Sonetos de Amor

Cerca de 1164 frases e pensamentos: Sonetos de Amor

ALMA GÊMEA (soneto)

Ó amor! ó sensação piedosa e pura!
Ó sentimento... implacável e ferino
- Afeto, que laça de cheiro o destino
E aos abraços o entusiasmo mistura

Pois o beijo, com o seu sabor divino
Abre o infante sorrir, em doce loucura
E que a todos os males, oportuna cura
Abre ao prazer o enaltecer matutino

Sempre cantado! O poeta trovando
Ousadia e timidez... o corar da face!
Na sedução... o encontro venerando

Anda o fascínio e o belo, eterna poesia
A inspiração e o querer, onde ele nasce
Da mesma emoção, nasce a companhia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/02/2020, 19’42” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

ANDOU (soneto)

Meu sentimento evaporei na saudade
Da essência do amor, que me arrastava
Ah! como quis um dia, como sonhava
Agora, cada qual no tropel de liberdade

Insana, as paixões devoram à vontade
Que a mente sã... se faz de tão brava
Em uma existência, ali, cruel e escrava
Do desejo, tão em busca de felicidade

Agrados, querer meu e meus danos!
Essa paixão, que no haver não coube
Fez poetar aos versos os desenganos

Antes que a solidão o sossego roube
O tempo, pra não se perder nos anos
Andou! o que permanecer não soube.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/fevereiro/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

O FIM (soneto)

Talvez queria, quando tive. Mas quis
Que, este amor fosse tão duradouro
Entre o prólogo e o ponto... ser Feliz!
Um infinito e cintilante belo tesouro

E na rima aflita de poemas vindouro
Só me restam, as lágrimas e cicatriz
De um dia apaixonado e vivedouro
Sonho. Agora na magia, canto infeliz!

Tu, fado sagrado! Vós também, ilusões
Sangram em sofrimentos, íeis por mim
Como uma traquinice nas vis sensações

E, o meu amor, assim, em tom marfim
Vi que o olhar passou a ter decepções
E nas tuas sombras, razões para o fim.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/02/2020, 05’32” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

O BEIJO (soneto)

Há no amor um toque de instante de magia
que é a do beijo, o afeto por ele entrelaçado
a alma em um infinito em êxtase de alegria
dos lábios comprimidos e todo encantado

Um mistério bendito de mutação luzidia
duma força e grandeza no prazer ansiado
aflito, mas, calmo nesta tão doce romaria
em um agito, corrompendo todo o agrado

O beijo flecha o olhar de todos os amantes
tão certeiro, em uma sensação de quantia
enfardando os pensamentos num abraço

É porque, entre os lábios ali soluçantes
o tempo estaciona, e ampara a harmonia
na paixão, no ser, ocupando todo o espaço

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/02/2020, 05’02” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO DESEJO

Quero-te no desejo sem fim
Um beijo que poete o amor
Aos sons dum anjo querubim
Assim.... no coração amador!

Que o olhar feche ao rumor
Da desdita, e vire-se pra mim
E beije-me com todo ardor
No meu amor que está afim

Viva só para a minha vida
Num esterno doce querer
Sem você ela é repartida

Quero-te no meu peito, ser
Prazer, e aos teus pés caída
A minha paixão, o meu viver!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/03/2020 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

POR AMOR (soneto)

Se por amor, nesta fortuna há sorte
Deixai a força dita para a satisfação
- Hoje, vazia e cansada deste porte
Minh’alma se abrirá pra está razão

E, em sede de querer ser consorte
Sobre o sentimento pus a emoção
Onde o silêncio no peito era forte
Agora deixo desabitada a solidão

Bendito seja pelo ideal podido!
Pelo beijo dado, e o bem querer
Pelo amor que no eu, é nascido

Pela envoltura, vividas no prazer
Pela a alegria da ventura ter sido
Por amor, vale a pena assim ser!...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/03/2020, 04’55” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

REGÊNCIA (soneto)

Como quisesse poeta ser, delirando
As poesias de amor, nas rimas afora
O beijo, o abraço que o desejo cora
A solidão assediou e trovou nefando

Vazios estros, de voo sem comando
Sombrios, que no papel assim espora
Os versos, sangrando e uivando, chora
Implora, num rimar sem ser brando...

Estranho lampejo, assim compungido
Que dói o peito, sem nenhum carinho
Quando a prosa era para ser de paixão

Então, neste turbilhão me vejo perdido
Onde o prazer se faz tão pequenininho
Vão... e a desilusão é quem regi a mão!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO ROMÂNTICO

Ah! quem há de condenar, o amor certo
Aquele que a emoção aprecia e suspira
Que no abraço e olhar, não tem mentira
E o hálito do beijo, fica então, tão perto

A paixão ferve, sem desventura com ira
Tem querer! e alma com sonho inserto
E no peito, ideia leve, e coração aberto
Ah! como é bom o afeto doce e caipira

E neste molde pra expressão de tudo
Saúdo o bem querer que se faz infinito
Que é rito na poesia e ali se agiganta

Na fortuna tanta, tanto ter, e nada mudo
Tudo canta, levanta, e se do amor é dito:
- eu te amo! É romantismo que encanta.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO EM SILÊNCIO

Este é o azarado malfeito no amor
Que os sonhos afoga na garganta
E, solitariamente, vive no dissabor
Aos olhares outros nunca encanta

Deixado, no escuro e sem assessor
Vaga. E, ao cabo de solidão tanta
No desejo pouco coexistiu amador
E com o tempo o vazio só agiganta

Coração deserto, lágrimas e pranto
O silêncio no peito é um pesar tonto
E aos lábios frios a carência acaricia

Num beijo sem calor e sem manto
Onde está sensação é sem pesponto
E a emoção sem apaixonada poesia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/03/2020, 06’45” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

EVOCAR (soneto)

Meu amor diz-me como chamas
- 0 nome que deixei de recitar
Diz-me para não mais me calar
Nada além, diz-me se me amas

Diz-me apenas se tenho lugar
Ainda no teu peito em chamas
E nas lembranças se tu reclamas
Ou se no ignoto vou assim ficar

Minhas lágrimas são só saudade
Nesta felicidade que desaprendi
E os versos tornaram-se metade

Para que o coração lembre de ti
Então, diz-me teu nome, brade!
Antes que eu seja, nada, por ai!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/03/2020, 10’42” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

EM CONFISSÃO (soneto)

Meu amor, minha paixão (dor e o contento)
Meu fado azarão, dedo turvo na predileção
O meu devaneio vestido, e desnudo o alento
Quanto o vulgo, sentimento, pura desilusão

Santo confessor! Ao meu flagelo fique atento
Sabeis tudo, tudo.... - dos segredos do coração
Meus lamentos, em vão, desastrado juramento
Nas juras, ao luar, evolou só insensata emoção

Um cativo na noite infinita, ó noite tão infinda
Sabeis que sem afeto o mundo é uma mentira
E que rude é a lágrima que escorre tão sofrida

Eis o meu amor, quebrável, em súplicas ainda
Santo confessor! Deste desventurado caipira
Quem pode detê-lo sem pô-lo de partida? ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/03/2020, 23’13” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Sóneto.

⁠És meu primeiro amor, e único
Em cada gesto, um abraço sincero
Teus olhos guardam um universo
De sonhos que guardo,em verso doce e terno.

Te encontro nas tardes de sol radiante,
No perfume das flores, no canto dos pássaros,
Teus gestos, um abraço e abrigo constante,
Meu coração canta, em nossos doces momentos.

Lembro das tardes de domingo, na igrejinha,
A simplicidade de um olhar que diz tudo,
Numa história que vive em cada sentimento,
Um amor que floresce, no mútuo respeito.

E mesmo que as estações passem vorazes,
Que o mundo lá fora insista em mudar,
Nosso laço é forte, não é feito de fases,
És meu primeiro amor, vou sempre te amar.

Agora e sempre, no caminho que traçamos
Teu nome gravado em cada batida
Este amor é eterno, em versos e planos
Meu único amor, és minha poesia querida.

Inserida por Terezalima12

Soneto: Sentir

Meu verso hoje é de amor
Sentimento mais puro não tem
Como uma rosa vermelha
Só colhe ao superar o espinho

O amor supera o tempo
O mar em tempestades
É ele quem pilota o barco
Seu tempo é a reciprocidade

Amor é flor de todas estações
É se deixar levar pelo olhar
Pra sintonizar dois corações

Amor é evolução contrapartida
Solidão também é necessário
Mas só amor dá sentido a vida
Autoria #Andrea_Domingues ©

Todos os direitos autorais reservados 13/04/2020 às 11:00 horas

Manter créditos de autoria original #Andrea_Domingues

Inserida por AndreaDomingues

Soneto: Um ser amor

Meu verso hoje é de amor
Sentimento mais leve não há
Como girassóis na alvorada
Olham para o sol sem parar

O amor tem a voz do vento
Nessa infinita vastidão
Duas almas que se precisam
Se tornam um só coração

Amor não é um mar de rosas
Mas é flor de todas estações
É sentimento que por ora vaza

Amor não é se perder no tempo
No amor o verão é eterno
Sua beleza reside no coração
Autoria #Andrea_Domingues ©

Todos os direitos autorais reservados 15/05/2020 às 11:40 horas

Soneto inspirado na música
Um ser amor de #PaulaFernandes

Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues

Inserida por AndreaDomingues

TARDIA CONFISSÃO

Uma pequena mancha avermelhada,
Corpo imóvel, e mente em disparada,
Como um vulto as recordações passavam
Assim mente e corpo se separavam.

Figura robusta imóvel jazia,
Encharcada no vinho carmesim,
Uma jovem observava-o e sofria,
Futuro perdido num frenesim.

Jovem apaixonada,desistira,
Decidiu livrar-se daquela dor,
Pelo mesmo caminho ela seguira,

Em busca d'eterna felicidade,
Desperta n'escuridão o encontrou,
Enfim juntos por toda eternidade.

Inserida por GilbertoNetto

⁠BUSCA

Sigo os teus passos por onde tu andas,
mendigo um olhar, um aperto de mão,
sufoco a minha voz que fere ouvidos
que nunca ouviram o meu coração.

Nunca me ouves e eu vou dividido,
angustiado por não te alcançar.
Na verdade te seguem restos de mim,
implorando um sorriso, um pouco de paz.

Fito o teu semblante, teus lábios fugidios
que as esperanças em mim sepultaram.
Pela altivez com que disseste o "não!"

Não tens piedade e o meu vulto te segue
e os meus passos que nunca te encontraram,
são pingos de amor, esquecidos no chão!



(in “Moleque Atrevido” )

Inserida por touchegrs

⁠Farsa
Inventei tantos disfarces para a minha dor!
Desnudei a alma e embriaguei-me de solidão.
E mesmo diante de tão grande inquietação,
Mantive sempre um sorriso no meu rosto.
Se não fui, quis parecer feliz a qualquer custo!
E esconder do mundo todo o meu desgosto.
Quis ser sempre de tudo o oposto, ainda que,
por dentro, todo o meu ser estivesse de luto.
Nunca os meus olhos verteram uma lágrima!
Nem diante da morte expressei algum lamento.
Nem interjeições de espanto ou sofrimento!
Guardava comigo, engolia à seco, disfarçava!
Não fraquejei um só instante, quis ser forte! Mas
quando te perdi, meu amor, tornei-me tão fraco!

Inserida por poetarossini

⁠MEU AMOR NÃO TEM AMARRAS

Meu amor não é só nem solidão nenhuma
É olhar sem sujeição, sem leito de abrigo
Um navegante eterno, talvez um castigo
Não sei, só sei que é leve tal uma pluma

Por isso amador constante, sem um leme
No desejo, são gemidos e delírios d’amor
Vasto na liberdade, e tão cheio de ardor
Da saudade, o que o coração mais teme

Assim vou, assim, por aí me encontrarás
Entre carinhos, os beijos, então me verás
solto, e tão farto de propósitos e garras

Tristezas não trago, trago o afeto pra dar
Deixando sensação, que me dou ao chegar
Pois, sou, e o meu amor não tem amarras

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10, junho, 2021, 18’18” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

MÃE – MULHER AMOR

Tu que nasceste mulher – É graça divina!
Tu que tens o amor eterno e verdadeiro...
Do Espírito Santo, foi dado a ti o primeiro
E único afeto que aos corações fascina...

Porque tu és a afeição e a luz que ilumina
O caminho de tuas gerações por inteiro,
E em teu coração, não há amor derradeiro
Que a possa atingir, e por nada a desatina.

Tu que és mulher progênie e de inteira glória
Porque não negas em ti o amor-perfeito
Que foi dado inteiramente em tua memória.

Não reside em outro ser paixão que se impõe...
Tanto o quanto a ti, as dádivas do teu peito,
Porque tu és mulher! Porque tu és mãe!

POR TODA A VIDA

Pela estrada vou andando ao destino
Em busca do amor que me prometeu!
Viverei pela vida... Por um desatino
Que os anjos almejaram entre tu e eu...

Sou por ti um viajante, um peregrino
Que a lua diverge, pois não me deu
A paixão por acercar um amor divino
Sob a luz que te brilha, e em ti viveu!

A buscar-te por todo o tempo sagrado,
Por todo o sonho virdes ao meu lado
A saber, que não existe outro alguém!

Mas, amor, onde cruzar o teu caminho?
Será que quando eu estiver bem velhinho
O fim da vida me trará você também?