é algo que se conquista, tente, se arrisque, o medo não será capaz de nos impedir.
Certa vez um homem prometeu que me livraria de minhas correntes, mas, no final, ele me abandonou para perseguir seus próprios interesses.
(Elizabeth)
Ah, bendito apego! Aos poucos fui aprendendo a deixar as asas crescerem. Primeiro as dos outros, depois as minhas, quando vi que o voo era melhor que a sensação de abandono.
Quando a gente tá no fundo do poço, às vezes precisa se afundar o suficiente para achar a mola que nos joga para cima. Ou seja, precisa sentir a tristeza em seu extremo para conseguir deixá-la para trás.
Enquanto procurarmos somente animais de raça, e a beleza aparente, nossa alma se manterá adormecida. Adote um animal adulto.
Eu acredito que sou um quadro abandonado por alguém que nunca desejou ser pintor. Alguém me pegou quando era uma tela branca e em vez de me pintar com a suavidade dos pincéis, me rasgou com o lado pontiagudo.
Vacante...
Amo-te muito
Como poucos sabem amar
Minha alegria, pouco sensata
Se cega, alvorecendo em penar
Amo-te tanto e tão distraído
Num sentimento que vaga
Entre o céu e uma estrada
Equivocada, tão distante de ti
Amo-te puro, mouco e sem voz
E a mim, nada mais importa, além de nós
E meu coração acredita e se entrega
Apaixonado, perdido... em elã assaz
Amo-te fiel e sem culpa
Sei de seus desatinos e venturas
Mas silente, ferido e distante
Desfaço os nós desse amor vacante
Sua vida vai passando despercebida pelas ruas do Catete. Diferente de nós, ninguém reza por ele, ninguém chora por ele, nem velas serão acesas para ele... Contudo, graças ao passaporte da bem-aventurança, irá logo logo para o céu, igual a todos nós!
Ainda sobre o Catete, comecei a ver um "cara de rua" direto... Vive nas imediações do Museu do Catete. Negro, boa complexão física, aparentando uns 50 anos. Usa, habitualmente, roupas rasgadas deixando à mostra, por desgraça, vamos reforçar, o que os nudistas exibem por prazer. Seu corpo é infestado de parasitas e por isso vive se coçando. Tem aquelas tromboses com lepra nos tornozelos e grita poemas a seu modo, ali em frente a lanchonete Big-Bi; xinga as crianças que saem do palácio e o provocam, ou pára em frente ao palácio e perde a compostura xingando o governo pelo que ele acusa de "roubalheira nas eleições". Dorme na calçada, ou, quando chove, se vê obrigado a dormir sob as coberturas da Rua do Catete, da Rua Pedro Américo, ou adjacentes... Não dá pra deixar de reparar que ele é extremamente admirador do palácio... Por vezes pára, e fica com uma cara de pão doce, imóvel, olhando o imóvel. Vive por isso fazendo versos em homenagem ao palácio. Versos gozadíssimos, cujas rimas param algumas pessoas mais perceptivas... O seu nome, ou apelido, não consegui descobrir ainda. Sempre que tento, quando ele está mais calmo, recitando os versos em frente ao palácio, é sábado ou domingo, quando as crianças ficam provocando o pobre homem, que, ao perceber a gozação, inicia uma série decorada de palavrões impossibilitando-me de qualquer contato. Ainda lembro de alguns versos: "Tcham, tcham, tcham, ninguém faz nada por mim, tchan tchan tchan também quero casas". São uns versos meios bizarros mesmo, no estado bruto. Esse "tcham", é pra entender que ele canta seus versos. A melodia, se bem me lembro, é quase igual ou semelhante em todos os versos, sobre tudo, sem estribilho. Ele bebe, vive de esmolas, e quando as recebe agradece com bons modos, os restos de comida de quem sai da lanchonete e mitiga sua fome. Mas, desde que não discordem do que ele diz durante a aproximação. Se alguém der uma esmola, e ainda der um conselho, é certo a descompustura e, de acordo com o grau do conselho ( "o senhor tem que parar de beber", "cadê a sua família, procure sua família", "procure um trabalho") ele chega, por vezes, a atirar no doador da esmola a própria esmola recebida. Até agora apurei que, assim como eu, ele também tem seus momentos de introversão. Reparei que é sempre quando está chovendo. Nessas ocasiões, quando passo por ele, está sentando na calçada com uma parada tipo um pregador de varal, daqueles antiguinhos de madeira, e com ele inicia um rápido movimento entre os dedos, fazendo com que o pregador deslize ao longo do polegar até o indicador. Assim está sempre quando chove. Parece que fica curtindo sua desgraça, ruminando o passado possivelmente melhor do que o presente, e certamente bem melhor do que o futuro sem esperanças. Sem esperanças porque não podemos ser hipócritas; um ser humano alheio a tudo e a todos. Sua figura marcante de miserável de rua se apresenta bem nítida e ninguém liga. Sua vida vai passando despercebida pelas ruas do Catete. Diferente de nós, ninguém reza por ele, ninguém chora por ele, nem velas serão acesas para ele... Contudo, graças ao passaporte da bem-aventurança, irá logo logo para o céu, igual a todos nós!! Feliz Carnaval.