Suspiro
Dois Povos
Brilho no olhar
Suspiro no ar
Corpus laçado
Calor na alma
Dois povos
Mãos trocadas
Balé dos cisnes
Lago que chora
Pássaros que vi
Crianças que senti
Dois povos
Prisioneira do flash
No metal frio
História de um povo
Dois povos
Um coração
Dois corpus
Um desejo
Duas bocas
Um beijo
Dois povos
Um suspiro
Dois povos
Futuro incerto
Dois povos
Um sorriso
Dois povos
Desejos!
Mas sem precipitações, ataques de desespero ou exageros, dar um passo de cada vez, um suspiro depois outro, não pular etapas, fazer valer a pena. Digo: não pensa no fim, te entrega pro começo.
Caminho triste
Surge o vento com um som esbelto
Roça minha garganta um suspiro selvagem
Enquanto a noite passa cortando o silêncio.
Traço alguns desejos que reluzem teus olhos
E então… outro suspiro.
Lenta respiração direcionando a pulsação de um coração triste
Perdido, louco, sereno
Totalmente sem sentido meus passos voltam ao tempo
Sem razão, sem sentido, sem nada.
Surgem todos os galhos que se debruçam no chão
Pelas noites desertas e escuras
D’onde vago também sem direção
Trovoes rasgam e ofuscam a visão
Cegam seus próprios olhos, pois não têm amor
As flores rastejam pelo chão dos jardins
Cheias de dores
Por serem apenas flores
“...A calma do gesto e a intensidade do olhar, o toque que arrepia, e o suspiro que faz a mente não pensar, toda uma energia girando e dançando entre os corpos, Fazendo o solo considerado árido e seco, se revolver e se envolver em meio aos sentimentos, tornando ele fértil mais uma vez, trazendo novamente as flores que imaginei que nunca mais voltaria a ver...”
O ULTIMO SUSPIRO DE UM GUERREIRO
Sonhos violentos me acordaram toda essa noite
O vento frio entrava pela fresta da porta e espalhava a terra do meu piso
Tento apreciar aquela que pode ser minha ultima noite
Abraço o calor da minha companhia que dorme e se desváia em lagrimas
Beijo aqueles que futuramente honrarão o meu nome
Nunca temi tanto o nascer do sol, mas ele é inevitável por hoje
Mas temo ainda mais a presença de estrangeiros sobre Minha terra que eis de defender
Sinto que o corpo esta pesado, assim como a minha cabeça
Pelas brechas das palhas um fio do sol me abençoa e me chama
Ergo-me com a obrigação de deitalos
Olho para aquele elmo que prende o livre arbítrio de muitas mentes
Visto aquela malha que cobre o coração de muitos reis
Sei que posso confiar no fio de minha espada e na resistência de meu escudo
A morte é certa assim queremos fazer da vida
A despedida e despeça
Fria...
Me junto aos milhões de compatriotas em uma grande marcha silenciosa
Um caminho cheio de rosas, mas que passam despercebidas
Esbarro meu escudo em uma lança tremula do meu companheiro de posição
Olhos lubrificados pelo medo
Os experientes se remediam
Os iniciantes vibram sem saber o que os aguardam
Chega à vista a ultima montanha
Sei que após ela terá outra, mas que no centro terá o pivô dos nossos medos
Chego ao cume e paro atrapalhando os irmãos que vem de trás
Eis que vejo o maior exercito de toda minha vida
Uma infantaria que poderia ela só nos devorar
Acompanhada de escudos impenetráveis, e infantaria leve e pesada
Ótima nação militar, péssima negociante
Paramos diante da aberração gananciosa dos homens que deseja o que não os pertences
Vejo que nenhum acordo foi tomado a não ser a rendição. Mas não a conhecemos
O silencio antes do gritos e de estourar os tímpanos
Ergo a cabeça e olho para a bandeira do meu país que tanto amo
O sol se esconde e da lugar para um chuva de flechas que dizima metade da nossa frente
O avanço é constante...
O sangue se mistura com lagrimas e gritos, o pedido de misericórdia não se ouve
Cavalos e homens disputam espaços violentamente, enquanto em um vestígio de luz observo as baixas da campanha e o avanço do inimigo
vi gigantes cair sobre mim e diante de mim
Sangue toma o lugar da água
Lanças tomam os das aves
Empadas o do abraço
Sinto-me leve e noto que já não tenho elmo e nem a malha intacta
Deito e sou pisoteado pelo cansaço e pela extinção da vida
Olho para o sol e observo que ele sorrir e me aplaude
Olho para meus irmãos avançando, e com a visão pela metade
Sigo olhando ate que paro diante da segunda montanha
Vejo a bandeira de meu país rasgada, mas erguida
Vitoria...
Vejo que a batalha valeu à pena
Livre
Posso da o ultimo sorriso e o ultimo suspiro...
Catei um suspiro do vento e guardei nos pulmões.
Peguei um pedaço de nuvem e vesti meus sonhos de algodão doce.
Bordei um pedaço da montanha na memória.
Fiz um risco de giz no céu e desenhei a paz.
Cacei um cometa pra me levar pro infinito da imaginação.
Inventei histórias, fiz poesia e me perdi no planeta Invenção.
Viajei numa estrela cadente, percorri o que não pode ser visto com olhos, mas enxerguei o que vai além da visão.
Do alto das minhas ilusões escrevi um verso.
Borrei os olhos pra agradecer tantas bençãos e sorri quando o sol acalentou meu coração.
Cá estou eu enfeitando a vida com rima e violão.
Sou o teu calor
teu suspiro
tua voz
teu pensamento...
Sou o teu rancor
teu vampiro
teu algoz
teu sofrimento...
Te sustento
te alimento
te fragmento...
Quem sou eu?
mel - ((*_*))
Um olhar... um suspiro...
Um beijo... e surge o delírio
Flor de vulcão
Que seduz e envolve
Absorve a voz
Que segreda ao ouvido
Estremece e enlouquece
Amor que se vive!
Do que vale a inútil certeza de existir um amanhã,
se agrido e mato o vivo suspiro que se expressa no hoje!
Nada vive, que fosse digno de tuas emoções, e a Terra não merece um só suspiro. Dor e tédio é o nosso ser e o mundo é lodo - nada mais. Aquieta-te
Já vivi uma vida inteira num olhar, já morri num suspiro de alma
Já me (re)inventei em cada sonho, mas também já caminhei de joelhos.
Já fui assolada por ventos e tempestades, mas também já fui beijada pelo sol.
A verdade, é que mesmo com a alma enrugada, não deixo NUNCA ... que a Vida se me escape por entre os dedos!
DUETO (soneto)
A minha tristura é uma gargalhada
A saudade um suspiro. Ela chorava
Na solidão onde eu me encontrava
Me deixando além d'alma estacada
Os sonhos pouco ou nada resvalava
Pelo olhar. Não tinha a asa dourada
A saudade ria com a tristura chegada
Sob a cruel melancolia que matava
Do sorriso a saudade fez morada
Sequer de um pranto ela alegrava
Tinha tristura na sinfonia cantada
No dueto: saudade e tristura, aldrava
O coração no peito, da aflição criada.
Então, atrozes, alívio na poesia forjava...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
A vida é tão rara, como um suspiro, se vem... Como um sopro, se vai. O choro faz parte dos dois momentos, emocionado ou inconformado de quem os assiste. Nascer ou morrer, mero ritual de passagem. Assim como a vida, uma passagem pela qual é necessário tomar consciência de se aprender para estar, mas não se levar. Curtir os abraços, amassos, amigos, amores, família em que se encontra. O seja bem vindo a vida é incompreensivo ao que nasce, porém injusto é quando se entende e não tem tempo para ouvir um "daqui a pouco a gente se encontra", "vai com Deus!"
Cada minuto é precioso pra quem tem pressa, mas pra ir onde, no final sempre se chega.
"Curtir" pouco ou muito definitivamente depende da intensidade que se vive.
"A melhor coisa para quando se está triste", respondeu Merlin, dando um suspiro profundo, "é aprender algo. É a única coisa que nunca falha. Você pode ficar velho e trêmulo na sua anatomia, você pode passar a noite acordado ouvindo a desordem das suas veias, você pode perder o seu único amor, você pode ver o mundo que costumava conhecer devastado por lunáticos demoníacos, ou ter a sua honra rolando no esgoto de mentes apequenadas. Há apenas uma coisa para isso então - aprender. Aprender porquê o mundo gira e o quê o faz girar. Essa é a única coisa da qual a mente nunca ficará exausta, nunca se alienará, pela qual nunca será torturada, nunca temerá ou desacreditará, e nunca sonhará em voltar atrás. Aprender é a única coisa para você. Olhe quantas coisas temos para aprender."
A Espada na Pedra.