Sonho
É inverno!
Celebremos,
Não é eterno,
Sempiterno.
- momento
Não recusemos.
É eterno!
Não recuemos,
- é extremo
Enfrentemos,
- o tempo
E o eternizaremos.
É sempiterno!
Como um afeto,
Reconhecemos,
É terno,
Intenso,
Logo, o passaremos.
Com fascinação própria,
- arte e luz
Fui agraciada ao ver,
A Lua cor-de-rosa,
- maravilhosa
Beijando o mar.
Aos passos, tateando,
- experimentando -
E exortando a delícia
De contemplar a cena,
Que talvez não se repita,
O mar se deixando beijar.
A Lua ao beijar o mar,
- acabou beijando-me
E seduzindo-me,
Acabou enfeitiçando-me,
E completamente doce:
acabei entregando-me.
A mulher deve ser elegante,
Suave e ao mesmo tempo,
- marcante -
Como um perfume insinuante,
Deve ter alma, maciez e calma;
Deslindando os mistérios e dar o tom
De amor, paixão e ternura;
Conduzindo a intenção com doçura,
Amando infinitamente, sempre.
A mulher marcante de verdade,
Será lembrada pela virtude,
E grande capacidade de amar;
Espalhando a graça,
- por onde passa
Como uma felina mansa,
Que só no olhar recebe
O seu colo e afeto.
A elegância feminina,
Ilumina o mundo,
Pacifica,
Engrandece,
Enternece,
Aproxima e conjuga,
Acarinha e aquece,
Eterniza a lembrança,
É presença que permanece.
Deveríamos ter a gravidade
- das estrelas
Que brilham sem cessar,
E sem se esbarrar;
Lecionam poesia,
Inundam o Universo
Com beleza e nos iluminam.
Lição existencial,
- ignorada
Lição luminosa,
- ditosa
Lição celestial,
- esquecida
Lição de harmonia.
Deveríamos ter a profundidade,
- do Universo
Que sempre se reinventa,
Renovando cada espaço,
- celebrante -
Das estações da vida,
Com júbilo e toda a gratidão.
Densas em braços,
Correntes que ligam,
Em espirais,
Ventando ou não,
Prosseguindo,
Com destino
Em busca de renovação;
Sugerindo,
Caos positivo,
Irradiando,
Girando,
Se interligando,
As estrelas azuis ou não,
Sempre nos ensinam:
a viver, a gravitar...
Todo ser é poesia,
É delicadeza,
E toque interestelar.
Espalhadas as espumas,
leveza e anunciação.
A pétala se aproximando
levada pela emoção...
Reunidas e atentas,
algas e conchas.
Para tomares contas,
enfeitando as areias.
Nada se vai,
E sei que tudo vem,
- nada vai-
A queda nunca trai,
ela nos eleva e reúne.
Tudo se vê,
Se sente, e se crê;
- não lamente -
Sê forte, e resiliente,
E viva carinhosamente.
Temos um oceano e conchas,
- e um só destino
Colorido como os corais,
Para escrevermos silentes,
Navegando sobre as ondas...
E agora? Eu te desafio...
Entre o espaço e o tempo,
Perco-me entre os dois,
O meu nome é pensamento,
Muito é o prazer!
De vencer cada um deles,
- um grande desafio -
Que julgam ser um desatino,
- Um brinde ao desafio! -
E agora? Eu me apoio...
A vida de pernas para o ar,
Imito-a, enfrento-a,
O meu nome é bravura,
Eu sou atleta!
Dessas letras, e das que virão,
Eu sou poeta!
Do olhar ao clique,
- uso a minha sensibilidade -
Enfrento o julgamento,
- Esforçando-me ao máximo!-
E agora? Eu reafirmo...
Tentando alcançar as estrelas,
Mergulhando na tua alma,
O meu nome é desafio,
Ouso, nada sublimo,
Guerreio, enfrento,
Carinhosamente alento,
Sou feita de audácia e arrepio,
Venço os obstáculos, eu os desafio...
Escuta o barulho do vento,
Brinde o que vem de dentro,
Tudo requer rito e celebração,
Viva intensamente a sua paixão.
A mística divina não se explica,
Ela dá sinais, e sempre convida
À olhar para frente e para cima,
Ela é fonte de toda a sabedoria.
Escuta o barulho de dentro:
É o coração que está batendo
Avisando que o amor chegou,
E dentro de você está vivendo.
Como as ondas do mar,
Para lá e para cá
Estou a embalar, e a pensar:
Que um dia eu hei de te 'amar'!
A celebração será ao pé do altar,
Nós vamos juntos jurar:
Que nos amaremos sempre mais...,
Em dias solares e em noites de luar
À espera de todas as mil auroras,
Austrais e boreais,
Todos os dias nunca nos bastarão,
Nos amaremos sempre e muito mais...
A vida sempre surpreende,
- explicitamente
E até secretamente...,
A vida nunca mente,
- cedo ou tarde
A vida revela a verdade.
A vida em plenitude,
Corporificada em ti,
Amante e cintilante,
A vida é alucinante...,
- ela conduz a gente
Escandalosa ou silente.
A vida luminescente,
- incandescente
Sólida, líquida e gasosa,
Sempre é um presente,
- que se renova
E nos brinda plenamente!...
Não sossegue,
- enfrente!
A vida é feita de lutas,
siga em frente!...
É com coragem é que se vence
Todas as disputas... Gloriosamente!
Observo de cima,
Lá do alto dos montes,
Não há tempo que oculte,
- Ninguém que esconda
E ninguém que se esqueça;
Do Bem que fizeste,
Tal como o riacho cortando,
Os montes e prados verdejantes.
Como o Ofício cantado,
Pelos monges entoado,
Não há mal que permaneça,
- Deus sempre vem em socorro
Ele não nega o auxílio;
Ao órfão, à viúva e ao peregrino,
Ele é a Luz que alumia o caminho,
Verdade, Caminho e Vida que nos guiam.
Cada certeza dedicada,
Em prece ofertada,
Deste coração contrito,
- Tenho em ti a minha fortaleza
E cada desvio por ti remido;
A fé de quem carrega o teu perfume,
Embalando a tua misericórdia infinita,
Que és o verdadeiro amor da minha vida.
Longe de mim,
Proclamar-me poeta,
Eu não sei rimar,
Não sei o que é poesia,
- e muito menos diferenciar
A poesia de um poema,
Não sei se uma é melhor
Do que a outra,
É verdade! Eu sou doida!
Eu sou muito doida!
Porque quando escrevo
Faço uma confusão danada,
- e quase sempre -
Não sei quando uso a rima,
E a hora de fazer métrica;
Escrevo como uma fugitiva
Em nome da estética
E da razão que surge do nada,
Fugindo com a poesia nas costas.
Escrevo de forma bem atirada,
Do jeito que o Diabo gosta,
E deixa Deus bem corado...,
Estes versos sem propósito,
Seguindo pela rua desvairados,
Beijando doidamente,
Todas as bocas e aos bocados,
Eu realmente não sei escrever,
Longe de mim deixar-vos enganados...
O barco no exato lugar
Desse jeito a navegar,
Tudo é poesia,
- Até o teu olhar
Assim é o amor:
um suave navegar.
Com encaixar,
Balançar,
E embalar;
Assim é o amor
A nos encantar...
Aqui em Balneário
Guarda algo secreto,
Doçura, poesia,
Generosidade,
A História de um amor,
O nosso particular universo.
Percebemos com todas
- as letras -
E guardamos com cuidado
O caminho a ser percorrido,
Para mantê-lo preservado:
Fazemos do amor um jardim
- inviolável.
Sabemos com gaúdio,
Que o cortejo de um coração
Requer grande gala - e festa ...
O delicado recato esconde
No delicioso desacato,
é pura sede de regozijo!...
Tu vais levando mil imagens
Das minhas palavras carregadas
E afinadas com as fantasias,
Que posso realizá-las
Com o meu feitiço amável,
tenho por ti um desejo inefável.
Conhecemos as asas da liberdade,
E cada passo da boa diversão,
Que só ela pode proporcionar.
Somos poetas e maduros o bastante
Para valorizar cada minuto do belo,
- consciência -
que só o amor pode proporcionar.
Em profundidade e delicadeza,
Revelo-me como fina dama,
E como tua doidivana intensa,
Agarra-me com firmeza,
Coloquemos as cartas na cama,
E também na mesa - sutileza.
Porque o amor fino se fortalece
Com água-de-cheiro,
Doses de carícias,
Encontros de cinturas,
Beijos e ternuras;
O meu amor se faz renovado
Por tudo que te faz encantado.
Há uma escolha
Um caminho trilhado,
Não volto atrás!
Hei de te atentar
Com linhas de explícitas
Provocações;
Escondo neste recato
Todas as mais instigantes
[tentações]...
Com boa e doce desobediência,
Revelo-me assim: pomba mansa
Entre colinas perigosas, renda-se!
Agarra-me pois sou a sua única saída,
O teu único ponto de partida,
Faça-me a tua alternativa!..
Estou aqui para [ser]
O teu aconchego, refúgio e templo,
Juntos desafiaremos os [ponteiros,
Não iremos querer nem saber
O que vem depois,
Viveremos para nós [dois],
E nos entregaremos convictos: [inteiros].
O teu amor é sopro leve
Que venhas logo
Te espero em breve
Traga o teu beijo nordestino
Delicioso colo de homem
Lindo coração de menino
No vem e vai da sanfona
Sensualidade completamente à tona
Que remexe com esta pomba
No bate coxa educado
Desfrutando do requebrado
Escolhi o meu namorado
O nordestino quando dança
Tem o balanço do mar
Eu tenho um nordestino para amar
Poesia nascida de um beijo
(ainda não dado),
Eu nasci para você,
Abra o teu coração,
(cheguei de vez),
Para ser a tua paixão.
Mulher nascida para amar,
(e ser amada),
Trate-me como o teu bem,
Sou uma flor delicada,
(cuide-me com dedicação),
Plantadada no teu coração.
Trago no olhar a cor do amor,
(o tom da alvorada),
Eu nasci para você,
Para ser mais do que adorada,
(ser tua mulher deificada),
Do teu amor brotada.
Ainda hei de tecer mil castelos,
(em linhas aveludadas),
Talvez você não tenha percebido,
De todas - sou a tua amada,
(nascida dos teus desejos),
Nunca tive notícias de mulher por ti tão fascinada.
Cada detalhe teu
lapidado o dia todo,
Torna-me cada vez
mais tua e mais macia,
Não sei mais conversar,
só sei escrever:
- poesia.
Não se escreve poesia
com lágrimas,
- e muito menos com tristeza.
Poesia é canto de amor
para ser cantado:
- baixinho.
Te amar perdidamente
é o único destino
certo de ser o meu lugar.
O amor não se explica,
ele tem a delicadeza
da aurora e do declinar do dia.
O amor tem ciência própria,
é mística particular,
Não tente entender,
E muito menos desvendar,
O amor caminha pelos séculos
por um único destino,
Que só encontra sentido pleno
Na existência para libertar.
A liberdade é
o princípio fundamental
Para o amor imortal.
O amor só ganhará corpo,
se for tratado por dois
da forma mais primordial.
Viva intensamente o amor
arando a terra como aqui
fosse o paraíso celestial.
Agarre-se nas asas
dos versos livres,
Escreva apaixonadamente,
Desenhe o amor
com as gotas de luar,
Ame enlouquecidamente,
Dance mesmo
sem saber dançar,
Entregue-se simplesmente,
Saia para tomar
um banho de chuva,
Prepare-se para viver
o amor deliciosamente,
Cante mesmo até
sem saber cantar,
Ore fervorosamente,
Que um dia o amor
que você tanto espera
há de se aconchegar.
Quem escreve não deixa de ser cantor,
quem escreve canta baixinho...
Se você quer o seu amor, cante,
Não tenha medo de escrever,
Espalhe o seu fulgor...
Quem escreve não deixa de ser poeta,
quem escreve até pensando que não é.
Acaba escrevendo tanto - que acaba
virando - o quê não era: poeta.
Quem escreve não deixa de experimentar,
quem escreve aprende um dia o que é amar...
Se você quer o seu amor ame, arrisque,
Porque se você não se arriscar,
Não saberás se valeu a pena navegar...
O amor não deixa de ser um oceano,
ser poeta é também ser navegador...
Ame e continue tentando,
até você encontrar o seu amor.
O amor está aqui e por todo lugar,
basta você me olhar,
Estou na serra, no sertão e no mar,
sou noite estrelada e com luar;
Nasci para ser sua, nasci para te amar.
Em cada canto do coração
Está o teu cheiro - especiaria,
Vou embora para João Pessoa
Que é a Capital da Paraíba,
Tenho o Rio Sanhauá,
Já não morro mais de sede,
Tenho o teu corpo
Para me alimentar,
Já não morro mais de fome,
- tenho o teu coração
Para me guardar,
Protegida para sempre vou ficar.
Porque há uma confluência
Entre os nossos rios e rendas,
- tramas da vida e nas fazendas
Tecidas em fios de puro algodão.
Bate um coração por ti Paraíba
Aqui em Santa Catarina,
- não resistimos o chamado
Da quadrilha,
Sabemos que a maior ficar lá
Em Campina Grande,
Não há ninguém que resista
Ao toque do baião,
- por isso sou a tua amante
És a minha Paraíba amada,
Escrita nas estrelas
E no meu coração...
Existem mistérios
Que ninguém explica,
Assim nasceu o meu amor
Pela Paraíba,
Provocado pela majestade da
Princesa do Sertão.
Porque lá mora a dor
De um povo e uma poesia
Que Ariano me ensinou a amar!
Paraíba também é a terra
Do mar bem bordada em finas
Linhas de algodão que me cativaram,
Vou deixar esse amor me levar...
Tenho os teus braços para me abraçar,
- eu conheço o meu lugar
Escolhi o teu peito para morar
- tenho as tuas mãos para sassaricar
Beijos em cascata para a gente se amar,
- escolhi você para adorar
Tens o sabor da liberdade,
- a tua ausência me deixa
No desamparo da eternidade
Não domino mais a minha vontade.
Sem você ficou louca de saudade
Porque encontrei em você,
O primeiro elogio ousado
Que deixou o meu [coração animado],
- resolvi tentar amar novamente
Não consigo mais dormir
Sem receber ao menos um beijo quente,
- não existe nada mais
Que me interesse mais que o seu jeito
De ousar e o teu ponto H,
Sonho dia e noite
Que um dia você chegará para ficar,
Escolhi para te amar meu doce pecado.
O quê me importa é que tenho
Os teu lábios para beijar,
- lábios com sabor de quem comigo não está,
Um corpo manso para inquietar,
- um coração para cuidar
Ainda hei de fazê-lo se apaixonar
- fico doida esperando
Para você me procurar,
Se apresse, não perca tempo!...
Aqui é o teu lugar,
- escolhi ser tua,
E não é preciso mais dizer:
- Que agora só depende de você!
Talvez não me leve a sério
Porque escrevo poemas escancarados,
Mas esse é o meu jeito de aparecer
É o jeito que encontrei para dizer:
- O quanto nasci para amar você!
O meu sentido poético
É muito [apaixonado],
É o meu coração sempre
Querendo te deixar fortificado.
Beijando-te entro em plena flutuação
Basta um toque, uma malícia
Que entrego-me de paixão
Você não está só em Paris
Estás presentes por todos os locais
De ti arranquei os mais ditosos ais
A cidade da luz não chega perto
Nós somos capazes de iluminar
qualquer trajeto
Quem ama não trata o amor mal
Não o trata como objeto
Quem ama sempre está desperto
Beijando-te inteiro
Vejo que és um lindo luzeiro
E que só o amor conduz ao firmamento