Taça de Vinho
A nobreza de saber cruzar as pernas, segurar uma taça de vinho e levar uma xícara de café à boca, são gestos sutis que evidenciam a elegância de uma mulher. Esses pequenos detalhes despertam a admiração e a emoção dos bons observadores.
Saboreio lentamente uma quantidade moderada de uma viveza calorosa numa única taça de vinho, dessarte, um alento na minha mente logo se mostra, também um relaxamento para o meu corpo com um calor bastante aprazível, algo que faz sempre eu lembrar que um momento como este, particular, é imprescindível.
Deste jeito tão relaxado, vou adentrando em pensamentos, daqueles verdadeiros, acalorados que vão ganhando mais consistência madrugada adentro, tirando-me um pouco desta realidade, colocando-me numa digressão agradável criada à luz da minha insistente vontade.
Uma forma de trazer-me pra perto, linda, calorosa, decidida com uma presença obviamente maravilhosa, então, ficamos juntos usufruindo da correspondência de nossos desejos e enquanto não desperto, pensando, tiro o máximo de proveito possível ao ponto de fazer alguns versos.
E lá estava o poeta, com o caderno e o lápis sobre sua mão
Uma taça de vinho,um gole
E uma cachoeira de lágrimas
Seria ali deus escrevendo?
Não tinha borracha, talvez não estivesse
Afim de corrigir nada, afinal seus erros
Estavam muito além daquela taça .
A noite começou bem
Até que me um sentimento e uma taça de
Vinho mudou tudo
O vinho era suave,doce no começo
O sabor da uva era azedo no meio
Mas descia amargo e queimando
Mas até então não dois
Porque o que pegou fogo
Foi minha alma
SILÊNCIO
Sempre que encontro-me sozinho,
diante de uma xícara de café
ou de uma taça de vinho.
Basta um minuto de reflexão
sobre as lutas humanas
para que metade de tudo
perca sua importância.
O que nos falta é o silêncio
para analisar o primeiro verso
onde todo o resto está implícito.
A vida, como um poema
é simples, sua linguagem
é natureza da qual somos parte.
Há contradição em querer explicar
aquilo que não se explica
a poesia e a vida
ambas só precisam ser sentidas!
Evan do Carmo
É apenas minha terceira taça de vinho e me sinto embriagado, ou será a tristeza?
Meu cinzeiro nem levou meu cigarro direito
E só para constar, é mais um sábado a noite sem você
Decepção é semelhante você achar que alguém lhe servirá uma taça de vinho e quando for dar o gole sentir o gosto do pior vinagre que existe.
Percebi que tenho um coração como uma taça de vinho vazia, no momento em que me apaixonei por vc e vi que não era recíproco.
Mesmo sabendo que não daríamos certo, insisti em algo que me fizesse ficar assim, vazia por dentro, pq todas as vezes que tentei preencher algo aqui no meu peito, me decepcionei. Mas a culpa não é sua, é toda minha, por mais uma vez achar que seria merecedora de um amor não correspondido, advindo de uma pessoa que acha que não tem conserto por ter sofrido por amar pessoas que não mereciam aquele sentimento lindo, O AMOR.
ERMA
Existem ocasiões tão simples que a simplicidade não consegue definir.
Entre uma taça de vinho e outra você me deu match, o coração chegou a pular. Distância 200 metros.
As semelhanças estavam em todas as partes inclusive nos nomes.
Começamos a conversar, parecia tudo incrível ou será porque já estava na terceira taça?
Como nada pode ser tão perfeito até nos defeitos eramos iguais.
No dia que marcamos de sair um dilúvio, um imprevisto e finalmente um cinema sábado a tarde. Naquela tarde "O Escândalo" realmente seria um escândalo se alguém percebesse alguma coisa. Até nisso éramos iguais.
Texto ao Matheus
Uma taça de vinho tinto por favor
Nada é tão amargo quanto minha tristeza
A fumaça do cigarro sobe
E ele vai se diminuído em minha mesa
A garrafa do vinho vai secando,
A brasa do cigarro se vai com o vento
Meu amor foi pra você
Somente um passa tempo
#O #FAUNO
Sonhei...
Na borra da noite fluindo em ilusão...
Na taça do vinho...
Em trêmula mão...
Floresta de gente...
Em fonte de prantos e risos...
Olhares dissimulados...
Desejos...
Na multidão...
Me desconheço...
Flui a flauta...
Dispersando a névoa densa...
Sentimentos dúbios...
Muito me interessa...
De onde virá?
Sem uma ruga a perturbar...
Sob os olhos de deboche...
Flertando com a sensibilidade...
Tanto faz...quem me veja...
Não há quem me importe...
Em prelúdio lento porém intenso...
Minha vontade arde...
De latente desejo...
De pé e sob a luz...
Em inércia fingida eis que ali está...
Embriagado pelas uvas...
Sorriso maroto...
Tenho sob seu olhar meu corpo desnudo...
Olhando através da noite...
Na fumaça do tabaco que sobe...
Mente embaralhada...
Prova de que...
Sozinho eu já me ofertava...
Qual será a minha sorte?
Para esse embate, igual a madrugada que me consome...
A pureza já me abandona...
A dúvida, por ventura, se acaba...
De beijos, pelos deuses tão bem guarnecido...
Sem pena de mim sou seu cativo.
Escorregando em beco lamacento...
No redemoinhos dos ventos...
Entrego-me...
Sob os auspícios dos bagos de uvas...
Tenho minhas loucuras...
Ardem em noites escuras...
Em sua boca sobre a minha, ao meio...
Nossas línguas se buscam desvairadas...
Deixo a vida exprimir-se sem disfarces...
Não pensando em mais nada...
Meu crime foi o de ter...
Por ele ter me deixado vencer...
No rodopio da carne...
Arrastando-me ao prazer...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas